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terça-feira, junho 11, 2019

PEGA ESSA ONDA, SEUS HAOLE

2ª Etapa Baiana do Campeonato Mineiro de Surf é sábado no Mercadão.CC com Retros, Ivan Motosserra e Gigito na fita

Gigito faz prévia do show que leva ao PCMS em BH. Foto Paula Holanda
Estilo que ferve no underground mundial desde os anos 1960, a surf music é também muito apreciada nas diversas cenas alternativas do Brasil. Que o diga o público mineiro (baita ironia), que há 18 anos prestigia o festival  (baita ironia 2) Primeiro Campeonato Mineiro de Surfe (PCMS).

Convidado para participar da curadoria deste ano, o produtor e especialista baiano Rogério BigBross Brito faz  prévia do festival mineiro na  city neste sábado, com as representantes locais Retrofoguetes, Ivan Motosserra e... Gigito?

O fabuloso duo baiano, conhecido por (baita ironia 3) fazer  música típica das montanhas ianques, o bluegrass, na litorânea Salvador, não apenas se apresenta sábado aqui, como também emplacou apresentação no PCMS, lá em Belo Horizonte.

“Quem conhece o Campeonato,   sabe que ele sempre abriu espaço para o rock instrumental em geral e outras vertentes musicais”, esclarece Big.

“Nas 17 edições anteriores já tocaram bandas como Macaco Bong, La Pupuña, Vendo 147, Eddie etc. Mas a maioria da grade são bandas de surf”, mesmo”, acrescenta.

Os fabulosos Retrofoguetes, senhoras e senhoras! 
Mesmo os Retrofoguetes, para um apreciador mais ranheta, poderia causar estranheza na escalação, já que se distanciaram da surf music com a qual iniciaram a carreira, lá em 2002 / 2003.

"A surf music é tão sem mercado que isso te dá a liberdade de fazer exatamente o que quer com sua banda surf. Uma breve análise na carreira dos Ventures, por exemplo, te mostrará que eles foram de trilha de seriado dos anos 70 a comercial de tv, gravaram bolero, rumba, o que estavam afim. E os Retrofoguetes também tem todo esse direito. Eu particularmente acho o último álbum, influenciado por trilhas de filmes de ficção cientifica sensacional e totalmente dentro do contexto surf", observa Big.

Rock australiano não é surf

Como o título  2ª Etapa Baiana do PCMS evidencia, o show de sábado é a segunda vez dessa prévia do festival mineiro em Salvador.

Resultado das afinidades e amizade entre Big e o produtor Claudão Pilha. A 1ª Etapa Baiana foi em 2004, no saudoso Calypso, com a banda mineira Estrum’ental.

“Frequento o Campeonato desde 2003. Fui em varias edições e sou fã de surf, rockabilly, bluegrass, psychobilly etc. Aí um belo dia o Claudão, sócio d’A Obra Bar Dançante (reduto underground de BH) e um dos criadores do campeonato, ligou e fez o convite para fazer junto com A Obra e o site Reverb Brasil a curadoria desse ano”, lembra Big.

Ivan Motosserra em nova formação. Foto divulgação
"O mercado de surf music é bem limitado e acho que eles queriam fugir do eixo MG / SP / RJ e funcionou. Entre as selecionadas por mim estão As Aventuras (RS) que vi em um congresso de musica em 2017 em Porto alegre, o M.A.T.E., e o nosso Gigito, com seu bluegrass que não é surf mas tá no contexto geral do festival. Além deles tinha Retrofoguetes e Ivan Motosserra, mas ambas já tocaram algumas vezes no festival. Já a primeira etapa baiana rolou depois do primeiro PCMS, que fui em 2003. No ano seguinte convidei a Estru’mental, banda de surf mineira pra tocar em Salvador. Pra valer a pena essa vinda sugeri uma etapa do PCMS aqui e eles toparam. Foram dois dias no Calypso com The Honkers, Rewinders, Retrofoguetes. Então, só juntei o útil ao muito útil e reeditamos a etapa 14 anos depois", relata Big.

Além de prévia do PCMS, a festa também lança a coletânea Brazilian Tsunami, lançada pelo Reverb Brasil e Orleone Records, e que traz três bandas baianas: Retrofoguetes, Ivan Motosserra  e a sumida Capitão Parafina & Os Haoles.

"A coletânea é toda responsa da Reverb Brasil e Orleone Records. Tinha muitas outras bandas (baianas) que poderiam ter entrado, acho que elas estão esperando um produtor que cuide disso. Como ele não apareceu, os curadores não ficaram sabendo da existência delas. Bem simples: quem não é visto não é lembrado", afirma.

Agora vale aquela aula do mestre: favor não misturar surf music com aquelas bandas australianas dos anos 80, OK?

“A surf music começou ali no meio dos anos 60 e até hoje rola festivais, gravadoras, rádios no mundo todo. Acredito que alguns surfistas ainda hoje ouçam, embora o reggae impere entre eles”, afirma.

“E nunca, jamais confunda surf music com aquelas bandas australianas dos 80/90 tipo  Spy vs. Spy, Mindnight Oil ou mesmo Jack Jonhson. Surf é Dick Dale e The  Ventures”, define Rogério BigBross.

2ª Etapa Baiana do Primeiro Campeonato Mineiro de Surfe e Festa de lançamento do Brazilian Tsunami / Com Gigito, Ivan Motosserra, Retrofoguetes, DJ Ivan Motosserra / Sábado, 17 horas / Mercadão.CC / R$ 20




NUETAS


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Marconi no som, Miguel na parede

O menestrel folk punk Marconi Lins faz nova apresentação acústica nesta quarta-feira, no Bardos Bardos. 19 horas, pague quanto quiser. Aproveite e confira a nova obra que o artista plástico / grafiteiro histórico Miguel Cordeiro fez na parede da casa. Vale aquela selfie!

Lo Han na quinta

A sacolejante Lo Han faz show no Rhoncus Pub quinta-feira, lançando seu novo single, Hard Life. Aguardamos disco novo dessa grande banda. 21 horas, preço não divulgado.

Ritual aos domingos

Formada por grandes nomes do instrumental, a orquestra Sonora Amaralina leva o show El Ritual de la Cumbia todos os domingos de junho ao Mercadão.cc. 20 horas, R$ 10.

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