Frank Sinatra Jr., filho d‘A Voz, canta em Salvador e faz dueto com Gal. Mas só para convidados
Em 1980, Frank Sinatra soltou sua inigualável voz de trovão diante de 140 mil brasileiros, no estádio do Maracanã. Vinte e oito anos depois – e dez após seu desaparecimento –, seu filho Frank Sinatra Jr. inicia uma extensa turnê brasileira, desta vez levando a música do seu pai às cidades em que ele não foi, com Salvador incluída.
A má notícia é que, ao contrário de todas as outras seis capitais onde ele apresentará o espetáculo Sinatra By Sinatra, em Salvador o show se dará em um evento acessível apenas para convidados, na próxima terça-feira (29), no Teatro Castro Alves.
A cortesia é de um grupo imobiliário paulista, o JHSF. Melhor sorte teve Manaus, onde o show acontece dois dias antes: gratuito, em um palco armado em frente ao centenário Teatro Amazonas.
De qualquer forma, Sinatra Jr. vem aí, com sua orquestra de 15 membros – e Gal Costa também. A baiana cantará Garota de Ipanema em dueto com o herdeiro d‘A Voz, numa homenagem à clássica parceria entre Sinatra e Tom Jobim, nos anos 1960. Ontem mesmo, Gal viajou para São Paulo, a fim de conhecer o cantor e ensaiar.
Mas, segundo o próprio Júnior, o momento bossa nova do show não vai ficar só nisso. “Não será apenas um momento. Eu vou cantar um segmento com clássicos da bossa nas suas versões em inglês: Corcovado, Dindi e outras“, adiantou Sinatra Jr., em entrevista exclusiva por telefone, direto de sua residência em Los Angeles.
Ainda no repertório, clássicos como New York, New York, Strangers in The Night, Night and Day e My Way, entre outras.
Educadíssimo, amistoso e dono de uma dicção clara e pausada, Sinatra Jr., apesar de um tanto lacônico nas suas respostas, não se furtou de responder às perguntas que lhe foram feitas.
“Quando eu era mais jovem, isso (o fato de ser filho de um ícone do show business) me incomodava um pouco, claro. Mas hoje, quando já estou com sessenta e tantos, não faz mais a menor diferença“, comentou.
Não deve ter sido nada fácil, mesmo. Em 8 de dezembro de 1963, aos 19 anos, ele foi sequestrado por Barry Keenan, ex-colega de Nancy, sua irmã. Foram exigidos US$ 240 mil de resgate. O rapaz foi libertado dois dias depois e os sequestradores foram presos. O episódio virou um filme para a TV, Kidnapped: Frank Sinatra Jr.
Condutor – Filho de Sinatra com sua primeira esposa, Nancy Barbato, Franklin Wayne Emmanuel Sinatra começou a estudar música ainda criança, aprendendo rapidamente a tocar piano. Cursou condução & regência na University of South California, mas não chegou a se graduar. Logo começou a reger corais e pequenas orquestras assim mesmo.
Ainda na juventude, recebeu convites para se tornar cantor de rock, mas declinou, dizendo que “jamais trocaria o smoking por uma jaqueta de couro“.
Para ele, as memórias mais queridas do seu pai não datam da infância, mas já da idade adulta, o que talvez diga muito sobre a faceta paterna de Frank Sinatra: “Minha memória mais afetiva são dos seus últimos sete anos de atividade, entre 1988 e 1995, quando eu conduzia sua orquestra, e era como um colega“, revela.
Talvez suas memórias infantis mais queridas sejam das visitas dos amigos famosos de Sinatra, o grupo conhecido como Rat Pack: Dean Martin, Sammy Davis Jr. e Peter Lawford. “Eles iam muito lá em casa e eram engraçadíssimos, igualzinho aos filmes“, lembra.
Infelizmente, Sinatra Jr. nunca fez sucesso como Nancy, ainda hoje uma figura hypada. Nos anos 60, ela fez história com These Boots Are Made for Walking, canção de sucesso contra a guerra no Vietnã. Em 2004, lançou um CD auto-intitulado, com covers de Morrissey, Pulp e U2. “Claro que acompanho o trabalho da Nancy, eu adoro!“, disse o irmão, orgulhoso.
Simpático, Sinatra Jr. se disse ansioso para conhecer a Bahia, ”que é muito famosa no mundo inteiro. Todo mundo ouve falar maravilhas daí”, contou, lisonjeiro.
parabens pela reportagem chico.muito bem escrita.vc nao imagina o rebuceteio que este show causou na society baiana, que estava se estapeando por um convite.pena, apesar de desde sempre sinatra ser sinonimo de buxixo de bacanas, tanto aqui como nos states, o repertorio de sinatra é uma fantastica viagem ao cancioneiro americano e ao lounge mundial(bossa nova incluida), e deve valer a pena ver um show bem produzido sobre sua obra. e a tal da atitude foda-se que suas musicas embutiam, afinal o velho frank foi o fodão original.
ResponderExcluirè, por todos os relatos a coisa foi feia, para se ter uma ideia, new york new york virou salvador salvador. faltam-me palavras.
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ResponderExcluirOswaldão, busque mais detalhes por favor!!
