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sexta-feira, outubro 29, 2004

Guitarra na Fogueira: Rodrigo Sputter Chagas

Bom, todo mundo q já ouviu o Rock Loco às sextas, deve ter percebido q uma das grandes influências (para este q vos escreve, pelo menos) é a sensacional dupla Rock Gol da MTV, Paulo Bonfá e Marco Bianchi. Ora, isto posto, devo admitir q o post q ora vossa senhoria lê é uma homenagem ao mais engraçado quadro do supracitado programa: o Bola na Fogueira, a alegria da família brasileira, como alardeiam seus apresentadores. OK, tá bom, homenagem é o caralho: trata-se de uma imitação descarada, isso sim. Mas tb, dane-se: quero mais é me divertir nessa bagaça (e fazer vcs se divertirem tb, claro). E falando em diversão, ninguém melhor para abrir essa nova série de entrevistas do Rock G, ops, Rock Loco, do que ele: o mais beatnik (e talvez um dos mais letrados) dos roqueiros baianos. Ele, cujas papilas gustativas conhecem como ninguém o sabor de um microfone AKG. Ele, que traz em suas cuecas encardidas a marca da feijoada do último domingo: RODRIGO SPUTTER CHAGAS, o EXTRAORDINÁRIO VOCALISTA DA THE HONKERS! (som da multidão delirando: eeeeeeeeeee!...). Bom, é isso: se vc procura uma entrevista séria, onde Sputter fale sobre suas influências, shows, o próximo disco, well... procurou no lugar errado. Só para terminar: se vcs gostarem, se as manifestações nos comments forem positivas, poderemos fazer outras Guitarras na Fogueira para a alegria da família roqueira baiana. Se não, sei lá. Eu invento outra merda depois. Com vcs, Rodrigo Sputter Chagas em: Guitarra na Fogueira.

Rock Loco: Rodrigo Sputter Chagas, mesmo sendo o frontman extraordinário que o senhor é no palco, é duro de agüentar o peso de uma banda tão bem entrosada como os Honkers por trás?

Sputter Chagas: Rapaz o q é feito com carinho e amor sempre é gostoso e rola fácil... Mas Às vezes as coisas são duras e pesadas e o palco arrebenta, vide nosso último show em Aracaju...

Rock Loco: No caso de dificuldades técnicas prejudicarem a performance irretocável da banda, o senhor fica muito, digamos, Sputter da vida no palco?

Sputter Chagas: Nem, porque quando as coisas ficam difíceis jogo as mãos e microfone para os céus e oro para Jah e tudo fica em suas mãos e dreadlocks...

Rock Loco: E no caso de um show em palco grande, digamos que seu baixista (ou guitarrista, tanto faz) saiu passeando e acabou por desplugar o instrumento. O senhor segura no cabo dele, ou deixa onde está?

Sputter Chagas: Eu seguro com carinho e jeitinho e meto o plug no buraco direito para num fazer barulho... E tb quando não guento + eu tiro do buraco bem rápido, pois quando não acaba logo fico cansado..

Rock Loco: É público e notório que o senhor gosta de brincar com o microfone e introduzi-lo nos mais diversos locais. O povo quer saber: o senhor usa gel lubrificante, ou vai no seco mesmo?

Sputter Chagas: Rapá como eu enfio na boca o velho cuspe faz as coisas deslizarem + rapidamente...

Rock Loco: O senhor costuma ficar de cueca no palco. As manchas marrons detectadas em seus fundilhos nos últimos shows são resultado de a) diarréia b) disenteria ou c) falta de papel higiênico em casa?

Sputter Chagas: É um resultado de uma obra sputtônica, num posso revelar o segredo, mas se quiseres posso te emprestar para vc dar uma conferida, quer?

Rock Loco: Uh, não, obrigado. Fica pra próxima. Pra concluir: para o senhor, o que é um Rock Loco? E por favor, deixe uma última palavra aos nossos leitores, milhares deles, seus fãs.

Sputter Chagas: O rock loco é um negoço suíngado e cheio de ginga, suor, microfones nas ancas e muita microfonia - heheehehehe! Em tempo de mortes repentinas essa frase me veio a cabeça: Quando eu morrer só acreditarei na sinceridade de uma homenagem: o agente funerário não cobrar o enterro.

quinta-feira, outubro 28, 2004

Rock 'n' Eclipse

Em noite de eclipse (lunar?) o rock loco desta quarta comprovou a teoria do caos e tumultuou a ordem estelar.Com a participação especialissima de Glauber Guimarães, vulgo Mosca, e de tres Honkers, Dimi, Brust e Bruno, os convidados comandaram sets musicais impecaveis para deleite e descanso de Bigs e Sora(eu cheguei depois).Eu tinha um compromisso,estava na duvida se ia pro rock loco, mas ao ligar a radio e me deparar com o set de Glauber, rumei pra radio.Set composto por blues , soul ,rock'n'roll, unidos por rara sensibilidade e bom gosto. Como disse Bigs, era um rock mais leve que os habituais das quartas, mas era rock.Os Honkers, por sua vez não deixaram a peteca cair, e Dimi e Brust fizeram um set devastador com rock, garage,rockabilly e ainda contaram casos referente ao ataque de estrelismo dos caras dos Los Hermanos no Punka.Coisas do tipo de deixar o finado Freddie Mercury com inveja, com direito a interdição do backstage até Marcelo Camelo sair do camarim até o palco, deixando as outras bandas que a essa altura queriam simplesmente sair dali o quanto antes, retidas nos seus camarins até o Marcelo Mercury,ops, Camelo entrasse no palco, quem diria. Mas voltando ao que interessa , apesar do sinal de radio restrito, o rock loco pouco a pouco esta se transformando na grande referencia rocker da cidade em termos de musica, alem é claro de ponto reunião das bandas locais.Rock'n' eclipse.

