Fim da tarde de sábado, até passarinho cantou na hora certa. Foto Mayra Lins |
O duo formado pela violoncelista carioca Fernanda Monteiro e pelo guitarrista baiano Luisão Pereira estava fora do circuito há algum tempo, desde o abalo causado pela separação do casal, em 2014.
“A princípio, só vamos lançar o DVD com os shows de lançamento. Acho que é o fim de um ciclo. Não só do casamento, mas musicalmente também”, afirma Fernanda.
Do seu lado, Luisão parece alimentar um fio de esperança em relação ao duo: “Até hoje o Dois Em Um me dá muita alegria. Se continuar dando alegria pra ela também, a gente continua”, afirma.
Músicos profissionais que são, Luisão e Fernanda darão continuidade ao projeto do DVD, contemplado no Edital Bahia do Natura Musical 2013.
Foram dois dias de gravações sob a direção geral de Gilberto Monte. Na sexta-feira, o duo e sua banda de acompanhamento gravaram em um salão, sem a presença de público.
No sábado, as gravações foram na parte externa do casarão que abriga o museu, diante de um público de convidados e fãs, sorteados no Facebook do Dois Em Um.
“Fiquei muito feliz (com as gravações), foi mágico. A gente tocou com uma emoção que não rolava a há muito tempo. O lugar também ajudou muito, sabe? O sol ajudou, até passarinho cantou na hora certa. No final, tinha gente chorando na plateia”, conta Luisão.
“Estar ali na natureza tem uma coisa de energia, mesmo. Pode ser meio haribô dizer isso, mas foi muito gostoso”, acrescenta Fernanda
O DVD reunirá canções dos dois álbuns do duo: Dois Em Um (2009) e Agora (2013), mas, como se vê, sem cair na obviedade dos DVDs ao vivo.
“Está mais para um filme da Dois Em Um, não linear e marcado pelo elemento água, assim como já era o Agora”, contou Gilberto à reportagem, que esteve lá na sexta-feira.
“O formato de DVD ao vivo está muito cansado, então aqui teremos muitas imagens sem a banda na tela. A gente tenta um outro caminho, dentro do universo da Dois em Um”, acrescenta.
O clima bucólico casou total com a Dois em Um. Foto: Mayra Lins |
O cenário merece menção especial. O casarão que abriga o Museu (atualmente fora de uso e sem acervo) localiza-se no antigo Engenho Freguesia, do século 17.
Após ser saqueado por holadeses (o que explica o canhão no jardim), foi reformado no século 18, ganhando sua feição atual, com capela e nada menos que 55 cômodos.
Herdado pelo historiador e ex-prefeito de Salvador José Wanderley de Araújo Pinho (1890-1967), que dá nome a uma rua no Canela, o casarão foi tombado pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (IPHAN) em 1971.
Mais informações no verbete do Wikipedia.
“Foi o (artista plástico) Joãozito que nos sugeriu este lugar”, conta Gilberto.
Na verdade, "O projeto é uma iniciativa de ocupação artística de espaços inativos capitaneado por Joãozito e Lanussi, não possui nenhum vínculo com o IPAC. O IPAC foi nosso parceiro na sessão de pauta para este projeto", esclareceu a banda em seu Facebook.
Vamos pra Saturno
Outro registro das gravações do sábado. Foto: Mayra Lins |
Os membros do coletivo sergipano Snapic, responsável pelas filmagens, circulava apressado entre os músicos e os objetos de cena dispostos no cenário por Mayra Lins: uma bola de espelhos lançando estilhaços de luz, bolas de vidro transparente e conchas do mar.
Acompanhando Fernanda e Luisão, uma banda escolhida a dedo: Tadeu Mascarenhas (baixo e teclados), Felipe Dieder (da Maglore, bateria), Livia Nery (teclados), mais participações do pernambucano Zé Manoel (teclados) e da cantora baiana Rebeca Matta.
Todos em seus lugares, Gilberto checa se todos desligaram os celulares. Silêncio no set. Fernanda abre a boca, a voz quase angelical.
São gravados dois takes de uma canção. “Grava mais uma?”, pergunta Gilberto.
“Não, tá bom! Vamos para Saturno”, sugere Mayra, referindo-se a uma das faixas do Agora.
