Foto Dani Gurgel |
Esse é o caso do 5 a Seco, ban – ops, coletivo que se apresenta hoje à noite no Pelourinho.
Formada por cinco músicos de diferentes origens e formações, o quinteto traz à cidade o show do seu álbum mais recente, Síntese.
No palco, às favas os papéis pré-determinados e hierarquias: os instrumentos são de todos e de ninguém e o troca-troca é obrigatório.
Quem está no baixo em uma música pode estar no teclado na próxima, por exemplo.
“Este movimento de nos revezarmos nos instrumentos é uma condição constitutiva do 5 a Seco, que já nasceu com essa proposta, desde que era apenas um show em 2009”, conta Vinícius Calderoni, que integra o 5aS ao lado de Leo Bianchini, Pedro Altério, Pedro Viáfora e Tó Brandileone.
“Isso cria uma rede solidária, sem protagonistas, e vai criando nuances interessantes nos arranjos, porque cada um tem uma pegada e uma atitude específica em cada instrumento. Tudo é dinâmico, o tempo todo, e a sonoridade vai refletindo este movimento permanente”, acrescenta o músico.
Testando o repertório
Foto Dani Gurgel |
“Mas há também canções de nossos dois álbuns anteriores. Aproximadamente cinco canções dos outros discos, de modo que músicas como Pra Você Dar o Nome, Feliz Pra Cachorro, Ou Não, Em Paz e Nó não ficam de fora”, acrescenta.
Com quatro anos de intervalo entre Síntese e seu antecessor, Policromo (2014), os cinco músicos levaram esse tempo compondo, polindo e testando junto ao seu público as faixas novas.
“Este processo foi fundamental para a construção do repertório de Síntese, à medida que era possível testar as canções nos shows, sentir a acolhida do público, ir pouco a pouco aperfeiçoando os arranjos e amadurecendo as execuções – o que foi fundamental para o sucesso das gravações, já que gravamos o disco ao vivo”, relata.
“Olhando em retrospecto, penso que esta decisão de excursionar por um ano com o repertório de um show novo foi fundamental para a consolidação do repertório”. afirma o músico.
Em 2016, o 5aS se apresentou na Bahia pela primeira vez e não deu outra: passaram a voltar todo ano: “Amamos a Bahia e, em especial Salvador, o que tem, em grande parte, a ver com o fato de que amamos muito a música que se produz na Bahia – mas também tem a ver com esse mistério maravilhoso que a Bahia contém. O poeta já disse: a Bahia tem um jeito”, observa Vinícius.
“Sempre sonhamos em fazer show em Salvador e fizemos nosso primeiro só em 2016, que foi muito especial. Desde então, temos voltado uma vez por ano, o que nos deixa muito felizes, porque temos muitos amigos aqui e amamos o calor do público baiano”, conclui.
5 a Seco: Síntese / Abertura: DJ Dieguito Reis / Hoje, 20 horas / Largo Tereza Batista / R$ 60 e R$ 30 / Vendas: Sympla, Soul Dila, The Hotel, Haus Kaffee
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