Savage Dragon, a melhor revista da primeira geração da Image Comics, volta às bancas brasileiras em edição especial de origem
Fãs de Todd McFarlane, Jim Lee, Rob Liefeld e Marc Silvestri (acho que não tem nenhum fã do Jim Valentino, aí, né?) que me perdoem, mas da primeira geração de revistas lançadas pela Image Comics em seus primórdios, a Savage Dragon de Erik Larsen, era, tranqüilamente, a melhor de todas.
Enquanto essa cambada aí só se preocupava com o setor de marketing (leia-se capas alternativas, splash pages, crossovers, spin-offs e action figures a granel), Larsen se esmerava em criar histórias de ação e super-heróis de tirar o fôlego. Havia splash pages sensacionais? Por Deus, e como! Havia papel especial, cores berrantes, mulheres gostosas em trajes mínimos e quebra-paus apocalípticos entre seres superpoderosos? Sim, e muito. E ainda havia tramas bem elaboradas, traições, conspirações, reviravoltas, surpresas e - Aleluia, Senhor! - vida inteligente e personagens sólidos! Numa revista da Image!
Enquanto Spawn se arrastava sem sair do lugar em um novelão monótono, os WildCATS e o Gen13 exibiam os corpinhos sarados em banhos de sol e os grupos de Silvestri e Liefeld (sequer lembro seus nomes) competiam para ver quem imitava mais os X-Men, Dragon, o policial mais durão de Chicago suava a camisa desbaratando gangues de supervilões, aplicando e tomando surras homéricas e ainda sobrava tempo para dar um trato nas moças.
(Justiça seja feita, os WildCATS depois tiveram uma fase sensacional nas mãos milagrosas de Alan Moore - publicada agora pela Pixel Media -, que depois ainda pegou o Supremo de Rob Liefeld. Outro grupo menor, o Stormwatch, teve uma bela sobrevida graças a Warren Ellis, que acabou remodelando-o para se tornar o fodástico Authority).
Uma coisa, porém, sempre intrigou os fãs do Dragon: qual era, afinal de contas, a sua origem? Tudo o que se sabia sobre aquele Hulk de barbatana na cabeça era que, um belo dia, ele surgiu, pelado e desacordado (olha que de bêbado não tem dono), no meio de um terreno baldio em chamas. Como Larsen não é muito chegado em blá blá, blá, o ritmo vertiginoso de ação do título acabou distraindo os fãs, que leram durante anos as aventuras do herói sem questionar muito o seu passado nebuloso - e até mesmo curtindo o clima de mistério quanto à sua origem.
Esta só veio à tona nesta edição especial, lançada em fevereiro último no Brasil pela HQ Maniacs Editora.
Narrada nas sucintas e regulamentares 24 páginas de um comic book sem capa dura ou variantes, apliques fosforescentes ou qualquer outra frescura - como convém ao autor - a origem do Savage Dragon pega o leitor de calças curtas ao criar um ponto de partida bem inesperado para o personagem.
Alienígena já dava para sacar que ele era - afinal, o homem é verde! - mas ditador crudelíssimo de um povo em busca de um planeta para colonizar, ninguém previu.
Com sua estupenda arte híbrida de Jack Kirby, Frank Miller e Walt Simonson (suas famosas onomatopéias estão presentes nas páginas de SD desde o início), só para ficar nos mais óbvios, Erik Larsen mais uma vez, manda muitíssimo bem e nos brinda com uma história curta, caceteira e divertida - ainda que chocante em certos trechos.
Não chega a matar a saudade dos leitores que acompanharam sua extinta revista pela Editora Abril nos anos 90, pois o Dragon que vemos aqui, definitivamente, não é o policial durão mas boa-praça que nos acostumamos a gostar e sim, um FDP virado no cão, sanguinário que só ele. Para dar uma idéia, o sujeito é incapaz de transar com uma mulher sem desmembra-la em vários pedaços.
Mas mata a saudade dos leitores do estilo ágil, bombástico e desprovido de firulas de Erik Larsen. Fica a torcida para que a editora continue com o Dragon e lance novas histórias - de preferência, inéditas - por aqui.
Quem mora em Salvador já pode procurar nas bancas, que chegou essa semana, mesmo.
