O lançamento Vírus Tropical, da equatoriana Power Paola, portanto, é algo a ser comemorado por fãs de quadrinhos.
Essencialmente autobiográfica, a HQ narra a infância e juventude da autora com sua família um tanto disfuncional, responsável tanto pelo humor, quanto pelos dramas familiares que permeiam a obra.
Seu pai, um ex-seminarista ligeiramente alheio ao resto do mundo, costumava ministrar missas clandestinas em casa aos domingos.
A mãe, sempre meio estressada, lia a sorte em um jogo de dominós velhos para as crédulas madames da sociedade quitenha.
Caçula, Paola ainda tinha duas irmãs mais velhas: Claudia e Patty, cada uma com suas singularidades.
Para completar, a casa ainda abrigava Chavela, a empregada doméstica sem limites, tratada como “da família”.
Gravidez ou gases?
Contada assim, Vírus Tropical poderia muito bem ser uma HQ brasileira.
De fato, as sociedades sul-americanas em geral guardam mesmo muitas semelhanças – e nesta obra, elas brotam das páginas a todo momento.
O próprio nascimento da autora, como ela o narra, é bem característico de países sul-americanos.
Filha temporã, sua existência no ventre da mãe durante a gravidez foi inicialmente diagnosticada pelo seu médico como um “vírus tropical”. Depois, “gases”.
Na adolescência, Paola e irmãs foram morar na Colômbia, em Cali, justamente na época em que lá havia um poderosíssimo cartel de traficantes.
Em meio a festinhas de embalo e tiroteios ocasionais, vemos Paola lutar para se impor como mulher e artista em uma cidade onde era vista como gringa e faziam pouco do seu sotaque.
Uma bela obra sobre superação, relações de família e sociedade.
Vírus Tropical / Power paola / Nemo / 160 páginas / R$ 39,90
Entrevista DEVASTADORA de Eduardo Scott :
ResponderExcluirComo ensina o mestre John Lydon, "Anger is an energy".
http://cabinecultural.com/2015/07/07/entrevista-com-o-musico-e-ex-camisa-de-venus-eduardo-scott/
MAIS PUNK IMPOSSÍVEL.
Nunca, jamais se leu na imprensa uma conversa tão solta e verdadeira, com o vocabulário dos verbos e adjetivos livres de qualquer censura, sem freios e fora de controle. Scott DETONA TODO MUNDO que tem que ser detonado. E outros mais.
É o estilo "nada a perder" como se o mundo fosse acabar hoje, "então vamos botar tudo pra fora". Tanto da parte do entrevistado como do próprio entrevistador. O jornalista Elenilson Nascimento TAMBÉM mandou ás favas a polidez e a imparcialidade, deixa claro de que lado está e manda ver nos palavrões.
O frontman do Gonorréia e ex-Camisa de Vênus joga TODA a merda no ventilador. Doa a quem doer.
Foi em junho 2015 que essa Bomba Atômica da Verdade explodiu...
O Apocalipse chegou.
Para ler tudo, recomendar a todos, baixar em seus arquivos e guardar com carinho. E com raiva punk.
http://cabinecultural.com/2015/07/07/entrevista-com-o-musico-e-ex-camisa-de-venus-eduardo-scott/
https://br.noticias.yahoo.com/blogs/eita/cad%C3%A1ver-n%C3%A3o-%C3%A9-enterrado-para-participar-de-sua-%C3%BAltima-festa-de-anivers%C3%A1rio-170333895.html
ResponderExcluirprecisa de comentário chico?