É muito fácil entrevistar Flávio Luiz. Nesse ponto, ele lembra alguns gênios baianos (os de verdade), como Glauber Rocha e Raul Seixas. Você nem precisa perguntar nada, basta ligar o gravador que o homem desata a falar. Falar de tudo. E nesta segunda parte, ele já começa falando, verborragicamente. Atirando pra tudo que é lado, mas sempre com muita propriedade. Leia e descubra mais sobre essa figura rara, como é ser cartunista na Bahia, seus encontros com grandes nomes dos quadrinhos em convenções no exterior, sua dificuldade para publicar Jayne Mastodonte via leis de incentivo cultural, a busca por um agente e como, afinal, sua ilustrações foram parar no site da Diamond Comics.
Flávio Luiz: Tem uma coisa interessante. Quantos "Primeiro Grande Salão de Humor de Salvador" a gente já teve? Por que é que você não pega e bota "Segundo Salão"? "Mas é por que o Primeiro Salão quem fez foi uma outra turma ou em outro shopping, tal". Então fica esse ranço político de destruir tudo o que foi feito pelo antecessor, por que o seu "vale mais". Então, de "Primeiro Salão", eu já confundi quantos eu ganhei. É o sonho dos otimistas que querem, que continuam dizendo (faz um ar "sério") "precisamos fazer o salão"! Precisamos! Eu colaboro, você quer me botar de jurado, você quer que eu participe, ótimo. Mas eu não vou perder meu tempo querendo mostrar, (professoral) "olhe, entenda, vale a pena investir", certo? Teve um salão de humor aqui em Salvador, que foi inclusive o melhor, iniciativa de um cubano e de um mineiro, que chegou na segunda edição já a duras penas, sem patrocínio, sem nada, bancando do próprio bolso... Não sei se eu tô a fim de comprar essas brigas, sacou? É como eu tô te dizendo, eu tô feliz... A outra (Michelle Marie, uma entrevistadora da TV local) veio me perguntar lá: "qual é seu sonho"? Eu disse: "Olha, eu tô vivendo meu sonho", entendeu? Meu sonho mesmo era mudar pra São Paulo, certo? Tratar, conversar das coisas que eu gosto, saber das coisas que eu gosto, como eu sei que funciona lá. Por mais stress, por mais violência, por mais TUDO de ruim que lá tem também. Mas essa falsa alegria perene, essa falsa hospitalidade... Por que é falso, eu sou baiano desde que nasci, EU SEI.Três dias depois que uma visita chega em sua casa você quer que ela se pique. Você não fica "oh, vamos marcar, vamos reunir". Ou então é a "meia hora de baiano", meia hora de atraso, mas tudo bem! Tem carinha que não se esquenta. Palmas! Não estão errados, não. Eu estou errado! Eu! Então é o incomodado que se mude. E um dia eu vou me mudar, por que o incomodado sou eu. Entendeu? Então eu faço como? Fazendo respeitar o meu trabalho. Então você quer o quê? Uma caricatura. Eu passo meia hora no telefone explicando pra você o quê é uma caricatura, que eu faço por foto. Tem gente que não faz por foto, só faz pessoalmente. E (explico) que cobro "X". Você chega e diz "certo". E se na hora de pagar, você me disser que só paga 50% de "X", você não leva sua caricatura. "Ah, mas vem cá, vamos conversar". "Não vamos conversar, não! Ou você me paga ou você não leva seu desenho". "Ah, então não levo". "Não leve, eu rasgo o desenho"! Já aconteceu isso! O cara chegar e dizer, "Flavinho, a gente quer que você faça a cartilha assim e tal". Eu: tá bom. "Nossa, você cobrou muito caro"! Quanto é que vocês têm? "Ah, duzentos Reais". R$ 200,00 é o preço de uma ilustração colorida. E tem quem pague. Aqui. Então é o tipo da coisa. Eu tô falando em nome de um grupo, de uma minoria, mas que existe. Que aprecia as coisas bacanas, a hora do serviço bem realizado, que eu acho que não tá em tudo o que a gente faz aqui. Passa por isso, por essa coisa da gente não saber servir. De estar tão preocupado em estar no palco sendo "genial", que não baixa a bola e diz: "deixa eu fazer meu serviço". O que era para ser mérito no mercado publicitário aqui vira um motivo de depreciação. "Ah, Flavinho faz isso rápido demais! Em dez minutos você faz esse desenho!" Pois é. Você precisa disso em meia hora, eu faço em dez minutos. Você não quer pagar por dez minutos, você quer o preço de uma semana. Então eu vou pra casa, que é como os outros colegas dizem: "Flávio, não faça lá, leve pra casa, diga que foi difícil"... Eu agora tô com LER, então "minha mão tá doendo, ai, ui"... Pois é, ai, ui e sai do caralho em dez minutos. Agora: Pague o quê eu tô querendo receber por esses dez minutos. Se não pagar, não leva. E aí tudo bem, não como. Agora, graças à Deus, como, por que o mundo não é só isso aqui. Você vê ali, ó: (aponta para um papel pregado com durex na parede onde estão anotados os trabalhos pendentes, com a descrição da peça, o nome do cliente e o valor de cada trabalho). Tem isso aqui no mês. Como é que faz? "Ah, tá muito difícil"! Você quer fazer uma história em quadrinhos. Você leu? Você leu Mônica e diz que tem uma "Escola de História em Quadrinhos". Não pesquisa, não estuda, não sabe das influências, das origens... agora se acha grande professor de história em quadrinhos. Eu cheguei uma vez pro cara e disse, "venha cá velho, Flávio Luiz, tal". "Não conheço". "HQ Mix"? "Não"... "Piracicaba"? "Não"...
