Hellbenders (Goiânia): gringaiada ficou de cara no SxSW. Foto: João Victor Czpak |
O gordo, rock baiano em pessoa, está organizando a edição 2014 do seu festival, o Bigbands, para tirar o atraso de 2013, ano que não rolou.
“Não teve ano passado por que não rolou edital”, conta Big.
Desnecessário lembrar ao leitor que o empresariado baiano tem alergia ao rock local, portanto patrocínio privado é fora de questão.
“Na verdade, até ganhamos um edital ano passado, mas só para o Bigbands vai a Escola, que é a iniciativa pedagógica do festival, coordenado pela produtora Cássia Cardoso”, ressalva Big.
Desanimado, o produtor já havia desistido da parte com bandas e ia se limitar ao BB nas Escolas, quando...
“Fui procurado pelas bandas Amp (PE) e Hellbenders (GO) para armar shows por aqui, já que eles estariam de passagem pela cidade. E no último Abril Pro Rock, o pessoal do Zefirina Bomba (PB) também me procurou pelo mesmo motivo”.
Quem conhece Big sabe que, por menos que isso, ele já arma um escarcéu. Que dirá com três bandas endiabradas como essas três.
“Quando vi, já tinha três bandas legais na mão. Os artistas querem tocar, circular. Para essas bandas é importante tocar no Irish para 300 pessoas. Acabou que, na minha mania, virou cinco dias de festival, com bandas de cinco estados e oito cidades do interior”, enumera.
Isso sem contar o Warm-Up que rolou semana passada no mesmo Irish, com Lacertae (SE), Modus Operandi e Tentrio.
Crowdfunding para viabilizar
The Sexy Drivers, rapaziada de Recife, escalada para o Bigbands 2014 |
“O Irish, que é meu parceiro, me liberou 100% da bilheteria para viabilizar, mas ainda assim é um risco grande: vai que eu não cubro esses custos?”, pergunta.
“Aí entrei no Catarse com o valor mínimo, que é R$ 5 mil, para cobrir hospedagem, alimentação, ajuda de custo para as bandas, pequenos custos gráficos. Em cinco dias (até sexta-feira 27), arrecadamos 22% desse valor. Não foi feito para eu ganhar dinheiro ou comprar um computador”, lembra.
Interessou? Entra lá e colabora. R$ 10 já tá valendo.
Na programação, muitas bandas que você viu aqui primeiro: Sanitário Sexy (Juazeiro), Van der Vous, Ayam Ubrais (Ipiaú), Novelta (Feira de Santana), The Pivos (Camaçari) e Cama de Jornal (Vitoria da Conquista), além outras que você ainda vai ver, como Inventura (Alagoinhas-BA), Prof. Doidão & Os Aloprados, The Sexy Drivers (Recife-PE) e Sbornia Social.
Achou pouco? Então toma Pastel de Miolos (Lauro de Freitas), The Honkers, Vendo 147, Reverendo T & Os Discípulos Descrentes, Lo Han e Irmão Carlos & O Catado.
Uma seleção do rock local, estadual e nordestino pra ninguém botar defeito.
Programação completa e contribuições no www.catarse.me/pt/festivalbigbands2014
NUETAS
O Espírito de 1776
Pâncreas, Overdose Alcoólica, Quinto dos Infernos, Renegados of Planet e Mike Solta o Verbo animam a festa de independência dos Estados Unidos no Dubliner’s. Mulher-Maravilha não paga. 4 de julho (sexta-feira), 22 horas, R$ 10.
United Forces 7
As bandas Lo Han, Pandora, Knightrider e Trepanator fazem o evento United Forces 7, com renda revertida em prol do tratamento de saúde do batera Anadyll Jr. Hard rock, thrash metal no seu domingo (dia 6), a partir das 14 horas, no Dubliners Irish Pub, R$ 10.
Les Royales dia 11
A Rockabilly Sessions de julho é na outra semana, dia 11 (sexta), com os fabulosos Les Royales, no... Dubliner’s (só deu ele aqui hoje). 22 horas, R$ 15.
