Suinga. Foto Nathalia Miranda |
Não a toa, a programação não conta com medalhões, nem daqui, nem de fora: o foco são os novos artistas, além de gestores de casas de show e selos independentes, jornalistas e pesquisadores da área.
Mesmo assim, adeptos de música nova e vibrante terão uma boa agenda de shows para conferir por dois dias: quinta (dia 1º) e sexta-feira (2), em pleno Rio Vermelho agitado pela festa de Iemanjá.
Realizado nos anos 2010, 2011, 2012 e 2015, Lado BA só está sendo realizado agora graças aos esforços do produtor Vince de Mira (leia-se Commons Studio Bar) e seus parceiros, proprietários de outras casas do Rio Vermelho: Tropos Gastro Bar, Clube Banhoff, Portela Café e Lalá – mais o Teatro do Sesi, que abrigará, na quinta-feira, uma sequência de cinco conferências / mesas redondas, com pessoas do meio.
Mis Ivy (SP), foto Clarisse Machado |
Entre os convidados das conferências e da rodada de negócios, pessoas influentes como Fernando Sousa (Casa da Música do Porto - Portugal), Renée Chalu (festival Se Rasgum, do Pará), Béco Dranoff (Summer Stage e Latinew - EUA), Márcia Bittencourt (UBC - União Brasileira de Compositores), Flavia César (Warner Chappell) e Guilherme Tavares (Favela Sound - Brasília).
Depois da rodada de negócio e das conferências, essas pessoas deverão rodar pelo Rio Vermelho, conferindo os palcos ao ar livro armados pelas casas parceiras.
“Vai ser uma experiência bem incrível para esses caras, que estarão circulando na festas mais genuína da cidade. Experiência muito mais rica do que vir para um festival tradicional. Vai ser uma imersão 4D, com visão, sons, tato e cheiro, na rua”, diz Vince.
Fun Fun Dù Dù, foto Johanna Gaschler |
Sobre as bandas e artistas selecionados, a curadoria foi feita depois de uma convocação pública para os interessados se inscreverem.
“Este ano não tivemos dinheiro nem apoio de nada, só dos espaços. Então juntamos o útil ao possível de fazer. Os artistas estão comprando a ideia de oferecer um show para estes compradores. Tivemos 60 inscritos no total”, conta.
“Fizemos uma curadoria integrada, a ideia é que com os artistas se presentando nesses espaços, funcione como uma vitrine, tanto para o público, quanto para os compradores”, conta Vince.
Nossos Baianos, foto Heder Novaes |
“Na verdade, a gente nas internas nem chama mais de Lado BA e sim, de Circuito RV, que é um grupo de proprietários e curadores de espaços que buscam soluções coletivas para problemas em comum. Uma ideia é integrar a programação. pensar uma programação única para todo este circuito”, afirma.
Um exemplo dado por Vince: se uma dessas casas está promovendo um show para determinado segmento de público no dia tal, não vale a pena outra casa programar outro show para o mesmo segmento no mesmo dia.
“É uma grande combinação de hardware (casas) e software (artistas) para fazer acontecer. As casas, artistas e compradores vem por que tem essa curiosidade de entender o que passa na música da Bahia, que passa por um de seus momentos mais diversos e interessantes”, conclui Vince.
Programação de shows e mesas: www.facebook.com/FestivalLadoBa/
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