Paquito, foto Uanderson Brittes |
Entra em cena Cândido Amarelo Neto, músico e produtor local também muito querido no meio, que resolve dar uma mão ao amigo, levando-o ao estúdio, onde começam a trabalhar as últimas composições de Paquito.
O primeiro fruto da parceria é o show Paquito Simplesmente, que o ex-Flores do Mal apresenta hoje, na Sala do Coro do Teatro Castro Alves.
“Sou eu com meu violão de cordas de aço e talvez, em algumas canções, eu toque piano. Por isso, Paquito Simplesmente: a canção sem adereços, desnudada”, afirma.
"Como tem muito tempo que não faço show autoral, o repertório é inédito, com exceção de Brisa, minha 'parceria' com Manuel Bandeira, gravada por Bethânia. Por outro lado, como é um show despojado, se houver pedidos pra que eu toque alguma canção de outros trabalhos, posso fazê-lo", avisa.
Mas como dizia o outro lá, “antes amigos na praça do que dinheiros no banco”.
E que amigos tem Paquito.
Ao longo do trabalho com Amarelo – e depois com André T. –, dois nomes do primeiro time da MPB se juntaram ao trabalho: Caetano Veloso e Chico César.
Com o primeiro, gravou em dueto a canção chamada Barulhento.
E com César compôs O Monstro, já liberada no You Tube, em clipe dirigido por Marcondes Dourado.
Pensa que acabou? O não menos ilustre Gerônimo assina com Paquito a faixa Porto de Chegar, homenagem ao inescapável Porto da Barra.
Nada mal para quem curtia uma fossa.
“A fossa passou, gravamos um bom material. Mas Amarelo não pôde continuar, e agora quero terminar o que faltou e mixar, mas faltou dinheiro. Me inscrevi em vários editais, sem ter sido contemplado”, conta.
“Caetano gravou uma participação em janeiro de 2018, o que me deixou emocionado. E tenho que dizer que as canções que gravei e vou cantar no show estão azeitadas por conta do trabalho com Amarelo. Trabalhamos duro. O resultado de disco e show devo à parceria com ele”, relata.
Profundamente baiano
"Faz aquela coisa engraçada com a voz?" Foto Anna Amélia de Faria |
O Monstro é sobre vocês sabem quem.
"Eu e Chico (César) somos amigos há anos e tínhamos feito uma canção, 'Crença', gravada por Renato Brás. Em 2015, escrevi a letra de O Monstro e mandei pra ele ano passado. Ele pôs a melodia e eu quis gravar logo", conta.
“O conceito do disco é difuso, a partir da diversidade das canções. Melô do Aquecimento Global e Eu Quero Ser Fruta, minha e de Álvaro Lemos, dialogam com O Monstro por serem temas de agora. Já Barulhento trata de poluição sonora, um assunto muito baiano, de maneira poética. E tem, como sempre, minhas canções de amor e desamor, pois sou eminentemente um romântico ácido”, conta.
“Porto de Chegar, com Geronimo, nós fizemos para o Porto da Barra, meu maior amor da Bahia, meu símbolo vivo de pertencimento. Compor com Geronimo me faz sentir profundamente baiano. Já temos quatro parcerias”, diz.
Como o disco não tem previsão de lançamento, o conselho pra quem ficou curioso é: vá ao show de hoje.
"(Em 2019) Quero lançar esse disco, pois há 10 anos não lanço nada autoral. E que vençamos o monstro", conclui Paquito.
Paquito Simplesmente / Hoje, 20 horas / Sala do Coro do Teatro Castro Alves / R$ 30 e R$ 15
NUETAS
Fernando Nunes Trio
Baixista renomado, Fernando Nunes (Cássia Eller) faz quinta-feira o show Lavagem Instrumental com seu trio e participação do igualmente lendário Cesário Leone. Varanda do Sesi, 22 horas, R$ 30.
A Horda chegando
A banda baiana Horda faz pocket show para lançar o single e o clipe Santo Forte. Sexta-feira, 20h30, na Sport House Motorcycle (Estrada do Côco, Km 4.5). Entrada gratuita.
Exoesqueleto no BB
Exoesqueleto faz som no Bardos Bardos. Sábado, 19 horas, pague quanto puder.
Lazzo no Goethe
Mestre Lazzo Matumbi faz show sábado no evento Toca!. 20 horas, Pátio do Goethe-Institut, R$ 25 e R$ 50.
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