Enquanto essa cambada aí só se preocupava com o setor de marketing (leia-se capas alternativas, splash pages, crossovers, spin-offs e action figures a granel), Larsen se esmerava em criar histórias de ação e super-heróis de tirar o fôlego. Havia splash pages sensacionais? Por Deus, e como! Havia papel especial, cores berrantes, mulheres gostosas em trajes mínimos e quebra-paus apocalípticos entre seres superpoderosos? Sim, e muito. E ainda havia tramas bem elaboradas, traições, conspirações, reviravoltas, surpresas e - Aleluia, Senhor! - vida inteligente e personagens sólidos! Numa revista da Image!
Enquanto Spawn se arrastava sem sair do lugar em um novelão monótono, os WildCATS e o Gen13 exibiam os corpinhos sarados em banhos de sol e os grupos de Silvestri e Liefeld (sequer lembro seus nomes) competiam para ver quem imitava mais os X-Men, Dragon, o policial mais durão de Chicago suava a camisa desbaratando gangues de supervilões, aplicando e tomando surras homéricas e ainda sobrava tempo para dar um trato nas moças.
(Justiça seja feita, os WildCATS depois tiveram uma fase sensacional nas mãos milagrosas de Alan Moore - publicada agora pela Pixel Media -, que depois ainda pegou o Supremo de Rob Liefeld. Outro grupo menor, o Stormwatch, teve uma bela sobrevida graças a Warren Ellis, que acabou remodelando-o para se tornar o fodástico Authority).
Uma coisa, porém, sempre intrigou os fãs do Dragon: qual era, afinal de contas, a sua origem? Tudo o que se sabia sobre aquele Hulk de barbatana na cabeça era que, um belo dia, ele surgiu, pelado e desacordado (olha que de bêbado não tem dono), no meio de um terreno baldio em chamas. Como Larsen não é muito chegado em blá blá, blá, o ritmo vertiginoso de ação do título acabou distraindo os fãs, que leram durante anos as aventuras do herói sem questionar muito o seu passado nebuloso - e até mesmo curtindo o clima de mistério quanto à sua origem.
Esta só veio à tona nesta edição especial, lançada em fevereiro último no Brasil pela HQ Maniacs Editora.
Narrada nas sucintas e regulamentares 24 páginas de um comic book sem capa dura ou variantes, apliques fosforescentes ou qualquer outra frescura - como convém ao autor - a origem do Savage Dragon pega o leitor de calças curtas ao criar um ponto de partida bem inesperado para o personagem.
Alienígena já dava para sacar que ele era - afinal, o homem é verde! - mas ditador crudelíssimo de um povo em busca de um planeta para colonizar, ninguém previu.
Com sua estupenda arte híbrida de Jack Kirby, Frank Miller e Walt Simonson (suas famosas onomatopéias estão presentes nas páginas de SD desde o início), só para ficar nos mais óbvios, Erik Larsen mais uma vez, manda muitíssimo bem e nos brinda com uma história curta, caceteira e divertida - ainda que chocante em certos trechos.
Não chega a matar a saudade dos leitores que acompanharam sua extinta revista pela Editora Abril nos anos 90, pois o Dragon que vemos aqui, definitivamente, não é o policial durão mas boa-praça que nos acostumamos a gostar e sim, um FDP virado no cão, sanguinário que só ele. Para dar uma idéia, o sujeito é incapaz de transar com uma mulher sem desmembra-la em vários pedaços.
Mas mata a saudade dos leitores do estilo ágil, bombástico e desprovido de firulas de Erik Larsen. Fica a torcida para que a editora continue com o Dragon e lance novas histórias - de preferência, inéditas - por aqui.
Quem mora em Salvador já pode procurar nas bancas, que chegou essa semana, mesmo.
Savage Dragon Especial
Image Comics / HQ Maniacs Editora
R$ 5,90 – Edição Especial
Formato Americano - 28 páginas
Como tudo aconteceu
Roteiro: Erik Larsen
Arte: Erik Larsen
Cores: Reuben Rude e Abel Mouton
Uma resenhasinha pro site Fanboy, mas que cai bem no Rock Loco. Recomendo (para quem lê HQ, claro).
ResponderExcluirNas bancas de Salvador tb já chegaram as revistas da Pixel Media, com Authority, Preacher, 100 Balas, Planetary e muitas outras coisinhas supimpas para quem se amarra nos selos Vertigo e Wildstorm. E o melhor: os preços estão decentes.
chicao o manics novo, otimo por sinal, ta mao. e cebleuris tem razao o sky blue sky do wilco cresce a cada audiçao.