Chico Castro Jr.: O quê que ele sabe de quadrinhos, então?
FL: Nada! Mas tem uma "Escola de História em Quadrinhos". "Pois é, rapaz, eu tenho uma dificuldade muito grande aqui de encontrar material. Onde é que vocês compram"? (Faz um tom didático) "Rapaz, é o seguinte, a gente começa a desenhar a lápis, num tamanho maior. E depois a gente passa a tinta. Seja com pincel, ou seja"... Eu disse, "venha cá, velho, você entendeu o que eu tô perguntando? Eu tô perguntando onde compra o material, você tá querendo me ensinar um negócio que há vinte anos eu mesmo faço"? Ou seja: ele tá me ouvindo? Não tá... então, meu pai já dizia, "não atire pérolas aos porcos". Então tá ótimo, a cidade tá linda, as pessoas estão comprando minha revista em quadrinhos - as pessoas que eu sei que gostam de quadrinhos. Mas eu não vou ficar perdendo tempo de chegar em trinta bancas e botar a revista pra vender e querer ser aceito. Não, eu não serei aceito NUNCA! Daqui a um mês ninguém sabe mais quem é Flávio Luiz, se eu sou isso ou aquilo. Você vai fazer uma peneirada disso tudo, né?
(OBS.: Conversando depois com Flávio, ele fez questão de frisar que não é do Wilton Bernardo, da Oficina de Quadrinhos de quem ele estava falando, e sim, de outra pessoa. Segundo Flávio, Wilton faz um "excelente trabalho" em sua Oficina).
CCJ: Esse número novo da Jayne Mastodonte você conseguiu fazer graças ao Fazcultura, correto?
FL: Graças ao Fazcultura...
CCJ: ...Que é um programa de incentivo baseado na renúncia fiscal do governo.
FL: É.
CCJ: Como é na verdade para conseguir implementar um projeto como o seu, num estado digamos, "monocultural" como a Bahia?
FL: Eu acho que é uma alternativa para quem não tem alternativa nenhuma. Se você tem outros meios, sejam pessoais, gente sua, uma forma menos estressante de correr atrás, corra atrás por aí. Se você não tem... Respire fundo e tente o Fazcultura se for sua última alternativa. Como foi a minha, entendeu? Era a única que eu tinha, foi o Fazcultura e graças à Deus, depois de três anos... Tô conseguindo. É sofrível. Tem gente que tem vocação pra isso. Eu não tenho. Pra produzir, correr atrás dessas coisas, é tanta burocracia... Eu não tenho.
CCJ: Tem uma cacetada de artista brasileiro publicando nos mercados de quadrinhos americano e europeu hj em dia. Por que vc, que é um artista de nível internacional, como foi atestado pela poderosa Diamond Comics, ainda não está fazendo o mesmo? Por quê? É falta de contato, te falta um agente...
FL: É uma somatória disso tudo. Se eu tivesse uma ponta do lado de lá (no exterior), que dissesse "vamos chamar o Flávio, tal"... Esse lance mesmo, eu não conheço ninguém na Diamond e eles selecionaram meu desenho. Se alguém vê lá o site deles, vem e fala comigo, CLARO que eu vou fazer. Só que, sozinho também, fica difícil. Já mandei currículo, já mandei release, muita gente lá fora já conhece meu trabalho, tem contatos que fiz agora no começo do ano (no famoso Festival de Quadrinhos de Angouléme, na França) que podem vir a dar alguma coisa, mas que passa por um somatório de todas essas dificuldades.
CCJ: Tem alguns artistas brasileiros que estão fazendo um trabalho até mais autoral lá fora, como esses meninos Fábio Moon & Gabriel Bá...
FL: É verdade, que é uma linha, inclusive, mais próxima (a mim), por que o meu trabalho é autoral. Eu, durante a época que o pessoal tava fazendo muita coisa pra Image, aquele traço mais mainstream, Jim Lee e tal, eu já sabia que não teria chance nenhuma, por que na época eles não tavam querendo (coisas no meu estilo). Hoje em dia a galera tá mais aberta à essa coisa mais cartunesca, de um traço mais leve, mais desenho animado, e aí, talvez eu consiga.
CCJ: Você não pensou em procurar um agente em São Paulo, não?
FL: Eu gostaria muito, se eu souber de alguém...
CCJ: Não tem o Estúdio Artecômix, não são eles que fazem esse agenciamento, tal?
FL: É, a questão é que o pessoal do Artecômix, quando eu conversei com eles, a resposta que eles deram foi exatamente em relação ao meu estilo.
CCJ: Certo.
