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quarta-feira, fevereiro 18, 2015

EX-DOIS SAPOS, CÁSSIO NOBRE LEVA PESQUISA MUSICAL AO PALCO DO GAMBOA EM "COURAÇA"


Cássio no palco do Gamboa Nova, no último dia 5. Foto: Isabel Sant'ana
Salvador tem muito músico bacana que as vezes pode passar batido. O maranhense Cássio Nobre, que vive em Salvador desde 1987, é um deles.

Etnomusicólogo, guitarrista de sensibilidade rara e grande versatilidade, sua história no cenário local remonta à vibrante safra roqueira dos anos 1990, quando integrava a banda Dois Sapos & Meio, que revelou o saudoso Peu Sousa e CH Straatman (hoje em Londres).

"Entrei no Dois Sapos em 1996, inicialmente no baixo, mas depois Peu quis uma segunda guitarra, aí quando CH entrou, eu passei para a guitarra base", lembra.

Pós-Dois Sapos, Cássio colocou seu talento a serviço de muitos artistas renomados, como Lazzo Matumbi, Rebeca Matta, Márcio Mello, Xangai, Elomar, Juliana Ribeiro e outros.

Em 2011, gravou o belíssimo álbum Viola de Arame, em duo com um dos músicos prediletos da coluna, Júlio Caldas.

Trabalho de investigação do instrumento que dá nome à dupla, Viola de Arame foi um dos melhores trabalhos da música baiana naquele ano.

Nos últimos anos, Cássio teve pouco tempo para se dedicar à sua arte, pois assumiu a direção de música da Fundação Cultural da Bahia (Funceb), órgão da Secult-BA.

Agora o rapaz volta à função acompanhado de uma super banda no show Couraça, com duas datas no Teatro Gamboa Nova. Uma já foi (dia 5), mas no dia 26 tem de novo.

“É um show de música instrumental com coisas novas que ainda não lancei, mas também com  faixas de minha autoria do Viola de Arame”, conta.

“Ainda estou retomando um ritmo de produção autoral, por que fiquei um tempo parado, com muita coisa  engavetada. Agora estou buscando construir um trabalho solo”, acrescenta.

"Mas continuo nesta em fase de transição, retomando os trabalhos depois desse tempo de quase 4 anos. Agora estou conciliando melhor meu lado artístico com o lado gestor. Esse (o trabalho na Funceb) foi o grande motivo por que eu parei com meu trabalho solo, pois não conseguia conciliar, era uma dedicação exclusiva", conta Cássio.



Proteção musical

Cássio, Emanuel V., Tati Trad e Ian Cardoso em Couraça. Foto: Isabel Sant'ana
Em Couraça, Cássio prossegue suas investigações sonoras partindo de escalas de viola caipira, música cigana e latina, mas com um twist roqueiro.

“Couraça remete ao couro, uma  coisa crua. E também a uma forma de proteção. Música pra mim é isso, ela me dá segurança frente a tudo que nos rodeia”, reflete Cássio.

“E a sonoridade do show remete a música das manifestações populares, que é parte do meu trabalho como etnomusicólogo, só que com essa forma de tocar mais roqueira, mais pesada. Busco uma sonoridade mais crua”, descreve.

No palco, Cássio conta uma banda experiente, com o batera-fenômeno Emanuel Venâncio, a baixista Tati Trad (ex-Lou) e o guitarrista Ian Cardoso.

"Durante o show tem uma projeção com imagens que acho que tem a ver com o trabalho. É uma coisa que tomei gosto, pois também trabalhei bastante com trilhas de vídeos e espetáculos", acrescenta.

Mais adiante, Couraça vira um álbum, que Cássio lançará primeiro em digital: “Depois do dia 26 já lanço uma das faixas. Vou lançando uma por um uma e até o final do semestre faço o lançamento do CD físico”, diz.

Cássio Nobre & Banda: Couraça / Dia 26 (quinta-feira), 20 horas / Teatro Gamboa Nova (Largo dos Aflitos) / R$ 20 e R$ 10




NUETAS

 
Power trio de feras

O power trio blues rock (Maurício) Pedrão (Maurício) Uzeda Cândido (Amarelo Neto)faz o som de sexta-feira no Rhoncus Pub (Rio Vermelho). Só fera. 22h30, couvert não informado.

Scambo não para

Sábado tem Scambo no Portela Café, com abertura da Hao. 22 horas , R$ 20 (antecipado).

9 comentários:

  1. Se for bem feito e principalmente, fiel a HQ, promete ser uma das melhores séries de todos os tempos.

    http://www.bleedingcool.com/2015/02/17/jim-starlins-dreadstar-development-television/

    Mas se não for, também vai ser uma das piores...

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  2. A rapeize HC da banda local Derrube o Muro lança música nueva no You Tube:

    http://youtu.be/BsC2XVdJ1NM

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  3. Quando eu crescer, quero ser que nem a Jane Foda, digo, Fonda.

    http://www.brasilpost.com.br/2015/02/19/jane-fonda-maconha_n_6713592.html?utm_hp_ref=brazil

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  4. Jesus, proteja meu amigo Bruce:

    http://www.brasilpost.com.br/2015/02/19/cancer-bruce-dickinson_n_6712606.html?utm_hp_ref=brazil

    É sério, esse cara é muito importante pra mim.

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  5. Aheya, Chicronics!! Sumo mas volto.

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  6. Kid Onions, que saudade!

    Vorte e apareça!

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  7. RIP Fernando Bueno.

    Bubu, como era conhecido entre os amigos, foi baterista da banda local Dead Easy, contemporânea da Úteros em Fúria nos seus primeiros shows, por volta de 1991, 92, que tinha Artur Caria no baixo e Jô Estrada na guitarra e voz.

    Escrevi sobre a Dead Easy aqui:

    http://rockloco.blogspot.com.br/2010/12/blog-resgata-historia-e-o-som-da-dead.html

    Mário Jorge também lembrou dele aqui:

    http://rockloco.blogspot.com.br/2013/01/mario-memoria-parte-1.html

    A Úteros Em Fúria ficou meses hospedada nesse apê de Bubu no Rio, por volta de 92, 93. Em janeiro de 95, eu tb fiquei lá uns dias, com Apu, Márcio BA, Emerson Borel (outro que já nos deixou, como sabemos) e Mário Jorge, para ver o show dos Stones no Maraca.

    Bubu era um cara sem papas na língua, que dizia o que pensava na cara de quem quer que fosse. Escroto, dizia barbaridades engraçadíssimas na lata mesmo. Dei muita risada com as tiradas dele.

    Enfim, menos um da nossa geração entre nós.

    RIP.

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  8. Eu estava lá também nesse ap, esqueceu-se man!? Fui com Marcio, inclusive.

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  9. Porra, Cebola, juro que não lembro. Eu lembro de Márcio chegando lá com Borel - eu mesmo abri a porta do apê pra eles, que vieram juntos - só os dois - de ônibus.

    Disso eu lembro bem por que foi só o início daquele episódio péssimo com nosso amigo, que sobrou pra Márcio segurar a onda - no dia do show.

    Vc não ficou em outro lugar não?

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