Rodrigo, Alex, Cris, Túlio e Flash na foto de Emilia Suto |
O primeiro, autointitulado, saiu em 2007 e é – na humilde opinião deste colunista – algo de genial.
Nada Novo, lançado agora, dez anos depois, traz o mesmo Alex positivão e de som caleidoscópico, mas talvez mais urgente em composições e arranjos – que aliás, seguem complexos e épicos.
Apesar disso, é uma obra mais enxuta: apenas sete faixas (o de 2007 tinha 13).
Mas como quantidade não significa qualidade, o fato é que Nada Novo bate um bolão: cada faixa é uma mini-suíte de rock psicodélico com toques de música indiana, regional e jazz.
“Se comparamos esse disco com o primeiro, podemos perceber uma abordagem um pouco diferente sobre o mesmo tema: como podemos mudar o mundo de acordo com a nossa própria atitude e quão atentos a essa transformação devemos estar”, afirma.
“No primeiro álbum, acho que essa mensagem foi passada de maneira mais leve e sutil. Em Nada Novo talvez eu tenha pegado um pouco mais pesado, e acho que isso é refletido tanto nas letras como nas músicas: do jeito que andam as coisas, não temos mais muito tempo a perder”, diz.
Cândido 'Amarelo' Neto e Alex Pochat em ação, foto Marcelo Moraes |
Nas letras, Alex, que além de formado em Composição & Regência (pela Escola de Música da UFBA), é também professor de yoga e da doutrina indiana Brahma Kumaris, aplica o que aprendeu e vem ensinando nos últimos 15 anos.
Enquanto você lê esta matéria, aliás, Alex está em sua peregrinação anual lá na Índia.
“Isso (a urgência) pode ser notado, por exemplo, na faixa Os 5 Elementos em Fuga, que se refere à tomada de volta, por parte da natureza, daquilo que achávamos – mas que nunca foi – nosso. Ou na própria Nada Novo, que lembra que: “Se nada vai mudar se eu não mudar em mim / É melhor começar, depois não dá pra voltar / Não quero ter que ouvir / Nada novo”, diz.
"Apesar de um álbum mais enxuto, em termos de instrumentos, do que o primeiro, tentamos misturar ainda mais, de forma sutil ou explícita, elementos da música regional e de concerto com um 'roquezinho antigo que não tem perigo...'. Tanto nas composições, como no instrumental. Seja como no repente a la country indiano Martelo à Beira-Mar, ou na utilização livre de técnicas típicas, como o stretto, na Fuga", detalha o músico.
Na década que separou o primeiro do segundo álbum, Alex fez e aconteceu, solo e em grupo: lançou os álbuns Loqui in Mousiki (solo, música de concerto), Viratrupe (grupo de praticantes de meditação Raja Yoga de todo o Brasil).
Ainda atuou na organização da série de eventos Música de Agora na Bahia (2012 e 2014).
“Ainda estou devendo a mim mesmo um álbum instrumental de sitar para ajudar a serenizar minha própria mente – e a de quem possa ouvi-lo. Agora pretendo, seguindo o lema de fazer tudo ao mesmo tempo, voltar a compor músicas de concerto e voltar aos palcos com os 5 Elementos, mostrando esse novo trabalho. Agora é assim, lançamos primeiro na rede, depois fazemos uns showzinhos”, diz.
Pochat toma fôlego para dar uma sopradinha, foto Emilia Suto |
Ouça: alexpochat.com Google Play, Deezer, Spotify, Apple Music
NUETAS
Supla aqui sábado
O papito traz seu show recheado de hits ao Groove Bar neste sábado. No repertório, só clássicos: Humanos, Garota de Berlim, Green Hair (Japa Girl), Encoleirado, Motocicleta Endiabrada e releituras de David Bowie, Billy Idol, The Clash. Mais divertido, impossível. Sexta, 22 horas, R$ 20 (Sympla), R$ 40 (na porta).
Casulo de Cultura Popular gratuito
Bule Bule, Raymundo Sodré, Dona Nildes, João do Boi, Antonio Queiroz, Seu Jurivaldo da Feira, Téo Guedes, Geruza Guedes e o grupo de samba chula Tombo de Couraça são as atrações musicais do Casulo da Cultura Popular. O projeto vai ocupar escolas públicas e o Coreto do Largo 2 de Julho (Centro) neste sábado, a partir do meio-dia. Haverá ainda barraquinhas com cordéis, xilogravuras, artesanato e comidas típicas. Salve a cultura popular! Evento gratuito.
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