FL: Que não, não era isso que eles tavam "querendo vender". Então eles continuam apostando na venda fácil. No cara que desenha anatomicamente correto, então, que têm até um trabalho fantástico, Renato Guedes (Smallville), Ivan Reis (Adventures of Superman), tal. Têm um trabalho muito mais... apurado, digamos. Então essa linha continua sendo a linha mais garantida de retorno. Pra alguém apostar num traço meu, tinha que ser uma editora menor, uma Dark Horse, no máximo, uma Tokyopop, algo assim. E um agente. Eu tô até pra mandar uns trabalhos pr'um cara que eu soube que é agente em São Paulo. Mas aí não depende só de mim, entendeu? O que eu tô fazendo, eu tô fazendo cem por cento. Então eu faço muita história em quadrinhos para agências de publicidade, o pessoal das escolas e dos estúdios de quadrinhos de São Paulo já me conhece. Têm lá meu contato, sabe? Sabem onde me achar. No Artecômix tá lá. Meu fotoblog, tá lá. Se eles vão me chamar algum dia, pode chamar... Por enquanto não chamaram, e enquanto isso eu vou fazendo minha parte, não vou ficar esperando cair do céu, tô fazendo o Aú (graphic novel em estilo bande desinée que ele está concluindo), até o final do ano espero lançar. A Rota 66 (série de tiras que era publicada diariamente no Correio da Bahia, mas foi interrompida), todo mundo que gostou, que leu, me cobra que eu faça alguma coisa com ela. Só que, do mesmo jeito, já fui em São Paulo, já mostrei no Estadão, mostrei na Folha (de São Paulo), e tiveram a recepção mais fria do mundo. Até pensei em desistir de desenhar de tão frio que eles foram com uma tirinha que, quem é especializado e quem conhece,como Sidney Gusman (Editor chefe da revista Wizard Brasil e do site Universo HQ, escreveu o prefácio de Jayne Mastodonte 2) mesmo, que prega, sabe? Sidney...
CCJ: Ele é seu fã, né?
FL: É, ele me disse, "Flavinho, sua tirinha é do caralho. A Rota 66 é do caralho", saca? "Atenção, alô empresas, alô editoras, alô isso, alô aquilo"! Mas não sou eu que vou chegar e dizer (empurrando uma revista em minha direção, ameaçador): "publiiiiique minha porra"! Não! Tá aqui. Você quer publicar? Tá aqui, ó: (aponta para uma grande caixa de papelão no chão). A gente cata aqui, ó. Olha o tamanho dessa caixa aqui. São três anos, fora o que tá escrito, só no roteiro, aguardando eu publicar para entrar como inédita, ou seja: tem toda essa viagem, uma hora vai chegar a hora dela. O Aú, foi como eu te falei. Tá aí, há anos também...
CCJ: É verdade, na Jayne Mastodonte número um, de 1999, já tem um anúncio, "breve: Aú, O Capoeirista".
FL: O Aú é engraçado que eu vou fazendo assim, agora já tá quase no fim. Ele tinha nove anos quando eu comecei, hoje em dia já tá com 15. Tá mais pra Teen Titans (Novos Titãs, título da DC publicado em revista própria no Brasil pela Panini) do que pro que era antes, sabe? Barrigudinho, menininho, sacou? Ele cresceu junto com essa espera pela publicação. A Rota 66, que é uma coisa que eu gosto pra caralho de fazer, todo mundo que conhece elogia, até mais do que o próprio Jab, que tem uma linha mais lúdica, mais infantil, tá também ao alcance de qualquer um que queira publica-la. Tem uns três anos de tirinhas publicáveis aqui. Mas... passa por isso. Eu tô com um projeto com o Gonçalo há uns três anos. O projeto pronto tá há um ano na mão dele, tentando publicar lá em São Paulo. Gonçalo, um cara que já é sinônimo de sucesso garantido. Gonçalo hoje em dia é referência total. (OBS.: essa entrevista foi gravada no sábado, 12 de maio. Na terça 16, Gonçalo deu à ele a notícia de que o projeto conjunto dos dois, O Messias, finalmente será publicado pela Editora Ópera Graphica.) (Antônio) Cedraz, a duras penas consegue publicar o Xaxado, ganha os prêmios mais importantes da área...
CCJ: Cedraz é um cara valoroso...
FL: Ah, é, com certeza. É outra postura também, ele tem um estúdio trabalhando com ele, eu não conseguiria ter assistente, sabe, sou muito centralizador, sou muito chato! (Risos). Se rolar um agente, rolar um convite, serei o primeiro a levantar as mãos pro céu e dizer: "Pô! Cheguei aonde eu queria". Mas devagarzinho eu vou chegando. Essa coisa de ter sido selecionado pela Diamond, mesmo, começou de uma brincadeira. A mão começou a melhorar (da LER), eu disse, "deixa eu fazer um desenho mais bem acabado". Comecei a fazer o desenho do Escapista. Aí foi sem pressa, levei uns cinco dias com ele aqui, curtindo o desenho. Soube de site de fãs do Michel Chabon (autor do livro As Incríveis Aventuras de Kavalier & Klay, de onde surgiu o personagem Escapista), mandei e os caras selecionaram meu desenho e botaram lá, ombro a ombro com Brian Bolland (Camelot 3.000, A Piada Mortal), Will Eisner... Eu disse: NOSSA!
CCJ: Uma coisa que você fez de forma completamente despretensiosa, curtindo...
