Bobby na trave
Gênio do soul, o veterano Bobby Womack (68 anos) bem que
tentou um retorno em grande estilo com este novo álbum produzido por
Damon Albarn. A despeito de sua voz ainda espetacular, a produção
modernosa bateu na trave. Nota 7. Bobby Womack / The Bravest Man in the Universe /
LAB 344 / R$ 34,90
Quem sabe no próximo
Uma das sensações mais recentes do rock inglês, o segundo CD do The Vaccines soa como uma transição entre o hype indie mané (nas faixas No Hope e Teenage Icon) e a grande banda de rock que ainda podem vir a ser (Aftershave Ocean, Weirdo). The Vaccines / Come of Age / Sony / R$ 27,90
A velha fritação psyche
Dizem que grandes artistas fazem sempre a mesma obra, apenas recriando-a ao longo da carreira. Está aqui mais um exemplo: o Spiritualized, combo neopsicodélico do inglês Jason Pierce, com mais um épico na mesma linha dos álbuns anteriores. Neste caso, isto é um elogio. Spiritualized / Sweet Heart Sweet Light / Lab 344 / R$ 34,90
Jazzístico erudito
O incrível pianista Chick Corea, seus quatro músicos de acompanhamento e orquestra de câmara “viajam” pelo mundo em seis peças, uma para cada continente. No disco 2, improvisos. Prazer auditivo ininterrupto, do tamanho do mundo. Chick Corea / The Continents / Universal / R$ 42,90
Embate de titãs
Gigantes em suas respectivas épocas, reduzidas nestes tempos picaretas, Ultraje a Rigor e Raimundos saem com este split, no qual releem pérolas do repertório uma da outra. Destaques: Mim Quer Tocar em arranjo surf e Selim, com levada de arrocha. Ultraje a Rigor Vs. Raimundos / Idem / Deckdisc / R$ 29,9
Iluminação musical
Conhece Edmundo Villani- Côrtes? Aos 80 anos, ele é um dos grandes compositores eruditos do Brasil. E se não fosse esta bela homenagem do Grupo AUM, íamos continuar sem saber. Agora, ouça e se ilumine. Grupo Aum / Cortesia: 80 anos de Edmundo Villani-Côrtes / www.grupoaum.com.br / R$ 36,50
A fina arte perdida do pop invulgar
Mestres da fina arte perdida de fazer música pop com classe, o Duran Duran deve até as calças à Bryan Ferry & Roxy Music (fase Avalon, claro). O que não tira seu brilho próprio, pleno neste show, de dezembro de 2011. Hit após hit, competência e carisma totais. Duran Duran / A Diamond inthe Mind / Lab 344 / R$ 39,90
Meu caro Bilal
Mais do que um belo álbum de HQ europeia clássica, este volume em capa dura é um evento: pela primeira vez a Trilogia Nikopol é lançada completa no Brasil. Paris, 2023: os fascistas estão no poder. Surge uma pirâmide voadora, com deuses egípicios. Entram em cena mutantes, uma mulher de cabelos azuis, conglomerados multinacionais e cineastas experimentais. Uma delirante trama com intrigas políticas, realismo fantástico e ficção científica. Coisa de gênio. A Trilogia Nikopol / Enki Bilal / Nemo/ 184 p./ R$ 69/ editoranemo.com.br
Ela também escrevia (ótimos) contos
Além de alguns obscuros dramas familiares (sob o pseudônimo Mary Westmacott), a rainha do romance policial também escreveu alguns contos de terror e sobrenatural, como o que dá título à este coletânea, sobre uma marca de pólvora em formato de cão. De quebra, o clássico Testemunha de Acusação, que, no cinema, rendeu o melhor drama de tribunal de todos os tempos, dirigido por Billy Wilder (1957). O Cão da Morte / Agatha Christie / L&PM / 256 p. / R$ 19 / lpm.com.br
Bela cantora
