OU: NOTAS ALEATÓRIAS E LIGEIRAS DE INTERESSE MÍNIMO
Vai um acústicuzinho aí? - Mês que vem, cinco bandas do prolífico (e sempre vale lembrar, auto-suficiente) cenário do rock gaúcho vão gravar um programa / cd / dvd acústico para a MTV. Pelo jeito, ainda não se sabe o nome do projeto (Acústico MTV Gauchada Insana?), mas é importante notar que o nosso herói Wander Wildner está incluído na empreitada. Além dele, participam tb as bandas Ultramen, Cachorro Grande e Bidê ou Balde. Bom, pelo menos ¾ do programa deverá ser assistível, por que esse Ultramen aí, pra mim não cheira nem fede (minto: qualquer banda que ainda recorra à surrada fórmula rap + rock pesado fede pra caralho). As gravações acontecerão em São Paulo, nos dias 26 e 27 de fevereiro. E com fé, não impedirão a já anunciada vinda de Wander à Salvador nesse mesmo mês. E tomara que seja bom pra carreira do bardo punk brega participar desse programa. Mais conhecido, pelo menos ele deve ficar, já que esses acústicos costumam vender que nem água. A pergunta que não quer calar, porém, é uma só: ALGUÉM AÍ PRECISA DE MAIS UM DISCO ACÚSTICO?
Vai um vinhozinho aí? - Quem se lembra do hit bacana No rain, do Blind Melon, banda cujo vocalista gostava de se apresentar de vestido e morreu de overdose de herô em meados da década de 90? A música, que fez bastante sucesso em 1993 (disputando as paradas com a insuportável Whats going on do 4Non Blondes), está na trilha do filme Sideways - Entre umas e outras, que devido ao enorme sucesso nos EUA teve sua estréia antecipada aqui no Brasil, para 4 de fevereiro. O filme é do diretor Alexander Payne, o mesmo dos ótimos As confissões de Schmidt e Eleição (essa pérola foi solenemente ignorada no Brasil e junta poeira nas prateleiras das locadoras), e conta a história de dois amigos que partem em uma viagem de degustação de vinhos (nada mal...). Diz que o filme é tão bacana que ganhou os Globos de Ouro de Melhor Filme Comédia ou Musical e Melhor Roteiro. Quer dizer, eu estou supondo que o filme é mesmo bom, a partir do antecedentes de seu diretor. A conferir, depois da folia momesca.
Vai um fumettizinho aí? - A gigante editora italiana de quadrinhos (fumetti, ma che!) Bonelli Editore sempre teve ótima penetração (opa) no Brasil. Tex, o corajoso ranger do velho oeste, era a leitura número um dos porteiros de edifício e vigias noturnos quando eu era menino pequeno (lá em Barbacena). Hoje, o preço dessas revistinhas já não é tão convidativo para essa parcela da população, mas a difusão da indústria dos quadrinhos italianos no Brasil continua de vento em popa com o monopólio da Mythos Editora, que publica vários títulos mensais daquela casa editorial. Para quem, assim como eu, não acompanha esse universo específico do mundo das hqs, mas nutre uma certa simpatia pela sua forma simples e eficiente de entretenimento, vale a pena esperar para conferir o almanaque Seleção Tex e os Aventureiros, que reúne em uma só revista, várias historinhas curtas de diversos personagens da editora, como o já citado Tex, Nathan Never, Zagor, Mister No, Martin Mystère, Dylan Dog e Nick Raider. Em fevereiro nas bancas, no formato original italiano (16 x 21 cm).
Vai um cadáverzinho aí? - Essa é demais. Rita Marley, viúva (ela e a torcida do Flamengo) do Bob, vai exumar o corpo do ídolo para enterrar de novo na Etiópia. Saca só a justificativa (pescada do Omelete) da senhora Marley (que não deve ter muito o que fazer no seu dia a dia): "toda a vida de Bob foi voltada à Africa, não à Jamaica. Como alguém pode trocar um continente por uma ilha? Ele tem o direito de ter seus restos mortais em um lugar onde gostaria. Essa foi sua missão e a Etiópia será seu local de descanso espiritual", afirmou. Hum, humm. Certo. Agora morda aqui o meu dedo pra ver se sai coca-cola, morda. É óbvio que deve ter algum interesse escuso na jogada. Só não sabemos ainda qual é. Fiquemos ligados.
Vai uma camisa preta aí? - Bandas decadentes de metal da década de 80 são sempre bem-vindas ao Terceiro Mundo. Vamos todos então ao show do Sodom e Nuclear Assault, que tocarão em fevereiro em Porto Alegre, BH, Brasília e SP. Só faltou o Rock in Rio Café Salvador. Ainda dá tempo, não duvide.
Vai uma balinha aí? - A bala Supra Sumo, um verdadeiro clássico das bombonieres brasileiras voltou ao mercado em grande estilo e nova versão, novos sabores e campanha milionária com astros de novela chupando (opa) e achando gostoso (tb com o cachê que eles devem ganhar pra um quase nada de trabalho, até eu). Agora só faltam as balas Juquinha e Apache. PS: Lembro inclusive que essas balas foram eternizadas pelo Casseta & Planeta em seu primeiro disco, o clássico Preto com um buraco no meio, em um punk rock que dizia assim (com sotaque de punk paulista): "sou um jovem adolescente / na sociedade de consumo / bala juquinha / e supra sumo". Isso era o que havia em 1988.
ssensssassiosnalsss...
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