Headhunter DC, foto Frederico Neto |
Neste Carnaval, o antológico grupo liderado por Sergio Baloff (voz) e Paulo Lisboa (guitarra) comemora seus trinta anos com show no Palco do Rock e um lançamento triplo.
O mais importante entre os três CDs que a banda está lançando é a edição de luxo comemorativa de 25 anos do seu primeiro álbum, Born... Suffer... Die (1991, Cogumelo - Mutilation Records).
O disco duplo traz o álbum original remasterizado, nove faixas bônus e DVD ao vivo com um show gravado em Recife, naquele mesmo ano de 1992.
Os outros dois são um bootleg (disco pirata) ao vivo gravado na Polônia (Death Kurwa! Live in Warsaw 2013), lançado pelo selo escocês Bestial Invasion, e o segundo volume do tributo Born to Punish The Skies... (Mutilation Records), com releituras de músicas do Headhunter por bandas do Brasil e do mundo.
“O Born... Suffer... Die foi totalmente remasterizado a partir das fitas master”, conta Sérgio Baloff Borges.
“Ele já tinha sido relançado em 2002, por que até então ele não existia em CD, só em LP. Só que a edição de 2002 não ficou boa, o cara que fez a remasterização vacilou, não ficou legal. Essa remasterização de agora foi feita com Thiago Nogueira, ex-baterista nosso e um cara que tem intimidade com esse som”, explica.
Considerado um marco sul- americano do subgênero death metal, Born... Suffer... Die tem sido aclamado como tal desde seu lançamento pela imprensa especializada mundo afora, levando com glórias o nome da banda (e o da Bahia) às profundezas do underground do metal mundial.
Não a toa, a revista Roadie Crew, o incluiu na sua lista d’Os 60 Grandes Álbuns do Metal Brasileiro.
Culto da morte ao vivo, foto Tapa Olho Imagens |
Na época, além de Baloff e Paulo Lisboa, a banda contava com Simon Matos (guitarra base), Ualson Martins (baixo) e Iaçanã Lima (bateria).
Ainda garotos, os membros da banda fizeram seu primeiro grande show em Salvador, abrindo a estreia do Sepultura na Concha Acústica do TCA.
No dia seguinte, pegaram um avião para Belo Horizonte.
“Já tínhamos quatro anos de banda, mas só tínhamos feito shows para 100, 200 pessoas. Esse (da Concha) foi para duas mil. Foi memorável. Tocamos numa quinta-feira. Na sexta, embarcamos para BH de contrato assinado com a Cogumelo para três álbuns”, diz.
“Gravamos no Estúdio JG, lendário da cidade. Todas as bandas da Cogumelo passaram por lá. Tinha 16 canais, o que para época era muita coisa”, lembra Baloff.
Divisor de águas
1995: com as figuraças Simon Matos e André Moyses (btr). Ft Facebook |
”Éramos pivetes, todo mundo novinho, sem experiência, então foi um grande pontapé inicial. Tivemos suporte do pessoal do Sextrash, que tinha terminado de gravar o disco deles”, lembra.
“A gente tirou sangue de pedra. O resultado foi incrível para a época, uma explosão para a cena e uma divisor de águas para o metal extremo no Nordeste”, afirma Baloff.
“Esse disco ainda é um grande orgulho, como cada álbum da gente, até por que cada um saiu em uma época diferente. Na época, tava rolando um boom de death metal na Europa. Os grandes álbuns de death metal americanos e europeus saíram em 1991, mas no Brasil ainda não era tão divulgado. O thrash dos anos 1980 tava saindo de moda. Em 1993 veio a moda do black metal”, diz.
“Então nosso disco saiu nesse hiato. Sempre remamos contra a maré, contra a moda. Somos contra mesmo. A maioria das bandas de nossa época, salvo raríssimas exceções, meio que falsearam. Muitas começaram death, viraram thrash ou até grunge. Nós, não. Sempre fomos death metal. Tá no sangue”, afirma Baloff.
“Também tocamos em Vitória da Conquista em 29 de abril e em Feira de Santana, em 28 de maio. E ainda estamos fechando Fortaleza”, conta.
No segundo semestre, a banda para com os shows para gravar um novo álbum (o sexto da carreira), com vistas a uma nova turnê pela Europa em 2018 – a segunda da banda.
“Tocar Death Metal é uma eterna busca pela perfeição na música pesada e obscura da morte, musical e ideologicamente falando. Se o ímpeto por essa busca diminui com o tempo ou se acaba, é hora de parar. Não é esse o nosso caso. A ideia é estar sempre tentando se superar a cada novo álbum. O Culto nunca para”, conclui Baloff.
Headhunter DC, Desafio Urbano, Electric Poison, Batrakia, Maldita (RJ), Awaking, Indominous, Act of Revenge e Overdose Alcóolica / Terça- feira (28), 18 horas / Palco do Rock (Praça Wilson Lins, Pituba) / Gratuito
Born... Suffer... Die - 25th Anniversary Ed. / Headhunter DC / Cogumelo - Mutilation Records / CD + DVD: R$ 35 (Vendas através do Facebook da banda)
Born to Punish The Skies... Tribute to Headhunter DC / Várias bandas / Mutilation Records / R$ 18 / Vendas: www.mutilationrec.loja2.com.br
RIP Larry Coryell
ResponderExcluirhttps://musica.uol.com.br/noticias/efe/2017/02/21/guitarrista-larry-coryell-icone-do-jazz-fusion-morre-aos-73-anos.htm
Guitarrista fundamental do jazz rock. Tive o privilégio de entrevista-lo e assistir seu show (destruidor) em 2008, no Teatro Jorge Amado. Por sinal, ele adorava a Bahia e volta e mais andava por aqui.
http://rockloco.blogspot.com.br/2008/04/fuso-perfeita-de-humildade-e-talento.html?m=1
O canalhinha do Angorá botou o dedinho em riste na cara do repórter do Valor, ai santa!
ResponderExcluirhttp://www.diariodocentrodomundo.com.br/ato-falho-o-surto-de-moreira-em-entrevista-depois-de-uma-pergunta-sobre-lula-por-kiko-nogueira/
Típico de golpistas ditatoriais, como esse anão moral.
Sou fã. Da Headhunter mesmo, nem tanto do estilo, o Death Metal. Hospedei eles na época, quando vieram lançar o Born Suffer aqui em Aracaju - ok, hospedei muito mal, pq na verdade eles foram enganados pelo "produtor", que mandou eles pra minha casa sem que eu soubesse de nada, ou seja, não tinha porra nenhuma, passaram fome - eu também, não ia comer escondido muito menos comer e deixar eles com fome, né. Solidariedade roqueira, rs. Vou ver se compro essa edição especial aí ...
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