Ficção de Polpa diverte e assombra em antigo formato
Quando lançou seu filme Pulp Fiction - Tempo de Violência (1994), o diretor Quentin Tarantino partiu do imaginário da ficção popular para homenagear sua mais constante representação: no caso, as publicações baratas impressas em papel jornal que se tornaram febre nos EUA entre os anos 1920 e 1950, chamadas, justamente, de “pulps“.
Nunca totalmente esquecidos, os pulps ganham agora uma nova homenagem da casa gaúcha Não Editora: a série Ficção de Polpa, que já chegou ao terceiro volume.
Em cada volume, impresso em formato de bolso e em papel de boa qualidade, diga-se, uma seleção de jovens escritores provenientes dos estados do sul do País solta os cachorros selvagens da imaginação em dezenas de contos de horror, ficção científica e fantasia nos quais tudo pode acontecer.
Psicopatas, fantasmas, monstros, alienígenas, zumbis, robôs e demônios pululam a cada página, em um verdadeiro carnaval sobrenatural.
Cada volume ainda conta com o que eles chamam de “Faixa Bônus“: um conto selecionado de um dos mestres originais dos pulps americanos. No primeiro volume, o genial H. P. Lovecraft comparece com O cão de caça. No segundo, tem Uma odisseia marciana, de Stanley G. Weinbaum, e no terceiro, O portal do monstro, de W. H. Hodgson.
Na apresentação do primeiro volume, o organizador Samir Machado de Machado nota que, “a primeira vista, pode parecer que não temos uma tradição literária nesses gêneros (horror, FC e fantasia), mas isso não é totalmente verdade. Tentativas são feitas o tempo todo, desde o início do século XX“, garante.
“Será que falta na nossa história uma Idade Média que sustente uma literatura fantástica, mesmo com nosso folclore rico? Será que a falta de investimento em pesquisa científica nos acostumou a pensar na tecnologia de forma passiva, nunca ativa, e nos faz desacreditar uma produção nacional de ficção científica? Será que o horror cotidiano nos impede de aceitar o horror fictício como uma forma válida de escapismo?“, pergunta Samir.
Precursores – Os pulps surgiram nos EUA no finzinho do século XIX, descendente direto dos chamados ”romances de dez centavos” (dime novels), criados pelo editor Frank Munsey, segundo informa o pesquisador Christopher Knowles, em seu livro, o revelador Nossos deuses são super-heróis (Cultrix, 2008).
Produzidos com papel baratinho, feito a partir da polpa da madeira (daí o nome), os pulps logo se tornaram um padrão: ”revistas de 128 páginas, com lombada grampeada ou colada e uma capa de papelão envernizado”. Com muita propriedade, Knowles defende que a cultura pop como a conhecemos hoje, com seus detetives durões , super-heróis, vilões, deuses e monstros, nasceu nas páginas dos pulps.
Ora, o que seria o Batman, senão uma evolução do Sombra, do Zorro e do Pimpinela Escarlate? O que seria o Superman (O Homem de Aço), senão uma variação do Doc Savage (O Homem de Bronze)?
Não foi senão nos pulps do publisher Hugo Gernsback (hoje nome do principal prêmio da FC) que surgiu o termo ”Scientifiction”, mais tarde simplificado para science fiction.
Não foi senão nos pulps que surgiram autores do porte de Dashiel Hammet (criador do arquétipo do detetive durão com seu Sam Spade), Edgar Rice Burroughs (criador do Tarzã e de John Carter de Marte), Isaac Asimov (Eu, Robô), Robert E. Howard (Conan, O Bárbaro), Sax Rohmer (Fu Manchu) e tantos outros.
Definitivamente, o pulp é a raiz da cultura pop atual.
Ficção de Polpa Vol. 1
Vários autores
Não Editora
128 p. | R$ 15
www.naoeditora.com.br
Ficção de Polpa Vol. 2
Vários autores
Não Editora
176 p. | R$ 20
www.naoeditora.com.br
Ficção de Polpa Vol. 3
Vários autores
Não Editora
176 p. | R$ 20
www.naoeditora.com.br
Titio Romero vem aí / laiá-la-rá-la-lá...
ResponderExcluirhttp://www.omelete.com.br/cine/100020969/Novo_filme_de_zumbi_de_George_Romero_ganha_titulo_e_mais_fotos.aspx
...E Zombieland vem também / laiá-la-rá-la-lá...
