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segunda-feira, dezembro 20, 2004

Once there was this friend of mine who died a thousand deaths

Aqui no Brasil, a grande mídia não gosta de rock. Ela o tolera, finje que gosta e até mesmo o acolhe em momentos de entressafra. Mas a verdade é que os grandes meios de comunicação não gostam do rock de verdade. O rock de verdade é barulhento, estridente. É sujo. É perigoso. Para essa turma, os principais representantes do rock costumam ser imprevisíveis, loucos furiosos cujo combustível é a confusão, a desordem, a contestação do status quo vigente e, principalmente, as drogas.

E é essa faceta da mídia que fica bem evidente quando uma tragédia como o assassinato de Dimebag Darrel, o guitarrista do Pantera, ocorre. E é sobre essa cobertura tendenciosa e preconceituosa, especialmente da Rede Globo, que o cozinheiro do Omelete Rodrigo "Piolho" Monteiro escreveu um belo manifesto em sua coluna Piolhices e afins. Dá um clique aí que tá bala o texto.

Ainda a propósito do tema, quem não se lembra da mesma Rede Globo deplorando o estado (e o comportamento escroto) de Kurt Cobain no inesquecível Hollywood Rock de 1993? E algum tempo depois, quando o pobre coitado estourou os miolos? No Jornal Nacional eles até reprisaram os melhores momentos do show do Nirvana no Rio. Ainda me lembro da voz solene de Pedro Bial sobre as imagens de Kurt de vestido, engatinhando no palco: "sofrendo os efeitos da síndrome de abstinência, Kurt Cobain proporcionou um triste espetáculo aos seus fãs no Brasil", ou algo assim. Pesquisando, dava para escrever um livro inteiro sobre o assunto.

E na terra do Psirico, então? Ah, deixa pra lá...

MAS QUE COINCIDÊNCIA - Hoje é segunda. E o Vitória também. Bem-vindos, companheiros.

ENTÃO É NATAL - Tudo pronto pra festa Rock Loco Ho Ho Ho (adorei esse nome). Para ver o flyer da puteira vá no novo blog do companheiro Rogério Big Brother, que fica aqui. Ainda não sei se já conseguiram convencer Big a envergar o manto do bom velhinho, mas com Papai Noel ou não, essa é grande pedida da semana. Eu quero é mais.

SOTERO CITY CALLING - O movimento de músicos e jornalistas soteropolitanos em prol do rock (seja ele daqui, de lá ou de qualquer lugar) ganha mais um importante instrumento de divulgação e por que não, mais uma trincheira de batalha. O jornalista Cláudio (Esc) Moreira (foi mal, Ana Cláudia, não dá para evitar) e o músico Marcos Rodrigues (Theatro de Seraphin), veteranos roqueiros e frequentadores da cena underground local acabaram de colocar no ar seu Clash City Rockers, blog que promete ser um dos mais inteligentes e ativos centros de divulgação e discussão das cenas local, nacional, internacional e por que não, intergalácticas. Além de Claúdio e Marcos, o Clash City Rockers ainda conta com colaboradores do quilate de Miguel Cordeiro,
Fernando Ribeiro e Sérgio 'Cebola' Martinez
. É visitar, adicionar aos favoritos e acompanhar. Força, seus malucos.

POR FALAR EM CEBOLA - Comigo é assim: Cebola pediu, eu faço. Menos beijo na boca, claro. Bom: ó o recado que o veterano rocker, baixista e vocalista da Tequilers, mandou pras nossas centenas de quaquilhões de leitores:
Irmãos. Haverá amanhã, a partir das 7:00, uma congregação ecumênica reunindo fãs ou desafetos dos Beatles na companhia da pizza no rio vermelho. É grátis ( os shows, não as pizzas ), e teremos diversas
atrações divertidas para animar a festa. Entre elas estará a Tequilers, banda que conta com o midiático Eduardo Bastos, o tecladista misterioso Fernando, o Vocal e baixo narigudo cebola (cebola, não o baixo ) e o fabuloso baterista e gatinho Dantas. Tocaremos três fantásticas canções do repertório da supracitada banda ( Beatles, não tequilers ) e tentaremos ao máximo não ofender o público e os transeuntes ( é na calçada ). Compareçam, comprem uma pizza, e guardem as bordas para os Tequilers.
inté, cebola.

2 comentários:

  1. Fui lá no Clash City Rockers(nome do caralho!) e fico feliz que aos poucos as pessoas começam a se movimentar e os blogs começam a pipocar,já temos Big Bross,El Cabong, nosostros, o Clash, tem o do Declinium, Bahia Rock, Claque, só pra citar alguns .Não é nada, não é nada, mas já é alguma coisa.

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  2. A verdade é que nosso anti-herói Cláudio Moreira é um expert em rock n roll, tanto na história como na sonoridade. E isso sem ser um músico.


    Ele merece um troféu Sharp de jornalismo.


    E é corajoso o bastante para gritar "CLONAGEM!" num show da brincando de deus lotado de clones de Ian Curtis.

    Ele não se curva a ninguém.


    Três vivas para Cláudio Moreira (o repórter que não fala besteira).

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