Banda-símbolo de articulação independente e fidelidade a uma proposta, o Autoramas (em fotos de Lucas Correia) é um daqueles grupos que não costuma trazer grandes novidades a cada disco novo.
Ainda assim, o trio liderado pelo cantor e guitarrista Gabriel Thomaz consegue fazê-los soar fresquinhos – mais instigante do que muita coisa rotulada de “moderna” por aí. E Música Crocante, novo álbum, não é diferente.
Estreia da banda no selo Coqueiro Verde, o disco é o quinto álbum de estúdio do trio, após o CD / DVD acústico MTV Apresenta Autoramas Desplugado.
O resultado é redondinho, um álbum que se ouve sem pular faixas. “Na nossa opinião, é nosso melhor disco”, afirma a baixista Flávia Couri, que ingressou no trio em 2008.
Primeiro disco de estúdio do Autoramas no qual ela participa, Flávia ficou feliz em poder incluir duas composições suas: “Fizemos esse esquema meio Beatles, de quem compôs a música faz o vocal principal. Como entrei na época do Desplugado, um disco ao vivo, ali não deu para colocar nada meu ainda. Agora o Gabriel abriu espaço e eu pude colaborar”, conta.
Conhecido pelas letras raivosas, nas quais solta cobras e lagartos de forma bem irônica e ácida, Gabriel parece experimentar um refinamento no discurso, como em Abstrai e Tudo Bem: “Sai pela tangente e tudo bem/ Sujeira embaixo do tapete e tudo bem / fica o dito pelo não dito e tudo bem/ Tapa o Sol com a peneira e tudo bem”.
Discurso político
“Tenho visto muita discussão de que o rock não é mais politizado”, observa Gabriel. “Eu acho que uma atitude política eficaz é falar do que está errado. Eu vejo pessoas com mentalidades inacreditáveis de conformismo. Aprendemos a conviver com corrupção, achamos natural. Eu não acho! Que pais é esse”?, reclama, quase berrando no telefone e rindo depois.
“É uma questão de posicionamento político mesmo, me sinto fazendo a minha parte. E se não tocar no rádio, problema de quem não tocou. Eu boto a minha verdade nas minhas letras e é assim que vai ser”, afirma.
É por essas e outras atitudes que o Autoramas é um trio respeitado até por quem não curte tanto assim o estilo surf music de seus rocks recheados de riffs cortantes, embebidos em tremolo e ritmos dançantes.
Em Música Crocante, esse estilo está lá, intacto e afiado como nunca – o que não impede Gabriel, Flávia e o baterista Bacalhau de flertarem com a música regional paraense em Guitarrada II.
“É a segunda vez que gente grava a guitarrada. Até tava inseguro, mas ainda bem que nenhum paraense veio para me dizer que eu tava tocando errado. Meu pai é do Amapá, então tá no meu sangue”, ri.
“A guitarrada paraense é uma coisa que tá me fazendo estudar a guitarra de novo. São outros padrões musicais que a própria surf music tem, mas nela eu já tinha achado meu jeito de fazer”, explica o músico.
Música Crocante / Autoramas / Coqueiro Verde / R$ 24,90 / www.coqueiroverderecords.com
Descobriram a pólvora: Nic Cage é um vampiro:
ResponderExcluirhttp://www.dangerousminds.net/comments/nicolas_cage_is_a_vampire_photo_from_1870_for_sale_on_ebay/
Hoje tem Vandex TV:
ResponderExcluirVandexTV com Velotroz
Terça 22/11 - 20:30 hs
O papo e o rock rolando "Ao Vivo" pelo site:
www.vandex.com.br
Berlim Puro Inc.
A quem interessar possa...
ResponderExcluirCONEXÃO VIVO ABRE EDITAL NACIONAL DE PROJETOS INCENTIVADOS
Com 12 categorias, o edital engloba todo o setor produtivo da música e suas interfaces com o audiovisual. As inscrições podem ser feitas pelo portal do programa de 22 de novembro a 16 de dezembro
Dando continuidade à política de formação de redes e ações transformadoras no setor musical, o Conexão Vivo abre edital para o seleção de projetos culturais a serem patrocinados em 2012 e integrados à plataforma do programa. De 22 de novembro até 16 de dezembro, pessoas físicas e jurídicas podem se inscrever por meio do portal
www.conexaovivo.com.br/editais.