ResponderExcluirhttp://www.omelete.com.br/cine/100020961/Confira_o_primeiro_poster_e_imagens_de_Zombieland.aspx
Ah, como não amar esses seres tão simpáticos e amistosos???
chicão,
ResponderExcluirben folds ao vivo, "not the same"
http://www.youtube.com/watch?v=qn5IHOi-vII&feature=related
GLAUBER
chicão,
ResponderExcluirleia isso:
FOLHA - Na última vez em que falou à Folha sobre a Lei Rouanet, você deixou clara a sua impressão de não estar sendo devidamente compreendido. Poderia dizer qual é sua opinião sobre o subsídio estatal à produção artística e que avaliação faz do principal mecanismo em prática no Brasil -a Lei Rouanet?
CAETANO VELOSO - Uma moça entrou na fila de fãs no camarim e, ao chegar junto de mim, pediu para fazer duas perguntas. De cara, não percebi que era uma jornalista. Quando entendi isso, eu a encaminhei para a assessora de imprensa(...)já tinha lido na Folha sugestões de que eu estaria usando dinheiro público indevidamente. Ora, eu não pleiteei nada junto à comissão que se encarrega de julgar esses pedidos. O produtor que me contratou é que pleiteia(...)Em entrevista à revista "Cult", eu tinha dito que nunca pensava em Lei Rouanet quando tratava de música popular e que só me pronunciei a respeito por causa do cinema: eu havia me manifestado contra o projeto da Ancinav. A música popular, eu dizia, não me parece precisar de incentivos além dos que já tem. Continuo pensando assim(...)na terceira de umas cinco punha na minha boca frases que eu não disse. Ela tinha sido enviada por Mônica Bergamo, que mantém uma página de fofocas meio "sociais", meio políticas (ou meio de autoridades, meio de celebridades) e o fito era nitidamente me tratar como se eu fosse um misto de Sarney com Dado Dolabella(...)disse-lhe que fosse embora. Ela perguntou triunfante: "Você está me mandando embora?". Respondi que estava(...)Havia um desejo ridículo de criar um caso em que eu aparecesse como um cara que não merece respeito.
Li artigos de outros na Folha (e cartas de leitores) meio eufóricos com isso. Uma pobreza.
Mas um conhecido me escreveu o seguinte: "Não sei se você sabe, mas o papel de imprensa onde eles destilam o veneninho goza de 100% de isenção fiscal. Será que os próprios repórteres sabem disto? Estamos falando de dezenas e dezenas de milhões de reais em incentivos fiscais, não só federais (0% de PIS, Cofins, imposto de importação etc...) mas também estaduais, já que papel de imprensa também não paga um centavo de ICMS. E a isenção é dada a todo mundo, não só ao jornal do AfroReggae mas também a enormes corporações como a Folha, cujo faturamento está na casa do bilhão. A isenção de impostos do papel de imprensa é provavelmente a forma mais antiga de incentivo fiscal à cultura no Brasil. Acho que vem dos anos 50(...)Por mim, os ingressos todos dos meus shows deveriam ser menos caros porque o público que tem muito dinheiro é, em geral, muito careta(...)Muitas pessoas que se identificam com o que faço não podem, em certas cidades, ir ver o meu show. Quem quer que me contrate deverá, contando ou não com isenção fiscal, tentar resolver essa questão, que me interessa. O resto -os casos jornalísticos de excitação por tentar destruir reputações- não me interessa.
......................
editei pra caber aqui nos comments, tá na net.
GLAUBER
Glauber,
ResponderExcluirNão cabe a Caetano o papel de vitima.Se ele recebe (epa!) ou não incentivos realmente é um assunto muito distante de nosotros aqui na planice rocker.É uma guerrinha restrita a uma turma encastelada na "zelite" cultural brazuca, tenha o artista em questão merito ou não( não é este meu foco).Queria ver esta grana gasta num doc. sobre os Dead Billies. Mas isto é apenas uma opinião a mais.
ok, mas há muito o que esclarecer sobre o assunto. o desejo de que a grana vá para este ou aquele artista não é o foco, também. resumindo, acho que se recebe dinheiro público, o ingresso deve ser popular. e nunca acredito cegamente no que diz a imprensa marrom imitadora de tablóide inglês. mar vamo pra frente.
ResponderExcluirse ligue nisso aqui: the gods [ken hensley, antes do uriah heep]
http://www.youtube.com/watch?v=t645_zUvMs8&feature=channel
http://www.youtube.com/watch?v=f_sZKBSTZ0E
abración!
GLAUBER
povo,
ResponderExcluiros pensadores do rock pesado!
blue oyster cult!!!!!!!!!!!
http://www.youtube.com/watch?v=nrd2xf5DIlU
abraços!
cláudio moreira
glauber,
ResponderExcluircomo fã do uriah heep dos anos 70 valeu por me apresentar a banda the gods!
cláudio moreira
Vejam que massa o trabalho desse artista.
