Eu não sabia onde estava me metendo quando resolvi entrevistar Flávio Luiz. Conheci-o quando trabalhei - por um breve período - no jornal Correio da Bahia, onde ele até hoje trabalha, apesar de estar de licença médica há alguns meses devido à uma inconveniente LER (Lesão por Esforço Repetitivo). Nossa empatia foi imediata. Fãs enlouquecidos e apaixonados por quadrinhos de todos os estilos e épocas, logo estávamos trocando revistinhas e muitas idéias e referências que vínhamos colecionando ao longo da vida. Tive a honra de ter algumas de minhas matérias brilhantemente ilustradas pelo seu traço firme, carregado de influências dos cartunistas da Mad, da bande desinée francesa e dos comic books americanos de John Byrne (X-men, Punho de Ferro), entre outros. Quando fui saído do Correio (ali pelo finalzinho de 2003), meio que perdi o contato de Flavinho, mas nunca deixei de admirar seu trabalho. Retomei-o só recentemente, quando soube que, finalmente, ia lançar o número 2 de sua revista Jayne Mastodonte, com uma festa na Companhia da Pizza (cujo proprietário, o famoso Portela, é também fã de Flávio, basta ver que vários dos jogos americanos e postais do estabelecimento são assinados por ele). Perdi a festa, mas entrei em contato para adquirir meu exemplar da Jayne em sua mão. Daí para entrevista-lo para o Rock Loco e para o site Pop Balões, foi um pulo. Profissional premiado, respeitado no meio quadrinhístico e requisitado por grandes empresas do sul do país para ilustrações que decoram desde latas de cerveja até capas de CD (ele está criando a arte do próximo CD da banda carioca Dibob) e aos poucos sendo descoberto no exterior (já teve três - lindas - ilustrações exibidas pela poderosa distribuidora Diamond Comics, a maior dos EUA, em sua seção Previews, aqui), Flávio ainda se queixa de ser pouco reconhecido na sua terra natal. Será que ele está errado? Acompanhe seu raciocínio rápido, seu estilo metralhadora giratória, histórias malucas e queixas nessa conversa franca - de nerd para nerd. E tire suas próprias conclusões. (Observação: essa é só a primeira parte da entrevista - o lado A de uma fita de 60 minutos. O lado B eu publico aqui assim que terminar de transcrever).
E eis que, enquanto eu ia postando esse material aqui, Flávio me liga para contar aos pulos que sua graphic novel O Messias, criada em parceria com o roteirista e jornalista Gonçalo Júnior (A Guerra dos Gibis, entre outros livros), será publicada pela Ópera Graphica. "Foi você que me deu sorte, Chicão"! Exclamava Flávio louco, do outro lado da linha. Que sorte que nada, Flavinho, O talento de vocês dois é que determina tudo. Que sorte que nada...
Ah, quase que eu me esqueço: para comprar sua cópia de Jayne Mastodonte número 2, é só mandar um email para flavioluizcartum@uol.com.br. Quem mora em Salvador também pode encontrá-la em algumas bancas pela cidade, na Pituba (Banca do Bené), Ondina, Graça e Corredor da Vitória. Recomendo, e em breve posto resenha dela aqui também e no site Fanboy.
Chico Castro Jr.: Começar do começo: qual foi sua primeira revista em quadrinhos, a que você lembra assim de ter mãos, lido, pirado e dito: "é isso aqui que eu quero fazer na minha vida"?
Flávio Luiz: Eu lembro da primeira revista em quadrinhos que eu tive em mãos, mas a revista que eu pirei e disse "é isso que eu quero fazer na minha vida" foi anos depois. Então são duas. A primeira foi em 1969, meu irmão indo comprar um acarajé, me veio com uma revista do Príncipe Namor, uma aventura com os Inumanos na capa. Eu tenho essa revista, digo, mandei buscar nos Estados Unidos.. Mas a primeira revista que me fez dizer ?é isso? foi a X-Men (americana) número 111, desenhada por John Byrne, com roteiro de Chris Claremont, de 1978.
CCH: Era os X-Men contra quem?
FL: Magneto. Digo, eles ainda não sabiam que era Magneto o vilão por trás da trama, era uma coisa deles no circo contra Mesmero, só que quem tava por trás era Magneto.
CCH: Eu me lembro de ler essa historinha numa Superaventuras Marvel, já nos anos 80.
FL: Eu chorei copiosamente quando a Fênix morreu.
CCH: Foi mesmo?
(Risos)
FL: Era X-Men maníaco desde menininho, mesmo. Enlouquecido. Daí comecei a querer fazer (quadrinhos), tal. Eu já colecionava, eu vou lhe dizer, era uma fase tão rica de títulos, tinha até as edições da (Editora) Bloch, do Iron Fist (Punho de Ferro), entendeu? Mas de impacto mesmo, de eu dizer "não, não existe coisa melhor no mundo", foi essa X-Men 111. Tanto é que eu tava até procurando para te mostrar.
CCH: E aí você começou a fazer cedinho, né? Ainda garoto.
FL: É, com 11, 12, na escola, um colega meu que já fazia e me mostrava e ele viu que eu desenhava cenas e super heróis, veio e disse "vem cá por que a gente não faz junto"? Aí eu fazia junto, e era na caneta Bic mesmo, pegava um caderno escolar, só fazia tirar a capa e aí passava tardes, dias mesmo, afundado ali. Estudava, lia coisas que para a minha idade eram cabeça demais. O pessoal ia pra rua, jogar vôlei, jogar bola, paquerar. Eu entrava na biblioteca e lia sobre o buraco negro, a explosão da supernova, essas coisas.
