O segundo álbum da banda pós-Oasis de Liam Gallagher vem com produção mais moderna – no bom sentido – de Dave Sitek (TV On The Radio), mas sem perder aquele acento beatle que marca toda a carreira do
A honestidade do rock ortodoxo
Ortodoxa, a banda paulista Ted Marengos canta em inglês e pratica classic rock como se fosse 1974. Os estilos vão do hard rock ao folk. Há até uma releitura para Ohio, do Crosby Stills Nash & Young. Nada contra: antes uma cópia honesta à originalidade árida (ou chata, mesmo) da “nova” MPB pós-Los Hermanos. Ted Marengos / First Prints / Independente / Preço não divulgado
Vanguarda universitária
O segundo álbum do trio paulista O Terno até que começa legal, com o metabrega Bote ao Contrário e a psicodelia de O Cinza. Mas logo sucumbe a um certo experimentalismo universitário de dar sono. Pena, pois potencial não lhe falta. O Terno / O Terno / Independente / R$ 24,90 / Baixe grátis: www.oterno.com.br
Guitarra Made in Brazil
O veterano guitarrista Tony Babalu (ex-Made in Brazil) apresenta seis belos temas instrumentais neste álbum gravado ao vivo no estúdio. O som vai na linha jazz easy listening, com texturas suaves e solos melodiosos, como em Halley 86. Tony Babalu / Live Sessions at Mosh / Amellis Records / R$ 24,90
Um contrabaixo ao sol
O contrabaixista Zéli Silva sai da sombra do músico de acompanhamento e faz um elo álbum de jazz brasileiro com colaboradores de primeira linha, como Tatiana Parra, Chico Pinheiro, Arismar do Espírito Santo, Léa Freire e outros. Zéli Silva / Una: Zéli Silva convida / Independente / R$ 24,90
Feminismo em cartuns
Cartunista e feminista até o osso, a alemã Franziska Becker finalmente é publicada no Brasil nesta bela coletânea que inaugura o selo de HQs Barricada, da Editora Boitempo. Mesmo com boa parte do material produzido nos anos 1970, ainda é bem atual. Política, moda, trabalho, religião, sexo etc em cartuns matadores. Último aviso / Franziska Becker / Barricada/ 130 p./ R$ 49
Barroco, latino e asmático
Obra máxima do cubano Lezama Lima (1910- 1976), Paradiso é uma radicalização do barroco na literatura latina, no qual mais valem as imagens e sugestões literárias do que a trama em si. Esta, meio autobiográfica, se desenvolve em torno de um idoso asmático às voltas com suas muitas memórias e divagações. Paradiso / José Lezama Lima / Estação Liberdade / 612 p. / R$ 74
Noites sem dormir
O famoso relato multivocal e sem rodeios do underground novaiorquino entre os anos 1960 e 70 ganha nova edição em versão pocket em um único volume (a edição pocket anterior era dividido em dois). Das orgias na Factory de Andy Warhol às muitas noites sem dormir no CBGB’s, uma sequência de causos roqueiros às vezes hilariantes, às vezes assombrosos e até tristes. Mate-me por favor / Legs McNeil, Gillian McCain / L&PM/ 464 p./ R$ 42
Assim ou Asimov?
Um dos maiores épicos da ficção científica, a trilogia Fundação saiu entre 1942 e 1953. A pedidos dos fãs, Isaac Asimov ampliou a mitologia da série nos anos 1980, com mais quatro livros: dois pré e dois pós-eventos da trilogia original. Este é um dos “pré”. Como tudo que Asimov fazia, é entretenimento com (muito) cérebro. Origens da Fundação / Isaac Asimov / Aleph / 408 p./ R$ 54
A odisseia de Homer. Não o Simpson.
O experiente autor infantojuvenil Luiz Antonio Aguiar arrisca narrara vida do autor grego Homero, autor de Ilíada e Odisseia. Como ninguém sabe direito da vida do homem, nem mesmo se ele realmente escreveu esses livros, Luiz solta a imaginação e cria uma grande aventura épica. Homero: aventura mitológica / Luiz Antonio Aguiar / Galera Record/ 248 p./ R$ 58
Só cantar bem não é o bastante
Cantora de certo sucesso nos anos 1990, a canadense Sarah McLachlan oscila perigosamente entre a grandiloquência e a diabetes em seu novo álbum, Shine On. Ser dona de uma linda voz e senhora de técnica refinada nem sempre é o bastante. Sarah McLachlan / Shine On / Universal / R$ 29,90
Beethoven, bitch!