terça-feira, outubro 26, 2004

RÁDIOS ROCK DE LUTO: MORRE JOHN PEEL

O homem que botou o Reino Unido (e por tabela, o mundo) para ouvir Sex Pistols, Clash, Smiths, Fall, Jesus and Mary Chain, Pulp, Blur e praticamente tudo o que importa no rock britânico faleceu na cidade de Cuzco, no Peru, onde curtia férias com a esposa. Peel ficou conhecido por ser um DJ q acreditava e dava a maior força às novas bandas e movimentos. Em meados da década de 70, era criticado por seus colegas por dar espaço em sua programação às bandas punk, então consideradas uma moda passageira. Outro grande feito seu foram as famosas Peel Sessions, concertos no estúdio da rádio que acabaram por batizar vários discos de inúmeras bandas que por lá passaram. Peel ainda foi um dos responsáveis pela popularização do reggae e do funk. Bom: ninguém melhor para dar a ficha do homem senão sua própria casa: leiam aqui, no site da BBC em português, o obituário do segundo mais importante radialista do rock. O primeiro, claro, foi o Alan Freed, o homem que na década de 50, batizou a música (e o estilo de vida) que tanto amamos, de rock n roll.
ATUALIZAÇÃO: Conheçam também o site oficial do cara, que é bem recheado de informações. Aproveite e deixe sua própria mensagem de condolências à família, ao povo britânico e ao rock, enfim. Eu, o Jarvis Cocker (Pulp) e o Damon Albarn (Blur) já deixamos as nossas.

Leituras interessantes

--Documentário "Mate Seus Ídolos" investiga as contradições do punk
BRUNO YUTAKA SAITO
da Folha de S.Paulo, de hoje, tá la na ilustrada online e é bastante interessante a bordagem do diretor Scott Crary a uma das correntes musicais do punk, a "no wave" novaiorquina.Muito bom quando ele constata que o punk não era exatamente um genero musical e/ou moda e sim
uma larga ideologia sobre rebelião, insatisfação.

--A materia de capa da inglesa Uncut deste mês, sobre os 25 anos de lançamento do "London Calling" do Clash é um primor de jornalismo musical.Perspectiva historica e admiração sem babação, e um relato do trabalho mais significativo da banda punk mais significativa da historia. Ramones e Sex Pistols são mais importantes pelo aspecto do pionerismo, estetica musical e choque cultural, mais o Clash alargou as fronteiras do punk, dando consistencia ao movimento(epa!), garantintindo sua relevancia e sobrevivencia.

As apostas continuam

A veterana revista Rolling Stone continua sua busca pelo futuro do rock.Sua ultima edição indicam 10 bandas alternativas para ficarmos de olho. Das ultimas listas de 10 bandas, segundo eles proprios, eles acertaram o Yeah Yeah Yeahs, Damien Rice, G-Unit, e Norah Jones(?) . Vamos a ultima incursão dos caras pela futurologia:
1-) My Chemical Romance - emocore mais gritado ainda
2-) The Bravery- Banda new wave, ja na mira de gravadoras
3-) Citizen Cope- nome real Clarence Greenwood, branquelo que funde blues e hip-hop
4-) Fall Out Boy- banda de punk rock de chicago
5-) Psapp- duo ingles que faz eletronica com brinquedos
6-) Skye Sweetnam- ninfeta de 16 aninhos natural do Canada, fazendo rock com atitude. Cuidado Avril!
7-) Rilo Kiley- banda indie de L.A. com influencias folk e baladas.(Essa eu conheço, minha opinião : nada de mais)
8-) The Game- gente de Dr. Dre, gangsta
9-) The Dears- banda de Montreal , que fazem pop epico, quase sinfonico( conheço duas faixas: bem interessante)
10-) Lacuna Coil- banda de goth metal de Milão! essa é inedita, pela primeira vez vejo os americanos indicaram uma banda italiana. Segundo os caras é um Evanescence mais pesado. Olho na vocalista gostosa Cristina Scabia.