“Vamos pra Saturno”, assente Luisão.
Mais adiante em outra canção, Felipe, próximo à janela, adverte para o ruído que vem de fora: “Peraí, tem uma van andando aqui embaixo”.
“Para a van!”, pede Gilberto.
Daí dirige-se a Portuga, técnico de som na sala ao lado: “Parou aí?”
“Parei”, responde.
“OK, tá gravando? Vamos de novo. 3, 2, 1”, comandou.
O DVD tem previsão de lançamento para o final do ano, com quatro shows de lançamento (previstos no edital) em Salvador, Rio de Janeiro, São Paulo e Belo Horizonte.
Essa HQ do 007 escrita pelo mestre do mal Warren Ellis promete MUITO:
ResponderExcluirhttp://www.bleedingcool.com/2015/09/08/a-few-bw-preview-pages-of-james-bond-vargr-by-warren-ellis-and-jason-masters/
Torcer pra sair por aqui - mas não pela Mythos, em edição acessível, claro.
Então, se Bolsonaro for presidente, o Brasil vai ser uma comédia?
ResponderExcluirhttp://www.brasilpost.com.br/como-seria-se/bolsonaro-presidente_b_8090886.html?utm_hp_ref=brazil
Porra aí eu voto nele!
SQN!
Contra aquele verme justamente ridicularizado no vídeo indicado acima, meu voto em 2018 muito provavelmente vai para essa moça aqui:
ResponderExcluirhttp://www.brasilpost.com.br/2015/09/09/luciana-perrella-helicoptero_n_8106954.html?utm_hp_ref=brazil
Quem achar ruim que se foda, caguei.
Mad Max no Nordeste. A ideia até não seria tão ruim.... se não fosse com atores da Globo...
ResponderExcluirhttp://omelete.uol.com.br/filmes/noticia/reza-a-lenda-caua-reymond-e-sophie-charlotte-irreconheciveis-no-primeiro-teaser/
"O brasileiro não participa da política, de partidos, de sindicato, de organizações comunitárias, da reunião de pais, da reunião de condomínio e espera tudo do estado. Quando alguém pede a ditadura na internet, é como pedir por um pai que resolva os problemas que não conseguimos resolver. Isso é uma herança monárquica".
ResponderExcluirLaurentino Gomes na Bienal do Livro do Rio de Janeiro.
É bem porraí, mesmo.
Eu mesmo me recuso terminantemente a participar de reunião de condomínio. Jamais participei e (acho que) jamais participarei. Pronto, eis meu mea culpa....
Chiquinha, a cartunista xará deste blogueiro, desmascara Eduardo Cunha em uma HQ sensacional com texto de Antônia Pellegrino:
ResponderExcluirhttp://chiqsland.uol.com.br/2015/07/um-pouco-de-cidadania/#comments
ainda bem que moro na mesma casa em que nasci...num preciso de reuniões com o vizinhos...
ResponderExcluirdaqui a pouco vão mandar prender a mina da hq...
quase vomitei vendo o video dos pastorzim...será que ficaram com medo de descobrir q são eles??
o Brasil é o único país que se um honesto chamar um poderoso ladrão de ladrão, não é pleonasmo...o cidadão honesto que vai preso...pq não tem como provar o provável...
Eu votei na Genro, que por sinal é uma gracinha, porque gostei do que ela falou sobre casamento gay e drogas...e olha que não sou gay e nunca usei drogas...embora tenha bebido mais umas cerva esses últimos anos do que em toda minha vida...mas ainda assim num sou dos maiores fãs...li em algum lugar que não lembro que o único partido que não tá envolvido em falcatruas é o psol...num sei do pco e pstu...mas embora tenha votado dela...num defendo ninguém não...
soube disso:
http://www.cartacapital.com.br/politica/o-psol-elegeu-um-reacionario-630.html
depois acabei de saber disso:
http://www.cartacapital.com.br/blogs/parlatorio/apos-polemicas-psol-expulsa-deputado-cabo-daciolo-do-partido-5792.html
Pelo menos isso...dá vontade de entregar essa porra pra essa galera...na moral..."qué mizera? tome"...e sabe de uma ?
