Nosso "enviadinho especial" Márcio Martinez conta como foi show do Placebo em São Paulo, contando sempre com a consultoria especializada da Dra. Poliana Barbosa, cirurgiã neurologista responsável pelo juízo do rapaz
Távamos lá em Sampa, eu e Dra. Poliana, no intuito de “fugir” da rotina. Vôo na quinta à noite, retorno no domingo à tarde, a viagem transcorreu lindamente, céu de Brigadeiro na ida e na volta, lá, o Sol em riste, nem sinal de chuva.
Sexta de manhã, passeio básico pela Galeria do Rock, umas comprinhas aqui e ali, discos, cds, camisas, outras cositas mais, depois foi a vez da Cultura, mais um cd, livros, fim de tarde no Píer Paulista numa transversal da famosa Avenida, Serra Malte é uma cerveja gostosa, recomendo.
Enfim fomos de metrô ao Paraíso... ooops! até a ESTAÇÃO Paraíso, com o objetivo de encontrar e pegar nossos ingressos comprados por Nilda, amiga de Nei, para o show de sábado do Placebo, no Credicard Hall. Sábado de dia, passeio pelo maravilhoso Mercado Municipal (queria morar ali dentro...), cerveja boa (Brahma Black, uhhhh, baby!), comida boa, depois retorno ao hotel e concentração para logo mais.
Chegamos ao C. H. na estiagem paulista umas oito e meia da noite, mais ou menos, um pouquinho de frio e um bocado de seco, o lugar é muito organizado, mas também não chegou a lotar, não... De tudo se via, embora a concentração maior óbvia fosse a dos adolescentes entusiasmados, cabelos lambidos colados na testa, cada um(a) mais engraçado(a) que outro(a). Tinha também os acompanhados por papai, mamãe, ahhh minha nossa, ainda bem que pelo menos eles(as) iam, né? Quase não havia gente de minha geração por lá, tiozão e tiazinha do Rock na área... (que Poli não me leia...)
Lá dentro, eu, minha barriga e minha esposa zanzando de um lado pra outro pra fazer o reconhecimento da área, muitíssimo agradável por sinal, primeiro mundo, coidelôco aê Brô. Bebi umas cerva antes (tem que ser, uh?), e bateu a clássica vontade de dar uma chegada ao quartinho quando, no caminho, putaquepariu, coisa cômica, uma bíba Nipo-Brasileira magreliiiinha, aquele cabelo lambido colado na testa, abraçado ao(à) companheiro(a), faz um “uuuuiiiiii” fininho e passa a mão pela minha camisa, bem na altura da barriga, mas também, né, quem manda eu ir vestido pra um show destes com uma estampa de JOHNNY CASH com o dedo médio em riste fazendo cara de “Fuck You”?
Fosse outra época, teria lhe aplicado uma muqueta no nariz pra largar de ser besta, mas qual, do alto dos meus 38 anos, beirando a maturidade necessária para lidar com os percalços do mundo, lá vai eu às gargalhadas pro banheiro, todo sem graça, curtindo a surpresa daquela ação premeditada, por mim inesperada.
A banda de abertura era boa, cara, “Superdose”, conseguiu acender o fogo da platéia e manter o interesse por 40 minutos com suas duas guitarras, baixo, bateria e um vocalista que não pudemos nos conter em comparar ao o nosso Artur Ribeiro, ‘thou not too old (que Artur não me leia)...
Embora o som Neo-Glam do Placebo lembre às vezes uma praia deserta de céu nublado, a Batalha pelo Sol, turnê do seu último lançamento “Battle for the Sun” (2009) começou sacudindo o enorme salão, iluminando as faces dos guerreiros fãcebos ansiosos ali presentes, marcando o pulsar de um estilo que nem me interessa muito, mas que, devo admitir, estava arrasando o local. Atrás (lá deles) a parte multimídia do evento oferecia imagens de sóis explodindo, cores em profusão, algo assim lisérgico, em um telão enorme. Dupla? Trio? Sexteto? Qual é a do Placebo? Sei que o baterista é outro (Steve Forrest)... Aqui na nossa mirrada Conchinha Acústica não me lembro de ter visto a violinista de branco que também toca teclado, e aquela massa sonora era alcançada com a ajuda do oculto(?) segundo guitarrista, e um outro que pegava no baixo, ficando o Stefan Olsdal com outra guitarra, e o do baixo tocando teclado, ficando assim três guitarras em certos momentos... ah, sei lá, teve uma hora que esse troca-troca me deixou confuso... Como disse, não é bem minha praia, deserta ou nublada ou ensolarada, mas que a batalha pelo Sol conseguiu iluminar o espaço, com as hordas em polvorosa, hummm, bem, eu não chamaria aquilo de insano, nada de mau comportamento ali, tudo muito certinho aliás, mas, enfim, se não era show da xuxa, graças a Deus ou ao diabo, pelo menos pulavam, pulavam e acompanhavam a seqüência das músicas, segundo Poli, que gosta mesmo, quase que completa do novo cd.
Como não podia deixar de ser, o Placebo é daquelas bandas-com-hino contemporâneas pra ficar grudado nos neurônios e assim ganhar uma empatia mais ampla com o público, ou antipatia, como foi o meu caso em algumas... Ashtray Heart do novo cd é a “melô do feiticeiro”, com direito ao já esperado coro do público imberbe, me parece meio proposital: “Feiticêrooo, feiticêrooo...”; Days Before You Came e seu “Tchu-ru-tchu-tchu-tchu-tchu-ru...” e Special K, foram as que mais agitaram e eu que me dane, ora bolas...