ResponderExcluirhttp://strongstuff.deviantart.com/gallery/
Lembra o estilão de Rex.
CLÁUDIO,
ResponderExcluiresqueci de dizer que os links eram pra você também. procure saber, se já não conhece, sobre uma banda chamada "toe fat", que foi o som de ken hensley entre o gods e o uriah heep.
cê já ouviu uma banda chamada "spring"? muito bom...
http://doaltodasvertentes.blogspot.com/2008/10/spring-same.html
GLAUBER
chicão,
ResponderExcluirmuito bom esse cara. é tom whalen, o nome? meio inspirado no design da união soviética, aqueles cartazes comunistas e tals...sensacional.
GLAUBER
achei a arte meio realismo socialista e art pop...
ResponderExcluircláudio moreira
sensacional essa arte, claro!
ResponderExcluirmas importante mesmo é homenagear novamente essa fantástica banda inusitada e muito legal
blue oyster cult
godzilla!!!!!!!!!!!!
http://www.youtube.com/watch?v=jiHRm2DioMA&feature=related
cláudio moreira
TÁ bom, eu coloco ainda o hit aor "burning for you"
ResponderExcluirblue oyster cult!!!!!!!!!!!
http://www.youtube.com/watch?v=bo2Aypi0R2c&feature=related
adoro essa banda!
cláudio moreira
essa aí é sensacional
ResponderExcluirestilo aor também, mas boa!
john crawford
blue oyster cult!!!!!!
http://www.youtube.com/watch?v=bHzIG_iZRWY&feature=related
cláudio moreira
essa aí é sensacional
ResponderExcluirestilo aor também, mas boa!
john crawford
blue oyster cult!!!!!!
http://www.youtube.com/watch?v=bHzIG_iZRWY&feature=related
cláudio moreira
para fechar a tampa em tom saudosista...
ResponderExcluirdon´t fear the reaper!!!!!!!
clássico absoluto do blue oyster cult
http://www.youtube.com/watch?v=ZdXfkkyI1nQ&feature=related
cláudio moreira
A quem interessar etc etc
ResponderExcluirUniversia lança U>Rock, primeiro concurso ibero-americano de bandas universitárias
§ Vencedor da etapa nacional receberá R$ 50 mil em equipamentos musicais
§ Ganhador ibero-americano irá se apresentar no Festival U>Rock, em dezembro, na Espanha
§ Internautas de todo o Brasil darão notas para as bandas e músicos participantes
São Paulo, 22 de julho de 2009 — Com o objetivo de difundir e reconhecer a criatividade artística e musical de jovens universitários, a Rede Universia lança o U>Rock, primeiro concurso ibero-americano de bandas universitárias, que contará com a participação de jovens de mais de 1.100 instituições de ensino superior dos 14 países em que está presente (Argentina, Brasil, Chile, Colômbia, Espanha, México, Panamá, Paraguai, Peru, Portugal, Porto Rico, República Dominicana, Uruguai e Venezuela).
O concurso, que dará visibilidade internacional ao vencedor, é o primeiro passo para a criação de uma comunidade musical e proporciona ao jovem novas formas de interação no universo da música. “A oferta no meio artístico é muito ampla, por meio de shows, festivais, redes sociais e blogs. No entanto, não existem meios que integrem todas essas interfaces. O U>Rock irá possibilitar aos universitários de toda a Ibero-américa compartilhar e divulgar suas composições e, ainda, vai oferecer a oportunidade de concorrer a prêmios e participar de um grande evento musical. É uma forma de fomentar, difundir e estimular a criatividade artística desses estudantes”, afirma Ricardo Fasti, Diretor Geral do Universia Brasil.
Como participar
Podem participar bandas ou cantores solo com estilo Pop-Rock, residentes no Brasil e maiores de 18 anos, matriculados regularmente em uma Instituição de Ensino Superior parceira do Universia Brasil. No caso de bandas, ao menos um integrante deve estar matriculado em curso superior.
Somente poderão se inscrever participantes que não tenham álbum gravado (exceto independentes) ou contrato musical em vigor. É necessário, ainda, ter repertório próprio de, no mínimo, 25 minutos de duração.
A participação é realizada pelo endereço http://escucha.universia.com.br/concurso, onde os interessados devem efetuar cadastro, ler e aceitar o regulamento, e inserir a música (upload) que será inscrita no concurso.
