Baranga arma o barraco
Rock ‘n‘ roll old school, com base de hard blues na linha de bandas como Motorhead, AC/DC e Circus of Power. Esta é a Baranga, banda paulista que chega ao terceiro CD, Meu Mal, refinando sua proposta de fazer rock pesadão com letras em português, sempre celebrando o rock (claro), o álcool, carrões, a vida louca nas grandes cidades e, como não poderia deixar de ser, as mulheres. O CD abre acelerado com Filho Bastardo e a faixa-título, lembrando muito o Motorhead. A velocidade cai um pouco no resto do CD, mas o peso se mantém, com destaque para Não Mora Mais Aqui (“Este é um blues / de quem não volta pra casa“), Predador (“Sem pudor, sem amor / o que ela quer é um predador“) e A Vida é Uma Só (“pra curtir sem dó“). Rockão sem firulas, direto na jugular.
Meu Mal
Baranga
Voice Music
R$ 20
www.barangarock.com.br
Espelho sci-fi da sociedade
Marco da ficção científica em quadrinhos, a série O Incal revelou, ainda nos anos 80, os talentos do escritor e cineasta chileno Alejandro Jodorowsky e do desenhista francês Jean Moebius Giraud para muita gente ao redor do mundo. Em Antes do Incal, o autor retorna ao personagem principal da série-mãe, o detetive particular John Difool, numa série de três magníficos álbuns publicados no Brasil pela Devir, que já havia lançado a série original em 2006. Com o fechamento de Antes do Incal – com os desenhos do iugoslavo Zoran Janjetov, um claro discípulo de Moebius –, pode-se perceber todo o alcance e a profundidade da crítica de Jodorowsky à natureza humana. Que o leitor não se engane: a ambientação espacial de ficção científica é só um artifício para Jodorowsky abordar problemas bem atuais, como o poder desembestado da televisão, tráfico de drogas, prostituição, política etc.
Antes do Incal Volume 3
Jodorowsky / Janjetov
Devir
96 p. | R$ 42
www.devir.com.br
Coletânea precoce, talento inegável
Eles são novinhos e fazem as meninas gritarem feito loucas. Diferente de nulidades emo como Fall Out Boy e Simple Plan, contudo, o McFly (sobrenome de Michael J. Fox em De Volta para o Futuro), prefere não pintar os olhos, voltando-os para o pop perfeito de bandas como Beach Boys, Beatles e Monkees. O resultado soa atual e atemporal ao mesmo tempo, qualidade raríssima. Não vai salvar o rock, mas está milhas acima de quase tudo que aparece no mainstream hoje em dia, com peso na medida, boas melodias e refrões para cantar junto. Destaques: Five Colours in Her Hair, Please, Please, That Girl (que chega a lembrar o Stray Cats) e o cover de Don‘t Stop me Now, do Queen.
Greatest Hits
McFly
Universal
R$ 22,90
www.mcflyofficial.com
Alan Moore: bom até nos Wildcats
Diz um velho ditado nos quadrinhos que “não existem personagens ruins, e sim, maus escritores“. Alan Moore, o maior nome vivo da indústria de HQs, provou isso duas vezes, ao fazer dos gibis Supremo (uma cópia do Superman) e WildCats (cópia dos X-Men) duas pequenas pérolas das HQs de super-heróis. Em Guerra de Gangues, 2º e último livro reunindo a fase de Moore com os Cats, ele faz o que costuma fazer: vira o mundo dos personagens de cabeça pra baixo, acabando com as motivações bobas do grupo e criando outras mais interessantes, estabelecendo um novo e mais elevado patamar para o próximo escritor. Recapitulando: os Wildcats eram uma equipe de SSPs (Seres Super-Poderosos) reunidos na Terra para combater os Demonitas, raça alienígena eternamente em guerra com os Querubins, raça da qual o líder dos Cats, Lorde Emp (um Professor Xavier de segunda) faz parte. Alan Moore pegou os Cats, botou a equipe numa nave e os mandou de volta para Khera, planeta dos Querubins. Lá chegando, eles decobrem que a guerra contra os Demonitas acabou há séculos - o que de cara, tornou toda as ações do grupo na Terra, inúteis. Na Terra, amigos dos Cats montam uma outra equipe mais bizarra para continuar a guerra que já acabou e eles ainda não sabem. Moore explora os dois cenários com a habilidade de sempre, desenvolvendo os personagens e seus dramas pessoais. Outro lance típico de Moore é todo o cenário sócio-político-cultural que ele cria para o planeta dos Querubins, tudo detalhadamente elaborado, como sempre. O primeiro volume, De Volta Pra Casa, ainda pode ser facilmente encontrado em livrarias e comic shops. Lápis das feras Travis Charest, Dave Jonhson, Aaron Wiesenfeld e outros.
