Toda segunda e sexta tem ensaio aberto da ORC no Hansen Bahia |
Centro da cena do reggae baiano, ela já nos legou nomes importantes como Edson Gomes, Sine Calmon e Nengo Vieira, entre outros.
É nessa tradição que vem de lá agora outra bela surpresa: a Orquestra Reggae de Cachoeira, uma iniciativa do maestro local Flávio Santos.
Criada em 2012, a ORC une a riqueza da música reggae em belos arranjos orquestrais com ação social, pois seus músicos são jovens da cidade que aprendem a tocar seus instrumentos com o maestro.
E pensar que até 2012 Flávio sequer lia partituras. Ex-músico de Sine Calmon em sua banda Morrão Fumegante, Flávio já atuava na centenária Orquestra Filarmônica Lyra Ceciliana.
“Mas sempre sonhei em ter um grupo instrumental e atuar como maestro”, conta.
“Eu era só um trompetista que malmente lia a partitura. Foi por meio do incentivo do Secretário de Cultura de Cachoeira, José Luis Bernardo, que comecei a estudar”, diz.
Através de uma bolsa da Funarte, Flávio estudou Técnicas de Bocais em Mariana (MG). De lá foi para o Rio, onde cursou Regência na UFRJ. E do Rio partiu para Aracaju, onde estudou Composição e Arranjo.
“Quando voltei, comecei a ensinar as crianças e jovens da cidade – e a aprender com elas também”, afirma Flávio.
Flávio descobriu que a divisão 4X4 das marchas de filarmônica é a mesma batida do reggae. "O que me inspirou mesmo foram as filarmônicas e os artistas locais como Edson Gomes, Sine Calmon, Nengo Vieira e a família (da banda) Remanescentes", afirma.
Facilidade com crianças
Disciplina e boas notas na escola são exigências para participar da ORC |
“Realmente, tudo aconteceu muito rápido. Mas tive também uma boa orientação da (produtora) Débora Bittencourt ao trabalhar com as crianças”, conta.
“De início, eu só queria trabalhar com músicos profissionais, mas Débora teve essa ideia por que viu que eu tinha facilidade de ensinar às crianças. Agora temos alunos até com mais de 40 anos de idade”, revela Flávio.
"Estamos nos estruturando ainda por aqui. Por enquanto vamos mostrando nosso trabalho por aqui, mas vou tentar um edital (de circulação) para rodar a Bahia – e depois rodar o mundo. A ORC é um projeto social, quero rodar com as crianças para evitar de ir para o caminho errado. Música é vida, saúde. E nosso trabalho se pauta pelo máximo de respeito a música e aos músicos. E tem que ter nota boa no colégio para participar. A nossa disciplina é rigorosa, acho que é importante. O pessoal reclama um pouco de minha disciplina por que fui do exército, mas desde o começo nenhum músico saiu do orquestra. Pelo contrario, tem muita gente querendo entrar. E temos vagas, ainda. Interessados podem se inscrever", relata.
Após muito ensaiar, a ORC tem feito concertos pelo Recôncavo e cidades próximas. Breve, vem à Salvador.
"Gravar essas musicas foi o maior sufoco, por que foi no estúdio de jornalismo da UFRB (Universidade Federal do Recôncavo Baiano), que não é de gravação, né? Mas saiu legal e queremos agradecer ao coordenador do estúdio, o professor Danilo Baratta. E sim, queremos gravar um álbum completo, mas para isso precisamos de apoio, né? Pretendemos gravar, sim", conta.
NUETAS
Kisser Clan@Groove
Liderado pelo guitarrista Andreas Kisser, a banda Kisser Clan aporta em Salvador para apresentação única no Groove Bar. Projeto paralelo do membro do Sepultura, o KC conta com seu filho Yohan dividindo os solos. No repertório, clássicos do metal. Dia 10 (sexta- feira), pague R$ 40 até hoje. Amanhã vira para R$ 50.
Eflúvios psicodélicos
A noite de sábado no Rio Vermelho será tomada pelos eflúvios psicodélicos sessentistas das bandas locais Van Der Vous e A Flauta Vértebra. Pinta lá, que vai ser um barato, bicho. Dubliner’s, 22 horas, R$ 10
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