CCH: Pra dar idéia (pras historinhas)?
FL: Pra acompanhar o raciocínio que sobrava, que eu acho que é uma máquina. Quando a gente lê sobre os caras que faziam gibi, é isso: eles viviam fissurados em ficção científica, os caras que faziam o Super Homem...
CCH: Gardner Fox.
FL: É? NERD! Eu engano bem, mas eu sou nerd na alma, minha alma é nerd, certo? Eu tenho uma cara de bad boy, descarado, essas coisas, mas... NADA! Saca? Deixava de ir pras festas, as festas rolando, eu dizia "não, hoje tem Mulher Biônica" (seriado dos anos 70, spin off do Homem de Seis Milhões de Dólares, de Lee Majors).
CCH: Mulher Biônica?
(Risos).
FL: Eu era fã, apaixonado pela Mulher Biônica. Era um absurdo. Ficava sozinho, não saía, festa de aniversário, de parente? Era Homem Biônico, Mulher Biônica...
CCH: Você viu o episódio que é um crossover, que eles se encontram, têm uma missão juntos?
FL: Isso, eles se casam, depois tem aquela coisa do filho... Lembro disso tudo. Tem uma coisa na Mulher Biônica, por que eu gostava dela também? Ela era a cara de uma colega minha que eu era apaixonado, era a menina mais bonita da sala, era aquela coisa (cantarola a música de Lulu Santos:) "a menina mais bonita, também era a mais rica", e eu deitado em casa escrevendo gibi, entendeu? (Risos) Meu negócio era desenhar, ler gibi e assistir desenho animado. E até que, hoje em dia, continua a mesma coisa, entendeu?
CCH: Sei como é, eu me lembrei daquela música do Léo Jaime, que dizia "você vai de carro pra escola e eu só vou a pé, você tem amigos à beça e eu só tenho o Zé"!
(Risos)
FL: Eu só tinha o Marcos! Hoje ele é professor da UFBA e arquiteto. A Jayne (Mastodonte) nº 1 é dedicada à ele, é meu amigo há... 33 anos.
CCH: Desde guri, né?
FL: É. Do 3º ano primário até hoje, imagine? Unha e carne. Diga aí, que mais?
CCH: Influências. Quais são as principais no seu trabalho?
FL: Um pouquinho de tudo. Começou com a revista Mad, com o Gibi Semanal, que sempre tinha o Will Eisner, então só aí, já entra influência do lado do Will Eisner, das tirinhas, do humor da Mad, Harvey Kutzman, Jack Davis, Don Martin, todos os caras da Mad, Mort Drucker... Aí já entra caricatura, (fica pensativo) vamo lá, pererê, parará, (Editora) Ebal, com o Super Homem de Curt Swan, Capitão Marvel de C.C. Beck, Sargento Rock de Joe Kubert, todos aqueles títulos da Ebal, mas principalmente, John Byrne, que era assim, "Deus no céu, John Byrne na Terra".
CCH: Mas não hoje em dia, né?
FL: Não, hoje em dia... ainda ele, mas com certeza, outros, além dele. Hoje em dia já tá...
CCH: O cara tá meio gagá, né?
FL: É, ele tá pior do que era.
CCH: O cara "involuiu".
FL: Tem que saber a hora de parar, não dar uma de Romário...
CCH: É inacreditável o que aconteceu com ele e Chris Claremont, eles caíram muito, muito. Eu não consigo ler mais nada do Chris Claremont. Eu pulo as histórias dele numa revista.
FL: Confesso à você que eu não leio mais também, não. Hoje em dia eu só tenho pegado assim... é como eu te disse (antes da entrevista), eu tô pincelando muita coisa, é Kyle Baker, Alan Moore, Will Eisner (esse nunca deixou a peteca cair)... Muita coisa antiga, tô retornando àquela coisa de ler o que eu lia com 14 anos e que hoje em dia eu posso comprar no original, sem ser naquele infame formatinho. Por exemplo... Batman, eu gosto da linha Batman Adventures (revista no estilo do desenho animado). Não sigo (as revistas da cronologia oficial). Não sei o que é Azrael, não sei nada mais da revista de linha, mas eu sou fã do Batman do desenho animado, da revista do desenho, onde a historinha começa e termina no mesmo número.
CCH: E o Batman fase Neal Adams (desenhista dos anos 70 que resgatou o aspecto sombrio e ameaçador Homem Morcego pós seriado cômico dos anos 60)?
FL: Sim, gosto, lembro. Mas eu era mais o Batman Jim Aparo (outro desenhista, contemporâneo de Neal Adams). Batman de Superduplas (revista da Ebal)?
CCH: The Brave and The Bold (o título original da DC), né?
FL: É, isso. Comprava também Lanterna Verde, Flash, comprava de tudo. Mas se for fazer uma peneirada, eu gosto de Batman, gosto de coisas com um toque de humor, tipo Plastic Man (Homem Borracha no Brasil), do Capitão Marvel (Shazam), muito mais do que Super Homem. Quando ele começou a ficar muito certinho, cortei. Homem de Ferro, eu também gostava muito... Gostava de tudo, mas tinha essas predileções. Punho de Ferro, Raio Negro (Black Lightning, herói negro da DC), eu gostava desses personagens, achava que era mais safo, os personagens muito certinhos, eu não tenho muita paciência, não. Eu gostava dos problemáticos, sofridos...