Essa websérie é muito besta - por isso mesmo, bem engraçada.
ResponderExcluirhttp://omelete.uol.com.br/series-e-tv/annoying-orange-vai-virar-serie-pelo-cartoon-network/
Não conhecia, quem me mostrou foi o bom e velho carcamano por opção, Zendo, em uma manhã vadia na Umbria, julho passado. Eita saudade daquilo lá...
Resposta de Perry Farrel à Lobão:
ResponderExcluirhttp://www1.folha.uol.com.br/ilustrada/1009762-grave-um-disco-bom-e-ganhe-mais-fas-diz-perry-farrell-a-lobao.shtml
É, esse Lolla Brasil começou de pé esquerdo mesmo. Os ingressos - a meia - é mais cara do que a inteira do Lolla Chile e pior: é mais caro do que o Lolla Chicago!
ResponderExcluirhttp://remix.folha.blog.uol.com.br/
É brincadeira isso! Nego deve achar que o Brasil emergente é Dubai! Ou então que todo mundo aqui é otário!
É uma pena mesmo, por que eu tb queria muito ver Joan Jett (claro, Cebola!) e Band of Horses, uma das poucas bandas atuais que eu realmente amo!
Mas essa colunista aí também é cri cri pra caralaho, esculhambou o line up brasuca. Certamente, nunca deve ter ouvido o Bogary...
Como diria Fred 04, "ela é indie"....
Chico, eu iria com mais cautela com Lobão. Ele tem uma certa razão, faltou habilidade aos organizadores do festival, mas duvido que ele propusesse boicote se estivesse de headliner. O festival usou o argumento dos canalhas, o famoso " vc entendeu errado", e Lobão levantou uma bandeira que ele não tem força para empunhar, até porque nenhum artista do rock brasileiro, tem força para isto. Porque neguinho não faz um festival de porte equivalente so com artistas brasileiros? Porque os artistas brasileiros de rock não tem essa popularidade toda. Vai ter que recorrer a Ivete, Vitor e Leo, Skank, J. Quest e Exaltasamba para atrair publico em massa.
ResponderExcluirFala, Brama! Vc está certo, man. Mas eu não estou assim apoiando Lobão 100%, não. Claro que ele jamais protestaria se fosse headliner, mas aí é que está: no esquema "brasileiro só toca entre 10h e 15h", que eles agora se apressam em negar, e vc classificou muito bem como "argumento de canalha", ninguém nascido entre o Oiapoque e o Chuí seria headliner. Entendeu? Daí eu acho, que neste caso, vale citar o santoamarense: "Lobão tem razão". Mas não o apóio 100% em nada, até por que não quero conta com maluco! ;-)
ResponderExcluir"... ops, esqueci, me disseram que vocês não gostam de ser incluídos na América Latina. Enfim, aqui não há tanta educação musical..."
ResponderExcluir"Quem sabe agora que Bob Marley morreu, eles não o substituam"...
Poxa, Perry Farelo é tãããão culto...
Gente, me conta aí qual foi o mega festival em que algum brasileiro foi headline?? RIR? Hollywood? Tim? SWU?? QUALQUER? Comer pilha de lobão, até pra dizer que discorda, tá phoodah! Tocar de dia? Se o festival começa de dia! E se as principais atrações seeempre são as últimas, e se a maioria dos nacionais são "alternativos" ou quase... Façam-me duas garapas.
ResponderExcluirDeveriam botar Marcelo Nova pra fechar no dia do Jane´s addiction só pra ver no que ia dar. Quando falo marcelo, posso dizer, Plebe, ou...Lobão, pronto! Aposto que seria a mais rápida evacuação em metros por segundo da história dos festivais.
ResponderExcluirE Perry farrel disse que já tocou no Coachela 14 horas, e aí? Tentou levantar bandeirinha de indignado? Ah tah. Ele se chateu e...tocou. É a vida.
ResponderExcluirTem novo volume de Y chegando às bancas...
ResponderExcluirhttp://www.universohq.com/quadrinhos/2011/n23112011_03.cfm
Porra, lá vou eu de novo, dando uma de advogado do diabo caindo de paraquedas.
