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quinta-feira, junho 29, 2006

Phodcast n° 5

PHODCAST ROCK LOCO 5
Parte 1 com participation especialissima de Alexandre Matias e Paquito.Nos proximos Vince, Gilberto Monte e Jamille

terça-feira, junho 27, 2006

I WAS LIKE A WAVE / I DIDN'T SHOW EMOTION /

I WAS A HUNDRED YEARS OUT ON THE OCEAN / IT'S ALL IN MY MIND/ EVERYTHING'S ILLUSION / AND I FLATTER TO DECEIVE / MY LIFE'S GOING FAST / IT'S MAKE BELIEVE / IT'S ALL IN MY MIND

It's all in my mind, Teenage Fanclub.

Dos diários de bordo da nave Teenage Fanclub na sua sétima viagem em busca de novas e inexploradas melodias perfeitas. Missão: Man-made (Merge Records, 2005).

Pilotada pelo Capitão Norman Blake, a partida dos melonautas da nave TFC se dá de forma segura com It's all in my mind, manobra que nos lança para a atmosfera terrestre e além, o espaço: a fronteira final.

Saindo da órbita da terra, o Imediato Gerard Love cuida de abastecer a nave com alguns milhares de litros de uísque da terra natal da tripulação. Sem esse combustível não seria possível atingir a velocidade necessária para entrar no hiper espaço em Time stops, manobra claramente inspirada na lendária Sparky's dream, não por acaso, executada pelo mesmo Oficial Love em 1995 (na missão Grand Prix). Doce e visceral ao mesmo tempo, Time stops tem aquela qualidade raríssima que só naves como a TFC sabem sintetizar em sua manobras.

Na manobra seguinte, Nowhere (executada pelo Segundo Tenente Raymond McGinley), a nave estabiliza na velocidade de cruzeiro, supervisionada de perto pelo engenheiro de bordo John McEntire (um ianque, emprestado da nave Tortoise), que provê um maquinário devidamente bem azeitado, ainda que de performance mais discreta que a missões anteriores.

Save, segunda manobra perfeita do Imediato Love nesta missão, traz impresso no DNA o parentesco de Don't look back, outra da missão de 1995. Já Slow fade (Capitão Blake) é descendente distante de What you do to me (missão Badwagonesque, 1991): acelerada e rapidinha (1min54).

A missão segue estável, explorando territórios mais ou menos conhecidos, sem um "pico" de emoção, já que não há duelos de sabres laser ou armas de raios paralisadores. Ninguém precisa gritar para se fazer ouvido, não há rasgos de agudo, graves guturais ou arroubos dos tripulantes com seus instrumentos de vôo, ávidos para demonstrar virtuosismo (historicamente, isso nunca existiu nessa nave mesmo, o que é ótimo). A emoção é sugerida nas melodias, nas mudanças de andamento, nas letras. A décima segunda manobra, Don't hide (do Segundo Tenente McGinley), encerra a missão, pousando a nave no solo terrestre sem alteração no cronograma.

No cômputo geral, a missão Man made pode até não ser considerada tão bem sucedida em comparação com as missões anteriores, mas a Federação de Melonautas Unidos, em comunicado oficial, considerou-a plenamente cumprida. Alguns observadores internacionais e intergalácticos ainda argumentaram que a tripulação não demonstrou o mesmo brilho e ousadia de outrora nas manobras, mas consideraram que a nave TFC ainda tem muito a oferecer à população terrestre, admiradores ou não.

E assim o Teenage Fanclub segue em direção à próxima missão, ainda sem previsão para partir, já que os tripulantes são muito criteriosos e só decolam depois de muita preparação, o que leva anos. A espera costuma valer a pena, até por que, em todas as suas missões, acabamos corajosamente indo com eles aonde nenhum outro melonauta ousou pisar...