Brutalidade na Boca do Rio
O bicho vai pegar no II Arranca Canela só com som brutal: M.D.C. (grindcore), Agnósia (anarco punk), Black Cascade (black metal) e Sbornia Social (hardcore). 20 de julho (domingo), 13 horas, nas quadras da Boca do Rio, grátis.
"Desnecessário lembrar ao leitor que o empresariado baiano tem alergia ao rock local, portanto patrocínio privado é fora de questão."
ResponderExcluirExato. Este é o grande nó górdio do rock baiano:
"PORQUÊ?"
Porque diabos os empresários desta terra teimam em se recusar a investir num mercado consumidor comprovadamente grande, que abrange todas as classes sociais e que pode dar um bom retorno?
Talvez devêssemos fazer uma ampla pesquisa e perguntar a cada um deles. Os empresários da música e os patrocinadores em potencial.
Então, chegaremos á Vervade, e encontraremos a SOLUÇÃO para o problema --- se eles empresários responderem com sinceridade, qualquer que seja a resposta, de quem quer que seja a culpa (medo e desconfiança dos jovens malucos e vândalos que podem depredar os locais e usar drogas em público? loucura pura e simples?)
Aliás, porque os empresários brasileiros em geral são tão falimentares?
Vamos lá, galera. Chega de mistério. Alguma consultoria de mercado, alguma firma de pesquisas, algum repórter de plantão, por favor, vá as ruas, ou melhor, aos escritórios, e pergunte aos donos do dinheiro: "Qual o motivo de seu BOICOTE ao rock baiano?"
Fica dada a sugestão.
A quem interessar possa...
ResponderExcluirSEGUE RELEASE:
Três projetos da Bahia receberão R$ 5,9 milhões do Sistema Nacional de Cultura
Recursos serão utilizados na implantação de novos núcleos do Centro de Formação em Artes, na valorização, difusão e fortalecimento das comunidades de terreiro e culturas populares e na promoção da música autoral produzida no estado
A Bahia será um dos seis primeiros estados brasileiros a receber repasses do Sistema Nacional de Cultura (SNC), que destinará, em uma primeira etapa, R$ 19,5 milhões a 12 projetos aprovados em edital lançado em maio de 2013. O anúncio foi feito nesta terça-feira (1), no Palácio do Planalto, pela ministra da Cultura, Marta Suplicy.
Entre os 12 projetos selecionados na primeira etapa, três são da Bahia. Cerca de R$ 2,9 milhões serão utilizados na construção de salas multiuso nos Centros de Cultura da Bahia, nas quais serão implantados núcleos do Centro de Formação em Artes, que realiza atividades de formação e qualificação em artes visuais, audiovisual, circo, dança, literatura, música e teatro. A previsão é que sejam atendidas cerca de 1,4 mil pessoas por mês.
Também serão repassados R$ 500 mil para o Projeto de Valorização da Memória e Fortalecimento da Economia Criativa e Solidária das Comunidades de Terreiros e Culturas Populares, coordenado pela Secretaria de Cultura do Estado da Bahia. O projeto busca o reconhecimento, a valorização, a difusão e o fortalecimento das comunidades de terreiro e culturas populares por meio da realização de seminários, oficinas, simpósio, feira e da produção de material informativo e da elaboração de um Plano Museológico-Modelo a ser utilizado pelos museus e memoriais da Rede de Memoriais e Museus de Terreiros.
O Sistema Nacional de Cultura também repassará cerca de R$ 2,5 milhões para o Mapa Musical da Bahia 2014/2015, que tem o objetivo de mapear, reconhecer e promover conhecimento sobre a música autoral dos mais diversos estilos e vertentes musicais produzida por músicos e compositores que atuam nos 417 municípios da Bahia. Está prevista a realização de 108 shows – com 54 artistas – em 27 cidades do estado, além de dois grandes festivais em Salvador e em Ilhéus. Também será produzida coletânea de cinco CDs, com 15 faixas e 2 mil cópias cada.
Cara! Não é que nossos amigos neocons tem razão?
ResponderExcluirhttp://blogdosakamoto.blogosfera.uol.com.br/2014/06/23/exclusivo-o-plano-para-a-implementacao-do-comunismo-no-brasil-e-real/
A toDus us miguXOs, um lembrettte mUIto impoRTante, tah?