ResponderExcluirMárcio, concordo com vc. Farrel só falou merda naquela entrevista.
Cebola, não creio que Lobão pleiteou ser o headliner, nesses festivais já é tradição que a atração principal seja alguem de fora mesmo, que afinal, são bandas que não se vê todo dia.
OK, até acredito que o Janes's Addiction tocou às 14 horas no Coachella - fato que ele nem devia ter citado, pois uma banda que toca 14h na California e vem pra cá e é headliner só desabona ainda mais o Lolla.
Outra: vamos fazer um esforço de reflexão só por um momento e nos colocar no lugar de Lobão. O cara tem 35 anos de carreira, "n" hits que o povão canta em coro nos shows. Um ego deste tamanho. Uma propoensão natural a espernear. Aí um gringo o convida para tocar em um festival aqui mesmo, em seu próprio país, diante do seu próprio público (pelo menos em teoria), às 14 horas. Bom, eu não sei vcs, mas eu, no lugar dele, tb me sentiria humilhado e teria grandes dificuldades em fazer as pazes com essa ideia. E vcs? No lugar dele? Como se sentiriam?
Agora chega pra mim, pessoal. Eu não sou advogado do Lobão - sequer sou fã dele. Agora é com ele, Roberto Carlos e as baleias! ;-)
Doe 99 dólares ao projeto de homenagem a Harvey Pekar e bata um papinho com Alan Moore!
ResponderExcluirhttp://omelete.uol.com.br/quadrinhos/alan-moore-doacoes-para-homenagem-harvey-pekar-podem-render-conversa-com-escritor/
O Lollapaloosa Brasil pode não ter o melhor line-up, mas em termos de polemica começou a mil. Quando nada coloca em discussão a real posição, importancia e popularidade das bandas de rock brasileiras, e expõe de forma nitida a falta de relevancia, articulação e publico das bandas de rock daqui. E Chico , quem fez o convite a Lobão foi o partner (ui!)brasileiro do evento, Perry Farrell, e boa parte do mundo, nunca tinha ouvido falar nos artistas de rock brasileiros. Esta demonstração de arrogancia de Farrell tem seu lado salutar. Esta é a verdadeira face da maioria dos rock stars, inclusive e principalmente na terra deles, este papo de " I love you Brazil" é a maior enganação, mas nos aqui no Brasil gostamos desta atitude " condescendente" dos povos ditos mais avançados. Condescendencia ( patronizing) é considerada uma ofensa nos Estados Unidos.
ResponderExcluirPor ultimo, o Jane´s Addiction é apenas uma banda mediana misicalmente, mas com muita importancia no cenario do rock alternativo dos 80/90. Farrell escreveu seu nome na historia do rock por causa do Lollapaloosa, não por causa da musica dele. Foi uma contribuição e tanto, o Lollapaloosa foi fundamental para a consolidação do rock alternativo, Farrell perdeu grana na epoca, mas como bom americano e alternativo depois dos 40, voltou para reaver a grana que não ganhou no passado. Quanto a militancia alternativa do cara? Isto tambem ficou no passado e agora sera a vez dele falar " I Love you Bolivia, oops Brazil!".
Tou + preocupado se vai chover hj...senão não posso me movimentar pela cidade...não pego busão há meses...dia desses prefiri voltar andando pra casa, cheguei + cedo que bus...50 minutos caminhando da baixa de quintas, onde deixei a bike, até Roma...e mais ainda com esse Bahia que pode cair...com as velhas merdas de sempre, pseudo dirigentes e alguns pseudo jogadores...aliás o futebol baiano é + mambembe que o roque sotero...engarrafamentos e nenhuma gentileza nas ruas baianas...e nas casas, prédios, empresas e por aí vai...
ResponderExcluirCom todo respeito a Big Wolf e Perrinho...mas tou nem aí pro festival deles...caro, distante e não tem absolutamente nada que me faça subir num avião, coisa que odeio, pra ir assistir...nem que me dessem a passagem de avião e estadia...num gastaria o didim da condução até o local, nem pra pagar as caras comidas...o Cocksparrer colocaria tudo aí no bolso...e olhe que só fui no Cock (lá ele-hehehehe), pq ganhei de presente a passagem de ida e volta...ainda BEM!