FL: É, e aí vem aquela vozinha na minha cabeça, sabe, dizendo: "o que eu faço realmente tem valor". E aí tem gente que chega pra mim e pergunta (faz um ar superior): "você continua desenhando aquelas besteirinhas"? Saca? "Tá, você desenha Cartum, mas e de trabalho, é o quê"?
CCJ: Nego não desiste enquanto não ver todo mundo engravatado trabalhando numa porra de um escritório...
FL: É, eu me formei em Administração depois de oito anos, pra ter uma cela especial, nunca se sabe... (Risos). Ainda mais tão chato (como eu sou), tão politicamente incorreto, tão revoltado, mas... Em relação a Diamond: dali (do site de fãs de Michael Chabon), já foi pro site da Diamond. Aquela escola de quadrinhos de São Paulo, a Quanta, entrou em contato, pediu também para colocar o desenho... Eu disse, nossa, será que agora eu consigo com um personagem meu, o Aú, quem sabe a Jayne agora com essa volta... A Rota, que eu acho que merecia melhor sorte, tem tanta tirinha ainda boa pra publicar dela... Tem tanta tirinha cabeça demais aí, que só faz rir os "modernos", sabe? Todo mundo que pegou a Rota riu pra caralho.
CCJ: É um lance mais acessível.
FL: É, acessível! Despretensiosa, e ao mesmo tempo, politicamente incorretíssima...
CCJ: Tem muita crítica ali, né? Eu vim relendo no ônibus, a caminho pra cá, até retirante nordestino você meteu lá no deserto americano (onde a tirinha se passa).
FL: É, botei retirante, botei Bill Clinton, axé... Botei tudo o que eu gostaria de sacanear e não posso, por que o pessoal se leva muito a sério aqui. Então a tirinha era minha válvula de escape. E quando eu soube que o jornal, por contenção de despesas cancelou a publicação, pensei: "não, vai ter uma série de emails pedindo que não, não cancelem"... Nããão!
CCJ: Nada.
FL: Não, eu saí, passei um ano fora do Correio (da Bahia) fazendo fisioterapia, e ninguém: "cadê o cara"? Ninguém. Agora, avise que o carnaval vai ter um dia a menos ou que fulaninho vai sair do grupo tal. Nossa! Essa cidade pára, vem abaixo, quebra-quebra! Quebrava-se ônibus antigamente por outros motivos. Hoje em dia... Já cheguei onde cheguei graças ao meu trabalho, graças à persistência. Muitos amigos meus deixaram de fazer quadrinhos para se tornarem profissionais liberais, ganhar mais dinheiro. Eu conheci o Sergio Aragonés (desenhista da Mad e criador de Groo, O Errante, entre outras coisas), e ele me falou uma coisa, talvez por esses anos e anos de vivência dele. Ele olhou meu portfólio em '96. Eu já tinha alguma coisa do Jab, um esboço do que seria a Jayne. Então ele olhou o meu trabalho assim e disse: "do caralho e tal. Mas saiba que seu caminho é o mais difícil. Mais difícil e mais bonito". Por que? Por que você olha um desenho meu e diz: "isso é Flávio Luiz". Você não fica na dúvida: quem desenhou isso aqui? Então eu tô nessa via de mão dupla, o caminho mais difícil e mais bonito. No dia que eu chegar lá, ninguém tira o meu lugar. Por que só eu faço. Como o cara do Snoopy, o cara do Calvin, o próprio Aragonés. "Ele disse: você tá na linha do cartum". Eu faço aquela ilustração do Escapista, você vê que existe um humor ali. Por mais que a história seja de aventura e tal. O cara que faz Os Simpsons também (Matt Groening), me disse a mesma coisa. Ele olhou meu portfólio e escreveu no minha revistinha dos Simpsons que eu pedi para ele autografar: "Keep cartooning". (Algo como: Continue fazendo cartum). De outra vez eu tava mostrando o portfólio numa mesa dessas (em convenção de quadrinhos), tava o Arthur Adams (desenhista da DC Comics), Mike Mignola (criador de Hellboy) e Jeff Smith (criador de Bone). Os três olhando meu portfólio e comentando entre eles "pô, do caralho" e tal. Aí eu olhava pra eles e pensava "nossa, esses caras estão achando meu trabalho do caralho". Então eu não vou me deixar abater por que fulaninho da Bahia, né, (faz voz baianesca), meu rei, tá achando que tá caro eu fazer o desenho do filho dele por dez Reais. Ele queria por cinco. Afinal, são duas crianças para desenhar numa folha de papel só. Quer dizer: o que conta é a folha de papel. Ou então a patricinha da Graça (bairro tradicional da burguesia soteropolitana) que diz: "ah, eu fiz um desenho em Miami, paguei 25 dólares". Eu disse: "é, mas você mesma tá dizendo que não ficou tão parecido quanto esse que eu fiz, né"? "É, mas foi em Miami"! Ou seja: eu desenho uma jaca e digo que é você, mas eu sou de Miami e você diz amém. Mas é isso, as coisas vão andando, meu nome tem rolado por aí. A Mosh! (revista carioca de rock e quadrinhos) já me pediu um material, Sidney (Gusman) vive fazendo... Eu viro pra ele e digo obrigado, ele vira pra mim e diz "porra, obrigado por quê? É minha obrigação, eu trabalho com quadrinhos e trabalho com o que eu acho bom. Se eu acho bom o seu trabalho, eu vou dizer que não"? E eu como autor, vou dizer, "não, eu não sou bom não, Chico. Vá entrevistar Dadá de novo, vá entrevistar Popó pra ele falar de choro e da feijoada da mãe dele pela milésima vez". Pô, nada contra Popó. Popó é do caralho, mas cada qual no seu cada qual. CHEGA TAMBÉM, entendeu? Vamo lá, vamo andar! Eu continuo estudando, continuo comprando gibis, vendo quem tá publicando, quem é quem. Posso não gostar de muita coisa que carinha incensa, posso gostar de coisas que carinha detesta, por que aí sou eu, ser humano, comum, não sou super não. Apesar de gostar do Super (Homem).
