Um dos principais nomes da HQ, do cartum e da arte gráfica espanhola dos últimos 40 anos, o artista Max ganha vasta mostra inédita em Salvador a partir de hoje, no Instituto Cervantes.
Nascido Francesc Capdevila, este catalão nascido em Barcelona é velho conhecido de apreciadores das HQs europeias.
No final dos anos 1980, a saudosa revista brasileira Animal publicou em capítulos sua HQ mais famosa: Peter Punk, uma frenética paródia do clássico de J.M. Barrie proibida para menores e recheada de sexo, sangue, drogas e rock ‘n’ roll.
Desde então, teve pouca coisa publicada no Brasil, como a elogiada graphic novel O Prolongado Sonho do Sr. T (Zarabatana, 2006). A mostra Panóptica 1973-2011, que já passou por Rio de Janeiro, Brasília e Belo Horizonte traz cerca de 60 trabalhos, muitos deles originais.
O termo panóptico, criado no século XVIII pelo jurista inglês Jeremy Bentham, refere-se ao olho que tudo vê – bem adequado à proposta da exposição, que oferece uma visão panorâmica da carreira de Max.
“Esta mostra abarca um periodo longo, de quase quarenta anos. Daí a ideia do panóptico, do olho que abarca tudo. Aqui, este olho tenta abarcar toda a rica trajetória de Max, um artista multifacetado e de estilo muito próprio”, descreve a curadora Marta Sierra.
Fotocópias clandestinas
Como quase todo mundo que começou a publicar quadrinhos nos anos 1970, Max era fortemente influenciado pelo movimento dos comix underground norte-americanos, que tinham Robert Crumb como papa.
Como a Espanha, contudo, vivia no duro regime ditatorial do Generalissimo Francisco Franco, não havia lugar para artistas como Max, que tinham que publicar suas HQs de forma clandestina, na base da fotocópia.
“Ele era basicamente um jovem que queria viver de desenho em uma época muito difícil de censura no regime Franquinta. Mas depois ele foi desenvolvendo seu estilo”, diz.
“Depois da morte de Franco (em 1975), houve uma ascenção da contracultura espanhola, com grande efervescência nos anos 1980. Isso abriu novas possibilidades e Max passou a publicar na histórica revista El Vibora, que ele ajudou a fundar e que significou muito para a geração que viveu esta época”, descreve Marta.
Com o tempo, sua fama foi crescendo na Europa e Estados Unidos. Suas HQs e ilustrações vem sendo publicadas em revistas internacionais como a New Yorker Magazine.
“Na verdade, como se pode ver nesta mostra, Max não tem fidelidade a um estilo só, explorando várias técnicas de desenho. E ainda escreve suas próprias histórias, com vários livros publicados. Esperamos que agora saiam mais livros dele no Brasil”, observa Marta.
“Nas outras cidades por onde passou este mostra, ficou clara a conexão impressionante do O público brasileiro com o trabalho de Max. Todos captam muito bem seu trabalho”, garante.
Max, Panóptica 1973 – 2011 / A partir de hoje, até 26 de janeiro de 2013 / visitas de segunda a sexta-feira, das 9h as 19 horas / Abertura: Hoje, 19 horas, com presença da curadora Marta Sierra / Instituto Cervantes / Avenida Sete de Setembro, 2792 (Ladeira da Barra)
Musiquinha pra hj: "Fuck you, fuck you very very very much"...
ResponderExcluirLilly Allen.
Para hoje e sempre, melhor dizendo.
ResponderExcluirCê viu isso francisco?
ResponderExcluirAdriano Amado
CAMPANHA,CHICÃO,AGORA SÓ FALTA VOCÊ!
Curtir · · há 12 horas próximo a Salvador · Ricardo Cury e Jandyra Fernandes curtiram isso..Mario Jorge Franchico filadaputa, sucumba!!
há 12 horas · Curtir · 2..Jandyra Fernandes Vamos lá Chicão, só falta vc.
há 11 horas · Curtir · 1..Silvana Malta Pago pra ver : )
há 11 horas · Curtir · 1..Ricardo Cury sucumba é massa
há 10 horas · Curtir · 1..
Batata, Mário, Jandy, Cury...
ResponderExcluiramo todos vcs, do fundo do meu coração.
Mas pensem bem:
se eu entrar, quem vai restar aqui do lado de fora para gritar FOGO! quando o bicho estiver pegando?
Quem vai alertar as forças de defesa terrestre quando estivermos sendo invadidos pelas hordas de playboys demoníacos do espaço sideral?
Exatamente.
Mas obrigado pelo convite.
Nos vemos na vida real.
Sério, ando querendo fechar até isso aqui para sair da internet de uma vez e me dedicar apenas ao impresso.
ResponderExcluirSim, meu negócio é seguir contra a multidão, nadar contra a corrente.
Ser mais um perfil numa coisa intangível com a internet nunca me interessou.
É sério. Isso aqui tá com os dias contados.
Aviso dado.
Chicvs, I Love You por isso...
ResponderExcluireu me rendi chico...
ResponderExcluir~=o(-
mas a net é tangível...eu seguro meu laptop...hehehe...
matrix diria que nada é tangível...sei lá...nunca vi matrix a trilogida toda mesmo...acho bem + ou -
e quem disse que aqui ou aí é o lado certo?
quem sabe estamos todos sendo enganados por nós mesmo?
e muito boa pedida a expo do Max, só num entendo pq tem q ser de 2a a 6a!
e um tapa na cara de muito humano que supervaloriza a razão humana:
http://g1.globo.com/globo-reporter/noticia/2012/11/cadela-solidaria-enfrenta-perigo-da-estrada-para-alimentar-amigos.html
Sputter, em épocas como esta, em que tudo parece virado do avesso, vale-tudo geral, devemos confiar mais do que nunca nos nossos instintos.
ResponderExcluirOs meus, pelo menos, nunca me traíram.
Comovente, a história da cachorrinha.