Enfim (e ao fim), após as últimas dissonantes vibrações da cacofonia sonora deixada na saída do palco, sorrisos amplos de satisfação marcaram a batida em retirada da batalha vencida por aquela turminha louca pra extravasar na noite paulistana, todos buscando seus rumos pra casa (nada de ficar fazendo farra até tarde, garotada!), ou não (se eram maiores de 30); no nosso caso, rumo ao hotel, mais algumas cervejas Itaipava e Skol, programas da Sky e... hummm... Bem... Não é da sua conta!
Uhu!! O "entorno" do show foi mais divertido que o p´róprio, ou foi impressão minha? Acho que vc está too old to neo-glam-rock ´n´ roll! heheheeee
ResponderExcluirO Rock Loco bota pra f!
ResponderExcluirÚnico blog de Salvador com DUAS críticas de show do Placebo.
http://rockloco.blogspot.com/2005/04/vai-lacraia-vai-lacraia.html#comments
Acho até que vou me aposentar depois dessa!
(Meu modo irônico está no dez hj).
Chico, seu traíra, você se acha muito engraçadinho com seu cabeçalho dizendo "enviadinho especial", mas em respeito lá à classe das bíbas amantes do Placebo, nem merece réplica...
ResponderExcluirAlém do mais, reze pra um dia você não precisar de cirurgia no cérebro, porque Poliana como Neurocirurgiã é uma ótima "Especialista em Cabeça e Pescoço", sua ameba!
PS: Caro Ameba, cirurgia de cabeça e pescoço NÃO envolve o cérebro, viu? (só pra constar...)
Aê Onion manô! O probrema é que eu não sou crítico musical, nem mesmo jornalista, como tu bem sabes, aí o que eu fiz foi mais uma cronicazinha do acontecimento...
ResponderExcluirAdemais, um texto mais obilongo que esse, num sei se o Ameba iria querer publicar né?
PArem TOOODASSSS as máquinas!!!!! Plundered my Soul, "nova" dos mestres maiorais, phodões do caralho, a maior banda de rock ´n´ roll do mundo...THE ROLLING STONES, caiu no tube, abençoado seja! Na verdade, uma sobra das gravações do melhor disco de rock ´n´ roll de todos, Exile on Main Street, o que significa...oh, caras, vocês devem saber o que significa!! Eu, olha só, adorei!!
ResponderExcluirhttp://www.youtube.com/watch?v=VhqiTA0w_rU
Errata:
ResponderExcluirNa verdade o "tchu-ru-tchu..." é na música "Special K" e não na mencionada no texto.
(nossa! Isso vai mudar a vida de alguém?!?)
ei aligator, amei seu texto. Me senti lá com vocês. Vá a mais shows. Escreva mais. rsrsrsrs E bora pra essa resenha pessoalmente no novo bar que tem vááárias cervejas diferentes?
ResponderExcluirDjarinha, maluuuuca!!! Diga aê! Eu queria muito ir ao ZZ Top e Johnny Winter que vai ter em maio no Via Funchal, tava tudo acertado com Mr. Nei, mas acho que num vai rolar...
ResponderExcluirQuanto ao bar que tem vááááárias cervejas, tô colado! Dra. Poliana achou de jogar fora a MUITO que tem o nome e endereço da nossa nova residência... você se dignaria a me informar? Por mim, já marca pre este fim de semana!
O bar se chama Munique e fica ao lado do restaurante oriental Kirin, no Caminho das Árvores.
ResponderExcluirTô drento!
Meio que marquei com Cebola e Pri no outro final de semana, 30/04 ou 01/05. Bora todos. A gente se fala.
ResponderExcluirVamos tomar Munique. E mais vários territórios a noite toda...e início da manhã, claro...muuá-ah-ah-ah-ah-aaaaaaaah!
ResponderExcluirEsta é que é uma grande e irrefutável nação! Junto ao Irã, um verdadeiro paraíso cultural...Lula está certo, heheee:
ResponderExcluirhttp://www1.folha.uol.com.br/folha/mundo/ult94u724566.shtml
Eu e Márcio tentamos ir lá no tal bar Munique ontem, mas às 21:32 tinha 9, DIGO NOVE, pessoas esperandos mesas. Tentei argumentar tipo, não tem balcão não (desespero para beber...)???? e o manobrista nos mostrou mais 32 pessoas amontoadas em 03metros quadrados...
ResponderExcluirOu a gente chega lá pelas 19h (impossível para mim...) ou essa galera do Jornalismo faz uma máfia e reserva uma mesa dizendo que vai botar uma crítica sobre o Bar no A Tarde (hahahahah)!!!!!!
Cebolitos, passamos por aquela fase:
- e aí, vamos para onde?(igual àquela história sua e de Pri) e resolvemos para no Balcão/botequim/não-sei-aonde...Pedimos Red Bull: não tem...Pedimos água tônica(para beber com Gim): não tem...Pedimos Bohemia: não tem...Pedimos então: Tem Roska de quê? Abacaxí????!!!!!
Velho, se num sábado à noite (bar cheio inclusive!!!!) eles estavam assim, era melhor ter ido para o Dogão dos Gales (cê me entende, ne Pri????)!!!!
Poliana
Bar novo com várias cervejas diferentes? Caramba, por um momento achei que vocês estavam falando do Pós-tudo!rsrsrs Quando armarem a farra, me avisem,ok?
ResponderExcluirE, Márcio, adorei a resenha. Me fez lembrar o quanto você é uma companhia imprescindível, com seu bom/mau humor típico, em shows ou em qualquer lugar.
A propósito, será que a nova turnê do Wilco vai passar pelo Brasil?
Deus te ouça, Silvana, deus de ouça!!
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