CCJ: Qual a sua criação preferida: Jayne Mastodonte, Aú, Rota 66, Jab?
FL: Politicamente correto seria dizer que todos são iguais e que todos são como meus filhos. Mas eu gosto mais mesmo é da Rota. Acho que é onde eu fui mais realizado mesmo. O Jab é uma coisa muito lúdica. A Jayne, eu brinco até dizendo que é meu lado feminino. Quando eu estou fazendo a Jayne ela é a bola da vez, só penso nela, só crio pra ela. O Aú eu tô terminando agora, então só penso no Aú. Mas o que é o Aú? É o baiano que eu sou. Ele vive numa Salvador que eu acho que existe também. É mostrar o lado, mas sem ser uma caricatura de negro, essa caricatura de baiano que pulula hoje em dia na nossa cidade. O Aú é meio que uma resposta pra isso também, sacou? No Aú, o nome do Aeroporto é 2 de Julho (data da independência da Bahia, mudado pelo senador ACM para Aeroporto Deputado Luís Eduardo Magalhães, quando do falecimento do mesmo). Se por isso eu não vou conseguir patrocínio, eu não sei. Talvez eu consiga lá fora. Ele gosta de blaxploitation, faz capoeira, mas curte jazz...
CCJ: É um capoeirista esclarecido, digamos?
FL: É um capoeirista cosmopolita. Agora, antes de tudo ele é um capoeirista, um cara que tem sua vida pautada pela filosofia da capoeira, que respeita a capoeira, que não faz dela um circo. A apresentadora de TV veio e disse, "ah, você fez esse capoeirista muito bonitinho"! Como assim? Ele é lindo! É para ser lindo, mesmo! Veja esse Pelourinho, olhe como tá limpo, bem pintado. Ele vai combater os problemas e tal, nas aventuras dele, mas sem entrar em nenhuma conotação política ou de grandes causas, por que não é isso. Não é esse tipo de história ou de humor que eu quero contar. É puro entretenimento, entendeu? Agora, entretenimento com conhecimento, ele é um cara safo, porreta, ele vai usar gíria, vai ser bom anfitrião... Mas ele também corre atrás de cumprir o horário dele, de resolver as coisas de uma forma mais rápida, sem... "ah, semana que vem a gente vê isso", sabe? Passa por aí. A Rota 66 eu digo que gosto mais por que se a gente for lá no fundo, no fundo, no fundo, eu comecei a colecionar quadrinhos com as coisas que eu lia no Gibi Semanal, Kid Farofa, que é um clássico pra mim, Snoopy... Eu olhava pro Charlie Brown e dizia "nossa, sou eu"! Talvez por isso eu goste da coisa da tirinha, do timing, da pressa da tirinha, eu sou um cara meio agoniado, então eu prefiro sentar e fazer 40 tiras como eu fazia - desenhar, não, desenhar, eu fazia umas nove por dia, o que já é um ritmo alucinado. Às vezes sentava e saíam 30, 40, 50, 60 tirinhas, aí Lica (esposa de Flávio) vinha e dizia, "Fau, tá bom, descansa a cabeça um pouco agora". Eu mergulhava nesse universo. Que é o que me salvou, digamos assim, entende? Eu sonho em quadrinhos. Quando levo muito tempo sem comprar um gibi, eu sonho (comigo mesmo) comprando gibis que não existem, visitando lojas de quadrinhos que não existem! (Risos).
CCJ: Você tem lido Marvel e DC ou seu negócio é só europeus e independentes, mesmo? Você tem se mantido atualizado?
FL: Eu tenho lido a Wizard Brasil para me atualizar e tenho comprado uma ou outra minissérie. Nada de linha. Não gosto dessa coisa da Panini de enfeixar três, quatro revistas numa só. Gostaria muito de colecionar Os Supremos (versão modernizada dos Vingadores, publicada na revista Homem Aranha Millenium), mas sei que ela vem junto de outras, então eu não gosto, não compro. Então fico mais nas minisséries, coisas antigas Os Maiores Clássicos do Quarteto Fantástico, Os Maiores Clássicos do Homem Aranha... Entre comprar Marvel ou DC, eu vou pelo herói. Da Marvel eu gosto do Homem Aranha, dos X-Men. Da DC eu gosto do Batman. Então, eu escolho mais pelo herói do que pela editora. Gosto das coisas européias, que aí eu mando buscar, vou direto na fonte. Os clássicos, Corto Maltese... Tô querendo comprar algum Timtim, que não tenho nada, é importante ter na coleção. De mangá, só o Lobo Solitário mesmo. Tentei gostar de outras coisas, mas vi que não é o meu timing... Anime, eu só assisto com o dedo na tecla FF, acelerado, se ficar muito na contemplação de imagens eu perco a paciência. Coisas muito alternativas, eu não compro. Gosto do Madman (de Mike Allred, recém-lançado no Brasil pela Pixel Media), as coisas dos gêmeos Fábio Moon e Gabriel (Bá) eu gosto muito, compro. Mas tô meio ressabiado hoje quando chego na banca. Não arrasto tudo como antigamente, não.
