Mais um show da Nação Zumbi na Concha (lotada, graças ao ingresso a preço camarada), mais um show de competência e profissionalismo no palco. Desta vez, contudo, profissionalismo até demais, viu?!? Lançando o novo álbum Futura, e escaldados pelo fiasco do Claro que é Rock no Rio de Janeiro, a banda de Jorge du Peixe e do guitar hero Lúcio Maia levantou a galera logo que no entrou em cena, apresentando músicas novas. Também, depois da chatíssima banda colombiana Curupira, que se apresentou logo antes, até aquele homem banda belga maleta que anda aqui em Salvador levantaria o povão. OK, é sempre bom ver a Nação Zumbi, que fez alguns dos melhores shows que eu já vi em minha vida. Mas eles já foram mais punks, mais "sanguinários" no palco. Não que o show tenha sido ruim, longe disso, mas também não foi nada memorável. Pelo menos até a última música, quando... calma, eu chego lá. Me parece que os climas cada vez mais experimentais - e dub e reggae - dos últimos discos da Nação estão se insinuando cada vez mais nas apresentações ao vivo, tirando um pouco da garra que lhe fez a fama. Até que ponto as experimentações em estúdio podem influir nas apresentações em show? Bom, como não sou músico, apenas um jornalista que gosta de música - e de escrever sobre -, deixo a resposta para quem de direito. As músicas novas parecem legais, mas a pouca familiaridade do grande público com as mesmas quebraram o ritmo do show diversas vezes, coisa que pode melhorar com o tempo, se a divulgação do disco ajudar, claro. Foi aquela coisa: eles tocavam um hit, o povo aplaudia, ia à loucura. Eles tocavam uma música nova, o povo ouvia dançando devagarinho, sem muita reação. Várias músicas antigas tiveram seus arranjos modificados, geralmente puxando-as para trás, mais lentas, quase reggae mesmo. Foi assim com Manguetown (que ficou legal) e Risoflora. Esta última, aliás, ficou quase épica, de tão longa. Ia tudo bem, quando, depois de encerrarem o show e voltarem, na última música, um rastinha gaiato subiu no palco para abraçar Jorge du Peixe. Os seguranças, com toda a delicadeza que lhes é peculiar, arrastaram o cara e desceram o braço nele, ainda no palco. Pronto. Instalou-se a confusão. A Concha urrou em protesto. O cara se debatia, o público do gargarejo reagiu e quase dá uma merda de verdade. Jorge e Lúcio começaram a gritar no microfone para parar a briga. Ânimos arrefecidos, Jorge traz o tal rasta ao microfone. "Não precisa bater, pô! O cara só subiu no palco pra falar comigo, são coisas que acontecem em show mesmo, é o som que faz essas coisas acontecerem", disse. A galera aplaude e o rasta toma a palavra: "Isso é só mais uma prova de que na Bahia não existe democracia racial!". A Concha urra novamente. Ele falou mais algumas coisas lá, mas eu num lembro mais. Teve gente do meu lado que gostou do mangue(town), dado o drive até então sonolento da apresentação: "Porra! Até que enfim aconteceu alguma coisa nesse show!". Sábias palavras...
PS: o tal rasta me lembrou muito um ativista político profissional que era aluno da Faculdade de Administração da UFBA nos anos 90, Bonfim, e que andava muito pela (Cantina da) Facom, festeiro que ele só. Como eu tava meio longe do palco, não deu para ter certeza, mas que me lembrou muito aquele cara, lembrou. Se alguém puder tirar essa dúvida, agradeço.
é vero>> a bahia tá MESMO precisando de uma dose maciça e cavalar de rock an roll e aí vai acabar com esse negocio de ficar incensando essas porcarias de mangue beat.
ResponderExcluirrolling stones de graça no farol da barra mesmo q tenha arrastão e tudo e aí essa porra dessa terra vai começar a mudar
Chico,
ResponderExcluirtem um texto de José Teles, o "biógrafo do mangue beat", que fala sobre a influência da maconha na música, tornando-a mais lenta. Acho que é uma teoria para o show de ontem.
Quanto ao afro preto que subiu no palco, acho que era um híbrido: uma mistura Lázaro Toca Raul e Bujão com todo Gás.
P.S continua me devendo as cervas...
Hilário, Francis. Cê foi ontem? Não te vi, man... Mas vamos tomar essas cervas lá em casa mesmo uma hora dessas. Tem até uns cinco cascos que vc deixou lá desde meu aniversário do ano passado pra te devolver...
ResponderExcluirnão sei, mas pelo que eu senti do seu texto, chico, vc aliviou por que gosta muito do nação, mas deve ter sido o mesmo porre que foi lá no claro q é rock, que, de nacional, só prestou o Cachorro Grande que, mais uma vez, fez um putíssimo rock show.( não vi nem Ronei nem o tal dos Cartolas)
ResponderExcluirPROMOÇÕES WATCHTOWER - A propósito, no Hiper (do lado do Iguatemi) tem o CD Nação Zumbi (2002), em oferta por dez conto. E também o Luna Live (duplo, tudo bem que o disco dois é bônus e só tem 3 músicas, mas pelo preço tá um negoção) e também o Songs for the jet set, do Drugstore (aquela banda indie inglesa com uma vocalista brasileira - deserdada pela família quatrocentona paulista). Tudo por dez conto. Bons discos à preços melhores ainda. O gerente ficou maluuuco!