tou cansado de "defender" minorias...pq pra el@s eu não faço parte dessas minorias...dizem que sou branco...hétero...macho...e pequeno burguês...nunca sofri preconceito na vida...então num levanto bandeira de ninguém mais...mas sempre lutarei contra o racismo...homofobia...e machismo...entre outras coisas...porque o q vejo é cada vez mais o meu funil apertando na vida...e ninguém taí pra me ajudar...vc q num corra pelo seu não...q movimento nium dará pra mim...embora eu seja um cara que embora tenha preconceitos (graças a "deus"), q luta contra essas embecilidas, sempre serei visto como um inimigo...porque sou o q eles dizem acima...bom...macho sou, nasci com um pequeno quimba no meio das pernas...e com um ovo só (o que me rendeu anos de grilo na mente)...branco, só se for "politicamente" na Bahia, porque nunca me considerei...e meus antepassados tem negro, índio...meu avô parte de mão mesmo era negro...meu pai eu num considero branco...minha vó parte de mãe era meia índia...meio cigana...sei lá...enfim...vou pra gringa e num sou branco nem fudeno...e pequeno burguês, queria muito ser...aliás ricão..ia taí fazendo arte e cagando pra o q vai ser meu futuro...enfim...só desabafei aqui pq é um dos poucos lugares da net q se pode falar o q pensa sem ser censurado...e honestamente...sem medos e mimimis...
ouvindo o novo do slayer...bota no xulé essas bandas novinhas...Baloff da Head disse que num ouve os caras há exatos 29 anos...quer dizer...nada novo deles dessa época pra k.
ResponderExcluirLuciana Genro? gracinha???
ResponderExcluirhttp://politica.estadao.com.br/blogs/fausto-macedo/wp-content/uploads/sites/41/2015/09/montagemperrellaluciana.jpg
Compreendo perfeitamente seu desabafo, Sputter. Aqui na Bahia tb sou considerado "homem branco heterossexual", embora nos EUA e Europa devo ser visto como menos que homem e nem um pouco "branco", mas ainda assim, fecho totalmente com feministas, negros e LGBTT (espero ter acertado a sigla) por uma simples questão de justiça. País que massacra mulheres, negros e gays como o Brasil deveria ser considerado zona de desastre pela ONU, passível de intervenção pelas tropas de paz. Ao mesmo tempo, confesso que, aqui na Bahia, jamais me senti menosprezado (muito menos agredido) por essas ditas minorias por ser "homem branco heterossexual". Acho que tudo é uma questão de atitude, de respeito, de olho no olho. Quem respeita o próximo tb é respeitado por ele. No dia que isso não estiver mais valendo, aí acabou tudo, mesmo.
ResponderExcluirRIP Juiz Dredd Megazine
ResponderExcluirhttp://www.universohq.com/noticias/mythos-cancela-revista-em-quadrinhos-juiz-dredd-megazine/
Durou até bastante, foram 24 edições sensacionais, valeu. Agora, quem quiser ler Juiz Dredd em português vai ter que se coçar com os encadernados absurdamente caros (e desnecessariamente luxuosíssimos) dessa editora.
Ou então caçar importados.
Emfim, babau.
Chiconga...tem os scans...num é a merma coisa...mas se num tem...fazer o q?
ResponderExcluirparece que a galera só compra pela capa...kd as edições encadernadas baratas?
eu lembro quando eu era guri q comprei uma do skreemer por 50 cents...tava lá embaladinha...ninguém comprava...eu louco pra ler...peguei na hora...empreste pra uma namo, no final dos anos 90, pra ela ler algo legal...aí quando ela terminou comigo, ela que quis, tava afim de outro cabra, jogou fora minha porra, me retei véi...perguntei pq ela num me devolveu...foda...falava com ela de boa...acho q ela pensou..."gibi, serve pra nada"...
~=o(-
http://lista.mercadolivre.com.br/skreemer-encadernada#D[A:skreemer-encadernada]
ResponderExcluiressa aqui...putz...nem acredito...ela me deve pelo menos 45 contos...ehhehehe
http://www.universohq.com/noticias/burroughs-da-veneta-leva-para-os-quadrinhos-historia-deste-autor/
ResponderExcluirparece interessante...só erraram a idade do Burroughs...quer dizer, o ano que morreu...no site...a editora parece boa...