Bem é isso , boa pesquisa na net.

segunda-feira, outubro 25, 2004

A VAMOZ! VEIO, VIU E VENCEU

Divertidíssima a entrevista com a galera da Vamoz!, banda recifense de primeira divisão da geração pós-mangue, sexta-feira passada, pouco antes do show que abalou o velho Colapso. Tudo bem q 90% das barbaridades ditas no ar foram provenientes das bocas malignas de Mário Jorge e deste que vos escreve, o que levou Marcelo e Henrique, ambos guitarristas, pasmos, a pedirem penico no estúdio, tal era o fluxo de merda que era dita nos microfones. Acho que eles pensavam que era um programa de rádio caretinha, com locutores profissionais, bem comportados e coisa e tal. Desse jeito, a gente nunca vai ser levado a sério nessa banana. E quer saber? Graças a Deus. Acho que no dia em que começar a se levar a sério demais, o programa acaba.
Bom: entre outros tópicos, debatemos a nova cena recifense de bandas como Vamoz!, Badminton, Rádio de Outono, Superoutro (será q o cineasta baiano Edgard Navarro sabe disso?) entre outras, e como elas estão estabelecendo uma nova ordem no rock pernambucano, já que essa nova geração resolveu rasgar o evangelho Franciscano Science, que rezava o resgate da música regional com a adoção de tambores e percussões, e partiu com vontade para as guitarras sujas do indie rock e letras em inglês, sem medo de ser feliz, nem politicamente incorreto. Segundo Marcelo Gomão, as bandas mais recentes de lá são simplesmente mais livres mesmo para buscar o próprio som e próprio estilo, sem a obrigação de seguir a cartilha manguebeat. O que é ótimo, afinal, o rock não funciona, não desabrocha sem liberdade de expressão. (Inclusive, posso até estar enganado, mas desse jeito, a cena recifense pode acabar ficando parecida com a soteropolitana, que sempre se caracterizou pela diversidade de estilos.) Claro que a mistura de ritmos ainda manda ver na capital pernambucana, Mombojó e Bonsucesso Samba Clube, entre outras, que o digam. Mas já não são mais a regra. Destaque ainda para o papel importantíssimo da cerveja Frevo no desenvolvimento da cena rock recifense. Aliás, por falar em cerveja...
(...)
Pensando bem, depois a gente conta. Quem ouviu o programa sexta já tá ligado.
Aquele abraço para a galera gente fina da Vamoz! (E foi mal não ter ido ao show depois, velhinhos! Depois do programa, que cansa, é uma adrena da porra, tá pensando o que?, fiz um pit stop na casa de Mário, depois batemos uma larica e depois morguei. Foi maaaal, galera! Sabe como é, já não tenho mais 19 anos... Mas Big me falou que foi FODA. Acordei no sábado descansado e arrependido. Esquisito.)

terça-feira, outubro 19, 2004

TUDO O QUE É BOM ACABA UM DIA, MENOS OS ROLLING STONES

Buá, buá, buá. O Luna, uma das bandas alternativas novaiorquinas (o que é diferente de dizer "americanas"), mais legais de todos os tempos, vai acabar. Olha só a notícia que catei lá do www.labpop.com.br:

Luna se aposenta
Formada em 1991, a banda de rock alternativo Luna anunciou que vai se separar no ano que vem. No site oficial da banda, o guitarrista e vocalista Dean Wareham dá uma série de motivos para o fim do grupo, sendo um deles: ?Isso é o que bandas fazem (com poucas exceções, como R.E.M., Metallica e os Rolling Stones). Essas bandas, entretanto, são corporações multibilionárias. Você não se separa a não ser que o Governo lhe force.? O Luna se apresenta nos Estados Unidos até o final do ano.


QUE MERDA! Fui lá no site da banda e o Dean W. ainda enumerou 10 razões para o fim da banda (sem tradução):

1. Rock and Roll is killing my life. 2. The Universe is Expanding. 3. There are too many bands out there, travelling around, singing their songs etc. 4. Too much time spent in 15-passenger vans. According to 20/20, these things flip over. 5. Too many hands to shake, that means germs. 6. Too many dinners at Wendy's. 7. People are dying in Iraq. 8. This is what bands do (with a few exceptions, like R.E.M. and Metallica, and the Rolling Stones). Those bands, however, are multibillion dollar corporations. You don?t break that up unless the government forces you to. 9. Hotel Electravision. 10. Time to Quit.

QUE BOSTA! Bom, paciência: a banda acaba, mas a obra persiste e sobrevive. Para quem não conhece, o Luna, foi certamente, uma das grandes bandas do cenário alternativo (ou indie, tanto faz) nos anos 90. Ela surgiu após o fim de outra banda indie lendária, Galaxie 500, que era um trio, com o Dean na guitarra, Naomi Yang no baixo e Damon Krukowski na batera. Quando a Galaxie acabou, Damon e Naomi formaram uma dupla, chamada... Damon & Naomi (duh!) e Dean fundou o Luna. Dos cds que ouvi, o Penthouse, de 1995, é certamente o melhorzão e contém a cover da banda para o clássico francês Bonnie and Clyde, de Serge Gainsbourg, com a participação especialíssima de Letitia Sadier, do Stereolab, fazendo as vezes de Brigitte Bardot na versão original da década de 60. Esse é TODO BOM. Baixe, copie, pirateie, dê seu jeito, que o disco é uma viagem. O Days of our nights, de 1999, lançado no Brasil pela Trama (com direito às faixas bônus com covers do Guns n Roses e Kraftwerk), também é ótimo. Os outros cds do Luna lançados aqui foram o Live (2000, Trama) e o Romantica (2002, Sum), ambos bem legais.
Na verdade, se se for pensar direito, o Luna era meio que um corpo estranho no cenário do rock americano atual: não fazia clips com mulheres gostosas em roupas ínfimas, não flertava com o nu-metal nem com o rap, não fazia parte da galerinha do novo rock NY (Strokes, Interpol, Rapture), não se vestia de acordo com a moda fashion (deixa eu meter o dedo na garganta q só de escrever essa palavra, já me vêm ânsias de vômito), não é amiga do Bono Vox nem do Justin Timberlake, não puxava saco nem tampouco protestava contra o Bush Jr., entre outras coisas q não lembro agora.