Entendo Lobão reclamar (deve ser uma figuraça pra trocar uma idéia), mas que eu saiba no histórico desses festivais SEMPRE foi assim...nunca vi diferente...ele poderia fazer um festival que os medalhões tocassem 1o...no sol quente...poderia se chamar "desce das tamancas fest"...pelo menos os indies iam ficar + coradinhos-ehhehehe
Ah! Lobão, me convida pra jantar nesse restaurante bacana do video...juro que visto uma camisa velha que nem a tua...e vou reclamar pra porra...inclusive da conta, que eu darei uma de Noel Rosa e mandarei pendurar na conta do Big Wolf, pq num tenho como pagar...
Sobre o Perry, nada a declarar, nunca fez nada que me fizesse escutar um disco...ah! tem aquele cover do Creedence de eles fizeram, que é + ou -, a dos Ramones é melhor.
http://soulpopcorn.blogspot.com/2011/01/take-me-to-river-southern-soul-story.html
ResponderExcluirFalando de coisas que nós gostamos...
Blog legal por sinal:
http://soulpopcorn.blogspot.com
PEna que eu não consiga ouvir + música como antigamente...nem as "antigas" & as "novas"...
Ih virou novela... ou como prefere o afetadissimo Farrell, dramalhão latino-americano:
ResponderExcluir"Vim para cá de bom humor e, agora, quero morrer", diz Perry Farrell
http://www1.folha.uol.com.br/ilustrada/1010266-vim-para-ca-de-bom-humor-e-agora-quero-morrer-diz-perry-farrell.shtml
É claro! Mas onde ele pensa que está? Na América Latina?
ResponderExcluirEsse cara é doido... heheheee...
Ráááá, sensacional! Eu estou adorando isso! É uma grande ópera-bufa, uma comédia de erros por cima de erros! Muito divertido!
ResponderExcluirConcorrrdo!!! Tá mesmo uma coisa linda de se ver... er, ler...
ResponderExcluirÉ sério! Cada novo capítulo é mais engraçado que o anterior! Continuem, por favor! Como diria o falecido, "entertain us"...
ResponderExcluirE ChYco, já Ya me esquecendo...
ResponderExcluirObrYgado pela Ynfo do 7º volume a ser lançado de "Y"...
Já lY os outros 6 e tô numa annnnsYa...
como diria um amigo meu:
ResponderExcluirEles que são brancos que se entendam...
Xó ouvir meu skazinho aqui...nesse sol soteropolitano de sundown...
Beleza, Márcio, é só ficar de olho na banca para não perder na hora que chegar.
ResponderExcluirOntem mesmo passei numa e vi esse especial foda do Hellblazer aqui:
http://web.hotsitepanini.com.br/vertigo/preview-hellblazer-passagens-sombrias/
O autor é Ian Rankin, escritor escocês de romances policiais (alguns publicados no Brasil), bastante cultuado entre os apreciadores. E gostei do formato tb: menor, em preto & branco, lembra um fumetto, tipo Dylan Dog ou J. Kendall. E aliás, os desenhos são de um italiano mesmo, Werther Delledera.
E a revista mensal Vertigo, vc tem acompanhado? A série Escalpo é simplesmente brilhante. Recomendadíssima. Policial da pesada, inspirado no caso real do Leonard Peltier, índio que ficou preso por décadas, acusado de ter matado dois agentes do FBI na década de 70 (o Rage Against The Machine fez várias manifestações pra tirar esse cara da cadeia). É tudo ambientado numa reserva indígena paupérrima em South Dakota (ou seja, o cu dos EUA). Uma mistura de The Shield com Familia Soprano e Os Infiltrados, com uma raça escrota de rednecks white trash, índios e mafiosos chineses se espionando, chantageando e digladiando em torno de um cassino. Adoro, é a primeira série que leio assim que pego a revista.
Vertigo... merda... quem disse, Chico, quem disse...
ResponderExcluirTô perdendo mesmo... Em que número está? Já tá lá longe né?
Depois que as Pixel Magazine acabaram me perdi todo... Até agora só me reencontrei com Y e estou indo atrás de EX Machina.
Valeu...
Número 23, Márcio!
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