ROB, BARRY E DICK - Não sei se vocês perceberam, mas o trio da Championship Vynil, a melhor loja de discos do mundo, disse adeus e fechou o estabelecimento. Não sei por que, talvez seja só uma brincadeira e depois eles voltem pra deixar todo mundo com cara de pastel, mas o fato é que uma breve nota de despedida está no ar já há vários dias. Diversas personalidades do mundo da música, como Jimmi Page, Seca Pacotinho, David Bowie, Jim Morrison e etc já deixaram seus pêsames, até eu mesmo já fiz isso (plaft!). De qualquer modo, fica aqui o apreço deste blog pelos meninos da Champ, que faziam um dos melhores blogs de música do Brasil e são umas figuras.

INVISIBLE PEOPLE - Do release: Olá amigos, tenho uma grande novidade: A "Pessoas Invisíveis", banda do guitarrista da "The Honkers", Bruno Carvalho, foi selecionada juntamente à 19 bandas (que concorreram com um total de 1700 bandas) para participar do Festival Trama Universitário. Para nós tocarmos, haverá um juri popular. A banda concorre com mais 4 bandas da região Norte/Nordeste, incluindo os nossos amigos da Vinil 69 e Starla. Gostaria de pedir à galera pra ajudar, votando na Pessoas Invisíveis. O link é: http://www.tramauniversitario.com.br/tuv2/noticia/noticia.jsp?id=13136
*Lembrando que é necessário se cadastrar no site.

HORA DO ROCK 30.06 - Do release: O programa vai apresentar várias bandas novas, como Pipettes, Maxïmo Park, She Wants Revenge, Guillemots, Editors, Hard Fi e Razorlight, além de Happy Mondays e música nova do Primal Scream, que lançou recentemente o disco Riot City Blues. Lembrando que o programa agora, além de produzido, também é apresentado por mim :) Para ouvir: toda quinta, às 21h, na Globo FM (90,1), ou www.gfm.com.br.

Vandex & Sangria (foto: Bel Pedra) - Dia 29/06(Quinta) ás 21:00, Teatro SESI (RioVermelho), Ingresso: R$10,00.

Show em homenagem à Raul Seixas - com a banda Arapuka e participações de Álvaro Assmar, Cascadura, Luis Rocha, Clube de Patifes, Beto Marques, Júlio Caldas, Senna, Guiga Blues Rock, Gustavo Müllen e Karl Franz. Dia: 28/06 (Quarta-feira) Horário: 18:00, Local: Escadaria da Prefeitura (Praça Municipal - Centro Histórico), Ingresso: grátis.

Bem Vindo ao Paraíso - Quem: MIRABOLIX + V-OUT + (CMTN) Canto Dos Malditos na Terra do Nunca - Onde: Seven Inn - Horário: 22h - Quando: 01/07 - Sábado - Quanto: R$6 + consumação R$5 - Obs: Mulher até 23h entra de graça! - classificação 17 anos!

Burn, Bahia, Burn! Festival - Com as bandas Pessoas Invisíveis, Theo & os Irmãos da Bailarina, ZecaCuryDamm & a Formidável Família Musical e o vestido preto de valentina. Quando: Quinta, 06/07, às 22hrs, no Seven Inn (Rio Vermelho). Quanto: R$ 5, 00 + Consumação de 10 reais

terça-feira, junho 20, 2006

terça-feira, junho 13, 2006

"I REMEMBER 1965 / EVERYBODY WAS STILL ALIVE / I'M A SOUL SURVIVOR"


Soul survivor, Wilson Pickett.

Esse negócio de viver nessa sucursal de Papua Nova Guiné chamada Brasil é complicado mesmo. Ainda mais se você for um pobre apreciador de música de qualidade. Como explicar que um filme como Only the strong survive (USA, 2002), nunca deu as caras abaixo da linha do Equador? Pois bem, este filme é um documentário que foi buscar pelas ruas de Memphis e Nova Iorque respostas para uma simples pergunta: onde estavam, o que faziam e o que foi feito de nomes da primeira divisão da soul music americana como Wilson Pickett, Sam Moore (Sam & Dave), Isaac Hayes, Rufus Thomas, Carla Thomas (filha do Rufus), Jerry Butler e Mary Wilson (ex-Supremes), entre outros?