Patrimônio nacional, o pianista Nelson Freire executa aqui, sob a regência de Riccardo Chailly, o Concerto Para Piano nº 5 (Imperador) (não confundir com a 5ª Sinfonia, aquela do tchan-nan-nan-nan) e a Sonata Nº 32, de Beethoven. Não dá para ser melhor que isto. Nelson Freire, Riccardo Chailly / Concerto Nº 5 Emperor / Universal / R$ 29,90
Punkcreas rock
O segundo EP do quinteto local Pancreas traz um rock despretensioso e debochado, com ênfase na boa interação entre a dupla de guitarristas. Destaque para Ela Gosta de Forró com cara de hit e a balada ginecológica Priscilla. Pancreas / Na Esquina / Independente / Baixe: soundcloud.com/pancreasrocknroll
Madeira de dar em doido
O quarteto de violões Maogani presta belo tributo ao verter as obras para piano de Ernesto Nazareth (1863 - 1934) em arranjos para cordas. Tango brasileiro, polca, valsa e foxtrot em sofisticação erudita. Maogani / Pairando - Maogani interpreta Nazareth / Biscoito Fino / Preço não divulgado
800 páginas para te convencer a ter juízo
Muito já se estudou sobre as religiões, suas fundações, contradições, massacres. A descrença, contudo, é pouco pesquisada. Aqui, o historiador Georges Minois busca preencher a lacuna, indo desde a Antiguidade Clássica até o Século 21. Com quase 800 páginas, pode-se dar a missão como cumprida. História do Ateísmo / Georges Minois / Editora Unesp/ 762 p./ R$ 84/ editoraunesp.com.br
Pantera, vista do baixo
Uma das bandas que renovaram o heavy metal nos anos 1990, a texana Pantera teve fim abrupto (e definitivo) quando o guitarrista Darrell Dimebag Abbott foi abatido a tiros em pleno palco, em 2004 (durante um show de sua banda Damage Plan). Neste livro, a história da banda é contada pela visão do baixista Rex Brown. Drogas, sexo, caos absoluto etc. Verdade Oficial: nos bastidores do Pantera / Rex Brown e Mark Eglinton / Ideal / 288 p./ R$ 39,90/ edicoesideal.com
Ato final
O sexto e último EP da banda Orange Poem traz Teago Oliveira (Maglore) nos vocais em três faixas sombrias e de acento prog rock linha Pink Floyd – com direito a homenagem. Experimento interessante, vale ouvir. The Orange Poem / Crowd / Independente / Baixe: elmirdad.blogspot.com.br
A Augusta vive
Um raro representante do (hoje combalido) rock paulista que soa interessante, o quarteto Inky mistura indie rock, eletrônica e a velha new wave em um som ao mesmo tempo energético e climático. Ouça: Echoes in The Groove e Massive. Inky / Primal Swag / Independente / Preço não divulgado
Já ouviu? Já.....
Crispim Soares é um quarteto indie rock moderninho de Blumenau e este é seu primeiro álbum. Acrescenta pouco ao que já se ouviu nessa seara já tão batida, mas mantém a aura cool nas faixas O Leão e Sobrenome. Crispim Soares / Algumas Pessoas Dançam / Preço não divulgado / crispimsoares.com
Sempre teremos Paris?
Uma série de assassinatos estranhos na Paris da Belle Epóque levam o livreiro Victor Legris a investigar o que, afinal, está acontecendo. Premiado, este romance é elogiado não só pelo mistério e suspense, mas também pela ambientação caprichada, por captar o clima da Cidade Luz. Assassinato na Torre Eiffel / Claude Izner / Vestígio/ 256 p./ R$ 29,90/ grupoautentica.com.br
Diversão ectoplasmática
O escritor Claudio Blanc selecionou e adaptou 13 contos de assombração clássicos. Tem Lovecraft, Maupassant, Stevensson, Tchekov, Le Fanu, Conan Doyle, Yeats e claro, Poe. As ilustrações macabras de Kako ajudam a criar o clima. Para ler nas noites de chuva.Avantesmas: 13 histórias clássicas de fantasmas / Claudio Blanc e Kako Autêntica/ 208 p./ R$ 39/ grupoautentica.com.br
Há quem não goste
Deus da soul music sensual mas nunca vulgar, Reverendo Al Green tem essa coletânea de 1975 lançada no Brasil. Ou seja: é só o filé. Citar faixas é até covardia, mas estão aqui Let’s Stay Together, Love And Happiness, Tired of Being Alone etc. E ainda tem gente que ouve MC Guimê. Lord have mercy! Al Green / Greatest Hits / Deck / R$ 29,90
Moz preocupado
Cinco anos desde o último álbum de inéditas, e eis o Príncipe da Dor e da Discórdia de volta ao seu ofício. Em 12 faixas, uma geral na geopolítica (World Peace...), na barbárie (Istanbul) e nas prisões irlandesas (Mountjoy). Moz está preocupado com o mundo, gente. Morrissey / World Peace Is None of Your Business / Universal / R$ 29,90
Dupla esquecida
Hoje meio esquecida, dupla Luhli & Lucina já teve canções gravadas por grandes nomes da MPB. Neste belo tributo, o cantor Dhenni Santos e seu vozeirão grave recuperam 20 composições (há inéditas) em arranjos prefrentex. Bonito. Dhenni Santos / Pedra de Rio: A Obra de Luhli e Lucina / Mills / Preço não divulgado
As duas únicas coisas
Vovó já dizia: as únicas coisas certas na vida são a morte e os impostos. Os últimos ainda se pode (mas não se deve) sonegar. Já a morte... Neste livro fofo, a morte, de vários pontos de vista. Se você é um dinossauro, todos os seus amigos estão mortos. Se você é uma fita cassete, todos os seus amigos estão ultrapassados - e assim por diante. Todos meus amigos estão mortos / Avery Monsen e Jory John / Ideal/ 96 p./ R$ 19,92/ idealshop.com.br
O terceiro episódio
Comparada por Arthur C. Clarke (2001: Uma Odisseia no Espaço) ao Senhor dos Aneis de Tolkien, tamanha a sua grandiosidade, a saga Duna, de Frank Herbert tem seu terceiro volume lançado. Nove anos após os eventos de O Messias de Duna, os filhos de Paul Atreides vivem sob o jugo de sua tirânica tia. FC épica, de tons ecológicos. Filhos de Duna / Frank Herbert / Aleph/ 432 p./ R$ 54/editoraaleph.com.br
O rei da comédia farsesca
A mais famosa peça de Oscar Wilde (1854-1900) é uma comédia farsesca que, como tudo mais que ele fazia, evidenciava o jogo de aparências e as frivolidades da aristocracia e da alta sociedade. Muitas de suas frases mais famosas estão aqui, como “Estou enjoado de tanta inteligência. Todos hoje são tão sagazes. (...) Como eu gostaria que ainda restassem alguns imbecis”. A Importância de Ser Prudente / Oscar Wilde / L&PM/ 104 p./ R$ 16,90/ E-book: R$ 11,90/ lpm.com.br
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ResponderExcluirE aí, galera?
