Clemente e Fábio "Olho Seco" em 2012, com a galera. Ft Alice Vergueiro |
30 anos depois, o mesmo Sesc Pompeia reuniu os punks de ontem e de hoje para celebrar seu legado.
O resultado da reunião está no recém-lançado DVD O Fim do Mundo, Enfim (Selo Sesc), que traz um documentário de 40 minutos sobre o festival de 1982 e uma seleção com os melhores momentos do evento de 2012.
Bem realizado, o documentário de Camila Miranda se junta a outros filmes importantes sobre o tema, como Botinada: A Origem do Punk no Brasil (2006), de Gastão Moreira, e Guidable: A Verdadeira História do Ratos de Porão (2008), de Fernando Rick.
Além de trazer muitas imagens raras da ocasião, o filme traz depoimentos de pessoas envolvidas no festival – músicos, gente do movimento.
Ele também cumpre a tarefa de dimensionar o papel do evento, que botou o Brasil no mapa-múndi do punk, chamando atenção de Jello Biafra (fundador do Dead Kennedys), do clássico fanzine Maximum Rock ‘n’ Roll e até do Washington Post, segundo o escritor e dramaturgo Antonio Bivar, um dos organizadores do festival de 1982.
“A gente nunca tem a noção exata de quando está fazendo história”, diz por telefone Clemente Nascimento, figura fundamental do punk no Brasil, que se apresentou tanto no pioneiro festival de 1982, quanto no de 2012, à frente da mesma banda: Inocentes.
“Na verdade, a gente já se correspondia com bandas da Finlândia, da Itália, dos Estados Unidos. Mas não tinha ideia do tamanho que aquilo ia tomar, que ia ser considerado um dos mais importantes festivais punks do mundo. Muita gente ficou maluca, achava que São Paulo era a capital mundial do punk”, ri.
Caras de pau
A capa do clássico LP gravado no festival de 1982 |
“Procurei fazer uma amostra do que estava rolando, para onde o punk tinha ido. Já tinha uma segunda geração, com bandas como Flicts e Agrotoxico, além de outras diretamente influenciadas, como como Questions e até Devotos, do Recife”, conta.
Se, como estilo musical o punk segue bem vivo, como movimento social porém, ele já não tem tanta presença.
“Hoje temos mais uma cena musical, que existe e é fortíssima, inclusive com bandas excursionando lá fora. O grande legado do Começo do Fim do Mundo foi deixar enraizada a cultura ‘faça você mesmo’. Toda essa cena independente que você vê pronta hoje, começou ali. Esse modelo foi replicado por todo mundo depois, desde o Abril Pro Rock e todos os festivais independentes Brasil afora. Todos tem venda de merchan, mostra de cinema, fotografia etc. A gente replicou um modelo lá de fora que se tornou o modelo de um monte de gente, deu o exemplo de que dá pra fazer né”, afirma.
“Já como movimento, na minha humilde opinião, eu acho que não tem mais, até pelo contexto histórico. Havia uma ditadura. E o punk não tinha essa diluição em tantos estilos, como aconteceu depois. Muita coisa mudou, é difícil manter aquela força original como no começo”, percebe.
Um outro mérito daquelas bandas pioneiras de 1982 foi criar um som próprio. Isso, na verdade, tinha muito a ver com a ausência de técnica dos músicos e com a má qualidade dos instrumentos e equipamentos da época, mas que, no fim das contas, acabou por caracterizar o som do punk brasileiro.
“Ah, a gente era muita cara de pau, tinha essa coisa de dizer que não tinha ídolo. A gente se nivelou aos caras lá fora, tanto que o Jello Biafra adorava o punk brasileiro. No Maximum Rock ‘n’ Roll sempre tinha bandas brasileiras na parada que ele compilava”, diz.
“Ganhamos respeito, né? E levamos isso como uma coisa séria, a gente não procurava imitar ninguém. Gostávamos de fazer do nosso jeito”, diz.
Hoje apresentador do programa Estúdio Showlivre (TV Cultura), entre outras atividades em rádio, Clemente lembra que é punk desde 1978: “Minha primeira banda punk é de 1978, a Restos de Nada. Daí fui para a Condutores de Cadáveres, e em 81 formei o Inocentes. O festival foi em 82, então eu já tinha uns quatro, cinco anos como punk, que tava rolando na periferia, sem a grande imprensa saber”.
“Até por que a gente não tinha assessoria de imprensa. Acreditávamos que a imprensa nem queria saber”, conclui.
O Fim do Mundo, Enfim / Vários artistas / Selo Sesc / R$ 30 / Vendas: www.sescsp.org.br/livraria
Confirmado: o Congresso é, de fato, um puteiro:
ResponderExcluirhttps://br.noticias.yahoo.com/pol%C3%ADcia-investiga-caso-de-prostitui%C3%A7%C3%A3o-dentro-do-172356841.html
Saber a gente já sabia, né. Só faltava alguém confirmar. Agora não falta mais.
Agora, seu fosse essa garota de programa, tomaria cuidado lá dentro do congresso. As "colegas" ali daquela zona não veem esse negócio de livre concorrência com bons olhos. São vorazes, aquelas putinhas do congresso! Abocanham tudo! Qualquer pontinha tá valendo.
ResponderExcluirTOMA MEU LIKE!!!!!!!!!!!!
ResponderExcluirhttps://youtu.be/m92wwsCxk7k
E vc, já deu o seu? Seu like, não vá pensar bobagem!