ResponderExcluirhttp://www.brasilpost.com.br/2014/06/30/comunidades-orkut_n_5544826.html?utm_hp_ref=brazil
Mas acho que Moz não deve estar acompanhando essa copa. Só vejo o povo feliz por aí....
ResponderExcluirAí, Sputter! Seu Bahêa tá se dando de bem na Copa:
ResponderExcluirhttp://espn.uol.com.br/noticia/422849_sucesso-entre-os-gringos-da-copa-bahia-quer-ser-maior-time-do-brasil-em-tres-anos
Fazendo atrasado um comentario sobre o post anterior,esse eh o meu cover favorito dos Beatles,cover nao,versao.E nem precisou da voz possante do grande Steve Marriott,o Gregao Ridley deu conta do recado.E a guitarra do mestre Clem Clempson pincelando a musica eh demais!
ResponderExcluirhttps://www.youtube.com/watch?v=zXBG73TnEZQ
"meu" não Chico, "nosso", uma vez Baêa, sempre Baêa-heheeheh
ResponderExcluirRapá, se não lutar mais pra cair em 3 anos eu já tou "satisfeito"...
Mas infelizmente dono são os cartolas que roubam...pelo menos conseguiram tirar aquele lixo do marcelinho...
Mais um momento mágico do rock baiano nos anos 90 resgatado para a posteridade:
ResponderExcluirhttps://www.youtube.com/watch?v=_b1oSakNWDs
brincando de deus, festa da MTV BA 1996.
No Twister do Rio Vermelho.
Sério, AQUELE Twister.
Impensável hj em dia.
Chico, tu ta proibido de postar esses videos se tu num tiver máquina do tempo pra levar-nos até lá...
ResponderExcluirCara, Dalmo e Messias ainda com cabelo, e se eu tivesse lá tb ia ter ainda-hheheheh
César novinho...uma mistura de gastão moreira com bill murray-eheheh...é Ernesto ali de preto perto dele?
tem uma gravação da dinky dau tb no canal...bicho, nunca entrei no twist...nem sei como é...tou sabendo agora...
Tb nunca fui ao Twister, Sputter. Nessa época eu ainda tinha cabelo, por outro lado, ainda não era ninguém para ser convidado pr'essas festinhas bacanas...
ResponderExcluirNão mesmo, Rodrigão.
ResponderExcluirNunca fui fã da banda grega brincado de Zeus.
A única vez em que eles tocaram no mesmo evento que os Dead Billies, eu contei uns 40 clones de Ian Curtis, até que Messias surgiu no palco e foi logo no início do show quando Claudio Escória começou a gritar: "CLONAGEM! CLONAGEM!"
se vc num era ninguém Chicão, imagina eu...
ResponderExcluirErnesto, mas vc achou parecido?
os Billies nem tocaram nesse dia
Quanto a eu achar parecido, isso é subjetivo sob QUAL aspecto seria parecido:
ResponderExcluirNo caso, o que Claudio apontou foi a pesada influência (e cópia) do Joy Division sobre tantas bandas e platéias de rock "indie" (desde Beck) que de repente ocuparam a mídia a partir de 1994, no luto na morte de Kurt Cobain — que repetiu o gesto de Ian Curtis; ambos em pleno auge do sucesso e com menos de 3 anos de fama.
Sobre a comparação entre Joy Division X Brincando de Zeus:
Musicalmente, nem tanto, mas a emulação é óbvia nos trejeitos, caras e bocas e expressões.
Com a diferença que todo mundo sabe: enquanto Ian Curtis infelizmente falava SÉRIO sobre a própria infelicidade e fatalismo naquelas letras sombrias, sempre foi óbvio pra todo mundo que naquele momento inicial, Messias só estava fazendo pose.
Não é uma opinião minha, mas de TODOS os roqueiros baianos que o conheciam de perto. Após um show dos Dead Billies, Morotó me contou uma piada clássica que circulava no meio rocker baiano:
"Sabe porque Messias nunca fica satisfeito no McDonald's?
Ele sempre pede um McTriste, mas lá só servem McFeliz."