Batata (tá namorando! tá namorando! tá namorando!), DJ residente das quintas rock do Miss Modular, não toma jeito mesmo. Me convidou novamente para discotecar na noite de hoje lá com ele. Portanto, fique avisado: se não quiser ter os seus ouvidos e o seu juízo violentados com o repertório de péééééééssima qualidade que vou tocar hoje, passe longe daquela distinta casa noturna. Quem avisa, mimigo é.
Ah! Chegou nas locadoras uma comédia chamada O Âncora ? A Lenda de Ron Burgundy, que é uma das coisas mais insanamente hilariantes que eu já vi na minha vida. Ou isso, ou eu estava mais chapado que de costume. Com Will Ferrel no papel título, o filme conta a história, passada nos anos 70, do tal apresentador de telejornais completamente canastrão e estúpido que vê seu pequeno espaço ruir quando uma jornalista (Christina Applegate, um arquétipo de loura ordinária) determinada e altamente profissional é contratada pela emissora. O melhor do filme são os coadjuvantes, os assistentes de Ron Burgundy, que são incrivelmente patetas. O elenco é quase todo do programa Saturday Night Live, garantia de qualidade cômica (no estilo americano de comédia, claro). Tem também umas participações especiais de outros grande nomes da comédia atual, como Ben Stiller, Jack Black (vc não acredita no que o personagem dele é capaz de fazer) e Vince Vaughn, todas engraçadíssimas. Se vc gosta de dar umas boas risadas sem muito compromisso, se jogue que é o canal. Eu quase me borrei. Mas eu tb sou muito besta, eu rio com qualquer merda, até com o Zorra Total, para desgosto da patroa.
Quero ver os vermes hoje no Miss M, hein?
Blog (que, nos seus primórdios, entre 2004-05, foi de um programa de rádio) sobre rock e cultura pop. Hoje é o blog de Chico Castro Jr., jornalista formado pela Faculdade de Comunicação da Universidade Federal da Bahia. Atualmente, é repórter do Caderno 2+ do jornal A Tarde, no qual algumas das matérias vistas aqui foram anteriormente publicadas. Assina a coluna Coletânea, dedicada à música independente baiana. Nossa base é Salvador, Bahia, a cidade do axé, a cidade do terror.
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quinta-feira, março 31, 2005
Rock no dial
Vocês leram a coluna de Lúcio Ribeiro dessa semana? Leia aqui
O mais interessante e motivo de eu citar isos aqui é que ele fala de um Dj que está causando alvoroço. Mas é dj de rádio, aquele cara que passa umas horas botando música e falando coisas enquanto pessoas ouvem lá do outro lado. Muito massa ele falando do prazer que é fazer isso. Lembrei da gente, eu, ronei, borrão (que as vezes substitui ronei), mário, sora, chicão, big, braminha, yara que passamos duas horas por semana dentro daquela casa lá na Santa Cruz escolhendo músicas, falando coisas e talvez agradando umas 14 pessoas, ou sei lá, 300, ou milhares. O que importa é o prazer de fazer aquilo lá e o amor ao rock. Muito bm. Saiu até ontem na Tribuna da Bahia matéria sobre o programa.
O mais interessante e motivo de eu citar isos aqui é que ele fala de um Dj que está causando alvoroço. Mas é dj de rádio, aquele cara que passa umas horas botando música e falando coisas enquanto pessoas ouvem lá do outro lado. Muito massa ele falando do prazer que é fazer isso. Lembrei da gente, eu, ronei, borrão (que as vezes substitui ronei), mário, sora, chicão, big, braminha, yara que passamos duas horas por semana dentro daquela casa lá na Santa Cruz escolhendo músicas, falando coisas e talvez agradando umas 14 pessoas, ou sei lá, 300, ou milhares. O que importa é o prazer de fazer aquilo lá e o amor ao rock. Muito bm. Saiu até ontem na Tribuna da Bahia matéria sobre o programa.
segunda-feira, março 28, 2005
Todo mundo sabe que aqui é o cú do mundo
Everybodyknows this is nowhere... já dizia mestre Neil.
OK.
Quinta-feira passada, lá naquela night caótica e insana (nos melhores sentidos das palavras) do Miss Modular, falei pra Braminha: "maa-aaan, esse Clash City Rockers tá me deixando com complexo de inferioridade, maaaan"! Braminha riu e falou alguma coisa que não lembro mais, da mesma forma que muitas outras coisas que foram ditas ali. Mas falando sério, o Clash City, em pouquíssimo tempo, se tornou senão o melhor, um dos melhores blogs sobre rock e cultura pop do país. Também, contando com conhecedores da questão do quilate de Miguel Cordeiro, Marcos Rodrigues, Cláudio Esc Moreira e Sérgio Cebola Martinez na linha de frente, além de outros colaboradores menos assíduos, porém igualmente valorosos, não tinha como dar errado. Tudo o que o Rock Loco gostaria de ser, se (eu) não fosse tão tosco e boca suja. Se vc ainda não conhece (o que eu duvido) vai lá que é o bicho.
(Aí, véios! Depois cês me pagam aquela Brahma! Digo, aquela Schin.)
Por falar no Miss Modular, as quintas Big Hits começaram bombando legal. Climão amigo, muitos companheiros brothers com cara de zuzo-zem, muita menina com cara de pra-quem-eu-dou-hoje, Roney e os Ladrões de Bike botando pra ver tálba lascar em banda no palco, Batata e El Cabong fazendo o mesmo no andar de baixo. E como o Rock não pára, quinta-feira, 7 de abril, tem o lançamento do single 'Nada a Fazer', com a Theatro de Séraphin. Lá mesmo: no Miss Modular, Rio Vermelho, 22h. R$7,00. Night bacana, pra se largar bonito.
SIN CITY - Não, não tô me referindo àquele game pra nerd babão, não, mané. É Sin, de pecado, mesmo, e não SIM, de simulation. Para quem não ta ligado, trata-se de uma PUTA série ducaralho de Frank Miller, o homem que revolucionou os quadrinhos em 1985 ao lançar a série Cavaleiro das Trevas, aquela mesma do Batman cinquentão e amargurado, que abriu caminho para a revitalização do personagem e aqueles filmes do Tim Burton. Pois é, depois de virar o mundo dos quadrinhos mainstream de cabeça para baixo com as séries do Demolidor e do Batman (outra série sua, Ano Um, é a base para Batman Begins, o novo filme do Homem Morcego), Miller partiu para a editora independente Dark Horse, onde, entre outros trabalhos, lançou Sin City, MARAVILHOSA série em preto e branco (e só! Nada de tons de cinza), onde conta histórias fechadas com diversos personagens da tal cidade, Basin City (Cidade do Buraco), Sin City para íntimos e nerds. Pois é. Não é que Robert Rodriguez, aquele amigo de Tarantino que dirigiu El Mariachi em 1993, tá vindo aí com uma adaptação dessa série para o cinema que, segundo esta matéria do Sérgio D?Ávila, da Folha, vai revolucionar o cinema americano mais uma vez? Pela matéria e pelas notícias e fotos liberadas no Omelete, o negócio parece que é sério, mesmo. Temos um novo Pulp Fiction à caminho. Vamos ver, vamos ver...
PS: até pouco tempo atrás, era possível encontrar diversos álbuns de Sin City à preços módicos (10, 5 pilas) em algumas bancas maiores da cidade (Iguatemi, Rodoviária, outros shoppings), publicadas pela extinta Pandora Books. Procurem, catem, que é material de primeira à preço de banana.
E aí? Já comprou seu ingresso pro show do Pracebis?
OK.
Quinta-feira passada, lá naquela night caótica e insana (nos melhores sentidos das palavras) do Miss Modular, falei pra Braminha: "maa-aaan, esse Clash City Rockers tá me deixando com complexo de inferioridade, maaaan"! Braminha riu e falou alguma coisa que não lembro mais, da mesma forma que muitas outras coisas que foram ditas ali. Mas falando sério, o Clash City, em pouquíssimo tempo, se tornou senão o melhor, um dos melhores blogs sobre rock e cultura pop do país. Também, contando com conhecedores da questão do quilate de Miguel Cordeiro, Marcos Rodrigues, Cláudio Esc Moreira e Sérgio Cebola Martinez na linha de frente, além de outros colaboradores menos assíduos, porém igualmente valorosos, não tinha como dar errado. Tudo o que o Rock Loco gostaria de ser, se (eu) não fosse tão tosco e boca suja. Se vc ainda não conhece (o que eu duvido) vai lá que é o bicho.
(Aí, véios! Depois cês me pagam aquela Brahma! Digo, aquela Schin.)
Por falar no Miss Modular, as quintas Big Hits começaram bombando legal. Climão amigo, muitos companheiros brothers com cara de zuzo-zem, muita menina com cara de pra-quem-eu-dou-hoje, Roney e os Ladrões de Bike botando pra ver tálba lascar em banda no palco, Batata e El Cabong fazendo o mesmo no andar de baixo. E como o Rock não pára, quinta-feira, 7 de abril, tem o lançamento do single 'Nada a Fazer', com a Theatro de Séraphin. Lá mesmo: no Miss Modular, Rio Vermelho, 22h. R$7,00. Night bacana, pra se largar bonito.
SIN CITY - Não, não tô me referindo àquele game pra nerd babão, não, mané. É Sin, de pecado, mesmo, e não SIM, de simulation. Para quem não ta ligado, trata-se de uma PUTA série ducaralho de Frank Miller, o homem que revolucionou os quadrinhos em 1985 ao lançar a série Cavaleiro das Trevas, aquela mesma do Batman cinquentão e amargurado, que abriu caminho para a revitalização do personagem e aqueles filmes do Tim Burton. Pois é, depois de virar o mundo dos quadrinhos mainstream de cabeça para baixo com as séries do Demolidor e do Batman (outra série sua, Ano Um, é a base para Batman Begins, o novo filme do Homem Morcego), Miller partiu para a editora independente Dark Horse, onde, entre outros trabalhos, lançou Sin City, MARAVILHOSA série em preto e branco (e só! Nada de tons de cinza), onde conta histórias fechadas com diversos personagens da tal cidade, Basin City (Cidade do Buraco), Sin City para íntimos e nerds. Pois é. Não é que Robert Rodriguez, aquele amigo de Tarantino que dirigiu El Mariachi em 1993, tá vindo aí com uma adaptação dessa série para o cinema que, segundo esta matéria do Sérgio D?Ávila, da Folha, vai revolucionar o cinema americano mais uma vez? Pela matéria e pelas notícias e fotos liberadas no Omelete, o negócio parece que é sério, mesmo. Temos um novo Pulp Fiction à caminho. Vamos ver, vamos ver...
