Nei Bahia, Osvaldo Braminha Silveira Jr. e Miguel Cordeiro calçam suas luvas cirúrgicas e se enfiam até o braço - lá eles - em um assunto pra lá de pantanoso: indie rock.
De forma a preservar a saúde mental, o blogueiro se incluiu fora dessa.
Essa é a parte um. Em breve, parte 2.
Caralho, tem coisa pior que Vampire Weekend nesse universo???? Vai ser ruim assim na PUTAQUEPARIU!!!!!!!!
ResponderExcluir.
ResponderExcluirQue felicidade ler seus palavrões, mestre. Smells Like Freedom.
Foram 10 dias de paz. Um trabalhador como Chico Castro Jr. merece esse descanso. Daí o meu silêncio.
Quando gênios se reportam a outros:
Joe Strummer — Walk on the Wild Side --- ao vivo
https://www.youtube.com/watch?v=p4SlPckIjUI
John Lydon — Malhando Ozzy, Courtney, Axl Rose --- e parodiando Neil Young em "Hey,Hey, My My" numa performance IMPAGÁVEL
https://www.youtube.com/watch?v=NqMO44r2twQ
.
ResponderExcluirOK. Antes de começar a comentar essa aula, seria interessante fazer um contraste mostrando o extremo oposto:
CHOQUE — Johnny Rotten fazendo comercial de manteiga
Johnny Rotten, o criador do Movimento Punk, no anúncio da Country Life
Antes que você diga:
"É o fim do mundo: o Rei dos Punks, o Príncipe da Anarquia,
o Arauto do Apocalipse, o Inimigo Público n° 1 da Monarquia, o Anti-Cristo Podrão, o fundador do maior movimento de contestação de todos os tempos, o radical extremista Johnny Rotten se vendeu ao Sistema!"
...saiba que ele só fez isso para financiar o novo disco e turnê do Public Image com dinheiro do próprio bolso, sem gravadora nem patrocínio de empresa nenhuma. Ou seja: Joãozinho Podre continua um total independente.
Do meu ponto de vista, foi o Sistema quem aceitou o Movimento Punk até assimilá-lo (engolindo-o).
Uma coisa é certa, após ver os dois vídeos: mais inglês impossível.
Então, engole essa (com manteiga):
John Lydon : Country Life butter
https://www.youtube.com/watch?v=8hzQsvxtLTM
https://www.youtube.com/watch?v=6m99DGLPGJA
O texto da redação publicitária é coerente com o caráter subversivo do homem: Lydon nos diz que compra essa marca não por patriotismo, nem por gostar de vida campestre ou das vacas. E brinca com o duplo sentido da palavra country ("campo" ou "país") e faz jogo de palavras com "It's not a Great Britain, but a great butter!" ("Isso não é uma Grã-Bretanha, mas uma grande manteiga!")
Como publicitário, devo dizer que John Lydon é o melhor garoto-propaganda do mundo : ele sozinho fez com que o consumo de manteiga subisse 50% no país inteiro! Ao estrelar o comercial da Country Life, a audiência dos programas também aumentou. O mérito é da curiosidade de todos em ver o Punk Supremo "se vendendo ao sistema capitalista": não apenas os fãs do vocalista dos Sex Pistols e do Public Image, mas também os seus desafetos (e mesmo os punks radicais anti-publicidade) quiseram assistir a propaganda de 30 segundos. O resultado é que a inserção do anúncio no intervalo comercial inverteu as regras (o rebelde Rotten adorou isso) da relação midiática entre TV, telespectadores e patrocinadores: em vez de a audiência do programa atrair os anunciantes, mirando um público-alvo conhecido pelas pesquisas, foi o comercial do produto que elevou a audiência do programa, atraindo mais telespectadores pela força de carisma do garoto-propaganda no anúncio. Em certos dias, ocorreu o impensável: a audiência do intervalo comercial foi maior do que a audiência do programa inteiro! O mestre do cinismo John Lydon / Johnny Rotten deve estar gargalhando até hoje: em 2008, assim como em 1977, ele tornou a dar um nó nas nossas cabeças e torceu os (pre)conceitos, mudando o curso de rios inteiros de pensamento. O punk sempre ri por último.
Moral da história: nunca subestime o potencial de subversão de um verdadeiro rebelde. Mesmo quando ele trabalha para o sistema que jurou destruir. Anarchy sells.
por
Ernesto Ribeiro Oliveira
ou
Ernesto Rotten Olivetto
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ResponderExcluirBem, eu sei NADA sobre o indie rock que vocês todos não saibam. Por isso mesmo esse podcast foi uma aula pra mim. Só me resta então CONCORDAR com vocês: What The Fuck??!!!
Mas, respondendo á pergunta do mestre Franchico: nesse meio cultural intelectualóide na cultura pop, tem coisa pior que Vampire Weekend nesse universo, sim:
Charlie Brown, ou Peanuts, o desenho animado e o quadrinho mais DEPRIMENTE já feito. Aquele menino parece um velho: careca, triste, depressivo, deprimente, podre. Baixo astral total. Aquele Charles M. Schulz é uma dor no rabo, metido a existencialista. Mais indie impossível. Só podia mesmo ser um fã dos Smiths.