Electric Poison, foto Kely Gomes |
Como já vimos tanto a primeira quanto a segunda banda anteriormente aqui neste espaço, partimos para a terceira, que era ainda desconhecida pelo colunista.
E, fãs do metal, eis aqui mais uma grata surpresa do heavy metal baiano.
A Electric Poison, assim como as outras duas bandas deste show, faz parte de uma tendência dentro do gênero que é o resgate da sua forma mais tradicional, mais ou menos nos moldes desenhados pelo movimento New Wave of British Heavy Metal, que legou ao mundo bandas como Iron Maiden, Def Leppar, Saxon e outras.
“Este resgate da essência antiga do heavy metal está acontecendo a nível mundial. Temos hoje grandes novas bandas como Enforcer, Skull Fist, Ambush, Night Demon, Cauldron e Witchtower, que estão realizando o que parecia estar se perdendo com a inevitável ‘aposentadoria’ dos velhos ídolos: lançar grandes canções, poderosos refrões e melodias sem descambar para a plasticidade e modismos descartáveis da música pesada moderna”, afirma o vocalista Thauan Rodrigo.
“No Nordeste temos uma tradição muito forte de metal extremo, talvez por isso ainda hajam poucas bandas de heavy tradicional. Mas o panorama nacional tem se mostrado favorável e hoje temos bons representantes como o Sweet Danger, Jackdevil, Fire Strike, Frade Negro etc. E estamos trabalhando também para ajudar a manter essa velha chama acesa”, acrescenta.
Salve o metal baiano
"O baixista e baterista são amigos de algum tempo que conheci na cena metal, e os guitarristas são amigos da época de adolescência. Morávamos no mesmo bairro e mantivemos uma banda por cinco anos que foi o embrião do que viria ser futuramente o Electric Poison. Ao término desta banda, em 2009, Fagner e eu começamos a busca por integrantes pra um novo projeto até então sem nome. Na época, ele ainda era baixista e eu baterista, e de cara chamamos nosso velho parceiro de banda, Valter Musael (guitarra). Depois disso foram vários anos de tentativa de fechar uma formação e até precisamos mudar de instrumentos pra facilitar a busca, assumi os vocais e Fagner a guitarra, até que resolvemos lançar o EP em 2015, com o pensamento de que isso facilitaria na caçada a bons músicos em Salvador. De fato, foi a melhor decisão e conseguimos o Rodrigo (baixo) e Luã (bateria)", conta.
Com Luã Farias, Valter Musael e Rodrigo Araújo, o quinteto lança em breve seu primeiro álbum cheio.
“Uma coisa que prezamos dentro da banda é ter identidade própria sem querer reinventar a roda. Há muito espaço para ser criativo dentro do estilo, soar como tal sem ser uma cópia das suas principais influências. E é isso que vocês encontrarão no vindouro disco. Um culto às raízes trazendo o que é nosso”, afirma.
“O álbum será gravado de forma totalmente independente, mas para o lançamento nós contaremos com algumas parcerias que já temos pré estabelecidas em termos de selos”, acrescenta.
Metal old shool, a Electric Poison se apresentou no último festival Palco do Rock (Carnaval 2017), além de vários palcos underground.
“Reafirmo: o metal vem recobrando sua força e sua essência. Torcemos para que o público da cena baiana e brasileira dê mais atenção as bandas da terra, tem muita coisa boa sendo produzida”, conclui Thauan.
Metal no Teatro II / Dia 27, 17 horas / Com Drearylands, Inner Call e Electric Poison / Cine Teatro Solar Boa Vista / Vendas: loja Foxtrot e www.Sympla.com.br
NUETAS
Terça Delas é hoje
Marcela Bellas, Josyara, Tati Trad e Isabela Trigo fazem a session Terça Delas hoje na Varanda do Sesi Rio Vermelho. 22 horas, R$ 15.
Las Carrancas surf
A banda de surf music Las Carrancas se apresenta no Groove Bar quinta-feira, em horário de gente: 19h30. Participação do DJ Ivan Motosserra (não é a banda, é o cara). No Sympla: R$ 10. R$ 15 na hora.
Transe, Tauã, Loucos
O NHL Festival 13 é só novidades: o duo capixaba Transe, o olindense Tauã, o oco do átomo (projeto paralelo de Heitor "Laia Gaiatta" Dantas) e Monos Loucos, nova banda surf garage de Fabão (Fracassados do Underground). Completando o line up, a conhecida local Soft Porn. Sexta, 20 horas, na Qattro Gastronomia & Cultura. R$ 15.
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