PS: até pouco tempo atrás, era possível encontrar diversos álbuns de Sin City à preços módicos (10, 5 pilas) em algumas bancas maiores da cidade (Iguatemi, Rodoviária, outros shoppings), publicadas pela extinta Pandora Books. Procurem, catem, que é material de primeira à preço de banana.
E aí? Já comprou seu ingresso pro show do Pracebis?
quarta-feira, março 23, 2005
Yeah, we like drivin on the saturday nights
Rapaz, e ai? Alguma novidade? Ai o peixinho no aquário do filme do Monty Python responde: ?nãããããão, nenhuma?. (Que filme, Franchico?, pergunta o jovem rockloquista. Tö aqui pra ensinar Padre Nosso ao Vigário, não, meu filho. Vai na locadora e se ajeite ai.)
OK, você venceu: The Killers eh legal, vá. Agora, ouvindo o Hot fuss com mais calma, dah (esse teclado tah todo desconfigurado, não reparem alguns acentos faltando) para perceber que é uma boa banda ainda no inicio da carreira, com algumas faixas bem bacanas espalhadas ao longo do disco. Não é nota 10, mas vale um 7,5. OK, 8. Uma coisa esquisita é que, baixando pela internet, a faixa oito é uma musica chamada Indie rock n` roll, aliás, um hino instantâneo e uma das melhores do disco. Na edição brasileira do CD, contudo, é uma outra canção, que agora não lembro o nome. Alguém aí sabe o por que dessa discrepância (eu adoro essa palavra)?
Amanha, todo mundo lá no Miss Modular para a inauguração do espaço para shows com o sensacional Roney Jorge e seus Ladrões de Bicicleta no primeiro evento Big Hits do ano. Na seqüência, discotecagem do dono do pedaço Batata (tá namorando! tá namorando! tá namorando!), Luciano El Cabong e Tarcisáo da São Rock. Night forte, para iniciados, mas iniciantes serão muito bem vindas! No horário do rock. 7 pilas. Mais uma produção Rogerao Big Brother.
E aí, alguma novidade? E esse show do Placebo, como vai? Vai mermo?
Na seqüência, reproduzo sem alterações um email do Rockloquista honorário Franciel Cruz, no qual nosso bravo repórter especial apresenta as desculpas e planos do Professor André Setaro para o Rock Loco, evento histórico que fica mais uma semana adiado. Quem viver verá. Com a palavra, menino Francis:
O superstar André Setaro manda avisar que mais uma vez a tão esperada participação no rograma vai ser adiada. Ele vai ter que viajar. E olhe que o bicho tava empolgado. veja trechos do e-mail que ele escreveu antes do adiamento.
"...que fique marcado para quinta próxima. Estava a postos, mas a vida é assim mesma. Na próxima semana, inclusive, fica melhor porque terei tempo de preparar meu "look" para estar "in" no rocklouco - este vai sem aspas. Creio de bom alvitre raspar minha cabeça de vento e também a barba branca, e o resultado será um 'ronaldinho velho', que, no cômputo geral, se ajustará ao clima frenético da loucura, da "féerie" da coisa. Penso também, e uma vizinha, costureira, achou legal a idéia, de amarrar - ela sabe fazer - uma vassourinha de latrina na parte da nuca. Assim, penso não fazer "feio", como sempre dizia uma madrinha. A dúvida é quanto a indumentária. Mas tenho um amigo que pode me auxiliar na vestimenta. A vizinha costureira só costura para mulher. O auxílio da colocação da vassourinha fará com que fique a ela eternamente agradecido. Inclinando-me diante de Vossa Excelência,
André, o Setaro das raparigas em flor".
Franchico falando de novo: é ou nao é genial? Eu nao disponho da necessario envergadura intelectual, moral & civica para entrevistar esse homem (mesmo no caótico esquema rockloquista). Ainda bem que Sora, Yara e Franciel tb estarao lah para ajudar no processo e disfarcar minha mediocridade.
OK, você venceu: The Killers eh legal, vá. Agora, ouvindo o Hot fuss com mais calma, dah (esse teclado tah todo desconfigurado, não reparem alguns acentos faltando) para perceber que é uma boa banda ainda no inicio da carreira, com algumas faixas bem bacanas espalhadas ao longo do disco. Não é nota 10, mas vale um 7,5. OK, 8. Uma coisa esquisita é que, baixando pela internet, a faixa oito é uma musica chamada Indie rock n` roll, aliás, um hino instantâneo e uma das melhores do disco. Na edição brasileira do CD, contudo, é uma outra canção, que agora não lembro o nome. Alguém aí sabe o por que dessa discrepância (eu adoro essa palavra)?
Amanha, todo mundo lá no Miss Modular para a inauguração do espaço para shows com o sensacional Roney Jorge e seus Ladrões de Bicicleta no primeiro evento Big Hits do ano. Na seqüência, discotecagem do dono do pedaço Batata (tá namorando! tá namorando! tá namorando!), Luciano El Cabong e Tarcisáo da São Rock. Night forte, para iniciados, mas iniciantes serão muito bem vindas! No horário do rock. 7 pilas. Mais uma produção Rogerao Big Brother.
E aí, alguma novidade? E esse show do Placebo, como vai? Vai mermo?
Na seqüência, reproduzo sem alterações um email do Rockloquista honorário Franciel Cruz, no qual nosso bravo repórter especial apresenta as desculpas e planos do Professor André Setaro para o Rock Loco, evento histórico que fica mais uma semana adiado. Quem viver verá. Com a palavra, menino Francis:
O superstar André Setaro manda avisar que mais uma vez a tão esperada participação no rograma vai ser adiada. Ele vai ter que viajar. E olhe que o bicho tava empolgado. veja trechos do e-mail que ele escreveu antes do adiamento.
"...que fique marcado para quinta próxima. Estava a postos, mas a vida é assim mesma. Na próxima semana, inclusive, fica melhor porque terei tempo de preparar meu "look" para estar "in" no rocklouco - este vai sem aspas. Creio de bom alvitre raspar minha cabeça de vento e também a barba branca, e o resultado será um 'ronaldinho velho', que, no cômputo geral, se ajustará ao clima frenético da loucura, da "féerie" da coisa. Penso também, e uma vizinha, costureira, achou legal a idéia, de amarrar - ela sabe fazer - uma vassourinha de latrina na parte da nuca. Assim, penso não fazer "feio", como sempre dizia uma madrinha. A dúvida é quanto a indumentária. Mas tenho um amigo que pode me auxiliar na vestimenta. A vizinha costureira só costura para mulher. O auxílio da colocação da vassourinha fará com que fique a ela eternamente agradecido. Inclinando-me diante de Vossa Excelência,
André, o Setaro das raparigas em flor".
Franchico falando de novo: é ou nao é genial? Eu nao disponho da necessario envergadura intelectual, moral & civica para entrevistar esse homem (mesmo no caótico esquema rockloquista). Ainda bem que Sora, Yara e Franciel tb estarao lah para ajudar no processo e disfarcar minha mediocridade.
terça-feira, março 22, 2005
Nova Experiencia Miseravel
Se tem uma banda que tinha tudo para estourar e viu seus projeto serem abatidos em pleno vôo por mais uma tragica historia do rock, esta banda foi o Gin Blossoms. A banda foi formada em Tempe, Arizona em 1987 pelos amigos de infância Bill Lean ( baixo) e Doug Hopkins ( guitarra), depois vieram o vocalista e guitarrista Jesse Valenzuela, e depois de varias mudanças completaram a formação mais conhecida Phillip Rhodes( bateria) e Robin Wilson( guitarra e vocal). Depois de lançar dois eps ( Dusted de 89 e Up and Crumbling de 91) lançam já pela A & M o cd New Miserable Experience em 93. Acrescentando um forte acento pop as influências old school dos Byrds com a vertente mais moderna do country/folk-rock da epoca personificada pelo R.E.M. os Gin Blossoms viram o single "Hey Jealousy" sair do circuito alternativo e explodir nas paradas , alem de ter se tornado um fenomeno na MTV americana nesta epoca. Um ano depois de lançado, o disco, agora com o divino single "Found Out About You", ainda explodia nas radios e o cd alcançava dois milhões de copias vendidas, um dos sucessos que mais reforçaram o fenomeno da explosão da cena alternativa americana nos 90( epoca da explosão do Nirvana, Lolapaloosa, ect , para mais info ver o video do Sonic Youth- 1992: The Year Punk Broke). Mas nem tudo tava bem, Doug Hopkins, fundador e principal compositor da banda, transformou-se durante as longas tours num alcolatra na acepção da palavra, e mesmo com suas composições explodindo nas radios, foi demitido da banda. Em 5 de Dezembro de 1993 Doug Hopkins, deprimido, se matou dando um tiro na cabeça. Com o astral em frangalhos, sentimentos de culpa, e tudo mais o Gin Blossoms só lançou seu segundo cd em 1996, intitulado Congratulations I´m Sorry. O cd mesmo com bastante airplay inicial ganhou aura de maldito e não reeditou o sucesso do primeiro cd. E o astral da banda, obvio, continuava o pior possivel. Em 1997, com apenas dois cds lançados a banda acabou de forma melancolica, como algumas de suas canções mais belas. Em 2002 o Gin Blossoms fez um comeback tour, e existem papos que podem lançar um disco com material inedito. mas é visivel que a tragédia com Doug Hopkins deixou marcas profundas nos integrantes remanecentes da banda. Uma das bandas mais promissoras e talentosas a surgir no cenario alternativo do pop e alt-country( então sem este rotulo) nos 90, o Gin Blossoms deixou duas pequenas obras-primas como legado, ambas lançadas no Brasil, que valem a pena serem escutadas sempre.
sexta-feira, março 18, 2005
Penico de barro enferruja?
Pedimos desculpas aos milhaaaaaaaaares de ouvintes do Rock Loco, que ontem, sintonizaram o programa no afã de sorver um pouco da sabedoria do Professor André Setaro. Mas, devido à problemas de força maior, sua presença no prog foi remarcada para a próxima quinta. Desta vez, sem falta, juro.
Vários shows à vista aí, para delírio dos rockloquistas de plantão.
Hoje mess tem os meninos do Foguete no Retro no bom e velho Colapso.