Integridade, teu nome é Luna.

O site do Luna é o www.fuzzywuzzy.com.

segunda-feira, outubro 18, 2004

O VELHO WOODY AINDA DÁ NO COURO!

O espectador incauto, que, como diria o grande André Setaro, vai ao cinema apenas como um apêndice às compras e ao lanche do shopping center, viu o cartaz fofinho, típico da comediotas românticas mais babacas (Jason Biggs carregando um coração enorme, com a Christina Ricci dentro), comprou o ingresso e quando começou o filme, o choque: um ancião Woody Allen abre o filme contando piadas, quase da mesma forma como, quase trinta anos atrás, iniciou Noivo Neurótico, noiva nervosa (Annie Hall, talvez sua obra prima). É claro q Igual a tudo na vida, o Woody Allen novo q estreou sexta em Salvador, está longe de seus tempos áureos ao lado das musas Diane Keaton e Mia Farrow, mas pelo menos está bem melhor que seus últimos filmes, como Dirigindo no escuro (no qual acabei dormindo, de tão sem graça) e O escorpião de jade, por exemplo (Trapaceiros é legalzinho). O interessante foi notar q a estratégia (provavelmente da distribuidora) de tirar a triste figura de Woody do cartaz e do material de divulgação do filme, substituindo-a pelo galã juvenil Jason Biggs (da série American pie) e a bela esquisitinha Ricci parece q deu certo. Ontem a fila para entrar no filme tava grandona. Será q o velho Woody, q nunca consegue ultrapassar a primeira semana de exibição em Salvador, vai quebrar o velho tabu? Bom, em todo caso, os fãs do novaiorquino neurótico não perdem nada conferindo o filme. Pelo contrário. Tá tudo lá. A paixão por Noviorque (como diria o baianofóbico Paulo Francis), jazz (com direito a aparição da cantora Diane Krall ao piano, em um clube esfumaçado) e belas mulheres (neuróticas como ele mesmo), sua condição de judeu ateu e o holocausto nazista, a psicanálise como balela e as tiradas espirituosas de sempre. Destaque ainda para a cena de onde um Woody Allen furioso empunha um pé-de-cabra e detona o carro de uns valentões nojentos. Taí: valeu cada centavo do ingresso.

Rock Loco tb curte cinema, tá pensando o quê?

sexta-feira, outubro 15, 2004

SOS ROCK BA NO ROCK LOCO

Ó: não sei os outros rockloquetes, mas eu ando com uma dificuldade danada de arranjar coisas legais daqui de Salvador para tocar no programa. Quando Mário começou o Rock Loco, concordei com ele que uma de suas funções seria dar apoio à prata da casa. E, realmente, podemos bater no peito e dizer que isso, nós fazemos. Em todos os programas, todos os nossos disc-jockeys esmeram-se em oferecer o melhor do rock baiano aos nossos ouvintes: Retrofoguetes, Nancyta, brincando de deus, Cascadura, Brinde, Los Canos, Cissaguimarães, Roney Jorge e os Ladrões de Bicicleta, Guizzzmo, Pitty, e até mesmo bandas já extintas, como Úteros em Fúria, Dinky-Dau, Lisergia, Dead Billies e Penélope já tocaram a valer e continuarão tocando no programa por que estamos aqui para isso mesmo. Tocar o que é bom. Mas não é o bastante. A gente sabe que existe muito mais coisa boa no subterrâneo do rock baiano. Eu mesmo já ando com dificuldade de tocar alguma coisa daqui que seja nova, bacana, que as pessoas ainda não ouviram e vão gostar. É aí que a sua banda entra na história. Se você já gravou sua demo e só seus amigos ouviram, não perca tempo, amiguinho. Deixe seu material na Ajuda 39, loja parceira do Rock Loco e logo, logo, não apenas seus amigos conhecerão sua banda. Falando sério: isso é importante, galera. Vamo juntar força e "botar essa porra para funcionar", como diria tio Caê. Coloquei o endereço da Ajuda 39 aí do lado, mas não custa repetir: Rua d'Ajuda, 39, Edifício Sul América, Centro. Se não me engano, é a rua do antigo Cine Tamoio (ainda existe?). E não se esqueça de incluir um release com informações sobre a banda para sua música não tocar assim, solta, ok? Avia!

quarta-feira, outubro 13, 2004

Now that's it! I'm gonna be right outside those doors. Next time I have to come in here, I'm crackin' skulls!

