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terça-feira, abril 18, 2017

MAPA: EM BUSCA DO LO FI PERFEITO

Antes projeto solo, o som indie  lo fi psicodélico do MAPA estreia formação com banda completa no NHL Festival 9, sexta-feira

MAPA, foto Liz Dórea
Um dos produtores mais ativos da cena independente, Cairo Melo tinha dado uma sumida, mas volta triunfante esta semana com dois eventos reunindo bandas e artistas bem promissores da nova geração local.

Hoje tem a Noite NHL no Quanto Vale o Show? (line up nas NUETAS), e sexta-feira, a nona edição do NHL Festival, com as bandas MAPA, Oddish e Flerte Flamingo, mais o rapper Beirando Teto (AKA Davizeira) e o DJ Dieguito Reis (Vivendo do Ócio). Uma night invocada.

O destaque aqui é o MAPA, anteriormente um projeto solo do músico Matheus Patriarcha, e hoje uma banda completa, com a adição de músicos de outras bandas do mesmo circuito, como Ramon Gonçalves (baixo, Aurata), Gabriel Burgos (bateria) e Rodrigo Reis (sax e sintetizador, ambos da Bagum), além do guitarrista Pedro Oliveira Barbosa, que já colaborava com Matheus.

"Mapa é a fusão do meu nome, MAtheus PAtriarcha, e que inicia-se como um projeto solo, mas logo  outras pessoas começam a agregar nas ideias, produções, arranjos... Desde sempre, nosso pensamento foi de ampliar a relação do projeto com os formatos, chegando a esse novo modelo Banda, com guitarra, baixo, bateria, sax, sintetizador... É muito satisfatório poder tocar com amigos - de outras bandas locais, inclusive", afirma Matheus.

A formação já soltou um single, a faixa Fim, sete psicodélicos minutos encharcados de guitarras cremosas e vocais lânguidos, uma belezinha.

“Fim  dá o pontapé inicial nessa nova ‘onda’ que estamos vivendo. Resgatamos uma música da fase antiga, que (des)organizamos  com novos elementos e fechamento do novo conceito sonoro e estético. Estamos em processo de gravação, mexendo literalmente nos arranjos e já posso adiantar que vem som e clipe novo ai , estamos finalizando e logo anunciaremos nas redes”, conta Matheus.

“Bem, adoramos as diferenças. Estamos em conjunto, nesse momento, articulando novos arranjos e com as contribuições sonoras da vivência de cada um, a coisa como um todo está bem empolgante e estamos super ansiosos para fazer shows e criar cada vez mais. A diferença, de fato, é nítida na sonoridade, por soar agora com linhas de vozes mil. Ainda com o pé no ‘menos é mais’, nos transporta para inimagináveis viagens sonoras, outras possibilidades”, diz Matheus.

Voltar ao Centro

MAPA, foto Liz Dórea
Íntimo de música e do violão desde criança, Matheus hoje trabalha como educador de musicalização em escolas e ONGs.

"Minha relação com música foi desde bem pequeno, começando a dedilhar o violão antigo do meu pai em casa. A partir de então, na adolescência me juntei com amigos e formei algumas bandas. Quando percebi que não conseguia parar de tocar, compor, me identifiquei totalmente e me joguei de cabeça na área artística. Hoje em dia além de atuar no projeto mapa, sou também Educador Musical, como Professor de Música e Musicalização em Escolas, ONGs, etc... Identifico-me bastante com artistas da MPB, antiga e nova, como, Marcos Vale,Vinicius de Moraes, Jards Macalé, Moraes Moreira, Gonzaguinha, Hermeto Pascoal, Ava Rocha, Liniker, Naná Vasconcelos, Negro Léo, bandas e artistas internacionais como Metronomy, Battles, Unknown Mortal Orchestra, Radiohead, Mac Demarco, John Frusciante, Jeff Buckley, Chastity Belt, etc", enumera.

Parte de uma cena recente que tem renovado o rock  local, Matheus acredita que é preciso descentralizar a cena do Rio Vermelho.

"A cena local se mostra bastante ativa no momento. Estão ocorrendo lançamentos, novidades, novas concepções, buscas de espaços para descentralizar a cultura do Rio Vermelho, expandindo um pouco mais para o centro da cidade e outros locais, e isso é bem legal", afirma.

“Não faz sentido ficarmos somente fazendo shows no mesmo local, sendo que existem outros locais maravilhosos em nossa cidade. Acredito quanto mais se faz de coração, quanto mais respiramos isso que fazemos diariamente, colocando como principal em nossas vidas, sendo o caso - para então - viver, respirar, colher e morrer na Arte, ou no que cada um desejar”, conclui.

NHL Festival 9 / Com: Beirando Teto, Oddish, MAPA, DJ Dieguito Reis, Flerte Flamingo / Sexta-feira, 20 horas / Dubliner’s / R$ 15 (lista), R$ 20



NUETAS

Rosa 😍 Ricardo

Rosa Idiota e Ricardo Elétrico fazem a Noite NHL no Quanto Vale o Show? hoje. Dubliner’s, 19 horas, colaborativo.

Manda Brasa Fest.

Os Informais, Lo Han, Duda Spínola e Ronco mandam ver no  Brasa Festival quinta-feira. Dubliner’s, 21 horas, R$ 20.

Desrroche no Pelô

A Desrroche lança seu novo trabalho, Conecte 1969, com show sábado.  Largo Pedro Arcanjo. 19 horas, gratuito.

Baggios, Vivendo e seus LPs

The Baggios e Vivendo do Ócio, duas das melhores bandas do rock nacional atual, lançam seus discos em vinil, Brutown e Selva Mundo, com show sábado no Portela Café. 23 horas, R$ 40.

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