CCH: Luke Cage (Herói de Aluguel, personagem da Marvel)?
FL: Ah, adorava... Jonah Hex?
CCH: Também adorava Jonah Hex! desenhado por Tony de Zuñiga, né?
FL: É, eu tenho aí alguma coisa. Aliás, não. Troquei com o Gonçalo (Júnior, jornalista baiano especializado em quadrinhos, autor de A Guerra dos Gibis, entre outros livros). Tinha, mas de vez em quando eu faço uma peneirada e aí ele sobrou. Bom, influências: Uderzo (criador de Asterix), Ibáñez, do Mortadelo & Salaminho, chorava de rir. Morris, por conta de Lucky Luke, que também era com Goscinny...
CCH: Por sinal, aquele filme do Mortadelo & Salaminho (nas locadoras) ficou devendo, não?
FL: Não acho, não, eu gostei.
CCH: Eu achei que o estilo cartunesco tá bem reproduzido, talvez até demais, exageraram tanto que se perdeu, não foi, não?
FL: É, a gente sempre tem a vontade de ver um filme melhor, que nem o próprio X-Men ou o Homem Aranha, ou o Batman...
CCH: É, o Homem Aranha (filme) ficou meio certinho, limpinho demais... Já o X-Men é mais... bem sucedido, talvez.
FL: O Mortadelo & Salaminho muita gente estranhou por que? é o humor espanhol, você entendeu? Eu morei um ano lá, então eu entendo por que é daquela forma, eles adoram de uma hora para a outra cantar uma musiquinha, neguinho morria de rir. Eu fiz um curso lá e a galera tinha esse tipo de coisa, de contar uma piada e botar uma musiquinha... É uma coisa que no filme você vê ad nauseum, mesmo, a mulher tá cantando na rua, lá, lá, ri, ri, ri, aí cai um vaso na cabeça... Isso eles morrem de rir, e eu olhava e dizia, "porra, velho, por isso"? Então tem esse lado, de gostar por que foi feito - mais do que da forma como foi feito. É que nem aqueles desenhos animados da Marvel, aqueles recortados da revista (feitos nos anos 60, clássico das tardes de quem mais de trinta anos). Se você for olhar em termos de animação, é uma bosta.
CCH: São desenhos "desanimados".
FL: Aquele (desenho do) Super Homem do Michael Fleischer, nos anos 40, é muito melhor. Muito mais bem feito tecnicamente. Mas é como a gente tava falando antes da Mulher Biônica, hoje em dia não tenho mais saco de assistir nem... meio intervalo de um filme desse. Meu Deus, como era...
CCH: Tosco, né?
FL: Mas é por que satisfazia outros anseios, né? Eu ficava, sei lá, me realizava de outra forma. Hoje em dia, com 42 anos, (faz gesto de distanciamento) você já olha de um certo... né? Um "certo" só, por que eu continuo babando. Então tem isso. Quadrinho nacional eu gostava de Maurício de Souza, claro, Cebolinha mesmo, eu comprava desde o número um. Gostava de Ziraldo, com o Pererê, mais até do que o Cebolinha. E gostava de Gabola, do Perotti.
CCH: Era um macaco, né?
FL: Era um macaco, que tinha um maracá, que eu achava assim, um sonho! (Risos) Tinha tudo, quando minha mãe jogou fora essa coleção, foi uma das minhas maiores perdas, entendeu? (Fica enfático) Depois da perda de meu pai, foi uma das maiores perdas da minha vida, sacou?
CCH: Foi sua coleção de Gabola!
FL: É, foi a coleção do Gabola... Heróis da TV, tava tudo dentro de uma caixa, começou a dar uma traça, um belo dia eu cheguei "minha mãe, cadê minha caixa de revistinha"? "Ah, meu filho, joguei fora, depois você compra novas?... Eu: "NÃÃÃÃÃÃÃÃÃÃÃÃÃÃÃOOOOOO!!!!!!!!! Não, não, não!!!" (Risos). Trauma. Um dos 150 traumas de infância, esse foi um. Mas voltando: colecionava algumas coisas de quadrinho nacional, depois tive algumas coisas da Chiclete com Banana, Mad, comecei a comprar a Mad até numa idade precoce, com oito, nove anos eu tava lendo a Mad, que era uma coisa mais adolescente. Aí depois, na época da Chiclete com Banana, eu já tava voltado mais pro lúdico, tava curtindo muito Asterix, e tal. Lia (a Chiclete), gostava, mas não com o mesmo deslumbramento (que rolava na época). Achava muita coisa gratuita, desnecessária, sem graça.
CCH: O lance que eu acho da Chiclete é que eles exageravam às vezes, na coisa de chocar, da putaria, das drogas, por causa da época, né? Nova República, um suposto fim da censura, então eles queriam mais era meter o pé na porta mesmo, soltar tudo o que ficou preso tanto tempo.