ResponderExcluirEssa cidade cada dia me espanta mais!!!
nei, é aquela coisa que acontece sempre no tca quando tem eventos badalados , e nestas ocasiões fica ainda mais evidente o grande o provicianismo soteropolitano, o indice de peruice vai ao zenith.o quanto ao show, sinatra jr.estaria mais para mercador do legado do pai, do que propriamente interessado em manter ou aprofundar aspectos da obra do velho frank. feito sob medida para grandes eventos corporativos.
ResponderExcluirNão poderia ter dito melhor, Brama. O odor de milhões de perfumes franceses empesteou o ar, Nizan Guanaes fez seu comercial como bom garoto propaganda da constrtura que bancou a parada, Gal Costa estava meio rouca e Júnior funcionou no automático: sem surpresa, sem emoção, sem garra. O melhor de tudo foi a big band, que tava nos cascos. Lotação esgotada, gravatas para todos os lados, senhoras over-maquiadas e escovadas flanando pelo salão. Me senti com 10 anos de idade, dada a avançada faixa-etária do público presente. Ah! O lance do Salvador, Salvador: Júnior (imagino eu), gravou o jingle do empreendimento que a tal empresa vai lançar no Cabula, com essa aberração de substituir o New York, New York por Ssa, SSa. Quem diria que a família Sinatra ia acabar dessa forma. Esse Nizan é o demônio, rapaz!
ResponderExcluirgalera chata é essa!;)
ResponderExcluirURGENTE, ACABOU DE CHEGAR:
ResponderExcluirPrêmio Bahia de Todos os Rocks
A celebração do rock baiano!
Com objetivo de proporcionar uma base profissional da produção do rock baiano e todos os seus subgêneros - estimulando o mercado da área e proporcionando um encontro entre artistas, bandas e o fiel público do estilo musical - será promovida a 1ª edição do Prêmio Bahia de Todos os Rocks! Trata-se de uma premiação anual que beneficiará os melhores resultados alcançados por artistas e bandas do gênero da Bahia - escolhidos por votação popular e um júri afiado - e patrocinada pela Oi, através do Fazcultura, Governo da Bahia, e com apoio do Oi Futuro. O artista ou banda baianos que tiverem interesse em concorrer aos prêmios, deverão se inscrever no site do evento (www.bahiadetodososrocks.com.br), a partir do dia 04 de agosto.
O intuito é mobilizar todo o cenário cultural baiano através de uma competição de referência e respeitabilidade, impulsionando a criação artística e a produção musical, consolidando a construção de uma imagem de mais respeito ao gênero rock, na tentativa de migrá-lo da condição de underground, alternativo, para torná-lo mais midiático e acessível. Serão 8 prêmios direcionados a 8 categorias: Música do Ano; Show do Ano; Artista ou Banda do Ano; Álbum do Ano; Vídeo-Clipe do Ano; Músico Destaque; Ano 1 (Banda ou Artista Revelação) e Dinossauro Referência (Conjunto da Obra).
Inscrições
A partir do dia 04 de agosto, já poderão se inscrever os candidatos a "Música do Ano" e "Show do Ano". Para a primeira, artistas e bandas poderão participar concorrendo apenas com uma música, que representará o seu trabalho autoral. Para a segunda, os concorrentes enviarão um vídeo que contenha o registro de um show ao vivo.
Em ambos serão pré-selecionadas as 10 melhores músicas e shows para avaliação do júri, que indicará cinco concorrentes. Por fim, estas ficarão disponíveis no site para avaliação popular por um mês. A mais votada será a vencedora de cada categoria. As inscrições para essas duas categorias vão até 05 de setembro.
Quanto às outras categorias, o júri é que indicará os concorrentes e decidirá os vencedores. A partir de 04 de agosto estará disponível no site a opção "indique-se", para que os próprios artistas e bandas indiquem seus trabalhos, nas categorias específicas que se achem aptos a concorrer.
O "Artista / Banda do Ano" será reconhecido pelo profissionalismo e destaque no ano da premiação; o "Álbum do Ano" premiará o álbum que mais se sobressaiu no mercado; o "Vídeo-Clipe do Ano" recompensará a melhor produção audiovisual, independente do formato midiático; o "Músico Destaque" premiará o músico que mais se destacou no ano - enquadram-se músicos de qualquer instrumento, inclusive vocalistas e DJs; o "Ano 1" laureará artista / banda iniciante, com no máximo um ano de formação, incluindo músicos antigos reconfigurados com novo trabalho; o "Dinossauro Referência" premia a carreira de maior importância histórica para o rock baiano nos últimos 20 anos.
O júri especializado, que é o responsável pelas indicações e pela escolha dos premiados, é formado por jornalistas, produtores e músicos. A entrega do Prêmio Bahia de Todos os Rocks será no dia 24 de novembro, segunda-feira, às 20h.
Sou mais Nancy Sinatra que é doidona e fez trilha pra Kill Bill.
ResponderExcluirchicoréulys, vistes a coluna de sr. Veríssimo ontem na tarde. Sobre batman(!!!)!!. Achei sensacional!
ResponderExcluirEngraçado que a grande maioria da big band era formada pelos músicos da OSBA.
ResponderExcluirGostei da reportagem
ResponderExcluirdo blog também
bem informativo...
abraços