Maldita, foto Felipe Diniz |
Com um som transitando entre o gótico, o metal, o industrial eletrônico e até o funk carioca, a Maldita promete um espetáculo e tanto na Praça Wilson Lins
“O show vai ser bastante performático, com direito a banho de sangue e tudo”, avisa o vocalista Erich Eichner.
“Quem sente falta de uma Maldita mais obscura e performática, não vai se decepcionar. Tocaremos músicas de todos os discos, mas com foco nas que são mais pedidas pelos fãs”, acrescenta.
O baterista Vidaut lembra que foi em Salvador um dos primeiros shows da banda fora do Rio.
“A energia depositada pela galera é muito intensa e a gente sente isso e retribui. Vamos tocar um pouco de todos os discos, mas para Salvador, sempre montamos um set list mais pesado”, diz.
Funk, literatura, cinema
Dada a experimentações, a Maldita lançou em 2012 o ousado EP Montagem, no qual promoveu a fusão entre rock pesado e funk carioca.
O resultado, claro, foi polêmico – e pavimentou o caminho para o ótimo álbum Estranhos Em Uma Terra Estranha (2016).
“EEUTE Não deixa de ser sim uma continuação do Montagem pois após a experiência de gravação com dois vocalistas decidimos gravar mais um disco com a mesma formação (mas sem o funk). Ao encerrar o álbum e depois do lançamento, decidimos voltar a formação original com apenas um vocalista. O experimento do Montagem foi muito satisfatório, pois a Maldita sempre gosta de causar estranhamento, até mesmo em nossos próprio fãs. É claro que o disco divide opiniões. Alguns amaram e outros odiaram. Mas é justamente essa força paradoxal que é a Maldita”, nota Erich.
Em Estranhos, álbum conceitual, a banda versa sobre a trajetória suicida da humanidade em músicas carregadas de referências literárias e cinematográficas – a começar pelo título, inspirado em um livro de Robert A. Heinlein.
"O processo criativo de um artista, com todas as suas referências, assim como a metalinguagem, sempre foi o que achei de mais fascinante no mundo da música. Acho legal, pois muitos de nossos fãs acabam descobrindo obras de H.P Lovecraft ou William S. Burroughs através das nossas músicas ou dos meus contos de ficção cientifica", afirma Erich.
“Sempre dialogamos com os universos literário e cinematográfico ligados ao terror. Zé do Caixão, assim como Stephen King, sempre foram influências de muito peso para a Maldita”, diz Vidaut.
"Em 2017 ainda pretendemos rodar o Brasil e outros cantos do mundo fazendo shows para promover o EEUTE. Já entramos em estúdio para gravar o nosso quinto disco e, com uma atmosfera lúgubre e notas musicais fúnebres, será uma homenagem aos Anjos caídos. Em especial, um Anjo bastante conhecido na antiga mitologia Cristã. Alguns o chamam de Estrela da Manhã, mas o nosso disco se chamará L.U.C.I.F.E.R.", revela Erich.
"Já começamos a compor novo material após voltamos à nossa formação original. O planeta passa por um momento muito estranho, difícil, e nós estamos musicando isso. Será inevitável que o próximo álbum seja bem pesado", conclui Vidaut.
www.bandamaldita.com.br
NUETAS
Black metal fest
As bandas Disrupt Christ, Reino Blasfêmico, Profane War, Graveren e Torturador se apresentam no Rex Diaboli Festival. Sexta, 21 horas, no Dubliner’s Irish Pub, R$ 20.
Modus em março
A banda local de rock gótico / industrial Modus Operandi comemora vinte anos na luta com uma temporada de quatro sábados no Buk Porão (Pelourinho), sempre com bandas convidadas. Neste sábado, Carburados Rock Motor e Vende-$e. 20 horas, R$ 10.
Sanitário en gira
A banda juazeirense Sanitário Sexy passou o mês de fevereiro quase todo na estrada, em sua Gira Sul-Americana. Foram 12 datas passando por cidades da Argentina, Chile, Uruguai e Brasil. Go, Sexy!
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