MOVIMENTAÇÃO ROCK BAHIA: As bandas locais estão em plena atividade. Muitas estão gravando ou prestes a lançar CDs cheios ou demos, preparando shows em outros estados e por aqui mesmo, participando de programas de TV via net ou até mesmo relançando seus primeiros CDS já esgotados, caso da Los Canos e da Cissa Guimarães. Toda essa movimentação vc acompanha nos diversos (e bravos, diga-se) sites / blogs que dão apoio à cena, como o El Cabong, do companheiro rockloquete Luciano Matos, que fez um belo trabalho compilando informações rápidas (e quentes) das bandas mais relevantes do momento no cenário rock BA. Confere lá, que tá bacana.

segunda-feira, outubro 11, 2004

ESSA NIGHT PROMETE

Big Hits com as bandas: Vamoz! (PE) e Brinde. Dia: 22/10 (Sexta-feira) Horário: 23:00 Local: Calypso (Rio Vermelho) Ingresso: R$ 8,00 Informações:9131-2529 bigbross@terra.com.br www.bigbross.blogger.com.br
O Big Hits está de volta com mais uma edição. Dessa vez a grande atração é a banda Pernambucana Vamoz!. Junto com eles, a Brinde completa a programação do evento. Mais uma vez a Big Bross trazendo uma banda de fora do estado para se apresentar aqui em Salvador. A Vamoz! continua tocando pelo país divulgando seu primeiro cd chamado "To the Gig on the Road", que foi lançado no ano passado. Enquanto isso, a Brinde está lançando seu cd chamado "Histórias sem meio, começo e fim" pelo selo Monstro. Duas grandes bandas em um grande evento! Anotem na agenda, dia 22 de Outubro no bom e velho Calypso por apenas R$ 8,00. Não percam! Saiba mais sobre as bandas:Brinde Vamoz!

sexta-feira, outubro 08, 2004

MAIS UMA HILÁRIA DO VMB

O relato a seguir é do André Pomba Cagni, da revista Dynamite, carinhosamente chamado "editador" pelo Finatti, da coluna Zap 'n Roll. A íntegra da coluna, ótima, vc lê aqui: http://www.dynamite.com.br/2003a/zap.cfm

Eu só não esperava que meu périplo este ano, diferente da calmaria de anos anteriores, fosse alvo de um fato no mínimo inusitado. Dado aos problemas técnicos acontecidos com a apresentação de David Byrne e Caetano Veloso (e que fez com que o áudio da platéia ficasse ?inaudível?, fato que acabou fazendo com que o baiano, famoso pelos seus ataques de histeria em público, desse um belo ?piti? na produção do evento, ao vivo e à cores, enquanto ele e Byrne tentavam cantar a velhusca ?Nothing But Flowers?, canção do álbum ?Naked?, lançado pelos Talking Heads em 1988 e um dos piores discos da carreira da ex-banda de Byrne), era de se supor que o clima não estaria muito positivo. Mesmo assim lá fui eu fazer uma brincadeira inocente com o Fralda, assistente artístico da MTV (e que já trabalhou aqui na Dynamite) que estava acompanhando o Caetano: ?Sorte a sua, hein? Acompanhando justo o Caetano!?. Qual não foi minha surpresa quando alguém atrás de mim puxou o meu braço e intimou: ?Sorte, por quê? Por que você está dizendo isso??. Era a mulher de Caetano, Paula Lavigne. Fui ainda tentar consertar e disse, me referindo ao Fralda, fazendo o sinal do diabinho: ?É que ele é from hell?. Pra quê fui falar isso? Ela, imaginando que eu me referia ao Caetano, resmungou: ?Meu marido é um santo, ouviu bem, um santo!?. Nessa hora, jornalistas começaram a vir na minha direção e como eu não tenho vocação para ser centro das atenções (diferentemente do titular desta coluna, eheheh) sorrateiramente peguei mais uma Coca Light e sumi da muvuca, antes que um mal entendido virasse mais um barraco.