FL: Aí é que tá, eu era "espertinho" pra caralho, né? Meu primeiro gole de cerveja foi com 18 anos. Tudo bem que depois eu já tomei muitos porres homéricos, e até outras coisas, mas... Eu era malhador, saca? Fazia triathlon. O underground nunca me seduziu assim, enquanto glamour e postura de confronto. Minha resposta pra isso tava no desenhar, no fazer piada, brincar com todo mundo. Nessa coisa de enganar bem, eu andava com os bad boys, com os doidos, mas chegava na hora, pegava e dizia "galera, vou nessa, estudar pra prova, sacou"? Eu era o cara que fazia as brincadeiras mais loucas, só pra ilustrar isso, pra você entender melhor, eu fui "convidado" a me retirar do colégio em que estudava, (mesmo) com o diploma de melhor aluno do colégio. Por que eu tirava dez. Em outubro eu já tava de férias. Mas aí eu continuava indo pra dar pesca pros colegas. Pescas mirabolantes. E aprontava mesmo, badernava, fazia caricatura da diretora vestida de harpia, com asas e garras, atacando os alunos... Era um Tazmania, e ao mesmo tempo, o cara mais correto em termos de experiências, digamos, lisérgicas ou qualquer coisa assim. Uma colega minha me chamava de "Metamorfose Ambulante", por que um ano antes, eu ia estudar buraco negro na biblioteca, no outro ano, fui ver "outro tipo" de buraco negro na biblioteca (risos). Pra mim era ótimo, mas o pessoal ficava sem entender: "mas você é tão bom aluno!?. Eu digo "sim, eu continuo bom aluno, mas vamo lá, né, a vida também é isso". Sem precisar, claro, deixar de viver. E nêgo não acreditava, saca? Um dia saí arrastado por um carro cheio de cerveja, segurando no pára choque e queimei meu All Star que nem esse que você tá usando, ficaram uns quatro ou cinco dedos de fora... Eu fiquei do Porto da Barra até a frente do Hospital Espanhol, existia ao lado da linha do trânsito a linha dos meus dois tênis, sendo arrastado de carro. Passou um carro cheio de cerveja, eu disse: "é meeeeeuuuu!!!!!!!", eu pá, segurei, um cara disse (faz cara de pânico: "tem um cara aí atrás! Diminui, reduz!", e eu: "nada!", e vrummm, quando eu larguei, tava tudo em carne viva: queixo, ombro, peito, barriga...
CCH (Abismado): Você não tava sentindo a bagaceira?
FL: Eu tava completamente mamado.
CCH: Você ainda tem mamilos?
(Risos)
FL: Tenho, mas durante um bom tempo fiquei sem pelos! (Risos) Mas é sério, carne viva. Quando passou a onda da cachaça, eu botava a mão assim, ficava: aaahhh!! (Faz cara de dor). Aaahhh! Tudo ardia, horrível, fiquei aquela coisa deprimente, completamente lascado, assado, rosa. Até hoje tenho cicatriz dessa extravagância. E os caras ficavam: "não, esse Flavinho é completamente doido". Pô, eu falo muito, já entrei por outras coisas...
CCH: Mas assim que é bom. Você já ganhou alguns prêmios, né?
FL: Já. Outro dia eu tava fazendo um levantamento aí, consegui chegar a dezoito, dezenove.
CCH: Inclusive fora do Brasil.
FL: Já. Rolou um que foi no Festival de Malmoe, na Suécia, em 2003. Ganhei uns dois Piracicabas (Salão de Humor de Piracicaba, o mais tradicional evento do gênero do Brasil): em 1994, (melhor) Cartum. Em 2000, (melhor) charge. Ganhei (Prêmio) HQ Mix em 2000, com o número um da Jayne Mastodonte. Ganhei em Foz do Iguaçu, que era um prêmio super disputado aí, tinha o tema sobre a água e fiquei em 4º. Ganhei aqui em Salvador alguns. Ainda em Piracicaba, teve um ano que fiquei em segundo lugar na categoria internet, que também não leva a nada, nem é mencionada, mas pela votação é medalha de prata na categoria internet. É... (pensativo). Volta Redonda, ganhei. Teve um salão universitário também em Piracicaba que ganhei menção honrosa. Teve uma hora que eu parei de contar menção honrosa, que toda hora vinha "ah, você ganhou menção honrosa em tal lugar". Aí a cabeça já não lembra, mesmo. Tem umas dezoito que se botar no papel, eu lembro. Exposição, desenho selecionado pra site da Diamond (Comics, poderosa distribuidora de revistas em quadrinhos americana, a maior da categoria nos EUA) por três vezes.
CCH: Teve aquelas ilustrações do Escapista e do Assassino Amarelo, né?
FL: É. Teve um Marv também que eu mandei, abraçado com uma mulher assim, que eles botaram também. Foi em janeiro, eu não tava aqui, tava viajando, mas eu vi de lá e conferi. Então tem isso, é engraçado, eu sou mais conhecido fora daqui. Essas revistas que eu publico um colega meu levou para o Museu de Boca Raton (um dos mais completos museus dedicado aos quadrinhos no mundo). Eu uma vez me correspondi com o World in Pictures Museum, que é até do cara das Tartarugas Ninja, Kevin Eastman, ele selecionou meu site, pediu minhas revistas para incluir no acervo, e eu, porra, mandava release pra todo canto aqui (em Salvador) e não tinha a ressonância que tinha através da internet.
CCH: Essa pergunta é exatamente por isso aí, mesmo tendo ganhado esses prêmios, tendo uma produção bastante razoável não apenas em quadrinhos, mas também com muita ilustração pra jornal, empresas, até para a Brahma já rolou, você se sente respeitado como artista? No seu país, no seu estado, na sua cidade?
FL: Não! Não, aqui, não. O lugar onde eu sou menos respeitado é aqui! Agora, eu me faço respeitar. Nessa hora, é aquela coisa: por quê que eu não consegui "nada"? Por que eu não danço conforme a música. E a música é a música que o povo gosta, é a música...
CCH: É a axé music!
(Risos)
FL: É a axé music, e eu não gosto de axé music!
CCH: Nem eu!
