Limbo, foto Haze Estúdio de Criação |
Notícia nova: Alagoinhas é um dos destaques desta nova cena baiana.
E a banda Limbo, na ponta de lança do movimento cultural da cidade, se apresenta em Salvador neste sábado, dentro da programação (gratuita!) do NHL Festival 6, no Dubliner’s.
Com um EP intitulado Milequatro lançado no ano passado, a Limbo apresenta boas composições em inglês e português de sabor pós-grunge, pesado e psicodélico.
Aluno de Direito em Salvador, Zé Neto (o cabeludo de poncho na foto) responde pelos vocais, guitarra e teclado na banda. Articuladíssimo, ele quase esquece de falar da própria banda para vender a cena cultural de sua cidade como um todo: “Alagoinhas pulsa potencial. Tem muita gente criativa aqui, desde o início da cidade (fundada em 1853 por um padre português)”, diz.
“Aqui tem marcas fortes de arte, é uma cidade muito expressiva”, garante Zé, que do alto dos seus 19 anos, deixa muito roqueiro velho com suas ideias reaças no chinelo.
Rapaziada consciente
Limbo live. Foto Haze |
“Entendemos que o governo deve suprir a necessidade popular de acesso a cultura. Então tentamos viabilizar apresentações gratuitas, até para as pessoas daqui verem que Alagoinhas tem banda de rock, que é possível”, afirma.
“Não precisamos ficar se anulando. As práticas digitais de produção e difusão estão aí, então o que temos feito envolve isso, como a Caminhada Cultural da Cidade. Precisamos nos reconectar com as raízes, parar de olhar pra fora e olhar para Alagoinhas, ver o que temos, porque tem – só que as vezes tá escondido”, diz Zé.
Como o espaço aqui é limitado, não dá para falar de todos os artistas e espaços culturais citados, como o artista plástico Litho Silva, as bandas Inventura e Reggae Zambê, o Let's Go Pub, artista gráfico Antonio Lins, o grafiteiro Pinho Blures, a Casa do Boi Encantado e o coletivo Na Lata Cultural, mas fica o registro.
Formada por Zé, Levi (guitarra), Vagner (baixo), Victor (bateria) e Hiran (backing vocals), a Limbo, garante o artista, está em plena mutação.
“Nas novas músicas, vamos desenvolver uma linguagem nova. Antes vamos soltar um single ainda esse ano, gravado no Irmão Carlos, que vai sair na coletânea Ponto Sonoro, que ele lança em breve”, avisa.
NHL Festival 6 Especial Dia da Música apresenta: My Magical Glowing Lens (ES), SOFT PORN, Van der Vous, Limbo, Zaul, Barrunfo do Samba / Sábado, 19 horas / Dubliners Irish Pub / Grátis
NUETAS
Neto Lobo e Corisco
Neto Lobo & A Cacimba e Capitão Corisco & Bando Virado no Mói de Coentro cantam os maiores compositores nordestino no Projeto Salve Nordeste. Amanhã, 21 horas, Praça Pedro Archanjo, gratuito.
Ayam no Rockambo
O Rockambo de junho traz o incrível Ayam Ubráis Barco, Tabuleiro Musiquim e Gazumba. Sexta, 22 horas, Taverna Music Bar, R$ 15, R$ 10 (lista).
Wander Wildner quinta no Portela
O astro do rock gaúcho Wander Wildner é a atração do evento Quintas Artesanais no Portela Café, nesta quinta-feira. O músico, notabilizado nacionalmente nos anos 1980 à frente da pioneira banda punk Os Replicantes, traz a cidade o show do seu último álbum, Wanclub - Música para dançar Vol. 59. O disco, viabilizado em crowdfunding, é uma coletânea de hits como Um Lugar do Caralho, Eu Tenho Uma Camiseta Escrita Eu Te Amo, Bebendo Vinho e Surfista Calhorda – tudo regravado ao vivo em estúdio, marcando os 20 anos de sua carreira solo. No evento, a casa ainda oferece carta de cervejas artesanais e discotecagem do DJ Big Bross.
Ué, não era nesse governo - ilegítimo, sempre bom lembrar - que não ia ter mais indicações políticas?
ResponderExcluirhttp://www.diariodocentrodomundo.com.br/essencial/temer-mente-sobre-fim-de-nomeacoes-politicas-para-estatais-e-poe-ex-deputado-nos-correios/
http://g1.globo.com/politica/noticia/2016/06/deputada-do-psdb-pede-serra-para-contratar-diplomata-sem-concurso.html
Ah, é, esqueci. É que este governo é de mentirinha...