Tem coisa melhor que ver coxinha espumando de raivinha? Não, né?
ResponderExcluirEsse vídeo do PdF (não confundir com PF) nem é dos melhores que eles já fizeram, tem outros muito mais engraçados, mas só por ter tirado do sério esse monte de coxinha histérico, mereceu meu primeiro like EVER para Gregório, Porchat & Cia.
Quando o vídeo Delação acaba, vem na sequência uma porrada de "respostas" dos ofendidinhos.
Por que sabe como é, né? Mexeu com Moro e Aécio, esses dois gigantes da moral brasileira, os mané sobem no salto, as santas!
Like, baby. Like.
A propósito, e o final de Walking Dead ontem, hein?
ResponderExcluirOs caras fazem tudo para manter um segredinho - e a respiração suspensa dos espectadores até a próxima temporada! TU-DO!
Nos quadrinhos a gente já sabe quem conheceu o poder de Lucille.
Clique aqui se não tiver problemas em ver uma pessoas tendo seu crânio esmagado por um taco de beisebol com arame farpado enrolado:
http://comicbook.com/2015/10/26/the-walking-dead-how-glenn-died-in-the-comics/
Mas e na TV? O episódio terminou sem deixar claro quem levou Lucille no coco.
Agora só na próxima temporada....
BURN. IN. HELL.
ResponderExcluirhttp://g1.globo.com/goias/noticia/2016/04/assassino-do-cartunista-glauco-cadu-morre-em-presidio-de-goias.html
A quem interessar possa:
ResponderExcluirSEGUE RELEASE:
TVE TRANSMITE CICLO DE DEBATES DA UFBA
A TVE Bahia e o Portal do IRDEB transmitem ao vivo, em parceria com a TV UFBA, de 04 a 08 de abril, sempre a partir das 18h30, direto do Salão Nobre da Reitoria da Universidade Federal da Bahia o ciclo de debates “Crise e Democracia’’. O evento tem como objetivo trazer para discutir com a população pensadores e nomes de destaque no cenário político nacional para analisar a atual conjuntura política e o futuro da democracia no Brasil. A transmissão via pelo IRDEB / TVE se dará através do link https://www.facebook.com/events/931369130315631/, pela TV online no Portal do IRDEB – http://www.tve.ba.gov.br/tveonline. O público pode interagir com a hashtag: #criseedemocracia. Na TVE o ciclo de debates “Crise e Democracia” pode ser assistido pelo canal 2, aberto analógico para Salvador e Interior; canal TVE HD 2-1 e 2-2, para capital, Região Metropolitana e Recôncavo, e nos canais fechados NET no canal 2, SIM no canal 2, SKY HD no canal 310-1, GVT HD no canal 2 e na CLARO HD no canal 402-1.
Confira a programação e os convidados dos debates:
04 de abril
Ricardo Antunes - sociólogo marxista, professor da Unicamp
Mariluce Moura - professora da Ufba
Fernando Carneiro – político
05 de abril
Selma Rocha - historiadora e política filiada ao PT
Zé Maria Almeida - político, foi candidato à presidência pelo PSTU
João Paulo Rodrigues - coordenador do MST
José Arbex Jr. - jornalista e escritor
06 de abril
Renato Rabelo - político, ex-presidente do PC do B
Vladimir Safatle - professor de filosofia da USP
Valter Pomar - historiador
Jorge Almeida - cientista político, professor da Ufba
07 de abril
Nildo Ouriques - economista
Júlio Turra- dirigente da CUT
Iole Ilíada Lopes - vice-presidente da Fundação Perseu Abramo
Luiz Filgueiras - professor da Faculdade de Ciências Econômicas da Ufba
08 de abril
Erminia Maricato - professora da Faculdade de Arquitetura e Urbanismo da USP
Marco Aurélio Nogueira - cientista político, professor da Unesp
Bob Fernandes - jornalista
Emiliano José - jornalista, político, ex-deputado federal pelo PT, professor da Ufba
RIP Gallieno Ferri
ResponderExcluirhttp://www.universohq.com/noticias/faleceu-gallieno-ferri-criador-grafico-de-zagor-e-mister-no/
Mestre dos fumetti da SBE (Sergio Bonelli Editore).
Li muito Zagor desenhado por ele, adoro!
Caralho, seis anos que Glauco foi assassinado??
ResponderExcluiro carinha só foi preso pq matou policial, o cara é uma pessoa doente...teria que ficar num manicômio judicial...não pdoe ficar a solta assim...não que qualquer um que tenha a doença dele tenha que ficar, mas pelo histórico do cara...ele tinha que tá preso, ou sob custódia...enfim...
vi esse episódio do TWD, mas não vi nenhum outro dessa temporada, vou assistir, num vejo série praticamente, mas sacumé, às vezes assistimos pelos outros...mas passa "leve"...mesmo que seja o Glenn assassinado, eles conseguiram manter o mistério...tem lido a HQ?
Pois é Sputter, mas é nenhuma, a essa hora aquele desgraçado tá levando pica do tinhoso no rabo em alta!
ResponderExcluirLeio TWD sempre que a editora lança os encadernados por aqui.
rapaz...baixo e leio...pelo menos a última eu li, traduzida...
ResponderExcluiro video do PDF tem mais deslikes do que likes...pq será??
Provavelmente por que a maioria dos brasileiros é formada por antas que sofreram lavagem cerebral da veja e congêneres - coxinhas fascistas, infelizmente.
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