Pausa para nossos comerciais: "Tem Tequilers e Anacê (é assim q se escreve?), quarta dia 23, à 10:00 no world bar na barra (ao lado do porão). Cebola"
Opa, voltamos! E dois dias antes do prometido (sai ou não sai?) show do Placebo em Salvador, os goianos insanos do MQN tocam seu hard rock instigado dos infernos no Tapioca, com quem? com quem? Com os Foguetes no Retro, claro, para alegria da senhora dona de casa. Olha o selvício: Evento: BIGHITS Local: restaurante tapioca ? boulevard 161 ? itaigara 22h ingresso: R$10 consumação R$10 14/04 quinta info: bigbross@terra.com.br 91312529 www.restaurantetapioca.com.br
Por falar nesse show do Placebo, alguém sabe a quantas anda esse processo aí? O pessoal da Claro Bahia já acordou? Alô-ôôôôô! Acordem, seus manés! (PQP, se fosse show do Calcinha Preta no parque de exposição já tava tudo adiantado, outdoor na rua e o caralho...)
QUADRINHOS: Saiu uma matéria bacana no Omelete sobre a nova onda de quadrinhos Vertigo chegando no Brasil. Coisa de dar água na boca e secura no bolso. Leiam aqui: http://www.omelete.com.br/quadrinhos/artigos/base_para_artigos.asp?artigo=2498
Diz que Sandman, Preacher (uhú! leiam! leiam! leiam!), Hellblazer, Fábulas e Lovecraft devem sair todas ao longo do ano em edições encadrenadas, desde o iníciozinho. Só coisa fina para quem é pervertido como nóis.
Mais quadrinhos: quem sente saudade das duas geniais fases de Frank Miller à frente do título do Demolidor deve, urgentemente, começar a acompanhar a sua espetacular fase atual por Brian Michael Bendis e Alex Maleev. Nela, Matthew Murdock (o Demolidor, anta!) teve sua identidade secreta exposta por um tablóide sensacionalista, e entre idas e vindas, derrota de vez o Rei do Crime, arranca a máscara ainda sobre a carcaça do gordão e se declara Rei da Cozinha do Inferno, o bairro em que faz suas vigilâncias. Em duas palavras, simplesmente arrepiante. Os diálogos são dignos da melhor literatura moderna e a arte é excelente, absolutamente adequada ao climão noir da história. A revista deste mês, a número 14, é, como eles dizem nos States, um bom jumping point, para começar a acompanhar, até por que, no mesmo número, começa a fase MAX (a subsidiária de quadrinhos adultos da Marvel) do Justiceiro, escrita pelo irlandês psycho Garth Ennis, o genial criador de Preacher (leiam! leiam! leiam!). Nesse mesmo número tem um diálogo entre Matthew, Reed Richards, Peter Parker, Luke Cage e Dr. Estranho que é simplesmente de rachar o bico. O cara faz seus heróis preferidos agirem como panacas e vc adora!
Vários shows à vista aí, para delírio dos rockloquistas de plantão.
Hoje mess tem os meninos do Foguete no Retro no bom e velho Colapso.
Pausa para nossos comerciais: "Tem Tequilers e Anacê (é assim q se escreve?), quarta dia 23, à 10:00 no world bar na barra (ao lado do porão). Cebola"
Opa, voltamos! E dois dias antes do prometido (sai ou não sai?) show do Placebo em Salvador, os goianos insanos do MQN tocam seu hard rock instigado dos infernos no Tapioca, com quem? com quem? Com os Foguetes no Retro, claro, para alegria da senhora dona de casa. Olha o selvício: Evento: BIGHITS Local: restaurante tapioca ? boulevard 161 ? itaigara 22h ingresso: R$10 consumação R$10 14/04 quinta info: bigbross@terra.com.br 91312529 www.restaurantetapioca.com.br
Por falar nesse show do Placebo, alguém sabe a quantas anda esse processo aí? O pessoal da Claro Bahia já acordou? Alô-ôôôôô! Acordem, seus manés! (PQP, se fosse show do Calcinha Preta no parque de exposição já tava tudo adiantado, outdoor na rua e o caralho...)
QUADRINHOS: Saiu uma matéria bacana no Omelete sobre a nova onda de quadrinhos Vertigo chegando no Brasil. Coisa de dar água na boca e secura no bolso. Leiam aqui: http://www.omelete.com.br/quadrinhos/artigos/base_para_artigos.asp?artigo=2498
Diz que Sandman, Preacher (uhú! leiam! leiam! leiam!), Hellblazer, Fábulas e Lovecraft devem sair todas ao longo do ano em edições encadrenadas, desde o iníciozinho. Só coisa fina para quem é pervertido como nóis.
Mais quadrinhos: quem sente saudade das duas geniais fases de Frank Miller à frente do título do Demolidor deve, urgentemente, começar a acompanhar a sua espetacular fase atual por Brian Michael Bendis e Alex Maleev. Nela, Matthew Murdock (o Demolidor, anta!) teve sua identidade secreta exposta por um tablóide sensacionalista, e entre idas e vindas, derrota de vez o Rei do Crime, arranca a máscara ainda sobre a carcaça do gordão e se declara Rei da Cozinha do Inferno, o bairro em que faz suas vigilâncias. Em duas palavras, simplesmente arrepiante. Os diálogos são dignos da melhor literatura moderna e a arte é excelente, absolutamente adequada ao climão noir da história. A revista deste mês, a número 14, é, como eles dizem nos States, um bom jumping point, para começar a acompanhar, até por que, no mesmo número, começa a fase MAX (a subsidiária de quadrinhos adultos da Marvel) do Justiceiro, escrita pelo irlandês psycho Garth Ennis, o genial criador de Preacher (leiam! leiam! leiam!). Nesse mesmo número tem um diálogo entre Matthew, Reed Richards, Peter Parker, Luke Cage e Dr. Estranho que é simplesmente de rachar o bico. O cara faz seus heróis preferidos agirem como panacas e vc adora!
quarta-feira, março 16, 2005
SETARO RULES!
Após meses de negociação e muita conversa fiada, o grande André Setaro, o maior crítico de cinema do jornalismo baiano e figura humana raríssima, nos honrará com sua imensa sabedoria no Rock Loco desta quinta, 17 de março, que ainda contará com as presenças ilustres do valoroso rockloquista honorário Franciel Cruz e mais um brother que... esqueci o nome, foi mal aê. Como se trata de uma ocasião ultra especial, eu tb estarei lá com Sora Maia e Yara Vasku, as titulares das quintas para dar aquela peruada, que ninguém é de ferro. Cinema, rock, (incorreção) política e cachaça, muita cachaça deverão ser as pautas da noite, mas como o Rock é Loco, na hora a gente vê que bicho vai dar. Não percam esse programa histórico!
terça-feira, março 15, 2005
Rock'n' Roll High School parte 2, A Vingança
Esta é a historia do comment que virou post.
Não há nenhuma novidade em os blocos e o axé fazerem este trabalho nas escolas, já vi este filme antes ser feito com outros artistas há uns 15 anos, talvez a novidade seja o fato do genero ter conseguido uma sobrevida depois de uns 2 anos meio que em baixa. Acho que o axé e seus protagonistas não tem culpa de serem bem sucedidos, eu vou por outro caminho e questiono a politica cultural da Bahia que dá um tiro no proprio pé quando institui uma monocultura, virando as costas (epa!) para suas proprias tradições culturais. Já disse e repito, Caetano e Gil, por exemplo, se estivessem começando suas carreiras artisticas hoje na Bahia NÃO conseguiriam nascer artisticamente. O meio-ambiente cultural da Bahia nos anos 50 e 60 permitiram que artistas sofisticados, e conhecedores de cultura pop, como Caetano e Gil pudessem iniciar seu florescimento artistico. Não que fosse um paraiso, mas pelo menos eles tinham um espaço vital minimo incentivado por POLITICAS CULTURAIS, que permitiam experimentações artisticas alternativas. Experimentações artisticas que os incentivaram no inicio da carreira , que depois desembocou no Tropicalismo e permitiu, entre varias outras coisas, Caetano enxergar Hendrix ( na epoca vanguarda maxima) no som precário dos trios de então, e criar a semente da axé-music com "Atrás do Trio Eletrico" no longinquo 1969. Há muito tempo que este espaço de experimentação artistica desapareceu na Bahia, e o gigantismo da axé-music, este filho dileto do Tropicalismo, fez criar um ufanismo babaca em torno da tal da "baianidade" , que asfixia toda e qualquer manifestação que não tenha seu nivel de sucesso popular. Não vejo problema no axé em si, é apenas um genero musical que nasceu popular e se tornou popularesco e repetitivo, vejo problema sim na falta de alternativas incentivadas pela politica cultural e na decorrente monocultura imposta.
Mas engana-se quem pensa que o unico problema que o rock enfrenta na Bahia é o asfixiamento causado pelo axé e afins. Pegue-se , por exemplo, esta sugestão de Chicão de botar as bandas de rock para tocar nos colegios. Quem disse que todas as bandas citadas estariam a fim de tocar nestes lugares?, Quem disse que algumas bandas de rock da Bahia querem fazer rock que tenha algum tipo de apelo popular e até mesmo, Deus nos livre, fazer sucesso( argh!). Por mais incrivel que possa parecer, algumas bandas parecem estar muito confortaveis no udugrudi fajuto do circuito Rio Vermelho, tocando apenas para os iniciados( olhaê Bragatto), e protegidas do cruel mundo lá fora. Tudo bem, pra mim não é problema, acho que se essa é a proposta da banda, beleza, apenas depois não venham com queixas tipo" ninguem me compreende". O interessante projeto Maquina do Som, que era sucesso de participação estudantil, foi interrompido por falta de interesse de patrocinadores, e não era sempre que Roger Preto conseguia que bandas locais com algum nome fossem fazer apresentações de graça. Alem do que algumas figuras envolvidas no projeto, achavam(ainda acham) que é uma obrigação de alguma empresa privada bancar a parada, que se quiserem é assim, e ponto final. Alias este é outro ponto, varias bandas querem publico e patrocinios para seus eventos, mas muitas vezes não se dão ao trabalho de redigir sequer um release, quanto mais, xô satanás, um projeto explicando aonde o patrocinador teria retorno. Mas, repito, se esta é a proposta da banda, vá fundo, só não esperem que as coisas caiam do ceu e que Steve Albini ou Liminha batam a sua porta com um contrato da Universal Records debaixo do braço.
Então Chico, nós ainda nos damos ao trabalho de escrever estas mal tecladas ( não resisti), porque ainda nos importamos, e ainda nutrimos a esperança que na escola do seu sobrinho alem do cara do Rapazola, vá tambem aquela banda de rock que a galera gosta, e que tambem gosta da galera. E principalmente Chicão, não se preocupe, como diz com muita propriedade nosso idolo Neil Young, " rock'n'roll will never die".