FL: Aí neguinho se manda, vai pra fora, ganha prêmio na Alemanha, volta e nego diz ?ah é, esse cara existe". Pois é assim. Aqui em Salvador, eu chegava nas agências pra trabalhar, dizia: "sou Flávio Luiz, cartunista". Neguinho: "ah, então leia a minha mão?! "Mas eu sou cartunista"! "Então, você não lê carta"? (Risos) Saca? Isso aconteceu!
CCH: "Leia minha mão!" (Risos) Puta que pariu!
FL: Já teve diálogo nonsense de nego perguntar "você é o quê"? Eu, pra simplificar: "ilustrador". "De móveis"? "Não, ilustrador!" "De madeira"? "Nãããããããoo!!!! Eu trabalho no Correio" (da Bahia, o jornal). "Ah, então você é carteiro!" ?Pronto, bote aí, é isso mesmo", sacou? Não é pra chegar e dizer que é uma merda, tal, por que senão eu nem trabalho.
CCH: Cai no niilismo total.
FL: É, também é aquela coisa, ficar no reclame, tem 200 cartunistas do caralho que eu conheço que só fazem reclamar. Eu reclamo pra caralho, com propriedade por que tem que reclamar mesmo e eu vivo do que eu faço e faço valer o meu trabalho, o meu preço, as minhas coisas, entendeu? Uma vez eu fui pra São Paulo, até buscando abrir um leque de possibilidades de trabalho, fui numa escola de quadrinhos, quando eu cheguei lá, que falei "Flávio Luiz", o cara: "Flávio Luiz"? Foi na biblioteca, tirou meu material, "porra, autografa aqui, por favor, adoro Jayne Mastodonte, quando você vai lançar de novo"? Porra, o cara me conhece, ele vive uma realidade de quadrinhos, ele tem uma cultura de quadrinhos. E a gente (aqui em Salvador) não tem. Então o cara aqui, entre comprar o disco do Psirico e comprar minha revista, ele vai comprar o disco do Psirico, e ele não tá errado. Eu é que estou, querendo que ele compre minha revista, batendo nessa tecla. Então eu parei de bater. Aí o pessoal me pergunta: "você não vai botar em banca"? A primeira Jayne, que ganhou Melhor Revista em Quadrinhos no HQ Mix eu vendi: 400 cópias em São Paulo, cento e tantas em Curitiba, 96 em Belo Horizonte, não sei quantas outras no Rio de Janeiro e cinco em Salvador. Tendo aparecido em todos os jornais, tendo aparecido na contracapa do jornal em que trabalho, tendo aparecido na televisão...
CCH: É uma luta inglória.
FL: É, apareci aí na televisão, meu fotoblog tá lá. Não chega um email de "poxa, Flávio, cadê a sua revista?? Até vem, por que... existe. Existe a galera que gosta de rock, a galera que gosta de jazz, né? Mas Pitty não tá tocando em cima de um trio, ela se mandou. E minha hora de me mandar um dia vai acontecer. Ou não.
CCH: Hoje em dia isso é muito relativo, você pode trabalhar para os americanos daqui mesmo. Ed Benes (ilustrador paraense que trabalha para a DC Comics) mora em Belém e é publicado no mundo todo. Tem o (Mike) Deodato (desenhista exclusivo da Marvel), que até hoje mora em João Pessoa...
FL: Eu não tô mais tão triste, tão chateado com essa coisa de aqui não ser aceito, não ser reconhecido, de as pessoas ficarem sempre nessa de regatear meu preço. Não faço, raramente eu trabalho pra um cliente aqui. Teve um que quis um painel de seis metros por dois para um restaurante na Praia do Forte e aí disse: "ah, a gente deixa ele assinar". Sacou?
CCH: Como assim, "a gente deixa" você assinar uma obra que é sua?
FL: É, eles me pagariam, permitindo que eu assinasse a obra, cheia de caricatura com gente aqui da terra, os "notáveis", né? Não tem aquela frase do Nizan, "baiano não nasce, estréia"? Aí eu respondo: "Mas nem toda estréia é casa cheia". Temos pessoas geniais, mas eu boto um certo senso crítico nisso aí. Que é aquela coisa, a gente pode ser genial para muita coisa, mas tem que ter humildade, ter humor, se levar menos a sério. O pessoal aqui se leva a sério demais, entendeu? Eu não me levo nada a sério. Me esculhambo, o pessoal, "nossa você se detona na sua caricatura".
CCH: Esse foi um toque que eu me lembro de ler ainda adolescente, na Chiclete com Banana do Angeli, que ele dizia em algum texto que a pior coisa é se levar a sério demais.
FL: Você pode até ficar indignado por que algum programa de humor na TV sacaneia com a Bahia, reclama e tal, mas nós temos isso. Claro que isso é carregado na tinta, como todos os outros têm seus defeitos que são carregados também, por que é assim que a gente trabalha, com esse exagero, com essa pantomima, com esses estereótipos. A gente tem essa visão. E as pessoas não entendem. Uma vez eu quis fazer um livro de caricaturas das pessoas aqui da Bahia - pra ganhar dinheiro, mesmo. Nêgo veio me perguntar como é que eu ia vender, quanto eu ia pagar pelo direito de utilização da imagem. Aí eu, pô: direito de utilização de imagem prum livro de caricatura? Nego aqui se acha mega demais. Ao mesmo tempo, não tem a humildade, como uma outra aí que quis que eu fizesse uma camisa prum bloco de carnaval. Tá, vamo lá. Quanto é que ela cobra num show? Num sei. Mas ela queria me pagar me dando UMA CAMISETA, do desenho que EU vou fazer, pra ela vender três mil camisetas do bloco dela, sacou? Nem minha mulher eu posso levar?
