Sim, eu fui naquele festivalzinho mala no sábado e valeu a night. Negócio seguinte: acabei de sair de um tratamento de canal e tô me sentindo tão bem, que não reparem não, mas vou passar logo para uma breve resenha de cada apresentação da Noite Deck Disc.
LUDOV: A despeito dos esforços da carismática vocalista Vanessa Krongold, que corria para lá e para cá e se esgoelava para se fazer ouvir (o som estava bem baixo para as três primeiras atrações, ou foi impressão minha?) o Ludov só ensaiou levantar a galera com o hit da MTV, Princesa. O desconhecimento do repertório da banda pela imensa maioria do público, o som baixo e a enormidade do palco Arena Motomix prejudicaram o Ludov, que não empolgou nem aqueles que a vêem com bons olhos, como o papai aqui. Talvez eu esteja falando merda, mas acho que Vanessa e sua gangue fariam mais bonito tocando em um palco menor (como o Tapioca, daqui de SSa), e para o seu próprio público, não aquela coisa pulverizada de festival. Mas valeu para um primeiro contato. Esperemos o cd novo que sairá pela Deck e os próximos shows.
GRAM: Como já disse o bróder Luciano, o melhor show do festival. Com um repertório claramente superior ao da banda anterior, o Gram se mostrou uma banda afiadíssima e encantou até os incrédulos. Levantou a galera com Você pode ir na janela, e fez um show de gente grande, com execuções irrepreensíveis, no quilo, das músicas do seu primeiro disco. Teve até Across the universe, dos Beatles, linda. Nesse caso, deu vontade de vê-los na Concha. Danem-se os Los Hermanos. Esses meninos têm personalidade própria e ainda vão longe.
BLACK ALIEN: Respeito o trabalho desse cara, mas não tenho mais saco pra rap e hip hop. Pausa para ir ao banheiro, tomar (mais) umas cervas e para aquelas rodinhas amigas em locais mais tranqüilos.
MATANZA: grande show, multidão enlouquecida, seqüência de porradas na orelha. É uma banda de metal. Ao vivo, quase todas as músicas se resumem àquela batida páco-páco-páco-páco acelerada que a gente acha o máximo quando tem 16 anos. Isso, para mim, entedia um pouco. Mas curti uma boa parte do show, até por que já tava bebão, mesmo. Pé na porta, soco na cara foi ducaralho, assim como Bom é quando faz mal e uma ou outra que fugia daquela batida repetitiva. Agora, por que diabos eles não tocaram Maldito hippie sujo, uma das melhores músicas do seu repertório?
DEAD FISH: só prestei atenção na hora do hit Você, que de tanto ouvir na Brasil 2000, acabei gostando. O povão se amarrou o tempo todo e abriu enormes rodas de pogo (a exemplo do que já havia ocorrido no show do Matanza). Não gosto de hardcore melódico, apesar de admitir que essa banda é bem melhor que a insuportável CPM22. Mas àquela hora da night e bêbado que nem um gambá, não há quem agüente aquela choradeira. Desta forma, cedi aos apelos de minha paciente e esgotada companheira e se mandamos daquele hospício.
Saldo da noite: empatado em 2,5 a 2,5. Gram e Matanza marcando a favor, Ludov marcando meio ponto pra lá e pra cá e Black Alien e Dead Fish como bolas fora. Entenderam? Senão eu posso repetir.
Blog (que, nos seus primórdios, entre 2004-05, foi de um programa de rádio) sobre rock e cultura pop. Hoje é o blog de Chico Castro Jr., jornalista formado pela Faculdade de Comunicação da Universidade Federal da Bahia. Atualmente, é repórter do Caderno 2+ do jornal A Tarde, no qual algumas das matérias vistas aqui foram anteriormente publicadas. Assina a coluna Coletânea, dedicada à música independente baiana. Nossa base é Salvador, Bahia, a cidade do axé, a cidade do terror.
Um comentário:
Tb fui ao festival no sãbado para noite deck. Decepção. Ludov, não existe. O Gram de tão tristinho merecem doses de estricnina com baygon. Black alien com aquele rap q já encheu o saco. Dead Fish = CPM 22 = Detonautas.
Matanza clichê cara de mau, biriteiro visual hippie cabeludo. Enfim muito hype pouco rock.
Gustavo Mendes
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