Não há nenhuma novidade em os blocos e o axé fazerem este trabalho nas escolas, já vi este filme antes ser feito com outros artistas há uns 15 anos, talvez a novidade seja o fato do genero ter conseguido uma sobrevida depois de uns 2 anos meio que em baixa. Acho que o axé e seus protagonistas não tem culpa de serem bem sucedidos, eu vou por outro caminho e questiono a politica cultural da Bahia que dá um tiro no proprio pé quando institui uma monocultura, virando as costas (epa!) para suas proprias tradições culturais. Já disse e repito, Caetano e Gil, por exemplo, se estivessem começando suas carreiras artisticas hoje na Bahia NÃO conseguiriam nascer artisticamente. O meio-ambiente cultural da Bahia nos anos 50 e 60 permitiram que artistas sofisticados, e conhecedores de cultura pop, como Caetano e Gil pudessem iniciar seu florescimento artistico. Não que fosse um paraiso, mas pelo menos eles tinham um espaço vital minimo incentivado por POLITICAS CULTURAIS, que permitiam experimentações artisticas alternativas. Experimentações artisticas que os incentivaram no inicio da carreira , que depois desembocou no Tropicalismo e permitiu, entre varias outras coisas, Caetano enxergar Hendrix ( na epoca vanguarda maxima) no som precário dos trios de então, e criar a semente da axé-music com "Atrás do Trio Eletrico" no longinquo 1969. Há muito tempo que este espaço de experimentação artistica desapareceu na Bahia, e o gigantismo da axé-music, este filho dileto do Tropicalismo, fez criar um ufanismo babaca em torno da tal da "baianidade" , que asfixia toda e qualquer manifestação que não tenha seu nivel de sucesso popular. Não vejo problema no axé em si, é apenas um genero musical que nasceu popular e se tornou popularesco e repetitivo, vejo problema sim na falta de alternativas incentivadas pela politica cultural e na decorrente monocultura imposta.
Mas engana-se quem pensa que o unico problema que o rock enfrenta na Bahia é o asfixiamento causado pelo axé e afins. Pegue-se , por exemplo, esta sugestão de Chicão de botar as bandas de rock para tocar nos colegios. Quem disse que todas as bandas citadas estariam a fim de tocar nestes lugares?, Quem disse que algumas bandas de rock da Bahia querem fazer rock que tenha algum tipo de apelo popular e até mesmo, Deus nos livre, fazer sucesso( argh!). Por mais incrivel que possa parecer, algumas bandas parecem estar muito confortaveis no udugrudi fajuto do circuito Rio Vermelho, tocando apenas para os iniciados( olhaê Bragatto), e protegidas do cruel mundo lá fora. Tudo bem, pra mim não é problema, acho que se essa é a proposta da banda, beleza, apenas depois não venham com queixas tipo" ninguem me compreende". O interessante projeto Maquina do Som, que era sucesso de participação estudantil, foi interrompido por falta de interesse de patrocinadores, e não era sempre que Roger Preto conseguia que bandas locais com algum nome fossem fazer apresentações de graça. Alem do que algumas figuras envolvidas no projeto, achavam(ainda acham) que é uma obrigação de alguma empresa privada bancar a parada, que se quiserem é assim, e ponto final. Alias este é outro ponto, varias bandas querem publico e patrocinios para seus eventos, mas muitas vezes não se dão ao trabalho de redigir sequer um release, quanto mais, xô satanás, um projeto explicando aonde o patrocinador teria retorno. Mas, repito, se esta é a proposta da banda, vá fundo, só não esperem que as coisas caiam do ceu e que Steve Albini ou Liminha batam a sua porta com um contrato da Universal Records debaixo do braço.
Então Chico, nós ainda nos damos ao trabalho de escrever estas mal tecladas ( não resisti), porque ainda nos importamos, e ainda nutrimos a esperança que na escola do seu sobrinho alem do cara do Rapazola, vá tambem aquela banda de rock que a galera gosta, e que tambem gosta da galera. E principalmente Chicão, não se preocupe, como diz com muita propriedade nosso idolo Neil Young, " rock'n'roll will never die".
ROCK N' ROLL HIGH SCHOOL
Salve, fiéis rockloquistas do meu Brasil. É impressão minha ou essa música do Pato Fu que anda rolando na MTV, Uh uh uh ah ah ah yeah yeah (acho que é esse o título), é bem legalzinha e diferente do que eles andaram fazendo nos últimos anos? Alguém aí sabe se é do disco novo, que ia sair independente, ou se é velha? Se for música nova, é bem legal a coincidência de ser a primeira música de trabalho de um disco independente. Bem suingada, com um instrumentalzinho bala. A letra é uma bobagem, e tem também aquele chavãozinho véio do trecho rappeado ali pelo meio, mas o som em si - e o clipe, seguindo uma certa linha infantil alucinógena - valem a pena conferir.
Mas não é sobre nada disso que eu queria falar aqui. (Até por que o pessoal vai estranhar: Pato Fu, Franchico? Well....)
Direto ao ponto: tava conversando com minha irmã mais velha dia desses e, em dado momento, eu contei pra ela que tinha - tal e qual um abestalhado - conseguido um autógrafo de Pitty - em fato comentado aqui meses atrás - para dar pro filho dela de 10 anos, meu sobrinho, garoto gente fina de quem gosto muito. Ao que ela animadamente me respondeu: "pô, que legal! Semana passada aquele Rapazola até foi na escola dele".
Oh. Meio atordoado, prossegui a conversa. "Ah, foi? O Rapazola... foi na escola dele. E ele gostou?", perguntei. "Ah, ele adorou!".
Direto ao ponto mais uma vez. Não quero nem entrar no mérito da questão do moleque ter curtido tamanha merda, por que afinal de contas, ele só tem 10 anos - e também não convive muito com o tio. O que realmente me incomoda é o fato de uma escola particular, que cobra mensalidades altíssimas, ter alegremente aberto suas portas para vender aos seus próprios alunos algo absolutamente abjeto e sem qualquer valor artístico para crianças, que, nessa idade, estão completamente indefesas para discernir exatamente o quanto estão sendo enganadas.
Escolas não são aqueles lugares aonde - supostamente - os alunos vão para aprender conceitos e idéias que devem ser carregados pela vida toda? Que conceito, que idéia eles querem passar apresentando o Rapazola na hora do recreio? Que pintar os cabelos de acaju selvagem e agir como uma saltitante gazela deslumbrada por aí é o bicho? (Porra, tô moralista pra caralho também, deixa eu relaxar um pouco.)
E se fosse uma banda de rock, que quisesse se apresentar para os alunos daquela porra de colégio pra burguês remediado, será que a direção ia deixar? Fica o alerta: o establishment está indo às escolas cooptar as crianças, está indo às escolas introjetar passividade, mau gosto extremo e estupidez em crianças, caralho! Estão programando os robôzinhos que, daqui a alguns anos, vão continuar comprando abadás e consumindo sem pensar qualquer merda que colocarem na frente deles.
E o rock, vai fazer o quê? Vai esperar que eles se tornem adolescentes zumbis dos infernos teleguiados por antenas de tv e celular, ou vai tomar uma atitude? (Argh! Eu falei isso!) Tem que partir pra luta, puta que pariu! Tem que começar a se organizar e dar um jeito de chegar nas escolas também para FORMAR PÚBLICO, senão, mais cedo ou mais tarde, O ROCK VAI MORRER!
Tem que criar um projeto - ou projetos - para penetrar no terreno virgem das escolas - particulares e públicas também, claro - para fazer eventos, apresentações na hora do recreio, seguidas de debates, bate-papos com os alunos e coisa e tal. Corpo a corpo, mesmo.
Tipo o projeto Máquina do Som, de Roger (que não é o Big), que já agitou muita escola por aí. Só que o que eu estou sugerindo é um trabalho de divulgação, mesmo. De pegar as principais bandas da cidade, as de maior visibilidade em jornais, com discos lançados e tudo, estruturar um evento bacana com elas - adequado ao público e ao horário (ou não, mas aí não vai durar) - e leva-las para um corpo a corpo por diversas escolas em um trabalho desenvolvido ao longo de todo o ano letivo.
Retrofoguetes no Marista. Los Canos no ISBA. Sangria no São Paulo. Roney Jorge no Vieira. Theatro de Seraphin no Oficina. Brinde no Anchieta. E assim por diante. Se o Rapazola pode, por que não os Honkers (desde que Rodrigo se mantivesse vestido e com o microfone apenas na boca)?
Fica o alerta e a sugestão aí para os agitadores e produtores da cena local - que porventura acessem este modesto blog, claro.
Agora falando na real mesmo, deixando o delírio revolucionário de lado um pouco, eu acho que, mesmo que alguém se dê ao trabalho de enfrentar as trocentas dificuldades que surgem em um projeto desses e tentar agitar um lance assim, vai dar com os cornos direto na muralha de ignorância que cerca essa cidade. Eu sou meio pessimista e até tento lutar contra isso, mas só o fato de saber que essa muralha é - hoje em dia - construída a partir das nossas próprias escolas - com a honrosa exceção de uma ou outra, mas isso não é assunto para este blog - me deixa muito descrente.
Mas deixar de lutar é pior ainda. É o mesmo que se deitar no caixão. E eu sou meio claustrofóbico, meio agoniado, num sabe? Luvas de boxe, alguém?
Ah! Alguém aí quer um autógrafo de Pitty? Acho que meu sobrinho não vai precisar mais dele.
Mas não é sobre nada disso que eu queria falar aqui. (Até por que o pessoal vai estranhar: Pato Fu, Franchico? Well....)
Direto ao ponto: tava conversando com minha irmã mais velha dia desses e, em dado momento, eu contei pra ela que tinha - tal e qual um abestalhado - conseguido um autógrafo de Pitty - em fato comentado aqui meses atrás - para dar pro filho dela de 10 anos, meu sobrinho, garoto gente fina de quem gosto muito. Ao que ela animadamente me respondeu: "pô, que legal! Semana passada aquele Rapazola até foi na escola dele".
Oh. Meio atordoado, prossegui a conversa. "Ah, foi? O Rapazola... foi na escola dele. E ele gostou?", perguntei. "Ah, ele adorou!".
Direto ao ponto mais uma vez. Não quero nem entrar no mérito da questão do moleque ter curtido tamanha merda, por que afinal de contas, ele só tem 10 anos - e também não convive muito com o tio. O que realmente me incomoda é o fato de uma escola particular, que cobra mensalidades altíssimas, ter alegremente aberto suas portas para vender aos seus próprios alunos algo absolutamente abjeto e sem qualquer valor artístico para crianças, que, nessa idade, estão completamente indefesas para discernir exatamente o quanto estão sendo enganadas.
Escolas não são aqueles lugares aonde - supostamente - os alunos vão para aprender conceitos e idéias que devem ser carregados pela vida toda? Que conceito, que idéia eles querem passar apresentando o Rapazola na hora do recreio? Que pintar os cabelos de acaju selvagem e agir como uma saltitante gazela deslumbrada por aí é o bicho? (Porra, tô moralista pra caralho também, deixa eu relaxar um pouco.)