Cada grupo ou cantor solo poderá concorrer com uma única música, que deve ser inédita e original, disponibilizada em formato digital (mp3), com tamanho máximo de 8MB. Para aumentar a divulgação de seu trabalho, o participante pode incrementar seu perfil no concurso com vídeos, fotos, outras músicas e letras das canções.
Etapas
No Brasil, a primeira etapa do U>Rock acontece, em meio virtual, até o dia 1º de setembro. Por meio de participação on-line no hotsite do concurso, o público distribui notas de 1 a 5 às músicas concorrentes. Para a fase de votação, não é necessário cadastro prévio. As 10 músicas com maiores pontuações médias serão selecionadas e passarão pela avaliação de um júri, que definirá a música vencedora da fase local.
A banda ou cantor vencedor da etapa nacional representará o Brasil no concurso internacional, também on-line, entre os dias 1º de outubro e 1º de novembro. Nessa fase, as músicas das 14 bandas finalistas dos países participantes disputarão a melhor pontuação, decorrente de votação via internet e atribuição do júri internacional, composto por representantes do Universia de cada um dos países.
Premiação
O grupo ou cantor finalista do Brasil receberá como prêmio a quantia de R$ 50 mil em equipamentos musicais.
O vencedor da etapa internacional irá para Madri, na Espanha, se apresentar no Festival U>Rock, que será realizado entre os dias 15 e 17 de dezembro.
Serviço
U>Rock — Concurso ibero-americano de bandas universitárias
Etapa nacional: inscrições até 1º de setembro
Etapa internacional: de 15 de outubro a 15 de novembro
Para participar e obter mais informações: http://escucha.universia.com.br/concurso
Cláudio, sou puta velha do BÖC desde os 13 anos de idade, quando comprei no Paes Mendonça do Canela (com o dinheiro da merenda, claro) o Fire of Unknown Origin, que tem justamente, os hits Burning For You e JOAN Crawford (não John, como vc botou aí). Grande banda.
ResponderExcluir"Paes Mendonça do Canela", hahahahahahahahahaaha...sensacionaaaaaaaal!
ResponderExcluirchicão, acho que saiu trailer de "alice" de tim burtom...
GLAUBER
po chico, erro de digitação...
ResponderExcluirtambém gosto deles desde a adolescência...como sou mais velho foi quando burnig pasava diretor no programa de clip do saudoso baby santiago na band e num outro da tv itapoan...82/83
conheci então primeiro essa fase aor da banda, depois mergulhei nos clássicos álbuns dos 70
daqui sei que jeder, leão, os martinez gostam too, mas tem muito por ai...do pessoal do rock pesado, acredito que só o pessoal de mente mais aberta gosta deles...enfim...
cláudio moreira
até os caras dos smashing pumpinks tocavam godzilla
olha aí...
http://www.youtube.com/watch?v=N1ckq4z31bA
Chico + Glauber + Cláudio = Tiazonas tricotando! Com todo o respeito, é claro.
ResponderExcluirQue porra! Quero ver farpas, cabruncada!!!
ehehehehe
hehehe...meu primeiro LP, comprei na SANDIZ! sério.
ResponderExcluirGLAUBER
EU TAMBÉM GLAUBER!!!
ResponderExcluirpor mais incrível que possa parecer, eu sempre vi o rock de verdade como sinônimo de liberdade em todos sentidos...claro, que isso pode naturalmente se aplicar a qualquer outro gênero musical se a coisa é feita com as vísceras...por mais que
o rock, na sua maioria esmagadora expressão, tenha se tornado
conservador e esteticamente equivocado, ele tem historicamente
associação com algo criativo e existencialmente libertário...qto mais o tempo passa mais roqueiro fico num sentido de idealismo cultural (sim, mesmo em tempos de pós-rock essa palavra "roqueiro" ainda se aplica e convive muito bem em mentes abertas com a brasilidade para quem não se considera colonizado culturalmente nem alienado politicamente)...enfim...gosto de música de todos cantos do mundo e
feita em todas épocas...sem preconceitos, camisas de força
estilísticas e barreiras...mas enxergo pouca paixão na turma do rock dos tempos atuais...sei que essa coisa não é geral e que o mesmo fenômeno já aconteceu antes, além de que existe ainda a questão da subjetividade da importância que música tem na vida de cada um...mas, percebo cada vez mais o reflexo das ferramentas do marketing (seja no esquemão ou até mesmo no segmento alternativo do rock) na orientação do gosto musical da rapaziada do
que de uma aura de sincera transgressão artística por si só...agora, se existirem mais garotos como joão pedro (filho de yara) nem tudo está perdido!!!!!!!!!
cláudio moreira