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terça-feira, outubro 17, 2017

FERNANDO NUNES E A ALTA ARTE DO BAIXO

Fernando Nunes, foto Marcos Hermes
Um dos mais habilidosos e requisitados baixistas brasileiros, Fernando volta à Salvador esta semana para o show Meu Playlist, quinta-feira, na Varanda do Sesi

Ele é alagoano, mas poderia muito bem ser baiano. Afinal, foi aqui que Fernando Nunes aprendeu, como ele mesmo diz, “a ser profissional”.

Acompanhado do guitarrista Tony Augusto e do baterista Igor Galindo, Fernando vai fazer um passeio nos seus mais de 30 anos de carreira, desde que começou acompanhando o forrozeiro humorista Renato Fechine (o inesquecível “Embaixador da Paz”) até vir para Salvador em plena explosão da axé music, tocando com Sarajane, Luiz Caldas e Margareth Menezes, seguindo para o Rio onde se tornou baixista de Ivan Lins, Cássia Eller e por fim, de Zeca Baleiro, a quem a quem acompanha há anos.

“Meu Playlist é justamente as coisas que eu gosto de ouvir e as músicas que compõem minha carreira, os lugares em que vivi, os artistas com que toquei. Um playlist pessoal, de minha experiência com a música e que ela me proporcionou”, resume Fernando.

"É um show instrumental. As pessoas me conhecem como baixista, então as melodias todas saem do meu baixo. O 'cantor' é o baixo", acrescenta.

Vai que o Paul aparece?

Nesse repertório entram, além de músicas de todos esses artistas citados, os Beatles e Carlos Moura. Quem? “Cantor alagoano que fez muto sucesso com Minha Sereia (aquela do ‘Mergulhar / no azul piscina / do mar de Pajuçara’), que foi meu trabalho como músico profissional”, conta.

“E os Beatles foram o estopim do meu interesse pela música. Eu queria ser o Paul McCartney (baixista dos Fab Four). E no dia do show é  capaz do Paul já estar em Salvador. Então, tudo a ver tocar Beatles. Vai que ele aparece no meu show, sei lá né?”, ri Nunes.

Cheio de amigos na cidade, Fernando ainda recebe no palco o tecladista Luizinho Assis para um participação. Assim, assim como Fernando, é um dos pioneiros da axé.

"Quando saí de Maceió aos 17 anos fui para Pernambuco e fiquei entre Recife e João Pessoa (na Paraíba). Foi lá que conheci o Renato Fechine, que me chamou para tocar com ele. Por coincidência, o baterista era o Toinho Batera (músico de Ivete Sangalo por muitos anos), fiquei quase dois anos tocando com eles por ali, quando o Renato me chamou para Salvador. Aí vim para cá com 19 anos e nunca mais voltei para casa. Eu era muito novo, mas a Bahia me deu régua e compasso. Aprendi a ser profissional ali", relata.

“Quando cheguei em Salvador no meio dos anos 80 fiquei maravilhado com o que estava rolando. Teve duas músicas que determinaram minha permanência na cidade: Jubiabá (Gerônimo) e Ajayô (de Luiz Caldas e Jorge Dragão)”, diz.

“Tinha um lance diferente, uma magia africana, caribenha. Os artistas tinham identidade própria, era uma cena  muito rica. Depois axé virou rótulo e todo mundo se enquadrou”, conclui.

Fernando Nunes: Meu Playlist / Quinta-feira, 22 horas / Varanda do Teatro do Sesi / R$ 30

BÔNUS: ENTREVISTA COM FERNANDO NO PROGRAMA SÍNTESE, DA TVE ALAGOAS



NUETAS

E Colé Mermo?

Hoje é a Noite Colé de Mermo no Quanto Vale o Show?, com Nanashara Vaz e Zuhri. Dubliner’s, 19 horas, pague quanto quiser.

NHL apresenta + 3

Amanhã tem NHL Apresenta, com Soft Porn, Aurata e Las Carrancas. Dubliner’s, 20 horas, R$ 10.

IPA Hop é blues rock

Formada por Rex, Maurício Uzêda e Cândido Amarelo Neto, a Ipa Hop faz show de blues rock quinta-feira na  Rhoncus. 21 horas, R$ 10.

Luedji Luna no TVV

A sensacional Luedji Luna canta no Teatro Vila Velha domingo, 19 horas, R$ 20 e R$ 10.

Um comentário:

  1. Olha o nível dessa raça odiosa:

    http://www.gazetadopovo.com.br/politica/republica/lider-da-bancada-evangelica-chama-servidores-da-cultura-deenrustidos-infiltrados-2sf1qcimcg3iaihpdqt5htvnd

    Imposto em igreja evangélica ninguém quer saber de discutir, né?

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