E se fosse uma banda de rock, que quisesse se apresentar para os alunos daquela porra de colégio pra burguês remediado, será que a direção ia deixar? Fica o alerta: o establishment está indo às escolas cooptar as crianças, está indo às escolas introjetar passividade, mau gosto extremo e estupidez em crianças, caralho! Estão programando os robôzinhos que, daqui a alguns anos, vão continuar comprando abadás e consumindo sem pensar qualquer merda que colocarem na frente deles.
E o rock, vai fazer o quê? Vai esperar que eles se tornem adolescentes zumbis dos infernos teleguiados por antenas de tv e celular, ou vai tomar uma atitude? (Argh! Eu falei isso!) Tem que partir pra luta, puta que pariu! Tem que começar a se organizar e dar um jeito de chegar nas escolas também para FORMAR PÚBLICO, senão, mais cedo ou mais tarde, O ROCK VAI MORRER!
Tem que criar um projeto - ou projetos - para penetrar no terreno virgem das escolas - particulares e públicas também, claro - para fazer eventos, apresentações na hora do recreio, seguidas de debates, bate-papos com os alunos e coisa e tal. Corpo a corpo, mesmo.
Tipo o projeto Máquina do Som, de Roger (que não é o Big), que já agitou muita escola por aí. Só que o que eu estou sugerindo é um trabalho de divulgação, mesmo. De pegar as principais bandas da cidade, as de maior visibilidade em jornais, com discos lançados e tudo, estruturar um evento bacana com elas - adequado ao público e ao horário (ou não, mas aí não vai durar) - e leva-las para um corpo a corpo por diversas escolas em um trabalho desenvolvido ao longo de todo o ano letivo.
Retrofoguetes no Marista. Los Canos no ISBA. Sangria no São Paulo. Roney Jorge no Vieira. Theatro de Seraphin no Oficina. Brinde no Anchieta. E assim por diante. Se o Rapazola pode, por que não os Honkers (desde que Rodrigo se mantivesse vestido e com o microfone apenas na boca)?
Fica o alerta e a sugestão aí para os agitadores e produtores da cena local - que porventura acessem este modesto blog, claro.
Agora falando na real mesmo, deixando o delírio revolucionário de lado um pouco, eu acho que, mesmo que alguém se dê ao trabalho de enfrentar as trocentas dificuldades que surgem em um projeto desses e tentar agitar um lance assim, vai dar com os cornos direto na muralha de ignorância que cerca essa cidade. Eu sou meio pessimista e até tento lutar contra isso, mas só o fato de saber que essa muralha é - hoje em dia - construída a partir das nossas próprias escolas - com a honrosa exceção de uma ou outra, mas isso não é assunto para este blog - me deixa muito descrente.
Mas deixar de lutar é pior ainda. É o mesmo que se deitar no caixão. E eu sou meio claustrofóbico, meio agoniado, num sabe? Luvas de boxe, alguém?
Ah! Alguém aí quer um autógrafo de Pitty? Acho que meu sobrinho não vai precisar mais dele.
domingo, março 13, 2005
ROCK LOCO É MEDALHA DE BRONZE NO PRÊMIO ROCK INDEPENDENTE BAHIA 2004
Terceiro. Terceiro lugar. Aaaah, tá bom demais! Com o corpo mole que a gente faz porra aqui, até que tá beleuza. Bom, mesmo atrasadinho, seguem os resultados do Prêmio Rock Independente Bahia 2004, no release escrito pelo companheiro rockloquista e chapa Luciano Mattos, um dos organizadores da premiação:
Surpresas, confirmações de favoritismo, bicampeonatos, viradas, polêmicas. Foi mais ou menos nesse clima que se chegou ao resultado do II Prêmio Rock Independente ? Bahia, premiando os melhores do cenário independente baiano no ano de 2004. Partindo de uma iniciativa dos sites Bahiarock, El Cabong, Discoteca Narcisista e Claque, estão sendo agora divulgados os vencedores da segunda edição. Esse ano o homenageado foi o guitarrista Emerson Borel ? ex-Úteros em Fúria e diversas outras bandas ? que faleceu no ano passado.
Uma das novidades dessa edição foi a escolha dos indicados a cada uma das categorias por personalidades do meio, desde músicos e produtores até jornalistas e profissionais de rádio. Na pré-seleção, cada um escolheu até cinco nomes por categoria. Os cinco mais votados foram para votação pública que foi realizada durante dois meses através da internet e em cédulas espalhadas por alguns lugares da cidade. Foram cerca de mil eleitores no total. Novidade também este ano para a inclusão de novas categorias, como Bandas do Interior, um estímulo para as bandas de fora da capital, grande parte ainda desconhecida da maioria do público.
Na principal categoria um empate. Duas bandas que realmente se destacaram no ano, fazendo muitos shows e participando de festivais fora da Bahia. Ronei Jorge & Os Ladrões de Bicicleta e The Honkers obtiveram cada banda 24% dos votos, dividindo a primeira colocação. Em seguida, aparece a Cascadura com 19%, que mesmo morando em São Paulo ainda é muito bem recebida em terras baianas e não poderia ser por menos, graças ao excelente trabalho que vem realizando.
Por seus shows memoráveis e performances explosivas a The Honkers levou também o prêmio de melhor banda ao vivo, com 35% dos votos. Em segundo lugar, vem Ronei Jorge e Os Ladrões de Bicicleta, com 28% dos votos, seguido dos Retrofoguetes, campeã no ano passado, com 20%.
A tosqueira hilária da banda Cissa Guimarães foi uma das grandes surpresas vencendo com 24% na categoria Revelação, deixando para trás, com pouca margem, é verdade, os novatos experientes da Sangria com 22%. Empatados em terceiro ficaram o indie rock da Little Bell for Sing e o rock da Theatro de Séraphin, com 20% cada.
Uma das principais bandas baianas, os Retrofoguetes, não foi esquecida no Prêmio 2004, e venceu com o melhor CD. Mesmo lançado no finalzinho do ano, ?Ativar Retrofoguetes? conquistou 32% de votos. Em segundo lugar, colado, ?Vivendo em Grande Estilo? da Cascadura com 31% da preferência.
Ronei Jorge e Os Ladrões de Bicicleta venceram também na categoria melhor EP, com ?A Dois? que obteve 40% dos votos, deixando em segundo lugar outro trabalho dos Retrofoguetes, ?O Natal dos Retrofoguetes?, com 24%.
Boa disputa na nova e interessante categoria de bandas do interior, a briga entre grupos de Dias D´Ávila, Lauro de Freitas, Vitória da Conquista terminou com o indie rock oitentista da Declinium de Dias D´Ávila como vencedor, com 27% dos votos. Seguido de perto pela Ácaros I.P.A de Lauro de Freitas, com 24%, e da Ardefeto, de Vitória da Conquista, com 20%.
Mais uma vez, barbada na categoria Melhor Banda Visitante, com o grupo carioca Autoramas ganhando com boa margem de diferença. Eles conquistaram 42% dos votos, enquanto o segundo lugar, os paulistas da Forgotten Boys, ficaram com 27%.
A Big Bross records repetiu a façanha do ano passado e ganhou com facilidade, com 48% da preferência, seguida (e com a mesma seqüência do ano passado) pela Frangote Discos, Maniac Records e Estopim. A novata Divino Tape, apesar de apenas um lançamento, também não deixou de ser lembrada.
Podem reclamar do tamanho, do calor, mas o Calypso é imbatível. A cara do rock em Salvador, o bar venceu pela segunda vez na categoria espaço para show com 45% dos votos. Esse ano o Tapioca apareceu como novidade em segundo lugar, com 20% e o tradicional Idearium em terceiro com 16%.
Mais um que venceu pela segunda vez foi o site Bahiarock, que este ano está completando três anos. Foi a maior lavada do prêmio, conquistando 61% dos votos na categoria Jornal/ Internet, enquanto atrás, praticamente empatados apareceram o Caderno Dez (do Jornal A Tarde), com 11% e empatados de fato os blogs el Cabong e Rock Loco, com 10% cada.
Outro bicampeão foi o programa Curto Circuito (Transamérica FM), que ficou com 27%, na categoria Veículo de Rádio e TV. Vitória apertada sobre o segundo colocado, o programa televisivo da TVE Soterópolis, que ficou com 26%. Logo atrás o programa independente Rock Loco (da comunitária Primavera FM) com 21%.
Mais um resultado que repete o do ano passado foi na categoria melhor Loja. A São Rock repetiu a vitória conseguindo 51% dos votos este ano, sem dúvida devido a seu acervo de discos locais, nacionais e internacionais e por promover shows e eventos em suas dependências. Em segundo lugar aparece a Berinjela com 23%, que nem é propriamente uma loja de discos, mas um sebo, mas também promove freqüentes shows com bandas locais.
Falando em shows, o mais votado evento do ano de 2004 reuniu a estrela do rock baiano Pitty e alguns dos nomes independentes votados no Prêmio.O Admirável Rock Novo foi realizado na Concha Acústica e obteve 41% dos votos. Em seguida apareceu as Matinês da São Rock, shows que a loja realizou nas tardes de sábado. Obteve 22% dos votos. A boa surpresa do terceiro lugar mostra como o rock no interior do estado vem se consolidando: o Conquista Rock Festival, em Vitória da Conquista, alcançou 18% dos votos.
A segunda edição do Prêmio Rock Independente Bahia mostrou um aumento na participação do público, confirmando uma tendência nacional de fortalecimento da cena independente. Mais do que propriamente estimular uma competição saudável e oferecer reconhecimento às bandas, lojas, selos e veículos de comunicação que, segundo o público, vem mostrando serviço e fazendo um pouco mais para o rock baiano, o Prêmio serviu para ajudar a impulsionar a ?cena?, que apesar de crescente, ainda tem muito que se expandir.
Agradecimentos à comissão de jurados da pré-seleção, e principalmente àqueles que, através de cada voto, ajudaram a tornar esse prêmio possível. Parabéns a todos os indicados e não-indicados pelo trabalho. Ano que vem tem mais.