Sem chance de sair no Brasil pelo visto, o filme de Chris Hegedus e do veterano documentarista rocker D.A. Pennebaker (Ziggy Stardust, entre outros) é um testemunho do talento genuíno, genialidade e resistência destes heróis da melhor música negra americana. E se hoje eles parecem pouco conhecidos até em seu próprio torrão natal, que dirá em terras tupiniquins...

Tudo começa ainda em 1999, quando acompanhamos Chris - que não se furta de aparecer defronte às câmeras para entrevistar os músicos - numa viagem à Memphis, lar das míticas gravadoras Stax (cujos artistas são o objeto de estudo deste documentário) e Sun Records - onde ele pretende encontrar respostas para a pergunta que lhe frita o cérebro: o que foi feito dos grandes astros da Stax Records?

O filme é essa jornada, quase uma peregrinação dos diretores, por estúdios de rádio (Rufus Thomas), pequenos teatros e botecos onde hoje esses gigantes da música se apresentam. Ou se apresentavam, já que dois dos principais nomes enfocados pelo filme já faleceram: Rufus, em 2001 e Pickett, no iniciozinho de 2006. É difícil não se emocionar com o fervor, a devoção e a garra que esses senhores e senhoras avançados pelos 50, 60, 70 anos de idade cantam diante das câmeras de Hegedus e Pennebaker.

Entre os momentos mais marcantes (e são vários) podemos citar Rufus Thomas, encontrado em Memphis, fazendo um programa de rádio (atividade que desempenhava desde os anos 50), cheio de malícia. Mais adiante, o vemos em um restaurante humilde, dando autógrafos para uma pequena platéia, no lançamento de um livro. Na seqüência, Rufus sobe no palco e praticamente demole o lugar com o balanço de seu hit clássico, Walkin' the dog. Carla, sua filha, se junta ao velho para um dueto igualmente emocionante em Nightime is the rightime.

Sam Moore. Esse, num passeio de carro em Nova Iorque, aponta para o documentarista as ruas em que traficava heroína e pó para poder manter o próprio vício durante os anos de decadência, na década de 70. Num show em tributo à Issac Hayes, armado às pressas pelo próprio documentarista só pra botar os caras no palco e poder filma-los cantando, Moore arrepia até os pelos anais da audiência em performances absolutamente perfeitas de Soul man e Hold on I'm coming, seus hits dos tempos de glória com Dave.

Isaac Hayes, o menos esquecido de todos - ele era o Chef do South Park, lembram? - também não deixa por menos e detona o tema de Shaft. É de estatelar, não tem pra ninguém.

Minto. Wilson Wicked Pickett aparece expelindo eletricidade pelos poros, em performances matadoras de Land of a 1000 dances e Mustang Sally para uma audiência em estado de graça. Além de ser um bom sacana, do tipo que não se intimida com ninguém. Logo no começo, tira uma onda com o diretor do filme: "É você o homem do dinheiro? Como é seu nome? Ah, logo vi, você é judeu"!

Deixados à própria sorte pela indústria do entretenimento americana, muitos deles vivem com dificuldade. Sam Moore, por exemplo, reclama que suas músicas tocam direto nas rádios, mas não recebe um tostão por isso, por que ele não era nem autor, nem o editor de nenhuma delas. "Mas é minha voz que está lá! Por que eu não tenho direito à nenhum tostão?", se queixa, e com toda razão.

Gênios de um tempo em que gemas de pop perfeito pareciam brotar do próprio chão de Memphis e Nova Iorque, esses astros de um passado nem tão distante assim estão morrendo um a um, sem que muita gente se dê conta disso. Um crime que nem filmes como esse Only the strong... poderá redimir, apenas registrar. Baixe, encomende, dê seu jeito, mas veja esse filme!

Raise your hand and testify, everybody!

Only the Strong Survive (2002) - Directed by Chris Hegedus & D.A. Pennebaker. Starring Jerry Butler, The Chi-Lites, Isaac Hayes, Sam Moore, Ann Peebles, Wilson Pickett, Sir Mack Rice, Carla Thomas, Rufus Thomas, Mary Wilson.

