Ex-Maria Bacana diz que vai lançar um álbum novo por ano, "enquanto estiver vivo"
Dia desses, o colunista tomou um susto ao checar sua caixa de email: era André Mendes comunicando o lançamento de um novo disco, Amor Atlântico.
Ora, ano passado ele havia soltado Enfim Terra Firme. E no ano anterior, 2011, um outro, Bem Vindo À Navegação.
O ritmo de produção – um álbum por ano, coisa rara entre artistas de qualquer gênero hoje – se explica na letra da segunda faixa de Amor Atlântico: “Sim deixo fluir, não importa como a vida vem vindo”.
“Meu esquema agora é tipo Roberto Carlos: um disco por ano. Sempre no dia 15 de julho, que é meu aniversário. E vai ser assim pro resto da vida. Enquanto eu estiver vivo”, diverte-se André Mendes.
Aliás, André “L.R.” Mendes, já que ele fez questão de adicionar esse “L.R.” ao nome artístico.
“É que eu acho a ‘marca’ ‘André Mendes’ muito fraca. Sempre fiquei na dúvida sobre como melhorar essa marca. Aí simplesmente usei as iniciais dos meus nomes do meio só pra dar algo de único”, conta.
“Se você googlar ‘André Mendes’ vai achar muita gente. Mas ‘Andre L.R. Mendes’ só tem eu”, justifica o músico.
Som praieiro de inverno
Produzido por Jorge Solovera, Amor Atlântico dá continuidade ao que André vem fazendo desde Bem Vindo à Navegação: canções acústicas singelas, de caráter praieiro – sempre embebidas em certa melancolia.
“Este é o mais pessoal e silencioso dos três. Foquei muito mais nas letras e na canção em si do que na instrumentação e nos arranjos. Isso foi um papo que tive com Solovera antes de começar a trabalhar: ‘vamos focar na canção. O resto é só o resto’”, relata André.
Apesar de quase não fazer shows e ser pouco (ou nada) reconhecido em sua própria terra, André tem respaldo crítico fora da Bahia: “O Enfim Terra Firme saiu em algumas listas de melhores do ano, como na revista Rolling Stone e no site Scream Yell”, informa.
“Com o passar do tempo, saí do esquema de roqueiro que sai por aí para tocar. Hoje me sinto mais escritor do que roqueiro. São tipos diferentes de retorno”, pesa o ex-Maria Bacana.
Fora de qualquer esquema que não o dele mesmo, André diz viver em uma bolha: “Depois da última eleição, a ficha caiu. Não vou reclamar. As pessoas são felizes assim? Que sejam”.
Ouça, baixe: www.andremendesmusica.com.br
NUETAS
Baile Afro-ska sexta
Programão para sexta-feira: Baile Afro-ska com a banda Skanibais e os DJs do Sistema Kalakuta. A Skanibais (foto: Anderson Ferreira) toca até Riachão em ritmo de ska. Bom demais. 22 horas, no Sankofa African Bar (Ladeira de São Miguel, 7, Pelourinho). R$ 10.
Três vezes Raulzito
As bandas Água Suja, Callangazoo e Sopapo celebram Raul Seixas no Dubliner’s. Sexta-feira, 22 horas, R$ 10 (lista no Facebook), R$ 15 na hora.
Camisinha no sábado
Sábado, o Camisa de Vênus encerra temporada de quatro datas no mesmo Dubliner’s. A ocasião terá convidados ilustres: Márcio Mello, Fábio Cascadura, Keko Pires e Carlos Barros. As bandas Combat Rock (The Clash Cover) e Ex-29 completam a night. 22 horas, R$ 20.
Lindíssimo tb o single novo do Yuck tb, Rebirth:
ResponderExcluirhttps://soundcloud.com/yuck
"Smiths meets MBV. Pode ir sem medo", me recomendou meu truta Lucas aqui do jornal. Na mosca.
obrigado pelo espaço e atenção,chico! abs!
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