RESULTADOS
Bandas
The Honkers: 24%
Ronei Jorge e os Ladrões de Bicicleta: 24%
Cascadura: 19%
Los Canos: 18%
Retrofoguetes: 15%
Banda ao Vivo
The Honkers: 35%
Ronei Jorge e os Ladrões de Bicicleta: 28%
Retrofoguetes: 20%
Nancyta e os Grazzers: 13%
Sangria: 4%
Revelação
Cissa Guimarães: 24%
Sangria: 22%
Little Bell for Sing: 20%
Teatro de Seraphin: 20%
A Sangue Frio: 14%
CD
Ativar Retrofoguetes - Retrofoguetes: 32%
Vivendo em Grande Estilo - Cascadura: 31%
Basquete - Cissa Gumarães: 16%
Histórias sem Meio, Começo e Fim - Brinde: 14%
Macaca - Guizzzmo: 7%
EP
A Dois - Ronei Jorge e os Ladrões de Bicicleta: 40%
O Natal do Retrofoguetes - Retrofoguetes: 24%
Tudo que Você me Disse - A Grande Abóbora: 15%
Dentro de Você - Vinil69: 11%
Sangria - Sangria: 10%
Banda do Interior
Declinium: 27%
Ácaros I.P.A: 24%
Ardefeto: 20%
A Fábrica: 17%
Reason: 12%
Banda visitante:
Autoramas: 42%
Forgotten Boys: 27%
Pelvs: 11%
Marco Butcher: 10%
Vamoz: 10%
Selo
Bigbross: 48%
Frangote: 20%
Maniac: 15%
Estopim: 12%
Divino Tape: 5%
Espaço para Shows
Calypso: 45%
Tapioca: 20%
Idearium: 16%
Clube de Engenharia (Pop Dance): 10%
Tangolomango: 9%
Imprensa
Bahia Rock: 61%
Dez!: 11%
el Cabong 10%
blog Rock Loco: 10%
Claque: 8%
Veículo
Curto Circuito: 27%
Soterópolis: 26%
Rock Loco: 21%
Punkada: 18%
Todos os Tons: 8%
Loja
São Rock: 51%
Berinjela: 23%
Maniac: 11%
Pérola Negra: 9%
Ajuda 39: 6%
Eventos
Admirável Rock Novo: 41%
Matinês da São Rock: 22%
Conquista Rock Festival: 18%
Big Hits: 13%
Soterock: 6%
Os resultados completos podem ser conferidos também no endereço:
http://premiorockba.v10.com.br/Visite o site do Nordeste Independente: http://nordesteindependente.oktiva.net Para se inscrever mande mail paranordeste-independente-subscribe@yahoogroups.com Para sair mande mail paranordeste-independente-unsubscribe@yahoogroups.com Qualquer dúvida: lubmatos@pop.com.br
Surpresas, confirmações de favoritismo, bicampeonatos, viradas, polêmicas. Foi mais ou menos nesse clima que se chegou ao resultado do II Prêmio Rock Independente ? Bahia, premiando os melhores do cenário independente baiano no ano de 2004. Partindo de uma iniciativa dos sites Bahiarock, El Cabong, Discoteca Narcisista e Claque, estão sendo agora divulgados os vencedores da segunda edição. Esse ano o homenageado foi o guitarrista Emerson Borel ? ex-Úteros em Fúria e diversas outras bandas ? que faleceu no ano passado.
Uma das novidades dessa edição foi a escolha dos indicados a cada uma das categorias por personalidades do meio, desde músicos e produtores até jornalistas e profissionais de rádio. Na pré-seleção, cada um escolheu até cinco nomes por categoria. Os cinco mais votados foram para votação pública que foi realizada durante dois meses através da internet e em cédulas espalhadas por alguns lugares da cidade. Foram cerca de mil eleitores no total. Novidade também este ano para a inclusão de novas categorias, como Bandas do Interior, um estímulo para as bandas de fora da capital, grande parte ainda desconhecida da maioria do público.
Na principal categoria um empate. Duas bandas que realmente se destacaram no ano, fazendo muitos shows e participando de festivais fora da Bahia. Ronei Jorge & Os Ladrões de Bicicleta e The Honkers obtiveram cada banda 24% dos votos, dividindo a primeira colocação. Em seguida, aparece a Cascadura com 19%, que mesmo morando em São Paulo ainda é muito bem recebida em terras baianas e não poderia ser por menos, graças ao excelente trabalho que vem realizando.
Por seus shows memoráveis e performances explosivas a The Honkers levou também o prêmio de melhor banda ao vivo, com 35% dos votos. Em segundo lugar, vem Ronei Jorge e Os Ladrões de Bicicleta, com 28% dos votos, seguido dos Retrofoguetes, campeã no ano passado, com 20%.
A tosqueira hilária da banda Cissa Guimarães foi uma das grandes surpresas vencendo com 24% na categoria Revelação, deixando para trás, com pouca margem, é verdade, os novatos experientes da Sangria com 22%. Empatados em terceiro ficaram o indie rock da Little Bell for Sing e o rock da Theatro de Séraphin, com 20% cada.
Uma das principais bandas baianas, os Retrofoguetes, não foi esquecida no Prêmio 2004, e venceu com o melhor CD. Mesmo lançado no finalzinho do ano, ?Ativar Retrofoguetes? conquistou 32% de votos. Em segundo lugar, colado, ?Vivendo em Grande Estilo? da Cascadura com 31% da preferência.
Ronei Jorge e Os Ladrões de Bicicleta venceram também na categoria melhor EP, com ?A Dois? que obteve 40% dos votos, deixando em segundo lugar outro trabalho dos Retrofoguetes, ?O Natal dos Retrofoguetes?, com 24%.
Boa disputa na nova e interessante categoria de bandas do interior, a briga entre grupos de Dias D´Ávila, Lauro de Freitas, Vitória da Conquista terminou com o indie rock oitentista da Declinium de Dias D´Ávila como vencedor, com 27% dos votos. Seguido de perto pela Ácaros I.P.A de Lauro de Freitas, com 24%, e da Ardefeto, de Vitória da Conquista, com 20%.
Mais uma vez, barbada na categoria Melhor Banda Visitante, com o grupo carioca Autoramas ganhando com boa margem de diferença. Eles conquistaram 42% dos votos, enquanto o segundo lugar, os paulistas da Forgotten Boys, ficaram com 27%.
A Big Bross records repetiu a façanha do ano passado e ganhou com facilidade, com 48% da preferência, seguida (e com a mesma seqüência do ano passado) pela Frangote Discos, Maniac Records e Estopim. A novata Divino Tape, apesar de apenas um lançamento, também não deixou de ser lembrada.
Podem reclamar do tamanho, do calor, mas o Calypso é imbatível. A cara do rock em Salvador, o bar venceu pela segunda vez na categoria espaço para show com 45% dos votos. Esse ano o Tapioca apareceu como novidade em segundo lugar, com 20% e o tradicional Idearium em terceiro com 16%.
Mais um que venceu pela segunda vez foi o site Bahiarock, que este ano está completando três anos. Foi a maior lavada do prêmio, conquistando 61% dos votos na categoria Jornal/ Internet, enquanto atrás, praticamente empatados apareceram o Caderno Dez (do Jornal A Tarde), com 11% e empatados de fato os blogs el Cabong e Rock Loco, com 10% cada.
Outro bicampeão foi o programa Curto Circuito (Transamérica FM), que ficou com 27%, na categoria Veículo de Rádio e TV. Vitória apertada sobre o segundo colocado, o programa televisivo da TVE Soterópolis, que ficou com 26%. Logo atrás o programa independente Rock Loco (da comunitária Primavera FM) com 21%.
Mais um resultado que repete o do ano passado foi na categoria melhor Loja. A São Rock repetiu a vitória conseguindo 51% dos votos este ano, sem dúvida devido a seu acervo de discos locais, nacionais e internacionais e por promover shows e eventos em suas dependências. Em segundo lugar aparece a Berinjela com 23%, que nem é propriamente uma loja de discos, mas um sebo, mas também promove freqüentes shows com bandas locais.
Falando em shows, o mais votado evento do ano de 2004 reuniu a estrela do rock baiano Pitty e alguns dos nomes independentes votados no Prêmio.O Admirável Rock Novo foi realizado na Concha Acústica e obteve 41% dos votos. Em seguida apareceu as Matinês da São Rock, shows que a loja realizou nas tardes de sábado. Obteve 22% dos votos. A boa surpresa do terceiro lugar mostra como o rock no interior do estado vem se consolidando: o Conquista Rock Festival, em Vitória da Conquista, alcançou 18% dos votos.
A segunda edição do Prêmio Rock Independente Bahia mostrou um aumento na participação do público, confirmando uma tendência nacional de fortalecimento da cena independente. Mais do que propriamente estimular uma competição saudável e oferecer reconhecimento às bandas, lojas, selos e veículos de comunicação que, segundo o público, vem mostrando serviço e fazendo um pouco mais para o rock baiano, o Prêmio serviu para ajudar a impulsionar a ?cena?, que apesar de crescente, ainda tem muito que se expandir.
Agradecimentos à comissão de jurados da pré-seleção, e principalmente àqueles que, através de cada voto, ajudaram a tornar esse prêmio possível. Parabéns a todos os indicados e não-indicados pelo trabalho. Ano que vem tem mais.
RESULTADOS
Bandas
The Honkers: 24%
Ronei Jorge e os Ladrões de Bicicleta: 24%
Cascadura: 19%
Los Canos: 18%
Retrofoguetes: 15%
Banda ao Vivo
The Honkers: 35%
Ronei Jorge e os Ladrões de Bicicleta: 28%
Retrofoguetes: 20%
Nancyta e os Grazzers: 13%
Sangria: 4%
Revelação
Cissa Guimarães: 24%
Sangria: 22%
Little Bell for Sing: 20%
Teatro de Seraphin: 20%
A Sangue Frio: 14%
CD
Ativar Retrofoguetes - Retrofoguetes: 32%
Vivendo em Grande Estilo - Cascadura: 31%
Basquete - Cissa Gumarães: 16%
Histórias sem Meio, Começo e Fim - Brinde: 14%
Macaca - Guizzzmo: 7%
EP
A Dois - Ronei Jorge e os Ladrões de Bicicleta: 40%
O Natal do Retrofoguetes - Retrofoguetes: 24%
Tudo que Você me Disse - A Grande Abóbora: 15%
Dentro de Você - Vinil69: 11%
Sangria - Sangria: 10%
Banda do Interior
Declinium: 27%
Ácaros I.P.A: 24%
Ardefeto: 20%
A Fábrica: 17%
Reason: 12%
Banda visitante:
Autoramas: 42%
Forgotten Boys: 27%
Pelvs: 11%
Marco Butcher: 10%
Vamoz: 10%
Selo
Bigbross: 48%
Frangote: 20%
Maniac: 15%
Estopim: 12%
Divino Tape: 5%
Espaço para Shows
Calypso: 45%
Tapioca: 20%
Idearium: 16%
Clube de Engenharia (Pop Dance): 10%
Tangolomango: 9%
Imprensa
Bahia Rock: 61%
Dez!: 11%
el Cabong 10%
blog Rock Loco: 10%
Claque: 8%
Veículo
Curto Circuito: 27%
Soterópolis: 26%
Rock Loco: 21%
Punkada: 18%
Todos os Tons: 8%
Loja
São Rock: 51%
Berinjela: 23%
Maniac: 11%
Pérola Negra: 9%
Ajuda 39: 6%
Eventos
Admirável Rock Novo: 41%
Matinês da São Rock: 22%
Conquista Rock Festival: 18%
Big Hits: 13%
Soterock: 6%
Os resultados completos podem ser conferidos também no endereço:
http://premiorockba.v10.com.br/Visite o site do Nordeste Independente: http://nordesteindependente.oktiva.net Para se inscrever mande mail paranordeste-independente-subscribe@yahoogroups.com Para sair mande mail paranordeste-independente-unsubscribe@yahoogroups.com Qualquer dúvida: lubmatos@pop.com.br
sexta-feira, março 11, 2005
ROZENDO LOYOLA, TATUADOR E GUITARRISTA NA EUROPA, NO PROGRAMA DE HJ
O programa de hoje, sexta 11 de março, contará ainda com dois convidados ilustres: Rozendo Loyola e Lory Bruno, ele, brasileiro morando na Itália desde 1991 e ela, italiana casada com ele. Ambos guitarristas da banda ultra heavy W.O.M.P. (Watts Of Music Power), uma das mais respeitadas do circuito do metal underground daquele país. Além de exímio guitarrista, Rozendo é hj um dos tatuadores mais conceituados e requisitados da Europa (é sério, porra, não riam!) e nesse programa a gente vai falar sobre tudo isso. Tentem ouvir, se puderem.