quinta-feira, outubro 07, 2004

VMB 2004-O Underground Vai Ao Paraiso

Thurston Moore, numas constatações mais irônicas da história do rock, comentou que 1991 foi o ano que o punk estourou. Como assim ? O comentario de Moore foi feito durante a gravação do video/documentário da turnê europeia do Sonic Youth pelos festivais de verão europeu, e inspirou o diretor Dave Markey a intitular o video/doc. como "1991- The Year Punk Broke".
O Sonic Youth meio que fazia o papel de irmão mais velho da nova safra das então desconhecidas bandas americanas , Dinosaur Jr., Nirvana, Gumball, e Babes in Toyland , que compunham o line-up dos festivais juntamente com o S.Y . As bandas novatas tinham sido "descobertas" pelo polêmico jornalista inglês Everett True, do Melody Maker, que alertado sobre a soturna cena punk da então longinqua Seattle, cruzou o Atlantico e "inventou" o grunge. Eu assinava o Melody Maker na época, e pude acompanhar a descoberta do rapaz, que inicialmente não apostava no Nirvana e sim no Soundgarden.
Ocorre que no meio desta turnê o Nirvana começa a se tornar fenomeno de venda e publico e Smells Like Teen Spirit se torna um mega-hit no mundo, e 15 anos após a explosão do punk inglês, o U.S. of A., finalmente acolhia o punk.Daí a fina ironia Thurstiana.
Por favor não confundam Nova Iorque e Los Angeles com o resto dos Estados Unidos. O Nirvana foi a banda que estorou o punk no mainsteam, e que atingiu nivel de vendas jamais vistos até então pelo genero, e para desespero de Cobain, o Nirvana se tornou um mega produto, idolatrado inclusive por rednecks do Iowa e Wyoming, gente que representava tudo que ele odiava.
Antes disto o underground americano sobrevivia em guethos, em cenas alternativas em cidades como Providence, Minneapolis, Athens, e Houston. Bandas como o Blag Flag, Husker Du, Die Kreuzen, Replacements, Bad Brains, Minutemen, Minor Threat, Thin White Rope, Butthole Surfers, Melvins, Throwing Muses e o Sonic Youth circulavam suas fitas k-7 sem repercussão na grande midia. Na epoca(anos 80) eu viajava bastante para lá e pude ver como a coisa funcionava.
Tudo isso para fazer uma analogia com a premiação da banda Pitty( na minha cabeça é uma banda), e a vitoria na categoria mais importante do VMB. Pela primeira vez uma banda oriunda do underground, ainda mais da Bahia, ganhou o premio maximo, estourando uma genuina banda alternativa no mainstream canarinho. Impossivel não encarar tambem como uma vitoria do rock feito na Bahia. Todas as pessoas que já se envolveram com a cena baiana, cada qual da sua forma , se sentiram de alguma forma representado ou de alguma forma vingado.No meu caso me senti de alguma forma vingado, já que as primeiras vezes que citei Pitty como uma das melhores bandas de rock do país, fui ironizado varias vezes por figurões da MTV e da midia musical paulista. Alias, esta ironia era frequente Brasil afora , quando se falava da cena rocker baiana, circa 1994/95 em diante. Fora conhecedores como Massari, Zé Antonio e Alê, a coisa era encarada como piada. Já falei em post anterior da epifania que bandas como Saci Tric, Dead Billies e brincando de deus causaram no observador cetico que eu era da cena rocker baiana pós Camisa De Venus . Por tudo isso era pra se esperar que isto representasse uma nova era para o rock brazuca e baiano, o nosso 1991, certo? Errado.
Infelizmente a impressão que tive, a partir de conversas com insiders, é que a coisa é um fenomeno isolado, e o foco de toda industria de entretenimento, ie, gravadoras, midia( impressa e televisiva) é em cima de Pitty(vocalista), uma garota integra, que tem talento e "looks" para acompanhar atitude rocker. Claro que é involuntario da parte dela, pelo contrario, ela tem dado uma força monstra para a cena alternativa em toda oportunidade que tem, mas as atenções estão voltadas para ela, e não senti intenção de representantes da tal industria em focar em cima da cena que gerou o fenomeno, em mais um classico caso de miopia, A industria de entretenimento está comfortavel com o formato Revista Caras versão rocker que é o VMB, onde musicos se misturam com "celebrities", e expõem( sem querer?) o circo no qual se transformou o show-bizz brasileiro.
Tudo isso só faz aumentar o brilho da vitoria dos caras, uma estória de quatro pessoas oriundas de quatro bandas diferentes,todas do mais legitimo underground, e após anos de ralação num ambiente extremamente hóstil, coseguiram realizar o sonho de qualquer banda de rock do mundo, que é ganhar o audiencia das diversas MTVS mundo afora.Uma linda estória.Parabens, vocês realmente merecem.

quarta-feira, outubro 06, 2004

VMB 2004: O ANO DE PITTY

Foda querer fazer comentários sobre o VMB, quando os mestres Paulo Bonfá e Marco Bianchi já mataram a pau, com toda a verve que lhes é característica. Mas ainda assim, ousei tomar algumas anotações e fazer algumas considerações durante o desenrolar da transmissão da festa, os quais reproduzo, mais ou menos mexidos, a seguir.

