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sexta-feira, maio 17, 2019

SHOW-WOMAN À LA DUSSEK

Silvia Machete volta à cidade para duas sessões do espetáculo Dussek Veste Machete. Sábado e domingo, no Sesc Casa do Comércio

Silvia e os balões, foto Nathalie Mellot
Tradição meio esquecida entre os cantantes brasileiros, a figura do artista entertainer – aquele que canta, dança, conta piadas, dá pirueta etc – tem em Silvia Machete um de seus últimos representantes. Amanhã e domingo, a carioca estará em Salvador apresentando um de seus espetáculos (ela faz quatro no momento): Dussek Veste Machete, no Teatro Sesc Casa do Comércio.

Como o nome explicita, trata-se de um show com a base do repertório formada por canções do inimitável Eduardo Dussek. Um dos artistas mais irreverentes da MPB, Dussek é praticamente a alma gêmea artística de Silvia Machete: debochado, bem humorado, romântico, extravagante.

No palco, Silvia se apresenta acompanhada apenas do pianista / tecladista Danilo Andrade, desfiando um repertório com muitas canções de Dussek, como Aventura, Cabelos Negros, Chocante, Saga, A Índia e o Traficante e Totalmente Tchá Tchá Tchá – a última feita por Dussek para Silvia.

Além dessas, reforçam o show outras canções que se encaixam no espírito dussekiano / machetiano: Back to Black (Amy Winehouse), Great Balls of Fire (Jerry Lee Lewis) e Tango da Bronquite (Angela Rô Rô).

“Tem as músicas do Dussek que tem esse universo de personagens apaixonantes e decadentes. Dussek faz parte de um cabaré que também é a minha praça”, conta Silvia.
“E escolhi Angela Rô Rô, Jerry Lee e Amy. A Amy é a Angela Rô Rô da Inglaterra, então acho que eles conversam como artistas e dentro da poesia. E coloquei uma música minha, Dois Cachorros”, acrescenta.

Além de cantar, Silvia, ex-artista de rua, com muito orgulho, se esmera no aspecto cênico, a começar pelo glorioso longo preto de Guto Carvalho: “Sim, venho com vestido, salto alto, bambolês e muita sensualidade”, promete.

O nome dela é trabalho

Silvia e Dussek, ft Renato Mangolin
Apaixonada pelo homem do Rock da  Cachorra, Silvia gravou um DVD desse espetáculo, lançado no final de 2017: “O público adora o Dussek. Tem público que não conhece e tem também os fãs do Eduardo e os meus. Esse projeto foi gravado em DVD junto com o Canal Brasil e fizemos ele pelo Rio e São Paulo. Adoraria rodar pelo Brasil com ele. Vou fazer esse show pra sempre... eu amo”, derrete-se a artista.

Sem se apresentar em Salvador há seis anos, ela comemora a volta à capital baiana: “Sim. Faz tempo. Meus projetos ficaram pelo Rio nos últimos anos. Escrevi um musical, Mondo Machete, o primeiro sobre uma cantora viva, estrelado por ela mesma”.

“Fizemos temporada em teatro e foi uma experiência ótima! Antes disso, teve esse projeto, Dussek Veste Machete. Não tive a oportunidade de vir antes. Mas cheguei”, diz.

Além do Dussek Veste... e do Mondo Machete, ela ainda toca outros dois espetáculos: “Tenho feito um show chamado High Times, com Simone Mazzer. Um cabaré muito divertido, cheio de jazz e músicas internacionais. Arrumei uma super parceira de cena”.

“E tem um projeto com Junio Barreto, cantando  músicas de Dolores Duran e Antônio Maria. É emocionante”, conta.

Sem parar, ainda grava um novo trabalho: “Chama-se Rhonda. Composições em inglês de minha autoria com produção de Emerson Vilani e parcerias com Alberto Continentino. Estou apaixonada por esse projeto. Diferente de tudo que já fiz em termos de sonoridade”, conclui.

Silvia Machete: Dussek veste Machete / Amanhã e domingo, 20h30 / Teatro SESC Casa do Comércio (Av. Tancredo Neves, 1.109) / R$ 50 (plateia) e R$ 30 (balcão) / Vendas: bilheteria TSCC Ou no www.ingressorapido.com.br

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