quarta-feira, março 09, 2005
QUANDO ESTOU TÃO PERTO DE VOCÊ TUDO PARECE ACONTECER
Senta que lá vem história.
Tem uma coisa engraçada que eu queria entender melhor, quem acompanha o Rock Loco (o blog) sabe que eu ando meio desatualizado por aqui, só abro (o blog!) uma ou duas vezes por semana e sempre com pressa. E também não acompanho o Mercadão (pra quem é de fora ou não conhece, a principal lista de discussão do rock baiano) faz uns 5 anos, no mínimo. Então, como vocês podem ver, eu ando mais por fora que umbigo de vedete. E eu ando notando umas discussões diferentes, umas patrulhas ideológicas meio esquisitas nos blogs que meu parco tempo a surfar na rede me permite conferir, no caso, o próprio Rock Loco e o blog brother Clash City Rockers.
Primeiramente, essa discussão sobre Armandinho, que alguém que não tem coragem de se identificar, provavelmente com medo da surra que vai levar dos malhados integrantes do Rock Loco, insiste em continuar. Na moral, o que é que o Rock Loco tem a ver com Armandinho? Alguém aqui o agencia? Alguém aqui dá dinheiro pra ele?
Ó, Armandinho não trabalha com a gente, não. Não faz nem free lance.
Eu até simpatizo com ele e tenho muita saudade dos carnavais de minha infância na década de 70, quando o mestre da guitarra baiana era o que a Ivete Sangalo é hoje. Sim, companheiros: para desgosto dos patrulheiros ideológicos de plantão, devo confessar que meu ser se sensibiliza de forma deveras emotiva quando Rogério Big Brother fecha seu set com aquelas melodiosas e balançadas canções dos carnavais de outrora, que mágica boa, meu amor cadê você, olê, olê, olê olá?!?.
Como tudo o que é bom (ou que me parecia bastante bom à época) um dia acaba, um dia inventaram uma tal de axé music que veio, para usar uma palavra da moda, que nem uma tsunami e afogou todo aquele clima quase inocente (ou que me parecia bastante inocente à época), levando Armandinho, Dodô, Osmar, o trio elétrico, os bailes de clube, o confete, a serpentina, as bandinhas de sopro, as marchinhas, a máscara negra, o pierrot, a colombina e aquela porra toda pro mar de mediocridade que se tornou o mainstream baiano.
Sim, Armandinho teve de se curvar aos novos reis e rainhas do carnaval que vieram com todo aquele sistema sócio-político-cultural já prontinho, enfiou a guitarra baiana no saco e quase desapareceu. É possível (e agora eu estou sendo bem irresponsável como jornalista) que ele tenha de ter se adaptado à nova situação até por uma questão de sobrevivência. Por ser o precursor natural do que veio depois, é absolutamente natural que seus sucedâneos o homenageiem, até porque, puta que pariu, o pai do cara inventou essa porra! Sim, é óbvio e natural que ele se associe ao mainstream reinante e fique com as migalhas que lhe são concedidas.
Atenção: não estou fazendo o advogado do diabo aqui, não defendo de forma alguma esse tipo de atitude ou o caminho que ele tomou. Mas nem por isso pretendo julga-lo. Quem sou eu?
Ainda assim, quando o Retrofoguete Morotó Slim o aponta como uma de suas principais influências, isso me parece perfeitamente razoável. Somos da mesma geração, então Morotó cresceu ouvindo-o tocar (com as lembranças daqueles carnavais de quando isso era coisa de baiano pra baiano), e se não me engano, parece que ainda tem alguma aproximação com ele, pois alguns anos atrás ele me falou que o conhecia e até o imitou falando, com toda aquela malemolência que tanto incomoda nosso amigo anônimo.
E por que incomoda? Bom, essa é minha pergunta, que alguém aí deve saber responder. E eu acho que qualquer um tem todo o direito de se incomodar com a falta de atitude e a postura política do guitarrista, mas o que eu não posso aceitar é patrulha ideológica aqui nesse orgulhoso instrumento da imprensa livre e nanica.
"Sujar minha biografia"... Pra cima de muá?... Fala sério.
Ah! A outra coisa. No Clash City Rockers já vi duas vezes alguém negando que o rock baiano teria nascido com a Úteros em Fúria. A primeira foi Marcos e a outra (se não me engano) em um comment, foi Cândido, o bom e velho Nariga, ambos da Theatro de Seraphin.
Como eu já disse, eu ando meio desatualizado nas discussões do rock, mas essa eu preciso saber exatamente: quem foi a anta que falou TAMANHO DESPAUTÉRIO? Foi no Mercadão? Alguma outra lista? Deve ter sido algum guri de treze anos, ainda que eu duvide muito que algum guri de treze anos já tenha sequer ouvido falar em Úteros em Fúria. Bom, em caso de dúvida da paternidade do rock baiano, sugiro fazer o teste do DNA ouvindo toda a obra de Raul Seixas antes de qualquer coisa.
Falando sério, se é que isso é possível, se a Úteros tem algum mérito ? além do musical ? foi o de ter chegado ? metendo o pé na porta, diga-se ? em 1991 já com a cara dos anos 90. Já em 1991, eles estavam prontos pra década, perfeitamente sintonizados com o que seria a cara do rock naquela primeira metade dos anos 90. Se o Camisa de Vênus teve o mérito de inaugurar os anos 80 e abriu caminho para que toda uma cena tentasse se estabelecer, acho que é bem justo dizer que a Úteros fez o mesmo dez anos depois. Não estou aqui discutindo estética e atribuindo juízos de valor, e sim, relevância histórica.
No seu texto no Clash City Rockers, Marcos exalta uma cena que lutou bravamente, e que tinha talento, sim, concordo. Eu mesmo gostava de quase todas aquelas bandas, assisti shows de algumas delas (14º Andar, principalmente) e não raro, me deliciava quando conseguia ouvir no rádio alguma rara canção daquela safra (lembro com especial carinho de um hit do Utopia, que o refrão fazia assim: quando estou / tão perto de você / tudo parece acontecer, do Rock Conexão Bahia, mesmo).
Porém, salvo engano de minha parte (e isso é sempre uma possibilidade, acreditem), essa foi uma geração que não soube fazer a transição para os anos 90. Ou nem sequer tentou, sei lá. Talvez isso seja assunto para um outro texto do próprio Marcos. É de se pensar como teriam sido os anos 90 por aqui se bandas como Ramal 12, Elite Marginal, Lavagem Cerebral, Treblinka e Moisés Ramsés e os Hebreus tivessem persistido mais.
Mas o mérito dessas bandas ninguém tira. Os anos 80 foram deles, assim como os 90 foram da Úteros, do Cascadura, dos Billies, da brincando...
Se alguém aí ainda tem alguma dúvida quanto ao papel da Úteros na saga do rock baiano, sugiro (agora deixa eu fazer meu comercial) procurar na videoteca da Faculdade de Comunicação da UFBA o documentário Úteros em Fúria, uma vídeobiografia, que foi meu projeto de conclusão de curso, realizado no longínquo ano de 2000. Na época, a banca examinadora o classificou como "longo (tem quase uma hora), chato e arrastado". Na época, eu também pensei assim. Mas hoje, depois que Sora Maia o assistiu e me fez vê-lo com outros olhos, eu nem acho tão ruim assim, apesar de suas (muitas) deficiências técnicas.
Olha, até que dá um caldo. Modéstia à parte, por favor.
Tem uma coisa engraçada que eu queria entender melhor, quem acompanha o Rock Loco (o blog) sabe que eu ando meio desatualizado por aqui, só abro (o blog!) uma ou duas vezes por semana e sempre com pressa. E também não acompanho o Mercadão (pra quem é de fora ou não conhece, a principal lista de discussão do rock baiano) faz uns 5 anos, no mínimo. Então, como vocês podem ver, eu ando mais por fora que umbigo de vedete. E eu ando notando umas discussões diferentes, umas patrulhas ideológicas meio esquisitas nos blogs que meu parco tempo a surfar na rede me permite conferir, no caso, o próprio Rock Loco e o blog brother Clash City Rockers.
Primeiramente, essa discussão sobre Armandinho, que alguém que não tem coragem de se identificar, provavelmente com medo da surra que vai levar dos malhados integrantes do Rock Loco, insiste em continuar. Na moral, o que é que o Rock Loco tem a ver com Armandinho? Alguém aqui o agencia? Alguém aqui dá dinheiro pra ele?
Ó, Armandinho não trabalha com a gente, não. Não faz nem free lance.
Eu até simpatizo com ele e tenho muita saudade dos carnavais de minha infância na década de 70, quando o mestre da guitarra baiana era o que a Ivete Sangalo é hoje. Sim, companheiros: para desgosto dos patrulheiros ideológicos de plantão, devo confessar que meu ser se sensibiliza de forma deveras emotiva quando Rogério Big Brother fecha seu set com aquelas melodiosas e balançadas canções dos carnavais de outrora, que mágica boa, meu amor cadê você, olê, olê, olê olá?!?.