WAYNE COYNE: DE OBSCURO HERÓI INDIE À PSYCHO FREAK PARA AS MASSAS

É muito difícil fazer a resenha de um disco do Flaming Lips - ainda mais depois do The Soft Bulletin (1998) para cá. Psicodélicos demais - freaks - na tradição clássica de um Captain Beefheart, para utilizar a definição exata que o rockloquista Brama me deu uma vez - sua música desafia a rotulação, esta atribuição tão cara à classe dos jornalistas, com o perdão da má palavra. A música dessa turma de Oklahoma City desafia o pensamento lógico. Então, para um cara chato como eu, metódico, que organiza suas revistas em quadrinhos em sacos plásticos separados por autor e na ordem numérica, fica complicado querer decifrar as mensagens ocultas, metáforas insanas e música psycho dos Lábios Flamejantes.

Levei algum tempo para perceber que erro tolo é esse, querer racionalizar o som dessa banda. A pegadinha é exatamente essa. E a intenção de Wayne Coyne & Cia é justamente essa: convidar seus fãs e ouvintes para um passeio no seu incrível mundo de psicodelia colorida para o terceiro milênio. Não racionalize. Se entregue, sinta a música, freak out.

Por conta dessa concepção (que não é para qualquer um, diga-se), à primeira vista, tudo parece muito aleatório, muitas vezes as letras não parecem fazer qualquer sentido e longas passagens instrumentais escancaram a herança do Pink Floyd de Syd Barret. Contudo, pelo menos por enquanto, esse At war with the mystics (Warner Brothers, 2006) parece alguns pontos abaixo das obras primas anteriores, o citado Soft Bulletin e Yoshimi battles the pink robots (2002).

Bons momentos existem, como The sound of failure (faixa 3), uma cartinha para Gwen Stefani e Britney Spears cheia de climas e uma interessante dinâmica entre dedilhados de violão e riffs de guitarra. A instrumental The wizard turns on (faixa 6), totalmente anos 70 com suas flautas, guitarras afundadas até o joelho em wah wah e bateria estilo Nick Mason (Pink Floyd); e suas seqüências, It overtakes me (groovão torto de baixo) e Mr. ambulance driver (com sua linda e esquisita sonoridade - a especialidade da casa).

O disco como um todo tem aquele climão outro planeta típico dos Lips e da produção de Dave Fridmann. Em várias faixas, parece que a banda vai simplesmente revogar a lei da gravidade e botar todo mundo pra flutuar um pouco em algum lugar estranho, úmido e colorido.

Contudo, At war... não parece ser um disco que vá conquistar novos fãs, dada sua óbvia inferioridade em relação às obras anteriores. Se você ainda não tem nada dos FL, tente os discos mais antigos. Ainda assim, At war... galgou posições nas paradas da Billboard, chegando a entrar no Top Ten, fato inédito na carreira dos Lips. E assim, de obscuro band leader de uma das mais sólidas instituições do indie americano (estilo já obscuro por definição), Wayne Coyne & Cia parecem começar a saborear um sucesso de público que, mesmo tardio, deve ser bem vindo. Tomara que mais e melhores discos saiam dessa fase ligeiramente mais popular.

NÁDEGAS A DECLARAR - Quando eu disser: "deu branco, não tenho nada pra falar", acredite. Caso contrário, só sai merda patética, como foi na entrevista que dei pro programa do Alexandre Matias e Trama Virtual sexta feira passada, antes de gravarmos o podcast. Espero sinceramente ser limado sem dó nem piedade na edição final do tal programa. Já o podcast em si foi muito bacana, com participações ótimas do próprio Matias (boa praça, disposto a conversar e debater com a gente lá), Gilberto Monte (tara_code), Vince de Mira (Lampirônicos) e Paquito, além da trupe rockloquista de sempre - com exceção de Mário Jorge que tá fazendo birra só por causa do meu post passado. O papo rendeu tanto que deu mais uma hora só de conversê. Por causa disso, ele deverá ser editado e picotado em duas ou três partes pelo sempre diligente Don Jorge, que a essa altura já arrancou alguns dos seus famosos cachos com essa tarefa.