CCH: É muita falta de noção, rapaz, a Bahia não tem parâmetros.
FL: Não tem interesse. A coisa tá tão de mostrar como somos lindos, como cantamos bem e somos alegres e tal, que esquece das outras coisas. Do senso crítico, dos problemas, vai botando tudo debaixo do tapete, entendeu? Quando chove entope tudo, vira tudo um imenso esgoto. E aí você pára e diz: "porra, velho, olha o exemplo de Recife, cidade aberta pro mundo, fazendo festival internacional de cinema, festival disso, festival daquilo". E aqui, o que é que a gente tem?
CCH: Perc Pan!
FL: Perc Pan, aí é que tá, no Perc Pan, eu vou ouvir a mesma zoada. Você vai tocar no barzinho, tudo bem, galera, o cara tá começando, tá precisando, é assim... Mas bota baixo, toca baixo, deixa as pessoas conversarem. Você vai tomar café num hotel aqui em Salvador e (gritando) VOCÊ NÃO PODIA CONVERSAR POR QUE O CARA TÁ TOCANDO!! Eu disse, "meu Deus, daqui a pouco ele vai tocar um axé aí: foi sem querer que eu beijei a sua boca, menina tão louca"... Sete horas da manhã, rapaz! Tomando café, você tá acordando... Pô, toca uma bossa, toca um outro! Toca Raul! (Risos) Brigar com isso eu não quero, não tenho força pra mudar nada, já vi. Então, só faço o quê? Vou, neguinho me entrevista, me redescobre, "nossa, você tem todos esses prêmios"? Tenho... Daqui a um mês eu vou precisar chegar numa agência e ficar discutindo por A + B por que quê meu quadrinho ou por que minha história custa tanto e não o que eles querem me pagar. Se ele tá me pedindo uma história de não sei quantas páginas em três dias e eu digo à ele que faço, então me pague o tanto que eu quero pra poder passar esses três dias fazendo. Então, um mascote. Quanto é que nêgo paga por um mascote em São Paulo, Belo Horizonte? Três, cinco conto. Aqui você não encontra quem queira pagar mil. Neguinho quer me pagar R$ 180,00 num mascote. Você vai botar seu mascote em tudo que é coisa que você quer vender e eu não vou ter direito nenhum depois sobre isso.
OS ZUMBIS ESTÃO CHEGANDO - "Os bons filmes de zumbis mostram quanto somos terríveis, nos fazem questionar nossa posição na sociedade... e a posição da nossa sociedade no mundo. Nas entrelinhas, sempre há algum comentário social e preocupação maior". Mas de quem seria essa frase tão esperta? George Romero? Lucio Fulci? Nããão, é do Robert Kirkman, autor das hqs Invencível (já comentada uns dois posts abaixo) e da vindoura The Walking dead: Dias passados, que a editora HQ Maniacs está publicando no finalzinho desse mês. Amplamente aclamada pela crítica especializada nos EUA, The Walking dead tem como personagem principal o policial Rick Grimes que, ao acordar de um coma, se vê num mundo dominado por zumbis carnívoros (o que lembra o fantástico filme 28 days later, de Danny Boyle). Ilustrada em preto & branco por Tony Moore (Battle Pope), The Walking dead foi indicada a vários dos prêmios mais importantes dos quadrinhos (como o americano Eisner e o inglês Eagle) desde seu surgimento em 2003. Enfim: TÔ DOIDÃO PRA LER ESSA REVISTA. E você? Preço promocional de lançamento: R$ 27,90. À venda em comic shops, livrarias e através do site: www.hqmaniacs.com/osmortosvivos. Mais informações, através do e-mail: osmortosvivos@hqmaniacs.com. Previsão de lançamento: 22 de maio de 2006.
STONE GUNS - Essa é ótima. Segundo o site da Dynamite, foi por pouco que Slash, o famoso e estiloso guitarrista do finado (finado mesmo e não discutam) Guns n' Roses não tocou no Stone Roses, baluarte da indie scene britânica. Segundo o próprio Ian Brown, vocal do Stone Roses, Slash teria se oferecido para tocar na banda quando o guitarrista John Squire tinha saído, em 1996. Ian declinou da oferta por detestar o G'n'R, mas hoje, admite que "teria sido maravilhoso". Será mesmo? Fonte: Dynamite On Line.
FAREWELL SÃO ROCK - Segue carta de Tony Lopes publicada no Informativo Se Ligue: Aos discípulos, Após 10 anos de atividades a são rock vai fechar suas portas. A você que nos acompanhou nessa longa estrada e sempre acreditou no milagre da boa musica só temos a agradecer.E pra terminar no "swing" estamos liquidando todo o nosso estoque. CD's a partir de R$ 5,00, 10,00 15,00. Apareça rápido porque só vamos até o dia 31 de maio.Se você deixou cds ou outros materiais em consignação apareça ou entre em contato. Longa vida ao rock'n'roll. Abraços. São rock / Tony Lopes
HORA DO ROCK 18.05 - O Hora do Rock desta quinta-feira (18/05) destaca os discos novos do Sonic Youth e do Cosmic Rough Riders, além do aniversário de 26 anos da morte de Ian Curtis (Joy Division). Vai rolar ainda o som do Beulah, The Apples in Stereo, The Olivia Tremor Control, Neutral Milk Hotel, Gorky's Zygotic Mynci, Bauhaus, Killing Joke, Pixies, Violent Femmes e música do trabalho solo de Graham Coxon (ex-Blur). O Hora do Rock é transmitido todas as quintas-feiras, às 21h, pela Globo FM (90,1). Para ouvir pela internet: www.gfm.com.br Comunidade no Orkut: http://www.orkut.com/Community.aspx?cmm=6910684 Para participar do chat no MSN que rola na hora do programa: gabrielamra@hotmail.com, ou miwkyta@hotmail.com.