Esse terceiro disco dos Dead Billies sai ou não sai?
Sei disso há 4 meses. Minhas fontes internas são fidedignas.
Sei que o som dos Billies está mais AMARGO e PESADO do que nunca. Produção de André T e letras em inglês, português e espanhol.
Quando rolarem os shows, é claro que eu vou estar lá. Porquê, algum chorão vai chorar?
Nada disso é mais segredo há algum tempo. Sim, o disco sai. O show? Muito provavelmente, jamais.
ResponderExcluirhttp://www.elcabong.com.br/os-quatro-dead-billies-se-reunem-e-gravam-disco-de-ineditas/
rapá, tu me falou isso, pensei q fosse lenda...nesse caso acho que fui o último a saber...mas sei lá...vamos ver o disco sair pra ver da colé...como são faixas antigas dos DB, em sua maioria, devem ser legais...tenho medo dessas em portuga e espanhol..vamos ver como sai...nada contra letras em portuga...mas os Billies tinham excelentes letras em inglês, super bem escritas...até mesmo as "engraçadas" eram super bem escritas...Moskabilly tem um inglês excelente e manja das paradas...mas em portuga...vamos ver...
ResponderExcluir.
ResponderExcluirClaro que não é mais segredo há algum tempo. Eu não disse que é. Mas minhas fontes me pediram pra segurar o anúncio até terminarem a mixagem. Agora sim eu posso soltar.
Sei que Glauber encarnou o personagem Mosckabilly melhor do que nunca.
"Eu não participei de um projeto. Apenas colaborei com 90% da criação."
rarararararara esse sim é o mau e velho Glauber que eu conheço.
O velho Glauber ou o Velho Moska?
ResponderExcluirhehehehehehe
http://www.paulmccartney.com/live
ResponderExcluirAgora é oficial
Duas imprecisões nos textos: Liam era o vocalista do oasis, não guitarrista, e quando Dimebag morreu, o Pantera já havia acabado. ele morreu no palco, mas em outra banda.
ResponderExcluirAcompanho sempre seu blog. Sou fã. Nunca pare com ele, ok? é uma forma de quem não mora em Salvador acompanhar também seu trabalho.
Um abraço!
Não vou nem falar nada, os fatos já falam por si:
ResponderExcluirProibido de apoiar Dilma, Xico Sá deixa a Folha
http://www.brasil247.com/pt/247/midiatech/156823/Proibido-de-apoiar-Dilma-Xico-S%C3%A1-sai-da-Folha.htm
Foda-se, vou falar: e ainda tem gente que se acha muito bem informado lendo os "Reinaldões" nas vejas da vida. Caralho, há até quem compre livros dessa gente!
Enfim... cada qual, cada qual. Não adianta ficar qui se esgoelando, mesmo. Querem comer merda? Os penicos estão cheios até a boca.
SIRVAM-SE.
Oi, Adelvan! Obrigado pela audiência e pelas correções. Porra! Passei a vida inteira confundindo esses irmãos! Podia jurar que Liam era o guitarrista e Noel, o vocalista. Por isso mesmo, não chequei. Falha minha.
ResponderExcluirE sobre o Pantera, eu até sabia que Dimebag foi morto em um show do Damage Plan, e não do Pantera - que já estava desativado há anos quando houve o assassinato. É que essas notas são feitas para caber em caixinhas exíguas de texto no jornal, espaços mínimos, aí não dá para entrar em muitos detalhes como este,só para dar uma ideia geral para o leitor leigo...
Abç!
A propósito, tenham fé: ainda hj, posts nuevos en nuestra bagaça. O ritmo de festa tá phoda na redación...
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