LULUZINHA X MONSTRO DO PÂNTANO - A Devir Editora, que vem fazendo um excelente trabalho lançando no Brasil clássicos intantâneos das hqs como Sin City (Frank Miller), Planetary (Warren Ellis), The Authority (Ellis e Mark Millar), Preacher (Garth Ennis), Liga Extraordinária, Tom Strong e Top Ten (as três últimas de Alan Moore), lança agora mais duas obras para fãs de quadrinhos de toda as idades. Quem estava com saudade da Luluzinha, Bolinha e toda a sua turma poderá mata-la com o álbum Luluzinha vai às compras. Aos 71 anos, a garotinha do vestido vermelho e cabelos cacheados continua um clássico dos comics americanos e deve deixar muitos senhores e senhoras de meia idade que se arriscarem a folhear este álbum com uma lágrima furtiva nos olhos. Para dar um gostinho, leia aqui uma historinha deste álbum em formato PDF. Já Monstro do Pântano: Semente ruim apresenta pela primeira vez aos fãs brasileiros a filha de Alec Holland (o Monstro) e Abby Cable, Tefé Holland. Semente ruim é escrita por Andy Diggle (pouco conhecido por aqui, autor de Lady Constantine e The Losers) e desenhada pelo argentino Enrique Breccia (Lovecraft, também recentemente lançada pela Devir). Não deve ser o último biscoito bono do pacote, mas deve valer pela curiosidade de nos apresentar a filha do Monstro, até então inédita no Brasil. Para mais informações sobre os lançamentos da Devir Editora, ligue (11) 3347 5700 ou acesse http://www.devir.com.br/.

A PAIXÃO DOS BALCONISTAS - Uhú! O mega nerd Kevin Smith finalmente largou mão dessa roubada de fazer comédia romântica com Ben Affleck (alguém se arriscou a assistir Menina dos olhos?) e volta às origens com Clerks 2: Passion of the Clerks, a continuação de seu primeiro filme, a comédia cult em p&b O Balconista (1995). Desta vez, Dante e Randall, os balconistas vagabundos protagonistas do filme original estão mais maduros e deverão ter de encarar as responsabilidades da vida em vez de ficar discutindo aspectos obscuros da trilogia Clássica de Star Wars ou quantas vezes a namorada do Dante fez sexo oral antes de se envolver com ele (37! 37!). O filme estréia 21 de junho nos EUA e sabe lá deus quando no Brasil. Esse aí do lado é um dos posteres promocionais. Tinha um com os personagens principais, mais os clássicos Jay e Silent Bob (que aparecem em 6 dos sete filmes do diretor), mas esse com a morenaça Rosario Dawson (Sin City) é bem mais interessante, convenhamos...

FESTINHA ZEN VERGONHA - Com o perdão do péssimo trocadilho, mais velho que minha tia-avó, chegou às minhas mãos o release do Projeto T-Zen, série de festas estilo chill-in que rolarão no novo Dubliners Irish Pub da Praça da Sé, com bandas (a ótima Berlinda e The Budas no primeiro mês), DJs de psy-trance (seja lá o que for isso), consultas de tarô, comida vegan, iluminação fluorescente e todas aquelas frescuras que o povo mais moderno se amarra. Vai ter até um prêmio para o "ser mais iluminado da noite", acreditem. Se eu for nessa festa e nego inventar de me dar um prêmio desses, eu sento a mão no folgado! Eu sou espada, porra! Ai, ai... Bom, falando sério, a iniciativa é legal e o primeiro dia dessa festa vai ser agora, 17 de junho. A gerência de eventos da casa já está recebendo propostas de bandas para se integrar ao projeto. Basta enviar um e-mail para: tzenpub@gmail.com.

ONE MORE TIME, RONEI JORGE & OLDB - Se você dormiu babando no travesseiro e não viu o Banda Antes com Ronei Jorge & Os Ladrões de Bicicleta ontem à noite, ainda pode faze-lo hoje (terça-feira) às 16h e também na meia-noite de quinta. Ou seja: não tem desculpa, assista!

