SAPDL, foto Igor de Melo |
Bem assessorados, contaram com a produção exata do experiente Paul Ralphes, galês radicado no Brasil desde 1986, ex-diretor artístico da Universal Music.
E já saem em turnê por algumas cidades brasileiras: de Porto Alegre a Porto Velho, com direito a uma passagem por Feira de Santana, para o festival Feira Noise.
Trabalho mais introspectivo do quarteto, Paraíso Portátil marca uma espécie de reinvenção e amadurecimento (com o perdão do clichê) dos membros da banda, agora já mais experientes e vividos, após mais de uma década de lida na música.
“Toda carreira, seja na arte ou acadêmica, você tem um tempo de uns dez anos até poder realmente bater no peito e dizer que venceu, olhar para trás e ver se faz sentido”, afirma Gabriel Aragão (guitarra e vocal).
“Temos orgulho de dizer que sim, passamos por dificuldades. Mas tudo é difícil. Ser médico ou engenheiro é difícil. E ser músico também”, diz.
De sonoridade leve, Paraíso Portátil também abarca alguma psicodelia contemporânea (sem fritação, via Tame Impala, War on Drugs) e brasilidade (via Clube da Esquina).
Se pega leve no som, é um pouco mais soturno nos temas. “Arrisco dizer que é nosso disco mais sincero, muito intimista. Toca em temas difíceis como depressão, questionamentos, a busca de um caminho a seguir e até suicídio”, conta.
“Mas também fala de amor. Apesar de abordar temas difíceis, tem uma redenção, uma luz, uma esperança, o olhar para dentro de si, superação”, pontua Gabriel.
O paraíso dentro de você
SAPDL, foto Igor de Melo |
“Paraíso Portátil é como um espelho ao contrário do Praieiro, que era um disco extrovertido. Paraíso é introvertido. Praieiro é o sol, Paraíso é a lua”, observa.
“O Paraíso Portátil vem da frase de que, quando você descobre que a paz está dentro de você, você carrega dentro de si um ‘paraíso portátil’, que acessa em qualquer lugar. Esse é o conceito do disco”, detalha.
Na estrada a partir desta semana, o SAPDL vai passar por sete cidades na primeira perna da turnê do discos até chegar ao Feira Noise no dia 24.
“Já tocamos algumas vezes em Feira e sempre foi muito legal, adoramos o público de lá. No lado do rock, do pop, os artistas circulam bem pelo interior. Lá no Ceará vamos muito para Juazeiro do Norte, Quixadá, Sobral”, conclui.
Ouça: www.sapdl.com
NUETAS
Lazzo, Dão, Larissa
Quinta-feira tem Dão, Lazzo Matumbi e Larissa Luz inaugurando o projeto Mixturado. No Largo Pedro Archanjo, Pelourinho, 20h, R$ 40 e R$ 20 (1º lote no Sympla).
Dom Sá e Sequestro
As bandas Dom Sá e Sequestro Relâmpago animam a sexta-feira de feriadão no reduto Bardos Bardos. 19 horas, pague quanto quiser.
Héloa e Okwei
A cantora sergipana Héloa aporta no Commons Studio Bar para mais uma edição do Intercenas Musicais. Ela vem lançar seu novo álbum, Opará, nome pelo qual os indígenas Dzibukuá chamam o Rio São Francisco. A diva soul nigeriana residente Okwei Odili faz as honras da casa. Sexta-feira, 23h, R$ 10.
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