CCJ: Quais são seus planos pro futuro? Você está concluindo uma graphic novel (Aú, O Capoeirista), como você acha que vai publica-la? Você acha que consegue publica-la aqui no Brasil ou vai tentar alguma editora lá fora?
FL: Eu vou fazer o seguinte: eu vou termina-la e vou envia-la tanto para o pessoal em São Paulo, quanto para o pessoal fora do Brasil, quanto eu mesmo... Vou soltar três cavalos pra correr. O que chegar primeiro lá na frente ganha. Mas em termos de futuro, de planos, eu gostaria muito de ficar só com meus personagens. Ter uma base regular de venda da Jayne, voltar a publicar a Rota e com eles fazer um merchandising bacana de bonequinhos...
CCJ: Caneca, camiseta...
FL: Caneca, camiseta, sabe? Nisso eu sou completamente diferente do Bill Waterston (criador de Calvin & Haroldo, que nunca permitiu o uso dos personagens em outros produtos que não as próprias tiras), meu negócio era realmente ver meus personagens desfilando nas ruas, desfilando. Por que é o que eu acho que vai ficar meu, né? Gostaria muito que o Aú viesse a crescer também como eu acho que merece, sei lá, virar depois um filminho, uma animação com os personagens da Rota... Eu penso nisso. Botar um site com animação, com game, por que eu acho que eles têm essa pegada mais... pop. Os "capitalistas" são eles, né? E viver disso, mesmo. Ter grana suficiente pra poder viajar de vez em quando e comprar meus gibis. De vez em sempre.
CCJ: E por que não tá rolando mais de publicar as tiras?
FL: Eu cheguei a mandar para os jornais e sei que aqui a gente não tem a cultura dos syndicates, então eu espero fazer um livro de tiras. Quero botar as tiras no formato livro e ver se dá certo, como tá dando pro Níquel Náusea. Não sei se em preto & branco, ou colorido como eu gostaria. Vai virar livro. Já que não há a possibilidade por aqui de viver graças à um syndicate. Tem no meu fotoblog (várias tiras), espero colocar mais. Não vou colocar todas senão, o livro perde a graça. Tem horas que eu paro e fico querendo criar coisas novas, mas tem que dar conta ainda dessa turminha, que eu já criei e que ainda tem muito pra mostrar.
CCJ: Você é mais o tipo criador solitário, sem muita parceria com roteiristas, né? Tem uma com o Gonçalo...
FL: É, verdade, eu sou muito centralizador, quero muito ter o controle total, então não funciona muito comigo. Claro que se alguém me vier com um baita roteiro e me der a honra de ilustrar, eu não tô fechado, claro. Eu sabendo a procedência também... Gonçalo, nossa! Eu já conhecia ele, já sabia da sua capacidade de ser roteirista antes dele fazer os álbuns que ele está fazendo. É meu amigo. Só que, quando é alguma coisa que não tem muito a ver com meu traço, meu estilo, minha maneira de contar uma história, nem pego, por que já sei que não vai ser legal. Trabalho com publicidade, já fiz coisas com roteiro de muita gente, mas... não é meu. É um trabalho que eu faço para outros. É diferente. Mas minhas coisas eu prefiro fazer sozinho. Meus personagens, eu sou meio ciumento pra eles.
CCJ: Pra encerrar: se você pudesse ser um personagem de quadrinhos, super herói ou não, qual seria?
FL: Ah, Plastic Man (Homem Borracha)!
CCJ: Sabia que cê ia dizer isso!
FL: É o Plastic Man. Inclusive o pessoal quando vem aqui em casa, olha, diz: "parece você". Minha mulher quando lê, diz "nossa, mas ele tem um jeito seu, mesmo"... Agora, se for pra revelar mesmo "quem é você no mundo dos quadrinhos", eu sou Charlie Brown! (Risos).
AGENDÃO! AGENDÃO! AGENDÃO!
HORA DO ROCK 25.05 - No Hora do Rock de hoje vai rolar Flaming Lips, Mercury Rev, Radiohead, Charlatans, Delgados, Weezer, Elefant, The Coral, Hard Fi, The Subways, Death Cab For Cutie e Fountains of Wayne. Para ouvir: toda quinta, às 21h, na Globo FM (90,1), ou www.gfm.com.br para quem não mora em Salvador.