Retrofoguetes e Vandex - tocam na próxima quinta no Teatro do Sesi (Rio Vermelho). Toda a renda do show será doada em benefício do nosso amigo Big Brother. Vamos dar uma força pro Gordo, rapaziada! TEATRO DO SESI - RIO VERMELHO, QUINTA, 15 DE JUNHO, 21H, R$10,00.

Festa Nave - Indie - Pop - Glam - Punk - Garage - Lo-Fi - Rock Brasil - Black - Soul - Electro - 50's - 60's - 70's - 80's - 90's - 00's - DJs: el Cabong/ Janocide/ Helterskelted
Buenas/ Bruno Aziz/ Queen Mary - 16.06.2006 23h R$10 - Seven Inn (Rua da Paciência, 88 - Rio Vermelho) Salvador-BA - Contato:
festanave@gmail.com Fotolog: http://www.fotolog.com/nave_/ Orkut: http://www.orkut.com/Community.aspx?cmm=2007490

Eletro_abstinência - Djs: Stereofono, Stoica, Bones (soonomoon), Sábado, 17.06, Ingresso: 5,00 Espaço Insurgente, Ladeira de Santana ao lado do Fórum Ruy Barbosa - Vizinho a Embratel.

Pessoas Invisíveis, Matiz e Theatro de Séraphin - 14 de Junho, Quarta, no Calypso, 21h. R$5.

The Budas e Cox - no programa Artistas de Salvador. Vai ao ar: 18.06.06 (domingo) às 18h - Horários alternativos: quarta-feira (21/06) às 19h e sábado (24/06) às 22h40
TV Salvador - canal 28 UHF / 36 NET

terça-feira, junho 06, 2006

APELO À RAZÃO - UMA BREVE REFLEXÃO INTERNA E EXTERNA SOBRE O PHODCAST ROCK LOCO

Primeiro de tudo, o óbvio. Ainda estamos tateando no escuro, em busca de um formato. Se é que realmente buscamos um formato. É preciso entender uma coisa: o Rock Loco não sou só eu, ou só Braminha, ou Sora ou Mário ou Don. São várias cabeças, cada uma pensando mais diferente que a outra. Todas a fim de fazer uma coisa que seja legal, anárquica, diferente, bem humorada e rock, claro. Não fazemos reunião de pauta, não fazemos programas temáticos, não planejamos nada.

Separamos uns CDs, compramos umas cervejas e mandamos ver, simplesmente. Como bem disse Luciano Matos na notinha que ele colocou na sua coluna no caderno Dez de hoje, o negócio é "rock de qualidade, humor e papo furado". Bom, papo furado tem a característica óbvia de ser apenas conversa jogada fora, sem pretensões de revolucionar nada, nem reinventar a roda. Dificilmente agrada à todos (e quem já o fez algum dia?).

Se conseguirmos fazer pelo menos isso bem (rock de qualidade, humor e papo furado), eu me dou por satisfeito. Ainda assim, à parte o incidente que desagradou o Clash City Rocker Miguel Cordeiro (e eu não tiro sua razão de forma alguma), sinto que vimos cometendo alguns equívocos na condução do Phodcast, equívocos que podem definir sua sobrevivência ou não, além do interesse das pessoas em ouvi-lo. E agora falo diretamente com meus colegas rockloquistas.

Não somos "humoristas". Somos pessoas bem humoradas. Mesmo assim, estamos muito preocupados em sermos pretensamente engraçados. Tanto, que muitas vezes não o somos mesmo.

Estamos falando de tudo de menos e menos ainda do rock. Seja ele local ou de fora.

Estamos cometendo o mais crasso dos erros para quem quer se fazer entender: diversas vezes, falamos todos ao mesmo tempo. (Doravante, seria bom que falássemos no máximo, apenas duas pessoas por vez).

Tudo bem, o programa é tosco e deve mesmo continuar assim, mas seria legal colocarmos o pé no chão e pensar um pouco antes de botar a boca no microfone. Mais conteúdo, menos gracinha. Nesse último, tive diversos brancos. Que foram pro ar, não me foi dada uma chance de retornar e refazer a fala. Eu não sei, mas eu mesmo não gostaria de ouvir um programa de rádio (ou podcast, o que for), em que as pessoas não parecem saber falar num microfone. Por mais despretensioso que seja o programa. Não gosto de fazer papel de mané num microfone e depois colocar no ar pra todo mundo (que quiser) ouvir.