ResponderExcluirdigo, o manics novo ta na mao.
ResponderExcluirOlá meninada,
ResponderExcluirproponho um rockloco fim de férias, com direito a revistinhas gringas e seus inseparáveis disquinhos, adquiridas na simpática, sexy e fenomenal Amsterdam.
Mas podem tirar o risinho da boca porque só deu pra trazer as revistas e um livro de história pra Antônio.
bjs
Sora
to dentro.
ResponderExcluirSe der, tô dentro também. Sora, não esqueça das fotos prometidas e obrigada (de novo) pelas lembranças simpáticas da viagem de vocês (tô com a música de Iuri na cabeça até agora. Que maravilha...). E Brahma, valeu pelos mimos tbém.
ResponderExcluirRocklouquistas em sua totalidade convidados pra ação em conjunto com o CCR, que voltará a ativa diretamente de sua nova sede...em meu humilde crate( será que se escreve assim?), antes ou depois da volta das férias dos rocklouqueiros.
ResponderExcluirSeguidas audições do You In Reverse do Built To Spill me dão a impressão que finalmente temos uma guitar banda que gosta de guitarra.Recomendadissimo.
ResponderExcluirAlias uma safra primorosa de discos foram lançados recentemente.O Twelve de Patti Smith continua bombando, e agora o Era Vulgaris do Queens of The Stone Age vai tomando uma dimensão legal. Do Wilco ja falei, alem do Son Volt.E no Brasil?Quem ta fazendo um trabalho que empolgue?
ResponderExcluirVai se configurando um ano do caralho pro rock. Além do fantástico sky blue sky, não canso de repetir, eu achei que os velhinos patetas mandaram um disco bom pra porra tb, mas sei q há controvérsias ( weiderness, é claro ). E vem aí um novo, acho q ainda esse ano de Richard Hawley, pra ninguém eleger o melhor do ano por enquanto!
ResponderExcluirQuanto À nossa terra de santa cruz, quero ouvir o ira novo e...Péra aí, tem uma bandinha por aí gravando inéditas, Mutantes, se não me engano, vai que salva o ano nacional!!! ou não...
Cebleuris,
ResponderExcluirpor mim, por enquanto.... Ou não.
senhores passageiros, convocação urgente lá em oculos de cebola, compareçam! www.oculosdecebola.blogspot.com
ResponderExcluirInclusive inaugurando novo visual. Se quiserem, dêem suas opiniões balizadas ou esculhambem gratuitamente mesmo.
ResponderExcluirNo conexao rock desta sexta as 10 da noite na 88 FM:
ResponderExcluirOzzy Osbourne - do novissimo Black Rain
Queens Of The Stone Age - do tb novo Era Vulgaris
Ponys
Love of Diagrams
MQN
Drearylands
Foghat
Alberta Cross - banda inglesa emulando Neil e Crazy Horse
Maximo Park
Nick Cave - de um tributo ao pai espiritual dele Leonard Cohen
No conexao rock desta sexta as 10 da noite na 88 FM:
ResponderExcluirOzzy Osbourne - do novissimo Black Rain
Queens Of The Stone Age - do tb novo Era Vulgaris
Ponys
Love of Diagrams
MQN
Drearylands
Foghat
Alberta Cross - banda inglesa emulando Neil e Crazy Horse
Maximo Park
Nick Cave - de um tributo ao pai espiritual dele Leonard Cohen
babei na exposição "rockers" de curadoria do supla, na faap.
ResponderExcluirvai ficar até 1º de julho, quem vier para a terra da garoa não deve perder.
fotos do bob gruen, praticamente a história do rock gringo.
www.bobgruen.com
oculos de cebola encontra Mutantes, visitem.
ResponderExcluirAgora fudeu tudo:
ResponderExcluirCerveja feita com folha de coca será lançada no Peru
Agência EFE
LIMA - Uma empresa da região de Puno, no sul do Peru, vai lançar uma cerveja artesanal elaborada com extrato de coca e maca, duas plantas de grande valor nutritivo, informou neste domingo a agência de notícias peruana 'Andina'.
A cerveja 'Kolla' será comercializada nas próximas semanas em estabelecimentos turísticos das cidades de Puno e Juliaca, disse à "Andina' a empresária Adriana Mamani, promotora da iniciativa.