Circo de Marvin no cenário tipo GTA. Ft: Marcio Montanha/Bruno Ricci |
Agora é a hora de torcer pra esse bonde ir pra frente mesmo: o quinteto lançou ontem, para download gratuito, seu primeiro álbum: Modo Hard.
Produzido pelo mestre dos estúdios andré t., Modo Hard está disponível no site da banda (endereço no rodapé).
Liderado pelo vocalista Bruno Souri, o Circo de Marvin não é mais uma bandinha despretensiosa, com integrantes mais preocupados em se formar na facul ou arrumar um emprego sério: “Apesar de ser apenas nosso primeiro álbum, é fácil perceber que temos o sonho de estar entre as maiores bandas de rock do Brasil”, afirma Bruno.
“O EP Mais Perto do Céu (2014) foi feito por garotos que pareciam ter algum futuro. Já o Modo Hard foi feito por moleques que decidiram apostar suas vidas nesse futuro”, reivindica o vocalista.
Certos de que querem se profissionalizar, nada mais coerente do que apostar em um produtor profissional: “Sabíamos que um produtor competente era fundamental. Chegamos a cogitar gravar fora daqui, mas seria uma besteira, já que temos o andré t. A vasta experiência dele supriu a nossa insegurança de estarmos gravando um disco pela primeira vez”, conta.
“Nossas ideias bateram muito. E trabalhamos muito nos pequenos detalhes com o objetivo de tornar as canções interessantes não pra quem as ouve pela primeira vez, mas pela segunda, terceira ou milésima”, acrescenta.
Ironia de gravadora
Acompanhado de Fábio Vilela (guitarra), Yuri Oliver (baixo) e Marcelo Estevão (bateria), Bruno chegou a enviar cópias do álbum para as gravadoras major, com esperanças de descolar um contrato.
Depois a ficha caiu: “As gravadoras, ironicamente, só contratam bandas que já provaram que não precisam mais delas pra viver. Se viesse, era lucro. A internet tá aí, ela é nosso território”.
Agora é cair na estrada. No dia 3 de outubro, o Circo toca no Rock Concha, com Titãs, Baiana System e OQuadro.
Baixe modo hard: www.circodemarvin.com.br
ENTREVISTA COMPLETA: BRUNO SOURI
O que o disco traz de novidades em relação ao que vocês já fizeram no trabalho anterior?
Bruno Souri: Esse disco traz maturidade profissional. Apesar de ser apenas nosso primeiro álbum, é fácil perceber que temos o sonho de estar entre as maiores bandas de rock do Brasil. O EP" Mais Perto do Céu" foi feito por garotos que pareciam ter algum futuro. Já o "Modo Hard" foi feito por moleques que decidiram apostar suas vidas nesse futuro.
No Palco do Rock 2015, foto do Facebook da banda |
BS: Tínhamos boas canções escritas e a vontade de ver o disco não devendo nada para qualquer banda mais bem sucedida do Brasil. Então sabíamos que um produtor competente era fundamental. Chegamos a cogitar gravar fora daqui, mas seria uma besteira, já que temos o André T. A vasta experiência dele supriu a nossa insegurança de estarmos gravando um disco pela primeira vez. Nossas idéias bateram muito. E trabalhamos muito nos pequenos detalhes com o objetivo de tornar as canções interessantes não pra quem as ouve pela primeira vez, mas pela segunda, terceira ou milésima.
Você diz que o disco foi recusado por grandes gravadoras. Você acha que, mesmo na atual conjuntura degradada do mercado, ainda é preferível lançar o trabalho por uma gravadora do que independente?
BS: Quando terminamos a gravação e ouvimos o disco pela primeira vez nós pensamos: "cara, isso aqui pode tomar proporções nacionais". Foi aí que decidimos enviar algumas cópias para as maiores gravadoras do país. Se surgisse alguma proposta, era lucro. Nós tínhamos um bom disco, e eles nos ajudariam com uma boa divulgação. Mas não rolou. Depois entendemos que gravadoras ironicamente só contratam bandas que já provaram que não precisam mais delas pra viver. Para nós seria interessantes tê-las assim, com nossa liberdade artística intocada e com um bom investimento pra dar visibilidade às nossas músicas. Mas como disse, se viesse era lucro. A internet ta aí, e ela é nosso território.
Como surgiu a participação do Gil Brother?
BS: Em 2014 o Gil Brother fez um vídeo muito engraçado falando da gente. Deu muita repercussão, ajudou a levar nosso som pelo Brasil e nós passamos a utilizar o discurso dele na abertura dos nossos shows. Então nós queríamos que isso fizesse parte do Modo Hard, porque continha o mesmo espírito bem humorado da maioria das canções, em especial da "Foi Mal". Extraímos algumas partes do áudio deste vídeo e demos uma "remixada" na coisa toda. Ficou bem legal, a galera vai se amarrar.
Em termos de referência de som, que bandas inspiraram vocês e o produtor na gravação do álbum?
BS: Nós estávamos em busca de uma identidade própria na sonoridade, nos timbres, na mixagem. Era uma preocupação especialmente do André T. E pra chegarmos em algo interessante, colocamos tudo o que já ouvimos na vida em um liquidificador criativo. Então as referências vinham de todos os lugares. Nos backing vocals de "Caroline", pensamos nos Beatles. Nas percussões de "Só Que Não", pensamos em Michael Jackson. Nos efeitos de vozes de "O Mundo Não Sorri Pra Gente Como Eu", nos baseamos em uma música dos Racionais MC's. Procuramos um timbre de bateria forte como o do Foo Fighters e uma interpretação vocal divertida como a dos Mamonas. E por aí vai.
Callangos & Limbo
Hoje tem Callangazoo e Limbo (Alagoinhas) no Quanto Vale o Show?. A primeira retorna de giro pelo interior no qual lançou o EP Dipatchara. Já o quinteto Limbo, de acento indie pós-punk, lança sua estreia, o EP Milequatro. 19 horas, pague quanto quiser.
Tabuleiro em Itapuã
Também hoje as bandas Tabuleiro Musiquim e Giramente se apresentam no Villa Bahiana (Largo de Cira, Itapuã), dentro do evento Terça em Movimento. 20 horas, R$ 10.
Templo do metal 1
A night do metal nesta sexta-feira no Taverna Music Bar tem Maddög, Quinto dos Infernos e Vermis Mortem. Aliás, parabéns ao Taverna pelo espaço aberto ao heavy metal local. 22 horas, R$ 15.
Templo do metal 2
Os lordes da escuridão do Malefactor se apresentam no domingo (dia 13, cartaz ao lado) com as bandas – igualmente malignas – Miasthenia e Vermis Mortem (ih, olha eles de novo!). O massacre está previsto para começar às 15 horas, ingressos a R$ 30. Seus tímpanos estourados ou sua grana de volta.
o problema é quando vc num tem um emprego fixo...te chamam de vagabundo...e olha que faço outros montes de porra...17 anos só de Honkers, fora outras coisas que fazia antes, como escrever em zines e o telefanzine...agora até de roteirista (pago) eu trampei...atuei, escrevo, roadie, trampando no palco e etc...espero que os garotos não tenham que passar perrengue...pq em quase duas décadas de banda só ouço me chamarem de vabagundo, preguiçoso e por aí vai...
ResponderExcluire olha que consegui me formar...se o cara for gringo...é chamado de gênio incompreendido...mas é daqui...é fulêro...
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