Essas coisas me custaram algumas horas de sono no fim de semana, pois também fiquei preocupado com o peso que nossas brincadeiras e ousadias despretensiosas ganham numa terrinha tão provinciana e pouco afeita à críticas. Afinal, aqui na Bahia, tudo - necessariamente tudo - tem que ser "lindo". E ai de quem se ousar a dizer o contrário. O vinho do homem da bandana amestrada é sofisticadíssimo sim, e não discuta - e por aí vai. É um dado cultural local típico de província, mesmo, e que atinge à todos nós, por mais liberais e cosmopolitas que nos consideremos. É tempo de encarar essa verdade também.

Enfim, à luz dos últimos acontecimentos dessa semana pra cá (e não me refiro só ao Rock Loco - sejam espertos e lembrem-se do duro golpe que a cena tomou nos últimos dias), suponho que talvez seja hora de assumirmos mais seriamente nossas responsabilidades, partindo de uma consciência mais pé no chão, de sabermos mesmo quem somos neste contexto sócio-político-cultural, nossos papéis dentro dele e o que podemos e o que não podemos fazer. Não nos lambuzemos com o que supomos ser um excesso de liberdade. O rock está na berlinda (e não é a banda do Cebola).

Enfim: gostaria de deixar claro para todas as pessoas e bandas citadas nas maledicências e brincadeiras durante os programas que tudo não passa mesmo de uma grande conversa de mesa de bar, que não devem ser levadas na ponta da faca. E que são passíveis de direito de resposta, basta ter bom humor e entrar em contato com a gente para participar da gravação. E que, continuando o Phodcast, a intenção é evoluir, melhorar, fazer uma coisa realmente legal, com conteúdo, inteligência, bom humor e muito rock n' roll. Acho mesmo que tudo o que fizemos até agora não passou de um rascunho. O Rock Loco tem muito mais a oferecer, e quem continuar nos acompanhando vai perceber isso com o tempo.

(Aos leitores assíduos do blog - aqueles 4 ou cinco, sei lá - perdoem este post em torno do próprio umbigo. Nos próximos, voltaremos à programação normal, com as habituais resenhas e dicas de discos, quadrinhos, filmes etc.).

QUEBRANDO O SILÊNCIO - O informativo Se Ligue dessa semana incluiu em sua última edição uma pequena homenagem ao nosso companheiro (e também rockloquista dos tempos da Primavera FM) Rogério Big Brother. Se Ligue, faço minhas as suas palavras, então, segue o texto reproduzido ipsis literis:

BIGprodutor, BIGprofissional, BIGcompanheiro, BIGsolidário, BIGconhecedormusical, BIGincentivador, BIGrock'nroll, BIGbemhumorado, BIGsonhador,BIGsimpatia, BIGpessoa, BIGcarater, BIGhonestidade, BIGcarinho, BIGamigo, BIGirmão, BIGBrother
Nós do Se Ligue e o Rock'n Roll Baiano te amamos.


HORA DO ROCK 08.06 - Hoje tem Hora do Rock, que continua com o especial Jools Holland. Esta será a vez dos clássicos - vai rolar Johnny Cash, Leonard Cohen, Patti Smith, Lou Reed, Paul Weller, Pete Townshend, Bo Diddley, Elvis Costelo, Joe Strummer, Kinks e Blondie. Ah, tem Ramones na dica. Para ouvir: toda quinta, às 21h, na Globo FM (90,1), ou http://www.gfm.com.br/

AGENDA:

