Nosso correspondente exclusivo Osvaldo Braminha Silveira continua a saga de sua pregrinação ao mega festival belga
O melhor que achei do segundo dia do werchter festival a.k.a. Blonde Heaven. Pedi a Greice Schneider a.k.a. Graceland para mandar fotos, que eu nao tinha camera.
Já falei do primeirodia, reforço, apenas reforço, que o impacto inicial da beleza do local só faz crescer com o passar dos dias. Segundo dia de neil young. Não dá para dimensionar o respeito que Neil Young tem entre seus pares. Chego no show do The Verve, que voltaram a tocar em turne.
Ainda é dia e só escurece lá pras dez da noite. Show o.k., com o habitual coro nos hits (The drugs don't work, Bittersweet symphony), a essa altura 40 mil pessoas presentes. Richard Ashcroft manda uma senha quase no fim do seu show: "É uma honra tocar no mesmo dia de JAY-Z, o melhor rapper que existe e uma honra maior ainda tocar no mesmo dia de Neil Young, o maior compositor da historia... ponto"
Não vi Jay-Z, corro pra ver Digitalism no palco alternativo(e foi o.k.) e corro pra o velho Young. A essa altura deviam ter 60 mil pessoas. O show é historico, o velhinho bota pra fuder num show emociante. Toca de Harvest (heart of gold, needle and the damage done, words) Rockin' in the free world, Only love (do Freedom) e varias de Chrome Dreams (uma fuderosa versão de Freedom Road e uma versao descaralhante de No Hiddden Path). Quando digo descaralhante nao estou utlizando figura de retórica. E encerra com A day in the life dos... Beatles.
Moby toca pra mil pessoas e faz um show melhor (musicalmente falando) que os Chemical.
3° DIA
3° dia e as pernas começam a pedir a morte. Com o passar dos dias começamos a nos dar conta da grandiosidade do festival. Pra chegar é uma palhetada e tanto. O rock exige preparo. Faixa etaria de 18 a 20 e poucos anos, galera mais velha só mais tarde pra ver as principais atraçoes.
E é blonde heaven, profusões de loiras com rostos perfeitos. Neste 3° dia, finalmente vamos com Greice Schneider e Josh (ex soma). Os caras tão na pilha. Chego no show do Editors, que parece Interpol, que clona o onipresente Joy Division.
Corro depois pro palco alternativo pra ver um competente show de KT Tunstall, cançoes pop com influências country, soul e rock, blz. Corro pro Kings of Leon. Vou junto com Greice e Josh pra frente do palco. E ai vc vê o tamanho da bagaça. Se de longe parecia ter pouca gente pra os Kings, embaixo do palco, tinha umas 10 mil pessoas gritando as musicas dos caras a pleno pulmões. O KOL fez um show o.k., legal a postura bacana dos caras que fazem um southern rock com approach mais alternativo, mas sem afetaçoes.
Sempre entre os shows, pausa pra chopps (Stella Artois, sponsor do festival) e tem umas cem barracas de bebida e comida. Foda.
Ben Harper faz um show chapadão com muitos fãs mucho locos, com uma faixa etária mais velha que surge do nada. Nao detesto Harper mas prefiro beber vinho (sim, descolei um lugar). Me preparo pro Sigur Ros. Visual impressionante dos caras e o show mais viajandão do festival. Cantado em islandês, em alguns momentos tem 12 pessoas no palco. Pra lá de space rock, parecia que a aurora boreal ia rolar ali e uma nave ia baixar. As vezes a voz do cara irrita um pouco, mas foi um dos pontos altos do festival.
Grande a peritivo pra maior atraçao do festival. O Radiohead está no topo do mundo. Com cem muil pessoas na plateia e respeitados pela critica, ao vivo, o Radiohead faz um show impactante com a banda a todo gás e efeitos de luz perfeitos. Após algumas musicas, Thom Yorke dirige as primeiras palavras a platéia:
"Eu soube que Neil esteve aqui ontem. Deveria ser (honra) suficiente para QUALQUER UM PRA TODA UMA VIDA". Se o cara que comanda a mais importante banda de rock da atualidade falou isso, quem sou eu pra desmentir. Final de show delirante e Yorke e cia estão de parabéns.
TEXTO DE OSVALDO BRAMINHA
Pense num cara de sorte.. pensou? agora triplique! como se não bastasse isto, até nome de cerveja ele tem!
ResponderExcluira vida deste cara não parece uma festa. ela é!
abraço bramz
luisao
Porra,brhamz,ce ta foda,hein???Chega logo p sentar no balcao do pos p vararmos a madruga com o relato dos shows!Vou me contentar em ver o Muse em sp.Vamo?Potato.
ResponderExcluirTirando tudo mais que me faz morrer de inveja, ainda a cerveja "oficial" é maravilhosa. Aqui pagamos caro pela schin...
ResponderExcluircorreção, moby toca para umas 80 mil pessoas. e ele foi na (em termos de show0 na direção oposta dos chemical. li uma entrevista de moby no qual ele dizia sentir falta de tocar mais organicamente ja que musica eletronica as vezes fica impessoal. moby acertou na dose ( toca guitarra em varios momentos),e a vocalista da banda dele canta demais.
ResponderExcluiro show do neil young foi tão bom que ofuscou qualquer coisa que tenha tocado nesse segundo dia. até moby, por mais que o DJ tenha mandado ver e coisa e tal.
ResponderExcluirbramz, tô contigo também com relação ao show do radiohead. achei perfeito.
ResponderExcluirconversei com algumas pessoas aqui que acharam meio frio, mas acho que a perfeição - a falta de deslizes, a regularidade - pode trazer essa impressão de frieza, de que tudo está no seu perfeito lugar e ordem.
difícil comparar com um show completamente caloroso e espontâneo como o do neil young.
foi tudo o que eu esperava de um show do radiohead. nem mais, nem menos.
em Berlim o show foi bem maior, músicas como No Surprises entraram no repertório e o Thom Yorke tava até mais soltinho. Tocou bateria e tudo.
pra quem não tava lá...
ResponderExcluirde chorar
http://www.youtube.com/watch?v=WuihsYk93CE
Esses festivais super legais acontecem pelo mundo e um monte de brasileiros se deslocam para onde for para assisti-los. Aí eu me lembro de Rock in Rio Lisboa, Rock in Rio Madrid e Rock in Rio qualquer-outra-cidade-que-não-é-o-Rio e fico me perguntando se já não há festivais suficientes do outro lado do Atlântico e se o Rock in Rio realmente está preenchendo um vazio que existe lá e não aqui!
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