AGENDÃO
MIRABOLIX, Afã e Malcolm - Onde: Café Calypso Station, Rio Vermelho. Quando: 19/05/2006. Hora: 22H (pontualmente). Entrada: R$ 6,00.
Terreiro Circular - O Terreiro Circular continua. E nesta sexta o bando Lampirônicos e Ronei Jorge e os Ladrões de Bicicleta serão as principais atrações da próxima mostra do Terreiro Circular, que acontecerá dia 19/05, na Zauber Multicultura (Ladeira da Misericórdia, atrás da prefeitura). Quem viver... Verá!!!!!! Horário: 22:00 Ingressos: R$ 10,00 Ingressos antecipados na Bhio Z (Avenida Manoel Dias da Silva, Pituba). OBS: as primeiras 30 mulheres que chegarem antes da meia-noite têm direito a um drink como cortesia da casa. Zauber Multicultura, (Ladeira da Misericórdia, nº 11, atrás da prefeitura).
Malandragem SambaRock III - Capitão Parafina e os Haoles - 19.05 Sexta, Horário:22h Couvert / Consumação: R$ 5,00 / R$ 5,00. World Bar, (Calçadão da Off -Barra)
Zauber comemora 1 ano com festa 3D - Sábado 20/05, O espaço Zauber Multicultura (Ladeira da Misericórdia) está comemorando 1 ano de realizações. Para celebrar a data em grande estilo, a organização da casa traz a Salvador a 2ª edição da 3D - Stereo Party que acontece sábado, dia 20 de maio, às 22h. Cada participante terá direito a um óculos 3D e as primeiras 40 mulheres que entrarem na casa recebem uma bebida flambada. Ingressos a R$ 15 (Homem) e R$ 12 (Mulher). Zauber Multicultura - (Ladeira da Misericórdia, nº 11, atrás da prefeitura).
BOOGIE INSURGENTE - DJ BIGBROSS e convidados. Do release: Se vc ta duro fim do mês quer tomar uma cerva gelada e ouvir o melhor da blackmusic (nacional / internacional) funk, disco, samba, jovem guarda, rocknroll, cumbias, merengues e tcha tcha tchas, vá ao INSURGENTE dia 26/05 sexta a partir das 22h, vou descotecar o melhor e pior do meu repertorio a entrada e´ gratís e a cerva geladissima por R$3.50 600ml, o lugar é simples mais honesto,para estacionar tem o estacionamento da embratel ao lado vigiado por cameras e total segurança, se não sabe onde e´a embratel so chega na porta e pergunta onde é. enão já sabe, te espero lá,,,bigs. sexta 26/05 22h grátis.
Theatro de Séraphin e Ronei Jorge & Os Ladrões de Bicicleta - 26 de maio, sexta, 20h, no Instituto dos Arquitetos do Brasil - IAB. Ladeira da Praça, Centro. R$5,00. Cerveja a R$1,50 e uma boa causa: a recuperação do edíficio sede do Institututo dos Arquitetos do Brasil. Divulguem, please.
Theatro de Séraphin, Sangria e The Honkers - Aniversário de 3 anos do programa Rock'n'Geral (Educadora FM). 26 de maio, sexta, 22h, na Zauber, Ladeira da Misericórdia, Centro.
bah, muito interessante, chico. já tiquei lá no blog a sua entrevista, mas vc podia dar destaque às suas perguntas, só pra melhorar a leitura. bota em negrito!
ResponderExcluirsoritcha, nos conte tudo, inclusive fotograma a fotograma as reações de zeca na hora. heheheh!
ResponderExcluirÉ... saiu o post semanal. Desculpem se às vezes as coisas parecerem meio atropeladas, eu tô correndo à 200 por hora com varias coisas. Semana que vem eu publico a segunda parte dessa entrevista e mais adiante, entrevista com Bruno Aziz, o cartunista do rock local e também um talento ainda por ser descoberto no sul maravilha.
ResponderExcluirSexta agora (amanhã, 18 de maio), essa primeira parte da entrevista com Flávio entra no site Pop Balões, com muito mais ilustrações do cara para vcs apreciarem. É só ir lá:
http://www.popbaloes.com/
Rockloquista Sora Maia:
ResponderExcluireu, no papel de (auto intitulado) editor chefe e único colaborador regular deste vigoroso órgão da imprensa nanica, venho informa-la, por meio deste comment, que a senhora está intimada a fornecer para este blog:
Uma foto bala do evento
Uma lauda de texto com toda a sua inteligência, verve e ironia, nos contando como foi o lance todo. Ou parte dele.
No mínimo.
Sem prazo de entrega, mas por favor, tb não é pra levar seis meses.
E aí, VAI ROLAR?
(Bom, se não rolar, eu compreendo. Não é todo mundo que é desocupado (pfuah!) e obsessivo que nem eu)...
compartilho, chico! desocupada tb sou.