Show de lançamento do Phodcast Rock Loco com as bandas: Theatro de Séraphin, Berlinda e O Vestido Preto de Valentina + Alexandre Matias + djs rockloquistas. Dia: 09/06 (Sexta-feira) Horário: 23:00 Local: Calypso (Travessa Prudente de Morais - Rio Vermelho), Ingresso: R$ 7,00.
DO RELEASE: Na verdade, dia 09/06/2006 será mais uma celebração do "Phodcast" (http://rockloco.podomatic.com) do Rock Loco, que costumava ser um programa de Rock pra lá de louco da Primavera Fm (rádio comunitária), hoje extinta. Acontece que a loucura resistiu por mais um tempo no formato blog (http://rockloco.blogspot.com) e agora retoma o seu vigor, ultrapassando a freqüência modulada para o Podcast, a estratosfera que só a internet permitiria. Para continuar essa celebração os djs Rockloquistas convidam ao solo do Café Calypso as bandas novatas: Berlinda, o vestido preto de Valentina e a experiente Theatro de Séraphin.

MANIAC METAL FEST 3 - Tuatha de Danann, Drearylands, Veuliah, Scarlet Peace e Templarius, 10/06 - Rock In Rio Café (Aeroclube) - 19h, Ingressos: R$ 15,00 antecipados / R$ 20,00 no dia.

Radiola e Vinil 69 dividem o palco do Zauber, sexta - Do release: O Zauber Multicultura (Ladeira da Misericórdia) traz como atração nesta sexta, 9 de junho, às 23h, as bandas Radiola (www.tramavirtual.com.br/artista/radiola) e Vinil 69 (www.vinil69.com.br) que prometem agitar a noite com muito rock-samba-groove, em alto e bom som. Ingresso a R$ 10.

1º ENIG show...!!!! - Vai acontecer no Calypso o 1º ENIG show com as Bandas Os Carcará e a Rosa, Out Space, Stereossomos e Back off Bitch. A banda Stereossomos que recentemente participou de uma coletânea virtual juntamente com bandas de diversas partes do país, (confira matéria clicando no link da coluna ao lado). Curiosos do rock baiano que ainda não tiverem a oportunidade de ver serão bem vindos!!! Sábado, 10 de junho, Horário: 16:00hs Ingresso: 6,00

Festa no Mangue Bicho... - E depois do show do Cordel do Fogo Encantado e Mundo Livre SA na Concha Acústica é a hora da Festa no Mangue, Bicho.....Com Dj Ruy Santana (PEGA) e Dj el Cabong (A Nave) e Dj Alexandre Matias (Trama) com a participação de Clayton Barros (Cordel....) e Bac simpson (Bactéria) (Mundo Livre AS) soltos na buraqueira para participarem da maneira que eles decidirem. Na Zauber, sábado, 10 de junho, Ingresso a R$ 10. Imperdível! Saiba mais www.zauber-multicultura.blogspot.com.

COPA ROCK - Do release: A partir do dia 13, começa a Copa Rock. O evento neste dia contará com a presença de Paulinho Oliveira & banda, mais a Berlinda, deste animal aqui. A esbórnia começa às 15:00, no Calypso, onde poderemos assistir ao jogo, tomar todas e depois assistir às bandas por apenas 6 conto. As bandas entram logo após a partida, no máximo às 18:30. A Copa Rock tentará intrepidamente envolver todos os jogos da nossa seleção, esperamos, até a final. As bandas vão variar de jogo a jogo. Durante os shows, deveremos anunciar as bandas que tocarão no jogo seguinte, e assim por diante. Compareçam, vamos torcer juntos. Ps: Torcedores com camisa da Argentina serão sumariamente hostilizados pela produção. Espero vcs todos lá. Cebola.

sexta-feira, junho 02, 2006

BRUNO AZIZ, UM HOMEM E SEUS DILEMAS NO AR

Opa, acho que ninguém viu ainda, mas a entrevista do cartunista Bruno Aziz já está aqui no Rock Loco, é só descer a página um pouquinho pelas barras laterais, ou clicar aqui no link, onde você já pode deixar seu comment. O que aconteceu foi que, no dia 26 eu começei a criar o post da entrevista e o salvei como rascunho. Ontem, quando terminei o post e publiquei, ele foi pro ar na data em que foi salvo o rascunho, 26 de abril. Que saco.

http://rockloco.blogspot.com/2006/05/bruno-aziz-um-homem-e-seus-dilemas.html#comments

Vão lá!