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quinta-feira, janeiro 17, 2019

VARANDA DO SESI HOJE É O QG DO CONTRABAIXO

Baixista com vasta folha de serviços prestados na Bahia e no Brasil, Fernando Nunes se apresenta com trio e convidados 

Fernando Nunes e seu Hofner
O som grave do contrabaixo elétrico é a pedida de hoje na Varanda do Sesi Rio Vermelho. Mas não qualquer baixo: é o show do Fernando Nunes Trio, liderado por um dos maiores representantes vivos do instrumento no Brasil.

Atualmente integrante da banda de Zeca Baleiro, Nunes tem uma vasta folha corrida de serviços prestados à música popular brasileira: aos 53 anos (incompletos), ele é músico desde os 12, quando começou em Alagoas.

Aos 19, veio à Bahia em plenos anos 1980.

Aqui participou dos primórdios – e do auge – da axé music, tocando e gravando com grandes nomes do gênero,  como Sarajane , Luís Caldas, Banda Beijo e  Margareth Menezes, entre outros.

Em 1993, mudou-se para São Paulo, onde reside até hoje.

Tocou com um verdadeiro ABC da MPB, que vai de Armandinho a Zeca Baleiro, passando por Caetano, Baby, Ivan Lins, Erasmo, Cássia Eller, Chitãozinho & Xororó, Sandra de Sá, Frejat e por aí vai.

“O show tem músicas minhas e também faz uma homenagem, celebrando minha carreira e os artistas com quem toquei , que me transformaram no músico que sou hoje”, conta Fernando.
Músicos alta performance

No repertório, clássicos como O Eterno Deus Mú Dança, de Gilberto Gil, e músicas autorais, como Bairro da Levada.

No show de hoje, apreciadores da arte do baixo em particular e da música em geral poderão curtir o talento versátil deste experiente músico, que se apresentará acompanhado de outras duas feras: Tony Augusto (guitarra) e Igor Galindo (bateria).

Outros dois músicos pioneiros da axé, contemporâneos de Fernando, participam da sonzeira: Cesário Leoni (baixo) e Luizinho Assis (teclados).

“Quando morei aqui, numa época pré-axé music, via Cesário tocar nos bares e festivais Instrumentais e logo minha admiração foi instantânea. Ficamos amigos e chegamos a fazer um duo, gravado na TV Educativa”, conta Fernando.

“É uma amizade musical já antiga, que fica longe de um duelo (de baixos) e mais perto de uma conversa musical grave entre amigos. Outro amigo que também participará é Luizinho Assis, meu mestre musical”, acrescenta.

Cobra criada no celeiro de músicos de alta performance  gerado na indústria do axé, Nunes afirma que, de fato, o fenômeno tem sua importância: “Acho o axé de uma extrema importância, pois bebi dessa fonte mágica e me transformei em um músico melhor depois que passei pela Bahia”, diz o músico.

“Tocar música baiana não é para os fracos. Primeiramente, tem que ter muito suingue”, acrescenta.

Djavan cai no reggae

Nunes, foto Marcos Hermes
Além de músico de palco e estúdio, Nunes também atua como produtor fonográfico.

Seu último trabalho, em parceria com o produtor BiD (Funk Como Le Gusta) é um dos xodós da estação em certos círculos descolados: “Acabei de produzir um disco em homenagem ao Djavan em ritmos jamaicanos chamado JAHVAN: Djavan Goes Jamaica, cada faixa tem uma estrela da nossa música brasileira”, conta.

“Tem Arnaldo Antunes, Seu Jorge, Zélia Duncan, Criolo, Chico César, Ivete Sangalo, Fernanda Abreu, Zeca Baleiro, Black Alien, Rincon Sapiência, Dada Yute, Zé Ricardo, uma verdadeira constelação. Está sendo bem tocada no verão”, enumera Fernando.

Além desse, ele em breve começa a trabalhar também em seu primeiro álbum solo: “Finalmente”, percebe.

“Me sinto agradecido por ter passado pela Bahia e conhecido tanta gente generosa e me contagiado por essa terra que me trouxe e traz tanta alegria à minha alma, na minha música e que me faz feliz em saber que sou também baiano de coração”, conclui.

Fernando Nunes Trio: Lavagem Instrumental / Participações: Cesário Leoni e Luizinho Assis / Hoje, 22 horas / Varanda do Sesi / R$ 30 / Infos e Reservas: 71 99247-7844 / 99686-9963

Um comentário:

  1. RIP Roy (O Círculo)

    https://www.correio24horas.com.br/noticia/nid/morre-vinicius-trovador-o-roy-vocalista-da-banda-o-circulo/

    Lamento.

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