Madame Rivera Foto Yuri Rodrigues |
No Brasil, por que no mundo segue vivo e chutando.
Na Bahia isso não faz grande diferença: no berço do rock brasileiro (com Raulzito & Seus Panteras) o rock sempre foi patinho feio.
Mesmo assim, o rock local parece estar em um momento especialmente desfavorável.
Agora, pergunta se isso importa pra rapaziada da banda Madame Rivera?
“É desafiador, pois competimos com ritmos mais populares e abrangentes do que o rock na atualidade, mas nada nos desanima”, afirmam coletivamente, por email.
E mais: “Queremos que daqui a dez anos a Madame seja citada como hoje citamos bandas e artistas baianos que venceram e rodam o Brasil”. Sentiram aí a pegada?
E é com essa garra, característica do rock que sempre prosperou na adversidade, que este bravo quinteto soteropolitano se apresenta neste domingo, com as igualmente ferozes Ronco e Jack Doido – ambas já vistas nesta coluna.
"Atualmente existem menos espaços voltados para o Rock do que existia há alguns anos, mas não é tão difícil conseguir shows como parece por que algumas bandas se unem e se organizam muito bem. Além das bandas, temos produtoras e produtores independentes que nos ajudam a manter o sonho vivo, como a Trinca Discos e um dos grandes precursores do Rock baiano autoral, Rogério BigBross. O segredo é o profissionalismo e saber se relacionar. Apesar de estarmos no mesmo cenário, matando o mesmo leão, não somos rivais e sim amigos, colaboradores para tornar o rock visível e popular. O que parece faltar em Salvador atualmente é o interesse de produtoras do cenário musical e até de meios de comunicação mais influentes em fomentar o rock local", afirmam.
Rock misturado com rock
Madame Rivera foto Yuri Rodrigues |
“Como toda banda independente, nosso primeiro trabalho tem limitações técnicas e de produção, mas o EP excedeu todas as expectativas – nossas, do engenheiro de som, Márcio ‘Portuga’ Vieira, do nosso grande colaborador Yuri Rodrigues e do público”, contam.
“O projeto consiste em 10 faixas, porém o dividimos em duas fases: a Madame se conhecendo (o EP Madame Rivera) e a Madame se encontrando (o próximo). Como qualquer um, passamos por fases e algumas delas é saber quem você é, qual o seu espaço no universo e como você colabora com ele. Isso reflete no comportamento como banda e nas letras, compostas com muita sinceridade”, dizem.
Neste momento, a banda se prepara para, além do show de domingo, rodar pelo interior, que anda mais sedento de rock do que a capital.
“Terminamos as gravações e estamos trabalhando para fazer uma série de shows, uma espécie de turnê na qual pretendemos também ir para o interior do estado. O primeiro show dessa série é o lançamento oficial do EP, que acontecerá no próximo domingo, dia 15, no 30 Segundos. Será um show muito especial, pois será uma apresentação diferente do que costumamos fazer, também por que iremos gravar o clipe da faixa Oh Yeah!. Em seguida nos dedicaremos ao segundo EP, que está previsto para o segundo semestre, e contará com uma estrutura de planejamento similar a esse primeiro momento. Queremos a Madame Rivera tocando o ano inteiro”, avisam. Demorou!
A Madame Rivera é Orlando Barros (guitarra), Nilton Santos (bateria), Ke Ning (baixo), João Vitor Madureira (guitarra) e Janaína Almeida (vocais).
Ronco, Madame Rivera e Jack Doido / Domingo, 17 horas / 30 Segundos Bar / R$ 15 e R$ 20/ www.madamerivera.com.br
NUETAS
Jorge Drexler semana que vem
O astro uruguaio Jorge Drexler apresenta na próxima terça (dia 17) no Teatro SESC Casa do Comércio o show Salvavidas de Hielo. 20h30, entradas de R$ 60 a R$ 180.
Canto com Maglore
Maglore e Canto dos Malditos na Terra do Nunca abrem a session Sons Daqui. Sábado, 20 horas, no Largo Pedro Archanjo. R$ 20, R$ 10.
Mariella no Lalá
A grande Mariella Santiago canta sexta-feira e sábado no Lálá Multiespaço. 21 horas, R$ 10 e R$ 5.
Zuhri domingo Pelô
A banda de reggae Zuhri faz show de lançamento do seu primeiro CD domingo, no Largo Quincas Berro D’Água. 16 horas, R$ 20.
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