SÃO SERÁ O BENEDITO - Nildão e Renatinho lançam "São Será o Benedito" . Do release: Os designers gráficos Nildão&Renatinho lançam dia 25 de maio (quinta-feira), a partir das 19 horas, na Sala de Arte Cinema do Museu no Corredor da Vitória "São Será o Benedito e outros santos geneticamente modificados", uma coleção de doze postais e de um pôster colorido. O trabalho da dupla é uma releitura pop do universo iconográfico da Igreja Católica que visa oferecer novas opções de santos no mercado com a intenção de suprir e contemplar inúmeras solicitações vindas dos próprios fiéis. Como exemplo eles citam a preocupação dos devotos cujos arquivos digitais estavam ameaçados por vírus ou descargas elétricas e que agora se sentem muito mais seguros e protegidos graças a criação da Nossa Senhora do HD, uma santa de interface amigável e compatível com qualquer ambiente virtual. A coleção de postais custa 10 reais e o pôster 40x60 sai por 5 reais cada um. Após o lançamento os trabalhos serão vendidos no circuito Saladearte, Mídialouca no Rio Vermelho, Pérola Negra no Canela e no Rama Restaurante na Barra. Nildão é designer e cartunista e Renatinho da Silveira além de designer é professor da Faculdade de Comunicação da Ufba e segundo eles, quem não for ao lançamento é mulher do padre.
OS MIZERAVÃO - Não adianta correr, pra onde você for, eles te pegam: Rock, Disco, Country, Metal, Brega, Punk Rock, Pop...a proposta dos "Os Mizeravão" e tocar aquilo que te toca. Vai lá, todo mundo vai, até os Mizera Vão! Banda de Abertura: Os Infames. Dubliners Irish Pub (Porto da Barra), Quinta, 25 de maio, Horário:21 horasIngresso: 10 reais (com direito a 2 cervejas).
Koyotes, Sindirock e Tudomundo - 26 de maio, sexta, 22h30, no Dubliners Irish PubPorto da Barra. R$5 + R$5 (consumo).
Theatro de Séraphin e Ronei Jorge & Os Ladrões de Bicicleta - 26 de maio, sexta, 20h, no Instituto dos Arquitetos do Brasil - IAB Ladeira da Praça, Centro. R$5,00.
Sangria, Theatro de Séraphin, The Honkers - Aniversário de 3 anos do programa Rock'n'Geral (Educadora FM)26 de maio, sexta, 22h, na Zauber, Ladeira da Misericórdia, Centro.
Boogie Insurgente - Big Brother & convidados - 26 de maio, sexta, 22h, free. Espaço Insurgentes, Rua do Carro, Nazaré.
Britbox - com a banda Plane of Mine e ZecaCuryDamm. Discotecagem "brit" com o dj Lucas Albarn; Dias: 06, 13, 20 e 27/05 (Sábados); Horário: 21:00; Local: The Dubliners Irish Pub (Av. Sete de Setembro, 3691 - Barra - Próximo à Praia do Porto)Ingresso: R$ 10,00 (com direito a 2 bebidas *); * Refrigerante, cerveja ou águaNão aceita cartões de crédito/débito, nem cheque. Informações e venda antecipada de ingressos: Marcio - 8116-4374 http://www.planeofmine.com/ www.myspace.com/planeofmine
1 Ano de Nave - Discotecagem até amanhecer em 2 pistas simultâneas, com os DJs: Janocide / el Cabong / Boris / Gabi Perdicta / djgo / Messiah / Ramon Prates / Albarn / Big Bross / Sompeba / Sputter / Silvis - Indie - Pop - Glam - Punk - Garage - Lo-Fi - Rock Brasil - Shoegaze - Black - Electro - 50´s - 60's - 70's - 80's - 90's - 00's - Serviço: 27.05.2006 23h R$10 Seven Inn Rua da Paciência, 88 - Rio Vermelho Contato: festanave@gmail.com Fotolog: http://www.fotolog.net/nave_
ROCK DE BATOM 2006 - 3ª Edição - Bandas: Apnéia, Nitroh, Cox, Ulo Selvagem, Tilt - Clube de Engenharia (Espaço Pop Dance): Rua Carlos Gomes, nº 31 (ao lado da esquina do Sodré) - Centro, 27.05 Sábado, Horário: 20:00h Ingresso: R$ 7,00
LISERGIA e JANQUIS - 27.05 Sábado, Horário:23 h. Zauber Multicultura (Ladeira da Misericórdia, nº 11, atrás da prefeitura).
Chico, vc já viu a programação do Animapet que começa amanhã na FACOM? O tema é terror, horror e gore. Vai rolar exibição de A Noite dos Mortos Vivos, Nosferatu, The Call of Cthulhu (entre outros filmes), e palestras sobre a poética dos filmes de terror e sobre Zé do Caixão. O melhor, é 0800.
ResponderExcluirAcabei de ver no Caderno Dez de hj, Gabriela. Pena que não dá pra quem trabalha, por causa do horário...
ResponderExcluirMas fica aí a dica, de quarta a sexta, na Facom, exibição e palestras sobre "a poética do filme de horror" (ai, ai), sempre das 14h às 18h. A parada é gratuita. Quem tá de bobeira e guenta aquele papo acadêmico todo, que se jogue...
http://animapet-4.blogspot.com.
Terror, mas terror mesmo, deve ser assistir a uma palestra de Wilson Gomes sobre a poética dos filmes de terror.
ResponderExcluirAh, sim, Franchico, o monólogo, ops, a entrevista tá muito boa.
Eu num queria dar nome aos bois, mas já que vc o fez, fico muito grato, seo Françuel...