Acusada por muitos críticos de over-singing (exageros vocais a la calouros do Raul Gil) Miss Stone solta LP de releituras de clássicos obscuros do soul, como a sensacional (For God's Sake) Give More Power to the People (Chi-Lites), Teardrop (Womack & Womack) e Sideway Shuffle (Linda Lewis). Se erra de um lado, acerta do outro. Média cinco, passou. Joss Stone / The Soul Sessions Vol. 2 / Warner / R$ 27,90
Caixa de areia gigante
Criado sob sua asa, Elton John liberou o duo australiano de dance Pnau para “brincar” com sua obra e criar faixas originais. O resultado é bem interessante e passou longe dos cavalos de batalha do mestre do pop. Bom pra pista e também para simplesmente ouvir. Elton John Vs. Pnau / Good Morning to the Night / Universal / R$ 34,90
Estetas da voz
Conhecidos tanto pela abordagem avant garde da música pop quanto pelo fascínio pela arte vocal, o grupo Dirty Projectors e a cantora Björk uniram forças neste estranho mas ainda belo álbum com renda revertida ao projeto de proteção dos mares da National Geographic. Dirty Projectors + Björk / Mount Wittenberg Orca / Domino - Lab 344 / R$ 29,90
Quase no auge
Com este volume – o quinto – a L&PM fecha a primeira década das tiras diárias e pranchas dominicais da genial criação de Charles Schulz, a tira Peanuts, que apresentou ao mundo o cachorrinho Snoopy, o azarado Charlie Brown, a geniosa Lucy e toda a turma. Nesta altura, seu estilo de desenho já estava cristalizado e a narrativa, bem próxima do auge criativo. Estão aqui clássicos como a tira “A felicidade é um cachorrinho fofo” e a dominical Observando nuvens. Inocência e inteligência em absoluta harmonia. Peanuts Completo: 1959-1960 / Charles M. Schulz / L&PM / 344 p./ R$ 75 / lpm.com.br
No primas donnas
Quem pensa que O Fantasma da Ópera é só um musical brega da Broadway, pode ficar surpreso com o livro original. O peso trágico está todo aqui, mas a história do triângulo amoroso entre uma cantora lírica, um nobre e um gênio louco que habita os porões do teatro é muito mais sobre os contornos obscuros da alma humana do que sobre primas-donna se saracoteando no palco. O Fantasma da Ópera / Gaston Leroux / L&PM / 336 p. / R$ 19,50 / lpm.com.br
Aprenda com o mestre
Renato Silva (1904-1981), foi um legítimo artista da Belle Epoque carioca. Trabalhou n’O Cruzeiro, A Gazeta e outros veículos. É dele a arte de Garra Cinzenta, clássico da HQ nacional. Pioneiro no ensino de desenho profissional, lançou este Manual em 1939, que volta às livrarias, após décadas fora de catálogo. Manual Prático de Desenho / Renato Silva / Criativo / 156 p. / R$ 49 / comix.com.br
Jogo de memória
Um morador de rua idoso e prestes a morrer (que ainda por cima, come dicionários), um casal viajando de carro pela Patagônia e até aquele menino que mandou Silvio Santos para aquele lugar são os personagens desta estranha, porém bela HQ do quadrinista (e stand- up comic) Rogério Vilela. Jogo de memória entre o sonhar e mundo desperto, Vilela traça aqui sua história particular da cultura pop do último século. Acordes / Rogério Vilela / Devir / 72 p. / R$ 29,50 / devir.com.br
A lavação de roupa suja continua, agora com vários podres da marvel:
ResponderExcluirhttp://www.bleedingcool.com/2012/11/27/marvel-comics-the-still-untold-story/
"Stan's rah rah relationships" é ótimo. O sujeito sempre me pareceu um grande enrolador, a despeito do seu gênio criativo e de marketing...
Outra espetacular, agora traduzida: "Len Wein viveu anos dos bônus pelo uso de Lucius Fox (criação dele) nas animações e filmes do Batman, enquanto pela Marvel, não ganhou sequer um ingresso grátis pro filme do Wolverine (criação dele)".