Mas de todas as burradas ridículas deste governo - ilegítimo, sempre bom lembrar - essa aqui é, por razões óbvias, minha preferida:
ResponderExcluirhttp://www.diariodocentrodomundo.com.br/e-se-um-amigo-de-lula-e-nao-de-aecio-fosse-o-maior-captador-da-lei-rouanet-por-kiko-nogueira/
Por isso, lembre-se: todas vez que vc topar com um coxinha patético babando e esbravejando que "tem que acabar com a Lei Rouanet", concorde com ele. O imbecil é tão otário que nem vai saber por que vc concorda....
Educação estilo tucano: fecha salas de aula, abre presídios.
ResponderExcluirhttp://www.brasilpost.com.br/2016/06/15/alckmin-fecha-salas_n_10479570.html?utm_hp_ref=brazil
A maravilhosa banda portuguesa Deolinda veio ao Brasil pela segunda vez.
ResponderExcluirhttp://screamyell.com.br/site/2016/06/14/deolinda-ao-vivo-na-praca-xv/
Salvador, claro, nem pensar. Pra que, né? Já temos Pablo e Ivete, shows de Jorge Vercillo e Wander Lee ai direto, quem precisa de um bando de portugueses obscuros?
Agora deixa dar uma real aqui.
O Deolinda traduziu o momento mais difícil da vida portuguesa desde a ditadura salazarista - a crise do Euro e a austeridade fiscal que se seguiu - com algumas canções extremamente inteligentes, como Parva Que Sou e Movimento Perpétuo Associativo.
A última vez que isso aconteceu aqui no Brasil foi com Inútil (1983), do Ultraje a Rigor, no tempo em que o senhor Roger Moreira ainda tinha um cérebro no lugar do vácuo sombrio que ele demonstra no twitter (por que música que preste mesmo, nem pensar).
O fato é que, neste momento horripilante da vida nacional, NENHUM ARTISTA BRASILEIRO conseguiu traduzir, em uma música popular e arrebatadora, o que estamos passando. Nenhum.
Aí o eterno otimista vai dizer: "Ah, e o Emicida? E Criolo? E aquele numseiquemzinho insignificante de visual hipster e bigode"?
Sorry, mas apesar de toda a pretensão e pose messiânica (ou justamente por causa delas) nenhum desses produziu uma obra com esse peso, esse perfil. Nenhum.
Nem eu acho que vão produzir. Falta talento, mesmo. Infelizmente.
A verdade é que estamos no mato sem cachorro.
Exigir isso da tríade Gil-Caetano-Chico seria até injusto, eles já o fizeram à larga entre os anos 60 e 80.
As gerações roqueiras dos anos 80 e 90 ou viraram a casaca, aliando-se ao inimigo (especificamente Lobão e Roger) ou se calaram e / ou se tornaram irrelevantes (todo o resto).
Enquanto isso, as novas gerações, que deveriam dar essa resposta, estão muito ocupadas correndo atrás de boquinhas junto a empresas de cosméticos e telefonia enquanto aparam o bigode, visitam brechós e retocam as tatuagens.
Tristes tempos.
Sem muito otimismo, curti a canção desse rapaz Ian Ramil: https://youtu.be/eeqfrszRxLI
ResponderExcluirTaí, Victor. É uma boa letra, uma tentativa muito digna do membro mais jovem do Clã Ramil (dos irmãos Kleiton, Kleidir e Victor).
ResponderExcluirMas ainda não tem aquele.. hum, tchan.
Para uma música se tornar hino, como Inútil e Parva que Sou, é preciso mais do que traduzir um momento histórico em letra e música - como Ian fez.
Infelizmente, é preciso uma dose de sorte também. Um timing de receita irreproduzível, que junta estar no lugar certo na hora certa com o saque certo da letra certa com o arranjo perfeito, direto, fácil o bastante para cair na boca do povo e bom o bastante para não ser meramente vulgar.
Como um raio, não é coisa que caia duas vezes no mesmo lugar.
Assinar uma canção assim é como acertar a mega-sena acumulada. Meio bênção (pela aclamação, fama e fortuna imediatas), meio maldição (afinal, esse artista estará para sempre associado àquela canção e àquele momento histórico, tendo que canta-la em todos os seus shows).
Mas enfim, acontece.
Análise certeira. Esse conjunto de fatores é uma receita tão complicada que nem os mega produtores da música pop, que transformam qualquer coisa em sucesso comercial, alcançaram
ResponderExcluir...felizmente
(e nem sabia que o Ian tinha todo esse hereditariedade. Valeu!)