André LR Mendes é um amante a moda antiga. Foto: Cintia M. |
Desde 2011, o cantor e guitarrista André LR Mendes tem se dedicado a lançar um álbum por ano, sempre no dia 15 de julho, data do seu aniversário.
O deste ano se chama Arquipélago e – assim como os quatro anteriores – está disponível para download no www.andremendesmusica.com.br.
Juntos, os cinco álbuns somam mais de 60 canções inéditas, gravadas em estética espartana: voz, violão (ou guitarra), alguma percussão ou efeito eletrônico sutil embalando letras e melodias suaves, plenas de artigo cada vez mais raro – especialmente na música baiana: delicadeza.
Se nos três primeiros (Bem-Vindo à Navegação, Enfim Terra Firme e Amor Atlântico), ele ainda lançava mão do serviço de produtores (andré t. no primeiro, Jorge Solovera nos outros dois), nos dois últimos (Surfbudismo e Arquipélago) ele passou a se autoproduzir através do aplicativo Garage Band, do iPad.
“A qualidade de gravação não chega a ser similar a de um estúdio profissional”, admite André. “Mas se você tem atenção aos arranjos e à execução, não fica tão aquém, não. Fora que você tem a liberdade de gravar a hora que quiser e testar arranjos a vontade”, afirma.
E para ele, essa facilidade gerada pela tecnologia digital é caminho sem volta: “Meu caminho é esse”, afirma o músico.
“É libertador. Faço tudo: da composição até a parte gráfica, só usando essa ferramenta. Então é o ‘faça você mesmo’ – a máxima do punk rock – total para os dias de hoje. Apesar do som não ter nada de punk”, observa André.
A saga da Maria Bacana
Matéria sobre a Maria Bacana. Revista Showbizz, 199?. Do 90'Underbahia |
Admirada por grandes nomes do rock nacional como Wander Wildner e Dado Villa-Lobos, a banda lançou um único álbum autointitulado pelo selo Rock It! (de Dado), em 1997, legando hits do subterrâneo como Caroline e Primavera.
Não foi a toa que o guitarrista da Legião Urbana fez questão de lançar a antiga banda de André pelo seu selo desde 1995: o punk rock melódico e de letras sensíveis da Maria Bacana era claramente influenciado pela banda liderada por Renato Russo, então agonizando no leito de morte.
Lançado o álbum em 1997, a imprensa chegou a comparar a Maria com a Legião e tudo. Infelizmente, uma série de fatores levaram a banda a naufragar fragorosamente.
Sobre essa história, longa e complicada, vale buscar na internet o texto de Ricardo Cury que conta a saga da Maria Bacana.
Com os vinte anos daquele álbum histórico se aproximando, fica a pergunta: não rola um showzinho pra comemorar, não?
André no clipe da faixa Casa. Foto: Cintia M. |
Perda de tempo é ler os comentários
Mas agora André está mesmo concentrado é em divulgar Arquipélago. Quinto da série de álbuns solo iniciada em 2011, marca um momento bem difícil para o músico: a perda da mãe, no início do ano.
“O tema do disco é a transformação da vida. A transformação de algo difícil é algo positivo. Uma gotinha de amor e positividade nesse oceano de intolerância das redes sociais”.
“Até falo sobre isso numa música: ‘Amor não é perda de tempo / Perda de tempo é ler os comentários do Uol’, na faixa O Amor Não Se Perde”, conta André.
Músico que, infelizmente, pouco se apresenta ao vivo devido a todas as complicações inerentes ao fato de ser um artista independente, André diz que pretende fazer um show para lançar Arquipélago.
“Tô doido para fazer show. Mas o alcance dos discos é muito maior. Artista solo, sozinho mesmo, tem que contar com a boa vontade dos amigos para tocar. Viajar é complicado, mas estou aberto para qualquer convite daqui ou de fora da Bahia, em qualquer formato: com banda, voz e violão, o que for”, avisa.
Elogiado a cada lançamento pela imprensa especializada (como a revista Rolling Stone e o site Scream & Yell), André convida quem tiver interesse a baixar seus discos: “É de graça, mas quem quiser pode contribuir com R$ 5, um valor simbólico”.
André Mendes / Arquipélago / Independente / Baixe: www.andremendesmusica.com.br
Por essas e outras que acho o militarismo uma doença, uma praga a ser exterminada da sociedade em todos os países. Sem militares e a cultura belicista, o mundo seria outro.
ResponderExcluirhttp://www.brasilpost.com.br/2015/07/20/cultura-policia-militar_n_7833050.html?utm_hp_ref=brazil
Mas isso, obviamente, é uma utopia.
Mas felizmente, fiquei velho, mas não perdi meus ideais. É nisso que sempre acreditei e continuo acreditando e vou morrer acreditando.
Pena que nem todos conseguem manter seus ideais depois dos 40.
Cunha's potato is cooking hot, babe!
ResponderExcluirhttp://www.brasilpost.com.br/2015/07/21/eduardo-cunha-cadeia_n_7839238.html?utm_hp_ref=brazil
Pela primeira vez na vida (espero que a única), concordei com John McCain:
ResponderExcluirhttp://www.brasilpost.com.br/2015/07/21/trump-homens-capturados_n_7836930.html?utm_hp_ref=brazil
Puta babaca nojento podre de rico.
Dois retratos de um país medieval:
ResponderExcluirIgreja e Forças Armadas são as instituições com maior confiança dos brasileiros, diz CNT/MDA (PESQUISA)
http://www.brasilpost.com.br/2015/07/21/igreja-confianca-brasil_n_7841192.html
38% dos universitários brasileiros são analfabetos funcionais:
http://www.emdialogo.uff.br/content/38-dos-universitarios-brasileiros-sao-analfabetos-funcionais
E assim entendemos melhor o porque de tanta estupidez, violência, racismo, machismo, fanatismo, ignorância, homofobia - e outros etcs - generalizada
Bem que eu tinha achado esse disco novo do Tame Impala uma merda:
ResponderExcluirhttp://www.elcabong.com.br/tame-impala-plagiando-legiao-urbana-tire-sua-propria-conclusao/
Crítica arrasadora do show do Camisa em SP:
ResponderExcluirhttp://screamyell.com.br/site/2015/07/19/camisa-de-venus-ao-vivo-em-sao-paulo/
Para variar, Barça dá um banho de sensatez:
ResponderExcluirhttp://entretenimento.r7.com/blogs/andre-barcinski/uber-nao-obrigado-20150721/#comments
Isso é foda. Algum hipster espertinho cria um aplicativozinho de celular qualquer e acha que pode anular toda uma classe trabalhadora em favor de... de.. peraí, de quem mesmo?
Depois dos músicos, jornalistas, cineastas e sei lá mais quem, agora são os taxistas que emperram a mudernidade.
Se isso é cultura digital, vou morrer analógico.
Bester Langs:
ResponderExcluir“Não vai haver aposentadoria nessa porra nunca mais?”