ResponderExcluirQuanto ao monólogo, fico feliz de ter podido dar voz à esse cara que tava cheio de coisa entalada na garganta - e com razão - louco pra desabafar, falar com alguém que falasse a mesma língua que ele. Foi a melhor entrevista que já fiz na vida. Não que já tenha feito trocentas outras, mas... pra mim foi muito bom. Até porque, várias coisas que ele fala aí são mais ou menos as mesmas que vimos falando aqui há tempos, mas com uma outra visão, a do cartunista...
Ah: amanhã, quarta-feira, a versão light (devidamente editada) e com mais ilustrações dessa entrevista estará disponível no site Pop Balões. http://www.popbaloes.com
ResponderExcluirO ótimo site Universo HQ estreou um esperto blog, cheio de curiosidades e observações interessantes sobre quadrinhos de ontem e hoje. Confiram aqui:
ResponderExcluirhttp://universohq.blogspot.com/
O inferno pessoal de franchico ( alguém lembra do episódio de eek the cat?) vai ser passar a eternidade em aulas de pós-graduação batend papo acadêmico. êta homi que não gosta da academia!!
ResponderExcluirBesos
Iris
Fala, Íris!
ResponderExcluirVem cá, cê já foi aluna de W.G.? Aluna, aluna mesmo, não é de assistir palestra, não.
Aí, tem duas possibilidades: ou vc nunca foi e nem sabe do que está sendo poupada; ou foi e gosta da coisa mesmo.
Nada contra a segunda possibilidade, mas eu dei graças a deus qdo saí de lá e não tinha mais que aturar aquele porre!
Nada pessoal contra W.G. tampouco, que até hj me cumprimenta qdo nos encontramos por aí, mas... Não é p/ mim.
façamos um boneco de judas em homenagem a W.G.!!
ResponderExcluir( nem sei quem é o homem coitado, mas jáqcstão falando...)
bjosss
i.
pelamordeneilyoung, vamo parar de falar no cara, vai que daqui a pouco ele aparece aí...
ResponderExcluir;-)
Beijo pra Íris, abraço pro Gustavo!
Hahahahahaha eu me amarro em W.G., de verdade!! Ele foi meu professor em uma disciplina de análise fílmica na especialização que fiz na Jorge Amado, e foi do caralho. As aulas foram boas e a relação com os alunos tb. A galera tinha pânico de conhecer ele, por causa da fama, mas para todo mundo a surpresa acabou sendo muito boa.
ResponderExcluireu AMO essa diversidade!!!
ResponderExcluirIris
Tem um texto fantástico - de um jornalista português, Jorge Mourinha - sobre o disco novo de Bruce Springsteen, "We shall overcome: The Seeger Sessions" no Scream and Yell. É meio longo mas vale a pena ler - principalmente para quem está lendo ou já leu o Crônicas de Bob Dylan.
ResponderExcluirhttp://www.screamyell.com.br/
Coincidentemente, terminei de ler o Crônicas hj mesmo, agora há pouco. Gloriosamente sentado no troninho do banheiro...
Oquei, esse último detalhe foi totalmente desnecessário. Apaga, apaga.
ResponderExcluirA rede CBS e a America on line lançaram um novo reality show com um conceito louco: 13 caminhões recheados de barras de ouro escondidos pelos EUA. Ganha quem encontrar primeiro através das dicas dadas no programa, site e revistas. Pode ser qualquer pessoa. $$$$$$$$$, muito $$$$$$$$$. Vai ter é gente se matando nessa Gold Rush, isso sim, querem apostar?
ResponderExcluirhttp://www.omelete.com.br/tv/news/base_para_news.asp?artigo=17978
não estudei na facom nem nada parecido, mais conheci W.G. por outros caminhos, e pelo que gabriela escreveu é mais com a sindrome do professor de garduação da UFBA, uq e senti a necessidade de se impor pela antipatia e pelo mau humor.
ResponderExcluirBastra sair desse universo pra virar uma pessoa normal.
Ah, isso aqui é bom demais: confiram o preview do álbum do Capitão Presença, criação do cartunista Arnaldo Branco, que vai sair pela Conrad. E dê uma prensa.
ResponderExcluirhttp://www.lojaconrad.com.br/trecho/presenca_p1.asp
Deu numa rádio americana que essa música nova do Red Hot Chili Peppers, Dani California, é plágio de Mary Jane's last dance, de Tom Petty, linda faixa que consta apenas no álbum Greatest Hits (1993), como inédita. Engraçado, eu só ouvi essa música (a do RHCP) uma única vez, mas não pesquei a "referência". Vou prestar mais atenção da próxima vez.
ResponderExcluirhttp://www.sobrecarga.com.br/node/view/10117
o red hot queria. mary jane é obra-prima.ja que mencionaram, alguma coisa do andamento da musica lembra a cadencia da musica do Petty, mas o chorus nada a ver, o tema tem a ver: garoto/garota de cidade pequena vai pra cidade grande e a vida muda(não necessariamente pra melhor).logo vi, dani é boa demais pra ser ideia original dos red hot( heheh just joking)
ResponderExcluirA propósito do assunto, vou incluir a original do TP no próximo podcast do Rock Loco, para quem quiser conferir a semelhança. Logo, logo, aqui mesmo.
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