Ø Hilária a cara de limão do Wander Wildner ao ouvir o mala Tico Santa Cruz (Detonautas) se mordendo todo ao falar sobre Tom Capone, durante as entrevistas preliminares, que, aliás, primam pela falta de assunto: ?é isso aí?, ?com certeza?, ?é uma loucura?, ?demais isso aqui?... Que saco.
Ø Marcos Mion (até então em uma merecida geladeira televisiva), parecia q tinha acabado de sair do forno dado o seu bronzeado artificial, alardeando sua volta (alguém sentiu falta?) à MTV.
Ø Ainda nas entrevistas preliminares, foi possível estabelecer três graus de chapação visível. Vamos a elas: Kiko Zambianchi > Interplanetário: chapadinho light, não chega a incomodar. Dinho Ouro Preto > Intergaláctico: Chapado mala, à vontade demais, se mete no meio das entrevistas, fala barbaridades, ri que nem uma hiena. Otto > Interdimensional: o que era aquela roupa dele? Arthur Bispo do Rosário perde. O cara desafia definições.
Ø O Massacration saiu consagrado de sua apresentação na porta da festa. Performance matadora. O detalhe engraçado é q a gente não tem a menor idéia de quantos daqueles garotos se acabando de banguear na beira do palco tem a noção real de que aquela banda à sua frente não passa de uma piada. Uma piada mais longa q a maioria delas, mas uma piada. Vamos ver até quando dura. O auge foi o final, com o Auê (aquele rasta doidão) dançando James Brown durante a execução do hit Metal massacre attack: exú encontra o demo. Pelo menos, musicalmente falando (?!?).
Ø Abertura da festa: Sepultura, Nação Zumbi, Lan Lan e João Barone executam Kaiowas. Legal, ?algo solene?, como disse o Arnaldo Antunes. Mas quem era aquele gordinho de cabelo curto ?regendo? o grupo todo? Qual era a dele? Papagaio de pirata?
Ø Selton Melo certamente passou pela Ringling Brothers Capilar Consultants, ainda q seu diretor-presidente, Paulo Bonfá, o tenha negado veementemente durante a transmissão. E a citação ao filósofo Tyler Durden veio em boa hora: ?Você não é o conteúdo de sua carteira?. Então falou.
Ø Agora é sério: qual era a daqueles muppets que apareciam nos horários comerciais? Em dado momento, dois deles apareciam no banheiro. Enquanto um perdia o nariz sobre a pia (!!!), o outro recebia umas descargas elétricas de uns raios lá. Psicotrópico.
Ø A vitória do Dead Fish em ?Revelação do ano? é o triunfo dos adolescentes chorões pentelhos. Na época em que dividi um apartamento com Zezão ele reclamava da choradeira dos meus ?rocks tristes?. Pelo menos, nessas bandas, o pessoal chorava baixinho, incomodava menos. Agora essa molecada CPM 22, Dead Fish e que tais choram berrando. Não há quem agüente. Pelo menos aqueles com idade mental superior a 15 anos de idade. Que porre.
Ø Wander e os Replicantes simplesmente ROUBARAM A CENA. Lindo.
Ø CPM 22 tocando Epitáfio. Dizer que ninguém merece é baixo, soa até ridículo, dado o desgaste da expressão. Difícil definir. Eu devia ter feito musicoterapia, contábeis. Algo mais fácil.
Ø Melhor momento da noite: Caetano cortado (com David Byrne e tudo) logo depois de começar a cantar e depois dando chilique no ar quando a segunda tentativa falhou de novo. Com certeza, ele e dona Paula vão querer a cabeça de alguém numa bandeja de prata por isso. E depois, fala sério, tanta briga para eles apresentarem aquela musiquinha fraca (nothing but flowers) de um disquinho esquecido dos Talking Heads (o último, de 1989), que ainda por cima tem o riff introdutório da gravação original chupado de Alagados (aquela mesma, quem leu Dias de luta do Ricardo Alexandre tá ligado. Valeu, Bramaz!)? Faça-me uma garapa...
Ø A melhor performance de rock vai para Zeca Pagodinho, a despeito de todos os esforços de um obstinado time de divas e rappers firmemente dispostos a aparecer mais do que ele, e pior: cantar mais alto do que ele. Detalhe interessante também foi o corte de cabelo estilo Karen O (ou seria PJ Harvey?) ostentado por uma D. Mercury desesperada para parecer moderna e descolada.
Ø Joe Tromondo é O CARA: ?Rock!? E nada mais a declarar.
Ø E finalmente, Pitty, a grande vencedora da noite ao lado de Marcelo D2, visivelmente emocionada: ficam aqui os parabéns da galera Rock Loco à musa dos adolescentes (e não tão adolescentes assim) e sua extraordinária banda. Hoje, acho que podemos dizer que Pitty e sua banda é, depois do Camisa de Vênus (Raul Seixas é hour concour), a representação rock baiana que chegou mais alto no showbiz brasileiro. Tomara que iniciando nova fase em sua carreira, ela chame também a atenção das selos e gravadoras (se é que isso ainda existe) para a cena rock daqui, e outras bandas sigam o rastro de seu sucesso. Som para isso, a gente tem, e disso não restam dúvidas.
Ø Essa é a real (do Rock Loco).

terça-feira, outubro 05, 2004

Does Barry Manilow know that you raid his wardrobe?

Ok, foi seu Alexandre Matias começou com essa história de intitular posts com falas de Seinfeld. Pongando, com muita elegância, nessa idéia, começarei (ou não) a postar títulos com falas de um dos melhores filmes adolescentes de todos os tempos: O Clube dos Cinco (The Breakfast Club). Quem nunca viu, ou já conhece e ficou com saudades, pode ver o trailer dele nesse endereço aqui, ó: http://www.movie-list.net/classics/breakfast-club.mov.

E amanhã, não percam os comentários da equipe rock loco (ou pelo menos parte dela), sobre a (pigarro) "maior festa da música brasileira", o tal do VMB. E falando com Mário Jorge pelo telefone agorinha, ele me lembrou que nossa torcida esse ano, fica mesmo é, palavras dele, deixa eu abrir aspas para não ter complicação ca patroa, "com a gostosa-mór do rock baiano, Pitty, por sinal única concorrente de Salvador em 2004. Se bem q em termos de gostosa, Vanessa do Ludov até q dá um bom caldo", observou o perspicaz líder da gang Rock Loco.