ResponderExcluirmas pergunta pro bruno aziz o que houve com a miuki dele, essas coisas...
todo mundo me confunde com ela.
rsssss
:D
divulgando o que acabei de tomar conhecimento:
ResponderExcluirRESOLUÇÃO Nº 22.154
INSTRUÇÃO Nº 103 - CLASSE 12ª - DISTRITO FEDERAL (Brasília).
Relator: Ministro Caputo Bastos.
...
TÍTULO V
DISPOSIÇÕES FINAIS
...
...
Art. 240. Se a nulidade atingir mais da metade dos votos do país nas eleições presidenciais, do estado nas eleições federais e estaduais, julgar-se-ão prejudicadas as demais votações, e o Tribunal Eleitoral marcará dia para nova eleição dentro do prazo de vinte a quarenta dias.
Parágrafo único. Se o Tribunal Eleitoral, na área de sua competência, deixar de cumprir o disposto neste artigo, o Procurador Regional levará o fato ao conhecimento do Procurador-Geral, que providenciará perante o Tribunal Superior Eleitoral para que seja marcada imediatamente nova eleição.
http://www.tse.gov.br/ pra quem quizer ver
Parabéns pros meninos Spencer e Xanxa, que faturaram Melhor Clipe no Prêmio Multishow, com "Memórias", de Pitty.
ResponderExcluirA foto da dupla beijando o troféu foi postada em trocentos flogs, e o do próprio Spencer é um deles. Veja, se é que alguém não viu ainda:
http://www.fotolog.com/hobalala
Eles merecem.
Recebido no email do blog:
ResponderExcluirRock´N´Geral comemora 3 anos no ar
O programa Rock?N'Geral, da Educadora FM - 107,5, está comemorando seus 3 anos de muito rock´n roll no ar. Para comemorar esta data os seus produtores vão promover sexta, 26 de maio, às 22 hs, no Zauber Multicultura (Ladeira da Misericórdia) uma noite com muita música, resgatando o espírito do bom e velho rock´n roll, além de estender a ideologia do programa, da rádio para o palco e as pick ups.
Entre os convidados a se apresentarem nesta noite especial estão as bandas de rock Sangria, The Honkers e Theatro de Séraphin, além da presença dos DJ´s Batata e Forehead que irão agitar a pista de dança nos intervalos. Ingresso a R$ 10.
O Rock?N'Geral resgata as origens do rock e sua evolução até os dias atuais, abordando em cada edição elementos e conceitos que moldaram e diversificaram este estilo musical ao longo dos últimos 50 anos. O programa, como o próprio nome pressupõe, inclui num mesmo pacote o melhor do rock nacional, apresentado por Marcos Castelhano, e internacional, apresentado por Eduardo Bastos, com o bom gosto, o padrão e a qualidade que sempre caracterizaram a Educadora FM 107,5 . O Rock?N'Geral vai ao ar sempre às terças-feiras, às 21 horas.
SERVIÇO
O quê: 3 Anos de Rock´N´Geral
Quando: Sexta, 26 de maio, às 22 hs
Quanto: R$ 10
Aonde: Zauber Multiculticura, ladeira da Misericórdia, comércio - tel. 3326-2964
Os cinco álbuns de carreira do Jesus and The Mary Chain, todos clássicos, serão relançados em edições especiais com DVD, cada DVD com três clipes de cada álbum. Aleluia, irmão!
ResponderExcluirAqui:
http://www.omelete.com.br/musica/news/base_para_news.asp?artigo=17859
Rapaz, eu tô tão louco que em vez de CCJ, para Chico Castro Jr., na entrevista, tasquei um tal de CCH. Que "H" é esse, meu deus?
ResponderExcluirCamarada Sora Maiakovski:
ResponderExcluirVocê manda nessa budega. Minha paciência é toda sua.
Os maiores carcadores do mundo, segundo a revista Maxim, pescado do blog Media Soup:
ResponderExcluirOS CASANOVAS MAIS ATUANTES DO MUNDO
Revista Maxim de junho lista as 10 maiores lendas vivas do sexo e o número de mulheres que eles levaram para a cama.
Os top ten:
10. Bill Wyman (baterista dos Rolling Stones) - 1.000 (AQUI NEGO COMEU MOSCA, O CARA É EX-BAIXISTA).
9. Magic Johnson - 1.000
8. Lemmy Kilmister (líder da banda Motorhead) - 1.200
7. Jack Nicholson - 2.000
6. Ilie Nastase (tenista) - 2.500
5. Engelbert Humperdinck (cantor) - 3.000
4. Julio Iglesias - 3.000
3. Gene Simmons (líder da banda Kiss) - 4.600
2. Charlie Sheen - 5.000
1. Umberto Billo (porteiro de hotel em Veneza) - 8.000
http://mediasoup.blig.ig.com.br/
Olá sou estudante de jornalismo e estou escrevendo um livro reportagem perfil como trabalho de conclusão de curso. O tema é Ícones do cartum na Bahia. E para isso selecionei dois dos grandes mestres do Cartum baiano um deles é Flávio Luiz e o outro é o Nildão ambos dispensam apresentações. Neste trabalho pretendo tornar evidente (ainda mais) os seus respectivos trabalhos, estilo, inspiração, perfil e suscitar uma discursão sobre o humor gráfico na Bahia e o seu poder ideológico.
ResponderExcluirGostaria de saber se posso usar a sua entrevista como fonte de citação direta em meu livro? Se a resposta for positiva, por favor me responda o mais breve possível. Desde já agradeço.
elismarpinto@yahoo.com.br
Tel:8836-4564