Como tudo o que é bom (ou que me parecia bastante bom à época) um dia acaba, um dia inventaram uma tal de axé music que veio, para usar uma palavra da moda, que nem uma tsunami e afogou todo aquele clima quase inocente (ou que me parecia bastante inocente à época), levando Armandinho, Dodô, Osmar, o trio elétrico, os bailes de clube, o confete, a serpentina, as bandinhas de sopro, as marchinhas, a máscara negra, o pierrot, a colombina e aquela porra toda pro mar de mediocridade que se tornou o mainstream baiano.
Sim, Armandinho teve de se curvar aos novos reis e rainhas do carnaval que vieram com todo aquele sistema sócio-político-cultural já prontinho, enfiou a guitarra baiana no saco e quase desapareceu. É possível (e agora eu estou sendo bem irresponsável como jornalista) que ele tenha de ter se adaptado à nova situação até por uma questão de sobrevivência. Por ser o precursor natural do que veio depois, é absolutamente natural que seus sucedâneos o homenageiem, até porque, puta que pariu, o pai do cara inventou essa porra! Sim, é óbvio e natural que ele se associe ao mainstream reinante e fique com as migalhas que lhe são concedidas.
Atenção: não estou fazendo o advogado do diabo aqui, não defendo de forma alguma esse tipo de atitude ou o caminho que ele tomou. Mas nem por isso pretendo julga-lo. Quem sou eu?
Ainda assim, quando o Retrofoguete Morotó Slim o aponta como uma de suas principais influências, isso me parece perfeitamente razoável. Somos da mesma geração, então Morotó cresceu ouvindo-o tocar (com as lembranças daqueles carnavais de quando isso era coisa de baiano pra baiano), e se não me engano, parece que ainda tem alguma aproximação com ele, pois alguns anos atrás ele me falou que o conhecia e até o imitou falando, com toda aquela malemolência que tanto incomoda nosso amigo anônimo.
E por que incomoda? Bom, essa é minha pergunta, que alguém aí deve saber responder. E eu acho que qualquer um tem todo o direito de se incomodar com a falta de atitude e a postura política do guitarrista, mas o que eu não posso aceitar é patrulha ideológica aqui nesse orgulhoso instrumento da imprensa livre e nanica.
"Sujar minha biografia"... Pra cima de muá?... Fala sério.
Ah! A outra coisa. No Clash City Rockers já vi duas vezes alguém negando que o rock baiano teria nascido com a Úteros em Fúria. A primeira foi Marcos e a outra (se não me engano) em um comment, foi Cândido, o bom e velho Nariga, ambos da Theatro de Seraphin.
Como eu já disse, eu ando meio desatualizado nas discussões do rock, mas essa eu preciso saber exatamente: quem foi a anta que falou TAMANHO DESPAUTÉRIO? Foi no Mercadão? Alguma outra lista? Deve ter sido algum guri de treze anos, ainda que eu duvide muito que algum guri de treze anos já tenha sequer ouvido falar em Úteros em Fúria. Bom, em caso de dúvida da paternidade do rock baiano, sugiro fazer o teste do DNA ouvindo toda a obra de Raul Seixas antes de qualquer coisa.
Falando sério, se é que isso é possível, se a Úteros tem algum mérito ? além do musical ? foi o de ter chegado ? metendo o pé na porta, diga-se ? em 1991 já com a cara dos anos 90. Já em 1991, eles estavam prontos pra década, perfeitamente sintonizados com o que seria a cara do rock naquela primeira metade dos anos 90. Se o Camisa de Vênus teve o mérito de inaugurar os anos 80 e abriu caminho para que toda uma cena tentasse se estabelecer, acho que é bem justo dizer que a Úteros fez o mesmo dez anos depois. Não estou aqui discutindo estética e atribuindo juízos de valor, e sim, relevância histórica.
No seu texto no Clash City Rockers, Marcos exalta uma cena que lutou bravamente, e que tinha talento, sim, concordo. Eu mesmo gostava de quase todas aquelas bandas, assisti shows de algumas delas (14º Andar, principalmente) e não raro, me deliciava quando conseguia ouvir no rádio alguma rara canção daquela safra (lembro com especial carinho de um hit do Utopia, que o refrão fazia assim: quando estou / tão perto de você / tudo parece acontecer, do Rock Conexão Bahia, mesmo).
Porém, salvo engano de minha parte (e isso é sempre uma possibilidade, acreditem), essa foi uma geração que não soube fazer a transição para os anos 90. Ou nem sequer tentou, sei lá. Talvez isso seja assunto para um outro texto do próprio Marcos. É de se pensar como teriam sido os anos 90 por aqui se bandas como Ramal 12, Elite Marginal, Lavagem Cerebral, Treblinka e Moisés Ramsés e os Hebreus tivessem persistido mais.
Mas o mérito dessas bandas ninguém tira. Os anos 80 foram deles, assim como os 90 foram da Úteros, do Cascadura, dos Billies, da brincando...
Se alguém aí ainda tem alguma dúvida quanto ao papel da Úteros na saga do rock baiano, sugiro (agora deixa eu fazer meu comercial) procurar na videoteca da Faculdade de Comunicação da UFBA o documentário Úteros em Fúria, uma vídeobiografia, que foi meu projeto de conclusão de curso, realizado no longínquo ano de 2000. Na época, a banca examinadora o classificou como "longo (tem quase uma hora), chato e arrastado". Na época, eu também pensei assim. Mas hoje, depois que Sora Maia o assistiu e me fez vê-lo com outros olhos, eu nem acho tão ruim assim, apesar de suas (muitas) deficiências técnicas.
Olha, até que dá um caldo. Modéstia à parte, por favor.
domingo, março 06, 2005
O Eterno Retorno
-È sério, confirmando um post meu anterior, 2005 promete ser o ano dos retornos no rock. A ultima de todas, pelo menos para mim, é o retorno do BIG STAR! Confirmadissimo, no meio do ano " a maior banda cult do mundo", segundo a Uncut, lança um novo disco com material inedito, o primeiro desde 3rd/ Sister Lovers, de 1975. O disco, que já está pronto e está nos estagios finais de mixagem, ainda não tem titulo . O Estrelão, como diria Cebola, teve seu line-up aumentado por Ken Stringfellow e Jon Auer , aqueles mesmos que eram (são?) dos Posies. Tô lendo umas coisas sobre o Estrelão e em breve posto mais algumas coisas sobre os caras.
- Continuando o capitulo sobre ressurreições o novo do Gang of Four terá regravações de velhos classicos e remixes com bandas e filhotes convidados, como o pessoal do Bloc Party.
- O caso do Queen é mais estranho ainda, Paul Rodgers, que já adiantou que não vai usar "Freddie Wear", vai cantar classicos da banda e , surpresa, classicos do Free tambem. Segundo Brian May, o Free era uma das bandas que o Queen mais admirava no inicio da carreira.
- Os ex-Suede Brett Anderson e Bernard Butler usam estrategia diferente, voltaram sim, mas sob a alcunha The Tears.
-Num departamento um pouco diferente, mas dentro da mesma filosofia, começam este ano as filmagens sobre o vida de Ian Curtis, baseado nas memorias da viuva Deborah Curtis, "Touching From a Distance".. O produtor executivo é ninguem menos que Tony Wilson, que é odiado pelos sobreviventes New Order, e o diretor seráo aclamado fotografo Anton Corbijn, que fará seu debut em direção.
-Volta tambem o Wah! de Pete Wylie, contemporaneo dos Bunnymen e do Teardrop Explodes de Julian Cope na cena dos 80 em Liverpool.A banda era uma merda, mais o cara é o maior figuraça, e segundo o proprio se Morrisey pode fazer seu retorno, ele tambem pode.
- Por ultimo, numa fantastica entrevista na Mojo do mês passado, Marrianne Faithful, entre outras revelações fantasticas, revela que um até então agente dela foi sondado pela fabricante de chocolate Mars para fazer propaganda do mesmo. E daí? E daí que uma das maiores lendas do rock reza que quandos os Stones Jagger e Richards foram presos em 1968 na casa do ultimo em meio a que a imprensa da epoca chamou de orgia de sexo e drogas, as reportagens se referiam a uma bela loura envolta em um casaco de peles, sem nada por baixo e com uma barra de chocolate enfiada na vagina( a tal da mars bar). Marrianne era casada com Jagger na epoca e estava na festinha, Ela nega tudo, a orgia e o chocolate, e eu acredito nela, ela é do tipo que não foge do pau( epa!). Ela mandou a Mars tomar no cú e demitiu o agente no ato.Grande Dama.
- Continuando o capitulo sobre ressurreições o novo do Gang of Four terá regravações de velhos classicos e remixes com bandas e filhotes convidados, como o pessoal do Bloc Party.
- O caso do Queen é mais estranho ainda, Paul Rodgers, que já adiantou que não vai usar "Freddie Wear", vai cantar classicos da banda e , surpresa, classicos do Free tambem. Segundo Brian May, o Free era uma das bandas que o Queen mais admirava no inicio da carreira.
- Os ex-Suede Brett Anderson e Bernard Butler usam estrategia diferente, voltaram sim, mas sob a alcunha The Tears.
-Num departamento um pouco diferente, mas dentro da mesma filosofia, começam este ano as filmagens sobre o vida de Ian Curtis, baseado nas memorias da viuva Deborah Curtis, "Touching From a Distance".. O produtor executivo é ninguem menos que Tony Wilson, que é odiado pelos sobreviventes New Order, e o diretor seráo aclamado fotografo Anton Corbijn, que fará seu debut em direção.
-Volta tambem o Wah! de Pete Wylie, contemporaneo dos Bunnymen e do Teardrop Explodes de Julian Cope na cena dos 80 em Liverpool.A banda era uma merda, mais o cara é o maior figuraça, e segundo o proprio se Morrisey pode fazer seu retorno, ele tambem pode.
- Por ultimo, numa fantastica entrevista na Mojo do mês passado, Marrianne Faithful, entre outras revelações fantasticas, revela que um até então agente dela foi sondado pela fabricante de chocolate Mars para fazer propaganda do mesmo. E daí? E daí que uma das maiores lendas do rock reza que quandos os Stones Jagger e Richards foram presos em 1968 na casa do ultimo em meio a que a imprensa da epoca chamou de orgia de sexo e drogas, as reportagens se referiam a uma bela loura envolta em um casaco de peles, sem nada por baixo e com uma barra de chocolate enfiada na vagina( a tal da mars bar). Marrianne era casada com Jagger na epoca e estava na festinha, Ela nega tudo, a orgia e o chocolate, e eu acredito nela, ela é do tipo que não foge do pau( epa!). Ela mandou a Mars tomar no cú e demitiu o agente no ato.Grande Dama.