Lançado com show no Pelourinho há coisa de duas semanas, o CD é um primor em vários sentidos.
Da produção sempre caprichada de andré t. ao lindo projeto gráfico de Duardo Costa (sim, o ex-Vendo 147 é artista visual) – sem esquecer, claro, do principal: as canções belas e quase sempre maduras de Kalu.
Engana-se, porém, quem acha que o rapaz nasceu ontem. Aos 27 anos, ele está na estrada da música local desde os 16. É ex-membro dos grupos Clube da Malandragem e Forró da Gota. Com Amaralina, lança-se solo.
“Já fiz muito som de baile pela noite. Agora é a hora de ouvirem meu trabalho”, afirma Kalu.
“O repertório do CD é um apanhado de composições que venho fazendo ao longo dos anos. Tem coisa de 2008 até 2012”, detalha o músico.
“Sou poeta”
Brasileiro contemporâneo, o som de Kalu passeia do ijexá ao rock, passando pelo samba, reggae e outros ritmos.
Ouvindo Amaralina, a influência de Lenine fica meio evidente aqui e ali.
“Ele é uma influência, mesmo. Não pretendo negar isso. Aliás, eu mesmo vejo bem isso nas faixas Cantora de Banheiro e A Cura”, admite, honesto.
“Mas também tem Gil, Caetano, Gonzaguinha, Chico Buarque, os caras que ensinaram a incluir poesia na letra”, diz.
“Sou poeta também. Eu sei que soa estranho dizer isso, ‘sou poeta’, mas eu escrevo poemas. Então meu contato com a poesia veio através desses caras, pelo trato poético. Além daqueles que seguiram essa tradição, como o próprio Lenine, Chico César e Zeca Baleiro”, detalha.
Cronista social, letrista sensível, bom cantor, músico de responsa: Kalu é mais um daqueles talentos surpreendentes que a Bahia produz e costuma não dar a mínima – é que o rapaz não manda ninguém sair do chão.
“Acho que isso tem mudado aos poucos. O público tem crescido. Hoje você vai no show da Baiana System e vê roqueiros do Rio Vermelho e público do Bahia Cafe Hall. Mas sim, claro, Salvador ainda é um lugar com muitas limitações para a música não-comercial”, conclui.
Ouça / baixe: www.kalu.art.br
NUETAS
Hoje! Alex Pochat! & Os Cinco Elementos! (Que na verdade são uns seis ou sete)! Grátis! Porra!
O
Swagger night! Ô, ô!
O melhor da moderna black music local está na festa Swagger. Se liga: Soraia Drummond (reggae, dub), Laz Paz (rap), Manospreto (reggae roots) e DJ Nai Sena. Casa da Águia (antiga Zauber), 22 horas, R$ 15.
Les 'furieux' Royales
O rock ‘n’ roll primitivo e furioso dos Les Royales faz a Rockabilly Sessions hoje, no Dubliner’s Irish Pub. DJs BigBross e Bruno Aziz nas pick-ups. 22 horas, R$ 15 ou R$ 10 (pela lista rockabillysessions@gmail.com).
Ops, aviso importante. Onde está escrito "Kalu", por favor, leia-se "Kalívis".
ResponderExcluirDepois não digam que eu não avisei....
Ed Motta anda cantando a bola desse garoto chamado Lucas Arruda.
ResponderExcluirO primeiro disco dele nem saiu no Brasil, já foi direto pras Oropa.
http://www.youtube.com/watch?v=UdvvZfjTwDQ
É possível que acabe se constituindo em um novo queridinho em breve.
Mas o som é dos bons mesmo.
Desde que vc seja do tipo que curte Steely Dan e Lincoln Olivetti, bem entendido....
https://www.youtube.com/watch?feature=player_embedded&v=QR5uH6mrYmM
ResponderExcluirja viu isso man???