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terça-feira, setembro 23, 2014

RENATA BASTOS: UMA MULHER E TREZENTAS IDEIAS

Renata Bastos , foto Natália Arjones
 É enfeitada pelo sorriso iluminado da cantora Renata Bastos que a coluna o blog respira aliviada: há quanto tempo não vemos uma moça por aqui! Só dá marmanjo feio – ainda que talentoso?

O legal é que, além do sorriso, Renata tem uma voz muito bonita. Talvez você já a tenha visto por aí. Ela realiza regularmente um show em tributo a Bob Marley no Commons Studio Bar, chamado Three Little Birds.

Ela também participa do coletivo Nossos Baianos, que reúne uma pá de gente legal do cenário alternativo em homenagem aos Novos Baianos.

Mas se fosse só isso – o que já é alguma coisa – ela não estaria aqui. Renata está em plena produção do seu primeiro trabalho autoral, produzido pelo competente Thiago Kalu, que já passou por esta coluna este blog.
Além disso, ela ainda tem outro projeto autoral com o músico Peu Tanajura, uma banda de releituras chamada A Trois com Bruna e Julia (da Lily Braun) e, como se fosse pouco, ela é uma das idealizadoras do Minavu, uma plataforma digital de arte feminina, ao lado de Andrea Martins e Natália Arjones.

“Olha, eu sou bem organizada, viu?”, garante Renata. “Sério, tenho até TOC. O povo dá risada, mas comigo é assim”.

“Eu tenho que fazer foto, flyer, divulgar na imprensa... Eu que faço tudo”, afirma.

Baiana de Salvador, ela é publicitária por formação e morou três anos no Rio. Quando voltou, em 2013, veio decidida a trabalhar só com música.

Dividindo sonhos

Mesmo com tanta coisa acontecendo ao mesmo tempo, Renata diz que não perde o foco: “A coisa principal é o trabalho solo com meu nome, que está sendo produzido por Kalu”, diz.

“Mas meu grande lance é que sou intérprete. Sempre cantei as músicas dos meus amigos. Me preocupo muito com a questão da interpretação”, afirma.

Ainda assim, outros dois trabalhos batem forte em seu coração: Nossos Baianos e o Three Little Birds.

“O Nossos Baianos é um coletivo de 12 artistas que tem seus trabalhos e todos são compositores. São várias pessoas que dividem os sonhos. Isso me inspirou bastante. Aí eles pegaram minhas letras e começaram a  musicar”, conta.

Renata Bastos , foto Natália Arjones
"Mas minha paixão mesmo, atual, é o tributo ao Bob Marley. É um show que comecei a fazer acústico e aí atraiu muita gente bacana do cenário de reggae. São músicas que conheci menina, sempre fui apaixonada por Bob e também nunca vi nenhuma mulher fazendo um show só com o repertório dele. É tudo tão instintivo que nunca nem fiz nenhum ensaio. Como somos todos apaixonados por reggae, a gente toca seguindo os arranjos originais, mas sempre tem ago nosso também. Tudo isso me emociona muito. Eu choro e tudo, é um negócio que não sei nem explicar", relata.

Já o trabalho com Peu Tanajura se chama Univocalinos. "Peu é um grande incentivador do meu trabalho autoral. Mas quando vi que o material que produzimos juntos não tinha muito a ver com meu trabalho solo, resolvi fazer à parte. Aí no nosso penúltimo ensaio, Andrea Martins fez uma piada, dizendo que nós somos gêmeos. Aí ficou essa piada. Vamos lançar este projeto como Unívocalinos", conta.

E o Minavu, do que se trata mesmo?  "É uma plataforma de produção e divulgação de artes da mulher. É que eu e Andrea sempre tivemos várias ideias, mas não conseguíamos organizar direito. Aí encontramos Natália, que é mais organizada e trabalha melhor com essa parte de comunicação e burocracia. Começamos a nos encontrar e resolvemos fazer uma festa com todas as mulheres daqui que tinham trabalhos incríveis, mas ninguém conhecia. Tem tanta mulher fazendo coisas legais e ninguém conhece. Por que não fazemos um projeto para divulgar? A gente chama as pessoas para faz um grande evento com bandas de mulheres musicistas, mulheres fotógrafas, escritoras, chefs - pessoas que estão ao nosso redor. E tivemos um ótima resposta. Temos um site que abriga sem custo nenhum vários trabalhos. Divulgamos tudo o que recebemos que as mulheres estão fazendo: cursos, mostras, shows. É um incentivo, uma porta aberta para quem quiser chegar e agregar. Tem o www.minavu.com.br e uma fanpage no Facebook, que é mais mais ativa", detalha.

Até janeiro Renata vai lançar seu primeiro CD autoral, “com influências de reggae e samba, um pouco de dub. Kalu é o diretor musical e está selecionando algumas músicas com o guitarrista Átila Santana. Estamos amadureendo ainda as ideias, mas tenho certeza de que vai ser maravilhoso.

O colunista O blogueiro aposta que ainda vamos ouvir falar bastante de Renata Bastos por aí. “Tomara que sim, mas falando bem, né?”, ri a cantora.

www.soundcloud.com/renata-bastos-6



NUETAS

Toxic no Portela

Povo do metal, anotai em vossas agendas: a banda norte-americana Toxic Holocaust se apresenta 10 de outubro, no Portela Café. A night ainda tem Berzerkers (SE), Terrible Force (PB) e a baiana Suffocation of Soul. Antecipado: R$ 60.

Pedro ou Aracy?

Se você fosse  jurado do Silvio Santos, estaria mais para o Pedro de Lara ou  para a Aracy de Almeida? Assista às bandas Jato Invisível e Proliferação e responda:  Quanto Vale o Show? Hoje, 18 horas, no Dubliner’s.

Álvaro de disco novo

Papo sério agora: o blues master da Bahia Álvaro Assmar lança seu novo álbum (o sexto), The Old Road, quinta-feira, no Teatro do Irdeb (Federação). O colunista já ouviu e adianta: tá bonitão. 21 horas, R$ 30.

4 comentários:

  1. Renata Bastos11:57 AM

    Obrigada pela linda matéria!
    Tome de cá 300 abraços por cada ideia. rs...

    =)

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  2. Foi um prazer, Renata! Beijo!

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  3. Sinto imenso orgulho e vejo o talento e carisma de Renata tão bem expostos neste texto!

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  4. Opa, essa mina canta muito...eu sempre vejo os videos do projeto, pq um amigão meu toca bateria nele...além de tocar pra zorra, saca pá caraleo de música jamaicana, quem tocou, quais instrumentos tocavam e usavam...as timbragens...qq dia desses vou assistir...

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