Com a palavra agora, Marcos Rodrigues, de uma das bandas mais polêmicas do rock baiano atual, a Theatro de Seraphin > marcos rodrigues said... pegando a deixa da discussão, aproveito para convidar os que viram e gostam, os que viram e não desgostam e os que ainda não viram, inclusive d. Regina, para celebrarmos mais uma vez dionísio, na festa Voluptas, com as bandas Theatro de Séraphin, Sangria e os djs BigBrother e Júpiter Cebola. dia 16, 22h, no clube de engenharia. até lá. http://sombraschinesas.blogspot.com http://theatrodeseraphin.cjb.net

segunda-feira, outubro 04, 2004

DESINFORMAÇÃO É O GRANDE LANCE

Para mim, nada é mais interessante na internet hoje, do que as pequenas (ou grandes) mentiras plantadas aqui (morte do Homem-Aranha) e ali (o absurdamente cara de pau Sexkut), de forma tão descarada, q muita gente (muitas delas inteligentes, bem-informadas e formadoras de opinião) acabam comendo tudo. Hilário. Esse tal de Mr. Manson, do Cocadaboa, deve ser um dos caras mais escrotos já surgidos na história do mundo (virtual, claro). Num ambiente onde informação superficial é tudo e conhecimento real, nada, espalhar contra-informação por aí é uma das atividades mais subversivas e rock n roll nesse momento tão estranho da humanidade.

Por falar em contra-informação, acho q todo mundo q passa por aqui já deve conhecer, mas na dúvida, os contra-comerciais da Avaiana de Pau e da Bonequicha são algumas das coisas mais engraçadas da história da face do planeta de todos os tempos. Quase tive q recorrer a uma fralda geriátrica de tanto rir. Pode ser até q eu esteja errado, mas o melhor de tudo são as vozes, umas narrações bêbadas inacreditáveis. Confira ontem.

Pra começar bem a maldita sebunda-feira

Charlie Watts, provavelmente o mais querido e reservado Stone, vence o câncer. Leiam aqui.

sexta-feira, outubro 01, 2004

MR. CRUMB RIDES AGAIN

Dos arquivos do www.unyahna.br/frenteverso:

América, de Robert Crumb. Temas: Quadrinhos, humor político
Preço: R$ 25,00 Nº de páginas: 104 Formato: 21 x 27 cm
Áreas de interesse: Arte, Globalização e Anti-americanismo.

Quem se impressionou com a mordacidade demonstrada por documentaristas americanos como Michael Moore (Fahrenheit 11 de setembro, Tiros em Columbine, Roger e eu) e Morgan Spurlock (Super size me) não deve conhecer Robert Crumb, que não, não é cineasta, mas um dos mais geniais e ácidos quadrinistas que vieram a luz naquela terra de marlboro. Crumb começou na festiva e muito louca década de 60, dentro de um movimento denominado underground comix, que era basicamente os quadrinistas marginais lançando revistas com histórias onde praticamente toda a sociedade americana era atacada sem dó nem piedade: família, governo, religião, mídia, sexo, drogas, política, exército, CIA, FBI e o escambau. Nenhum tema era proibido. Crumb ia além e começava desancando a si próprio, retratando-se muitas vezes como um palerma perdido em uma sociedade podre e cheia de si. Não à toa, o artista fez o que todo americano instruído e incompreendido em sua própria terra fez: mudou-se para a França, onde é adorado. Neste álbum lançado pela Editora Conrad, Crumb reuniu algumas histórias que melhor retratam sua visão daquele país que se vendeu para o mundo como a terra da liberdade, da democracia e das oportunidades. BULLSHIT!!, gritaria o artista de sua fazendinha lá no Vale do Loire. E quem somos nós para discordar?
Maiores informações: http://www.conradeditora.com.br

Aproveitar q falamos de quadrinhos underground e passar procês os sites de dois dos melhores cartunistas que surgiram nos últimos tempos. O primeiro é o gaúcho mega loser engraçado pracaralho Allan Sieber. Aqui (http://talktohimselfshow.zip.net/) é o site / blog dele, com espaço para comentários, o que é ótimo, especialmente qdo ele faz alguma coisa polêmica, neguinho cai de pau e ele só mandando praquele lugar na maior. E aqui (http://www.tonto.com.br/tiras/allan.htm) é o site da Tonto, cooperativa de cartunistas gaúchos onde ele apresenta uma série espetacular chamada Preto no Branco. Leia todas e rache o bico. O outro é o nosso baianíssimo Bruno Aziz, q além de gente fina, é bom ilustrador e cria umas tirinhas sensacionais. Aqui (http://www.fotolog.net/brunoazizlima/) é o flog onde vc pode acompanhar seu trabalho, com ilustrações e muitas tirinhas bacanas também, especialmente a da menina menstruada e a série da loja de discos, ótima. E toda quinta-feira tem as aventuras do herói Fungoman no Caderno Dez da Tarde. Imperdíveis.