ResponderExcluirMenino, que Marvel escrota é essa??!?!
O Omelete resume a rusga Morrison / Moore:
ResponderExcluirhttp://omelete.uol.com.br/alan-moore/quadrinhos/disputa-entre-grant-morrison-e-alan-moore-ganha-novo-capitulo/
Estou lendo os textos do Pádraig Ó Méalóid (molóide?) em que ele traça um longo "inquérito" (mensalão perde) sobre o caso.
De antemão, eu, que adoro ambos os autores, acredito que está havendo uma certa perseguição tipo caça as bruxas - no caso, ao bruxo Moore.
As obras dele que Morrison e cia o acusam de terem sido plagiadas a partir do livro Superfolks são: Watchmen, Miracleman e a HQ do Superman "O Que Aconteceu ao Homem de Aço".
Bom, ele pode até ter aproveitado ideias de Superfolks para essas três HQs.
E daí? A obra dele não se resume a três HQs.
E quanto a V de Vingança? Lost Girls? Promethea? Do Inferno - por Deus, Do Inferno, que é monumental, um trabalho de fôlego espetacular, inigualável? Tantas e tantas outras?
Querer crucificar Moore por ter - supostamente - surrupiados ideias de um livro obscuro dos anos 70, ideias que, aliás, ele bateu no liquidificador, temperou e gratinou criando um prato totalmente novo, é como querer crucificar Jimmy Page pela meia dúzia de riffs de standards de blues que ele surrupiou nos anos 1960.
Como diaria Sheldon, "That's preposterous"!
Agora, que é uma delícia conhecer todos esses detalhes de bastidores dos quadrinistas ingleses envolvendo DC, Vertigo etc é uma delícia, ah isso é.
Taí para o que serve essa droga nociva, nojenta e escrota chamada religião: transformar as pessoas em robôzinhos carolas sem alma:
ResponderExcluirhttp://omelete.uol.com.br/two-and-a-half-men/series-e-tv/two-and-half-men-angus-t-jones-pede-que-se-pare-de-assistir-serie/
http://omelete.uol.com.br/two-and-a-half-men/series-e-tv/two-and-half-men-angus-t-jones-divulga-comunicado-sobre-suas-declaracoes/
Mais Morrison versus Moore, agora em HQ:
ResponderExcluirhttp://comicsbeat.com/morrison-v-moore-the-comics-version/
E essa do Alan Moore fazendo bullyng psicológico com Mark Millar (Supremos, Kick-Ass etc)?
ResponderExcluirhttp://ghostbucket.com/unfunny/
Sensacional. Os criadores viraram criaturas, personagens.
"Shut up until I'm done glaring at you, Millar".
O maior sucesso de 2012 nas HQs americanas não é Before Watchmen, não é Avengers versus X-Men, não é Os Novos 52 da DC, não é The Walking Dead, não é nenhum título dos X-Men, do Homem-Aranha, Superman, Batman, Wolverine, NADA DISSO.
ResponderExcluirO maior sucesso de 2012 nas HQs americanas foi....
(momento de suspense).
Meu Pequeno Pônei.
Oi?
http://comicsbeat.com/my-little-pony-1-is-here-and-heres-all-the-covers-including-the-ghost-variant/
http://www.bleedingcool.com/2012/11/27/the-my-little-pony-ghost-variant-cover/
ME. TIRA. O. TUBO!
as pensando bem, o que esperar de uma mídia que, originalmente, mais de cem anos atrás, foi pensada para entretenimento infantil?
O que fica é a seguinte pergunta? COMO DIABOS OS CRIADORES DESSA PORRA DE PEQUENO PÔNEI CONSEGUIRAM FAZER AS CRIANÇAS TIRAREM A CARA DAS TVS, COMPUTADORES, PLAYSTATIONS E CELULARES PARA OLHAR ESSA PORRA DE REVISTINHA COLORIDA?
COMO?
Quem souber morre. Ou fica milionário.