ResponderExcluirQue maraviiiilha! Fatboy Slim toca em Salvador na terça feira de Carnaval, no bloco Skol. Dani, Carlinhos, Durval, e Claudinha deve estar loucos para subir no trio com o DJ inglês e fazer uma participação bem tropicalista, moderna e descolada. Histórico. Leiam a notícia aqui:
ResponderExcluirhttp://igpop.ig.com.br/materias/346501-347000/346810/346810_1.html
"Me acordem quando começar o tiroteio."
nação zumbi, grande banda nacional...concha e área verde do othon lotadas...tem público na cidade para todos gostos...só não vê quem não quer...soube que cerveja faltou na concha...próximo grande show: autoramas em janeiro no miss modular a violeta de outono idem...e esqueça retrofoguetes travestido de papai noel hohoho...
ResponderExcluirCláudio
Puxa, vcs viram a programação do Festival de Verão, divulgada ontem pela rede dona do pedaço? Só novidade, tudo inédito: Chiclete, Ivete, Dani, Charlie Brown Jr, Biquíni cavadão, Cidade Negra... Até Pitty já virou habitué, tocando pelo terceiro ano consecutivo. Tô criticando ela nao, tá certa, tem mais que tirar dinheiro desses bastardos mesmo... Mas o melhor ficou para o Antigo Palco Pop, agora chamado Espaço Guetto Square. Coordenado pelo "diretor artístico" Carlinhos B., a programação é toda selecionada pelo artista e seus assessores. Nos dois primeiros dias ainda haverão atrações como Moptop, cansei de ser sexy, Max de Castro e sei lá mais o quê. Depois, só vai dar Timbalada, claro. Esse ano esse festivalzinho de merda não vai me ver nem amarrado de corda. Melhor assim.
ResponderExcluirfui conferir o shaaman e o dr. sin.na porta um susto, nao tinha o habitual buxixo que cerca shows de pagode.pensei, meus amigos da maniac tao levando ferro tal qual pr-5 de paulo "rpm" ricardo no wet 'n'wild(125 pagantes).estacionei o carro sem problemas.outro sinalque o show devia ta vazio.que nada, la dentro umas 900 pessoas(a maioria adolecente) se nao lotavam o lugar nao fazia feio de jeito nenhum.como diria mario jorge, os camisas pretas, infestaram o lugar, principalmente pra ver o shaaman.felizmente cheguei no fim do shaaman, e pude ver os irmaos busic fazerem sua habitual demontraçao de virtuosismo metal, nos melhores momentos hard-rock, nos piores longos e tediosos solos.o dr. sin seria uma banda bem melhor se insistisse na veia hard-rock, mas prefiro o dr. sin, que é rock mesmo, a dezenas de bandinhas que nao tem proposta definidade e sò usam o visual e apelo do rock pra compor o figurino.no fim gol de placa da maniac e da mezzanino, pra mim os maiores produtores de rock da cidade.
ResponderExcluirtaí concordo...meu amigo joão jogou duro mais uma vez...tomara que eles cresçam como produtores para poderem trazer atrações cada vez mais interessantes...um belo dia desses aí, quem sabe, eles trazem o motorhead (eu, graças a deus, já posso morrer sossaegado porque já os assisti em 88 ou 89 no maracananzinho)...lemmy is god!!!!
ResponderExcluirCláudio
Cláudio trás de volta a censura para Salvador!!
ResponderExcluirNesse caminho ele trás o DOI-CODE de volta!
me respeite, que o fascista aqui é você, seu merda
ResponderExcluirCláudio
O próximo passo de Claúdio:
ResponderExcluirvai quebrar os espelhos da casa pra censurar ele mesmo!
esta briguinha de claudio e ney é o reflexo da cena de rock de salvador. ninguem pode ter opinião. irmão contra irmão. banda contra outras bandas. todo mundo se esforçando para derrubar os outros. taí é por isso q a cena de rock nunca acontece. orlando
ResponderExcluire, advinha só quem é esse orlando? ganha um doce...ou melhor, uma pedra!!
ResponderExcluirorlando, tanto quanto o anterior.
é realmente ridículo o fato do srº nei bahia não saber conviver com críticas às bandas de amiguinhos dele...bom, ele vem me atacando via blog gratuitamente há alguns dias...ele deve saber o que pretende com isso...de qualquer sorte, concordo que a cena precisa se unir, mas jamais deve-se deixar de combater panelinhas existentes aqui na cidade
ResponderExcluirCláudio
Não fui no Nação, mesmo porque essa fegre de mangue beat até hj não me capturou, além do mais, carangueijo de cu é rola, mas soube da truculência dos puliça]seguranças.
ResponderExcluirAté a aspa do cara quese fudeu, alguma coisa sobre Bahia e democracia racial.
NEI BAHIA, POR FAVOR, IRMÃO, FAZ AQUELAS CÓPIAS (2 CDS) DA CAIXA DE SAM COOK
CLAUDE HESK, FRANCO-MATATUENSE, ME LIGUE, SEU VERME
ABS. ZÉ
Chico, aqui é Igor do Colégio Idéia.
ResponderExcluirentra em contato. igoralves1@hotmail.com
abrçs