Wildcats - Guerra de gangues
Moore / Vários
Pixel Media
192 p.| R$ 36,90
pixelquadrinhos.com.br
Ruim no estúdio, pior ainda ao vivo
O tempo passa, o tempo voa, e o rock mainstream americano continua... uma porcaria sem tamanho. O que dizer de uma banda que só se sustenta por causa do seu baixista emo, um pavãozinho tatuado de nome Pete Wentz, alçado à condição de símbolo sexual por uma mídia histérica, movida à ganância e dólares à granel? Por que musicalmente, o Fall Out Boy é simplesmente nulo. Suas músicas, que só se tornam hits por conta da lavagem cerebral promovida pela MTV americana, são todas iguais: um emocore pop sem personalidade, nem sabor. Mas a pergunta que fica mesmo é a seguinte: qual a diferença entre o Bon Jovi nos anos 80 e o Fall Out Boy nos anos 2000? A marca de laquê?
Live in Phoenix
Fall Out Boy
Universal
R$ 26,90
www.falloutboyrock.com
Clássico inédito em versão bilíngüe
A menos famosa das Irmãs Brontë, Anne (1820-1849), finalmente tem sua obra inédita, A moradora de Wildfell Hall (1848), lançada no Brasil. Se suas irmãs Emily (O morro dos ventos uivantes) e Charlotte (Jane Eyre) causaram comoção na Inglaterra vitoriana com suas abordagens ousadas (para a época) de temas como amor, morte e traição, a caçula Anne era uma feminista, que reivindicava o direito da mulher à busca da felicidade. No livro, a personagem Helen vai contra a família ao escolher casar-se com Arthur Huntington, que após o matrimônio, revela-se um tremendo canalha. Excelente edição, com texto bilíngüe.
A moradora de Wildfell Hall
Anne Brontë
Editora Landmark
368 p. | R$ 40,50
www.editoralandmark.com.br
Essa briga promete. Abel Ferrara e Werner Herzog trocam ofensas via imprensa.
ResponderExcluirhttp://www.omelete.com.br/cine/100013208/Eva_Mendes_ao_lado_de_Nicolas_Cage_na_nova_versao_de_Vicio_Frenetico.aspx
A razão é a refilmagem que o alemão deve fazer do filme Vício Frenético (1992), de Ferrara.
Oi, Chico e comunidade rockloquista! Escrevi um post sobre os Mizeravão no meu blog. Coisa bem pessoal. Tá quase uma redação daquelas que a gente fazia na escolinha, tipo "a importância dos Mizeravão na minha vida", rsrsrsrs. Aproveitei e lancei por lá uma campanha pra acelerar a volta da banda. Participem!
ResponderExcluirhttp://silvanamalta.blogspot.com
bjs
Messias vai gostar dessa:
ResponderExcluirMercury Rev regressam com dois álbuns em Setembro
Os norte-americanos Mercury Rev regressam com dois trabalhos de originais no final de Setembro.
A 29 de Setembro, o grupo edita o álbum «Snowflake Midnight», que apresenta nove novos temas.
Na mesma data, a banda disponibilizará um álbum intitulado ‘«Strange Atractor» para download gratuito no seu site oficial.
18-06-2008
Here: http://diariodigital.sapo.pt/disco_digital/news.asp?id_news=30148
Rapaz, achei uma versão instrumental de Whole Lotta Love (aquela mesma) na base do sax e metais variados, SIM-PLES-MEN-TE MA-TA-DO-RA, por King Kurtis.
ResponderExcluirNesse blog, que aliás, é uma preciosidade:
http://amthenfm.wordpress.com/
Olha só o título traduzido do próximo filme de Sacha Baron Cohen, o cara de Borat:
ResponderExcluirBruno: Deliciosas jornadas pela América com o propósito de fazer homens héteros visivelmente constrangidos na presença de um estrangeiro gay de camiseta coladinha.
Aqui: http://www.omelete.com.br/cine/100013271/Bruno.aspx
Para ir ao cinema de fralda. (Confesso que quase me urinei em Borat).