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quinta-feira, maio 22, 2014

DIAS DE UM FUTURO ESQUECIDO FAZ LIGAÇÃO ENTRE TRILOGIAS DOS FILMES X


Prestem atenção naquele rapaz ao fundo. Ele está prestes a roubar a cena
Deveras curiosos são os caminhos da cultura pop.

Chega hoje às telas dos cinemas o filme X-Men: Dias de um Futuro Esquecido. Trata-se de uma adaptação da HQ de mesmo nome, de 1981.

Criada por Chris Claremont (roteiro) e John Byrne (desenhos), até hoje ela é considerada uma das melhores histórias dos mutantes da Marvel em 51 anos de cronologia.

A curiosidade é que, em 1984, o diretor James Cameron lançou o filme O Exterminador do Futuro, que parecia conter várias ideias da HQ publicada três anos antes – ainda que Cameron nunca tenha admitido a fonte de inspiração.

Mas as semelhanças são inegáveis. Vejam: no futuro próximo, a humanidade está oprimida por um regime despótico, no qual robôs gigantes caçam e exterminam dissidentes (mutantes, no caso do filme de hoje). Os poucos sobreviventes são confinados em campos de concentração.

Em meio ao caos, um grupo de rebeldes identifica o momento histórico exato em que aquela realidade começou a se desenhar, anos antes.

Eles enviam, através do tempo, um heroi com a missão de impedir aquele momento e assim, redefinir o futuro, impedindo a derrocada da humanidade.

Descrita assim, esta trama poderia tanto ser de X-Men: Dias de um Futuro Esquecido, quanto d’O Exterminador do Futuro.

Hank McCoy, o Fera (Nicholas Hoult), se refresca avec Magneto em fonte de Paris
A boa notícia é que a semelhança da HQ, criada antes e filmada depois d’O Exterminador, não influiu em nada no resultado nas telas.

A nova aventura dos X-Men, novamente comandada pelo diretor original Bryan Singer (dos dois primeiros filmes) é uma diversão dos diabos.

Dupla função

Sequência da retomada dos filmes X iniciada em X-Men: Primeira Classe (2011, de Matthew Vaughn),  Dias de um Futuro Esquecido tenta não só fazer a ligação entre esta série de filmes e a anterior, como também consertar alguns erros cometidos em seu ato final, X-Men 3: O Confronto Final (2006, de Brett Ratner).

O tema de viagem no tempo, portanto, cabe como uma luva para ambas as funções.

Aqui, vemos os mutantes sobreviventes do futuro distópico já descrito enviando o eterno macho-alfa Wolverine (Hugh Jackman) ao passado.

Sua missão é impedir que a mutante transmorfa Mística (Jennifer Lawrence) assassine o industrial Bolivar Trask (Peter Dinklage, de Game of Thrones), mentor do plano de implantação dos robôs exterminadores de mutantes, denominados Sentinelas.

Mística não sabe, mas é justamente o assassinato do baixinho que leva a adoção dos Sentinelas pelo governo, levando ao futuro sombrio que se quer evitar.

Enviado aos anos 1970, Wolverine busca a ajuda do jovem Professor Xavier (James McAvoy), em depressão após o trágico desenlace de Primeira Classe.

Contar mais é estragar as surpresas do filme.

Magneto é sempre aquela coisa: o cara é amigo? Inimigo? Que porra ele quer?
Para além de toda a ação, pancadaria, correria, tiroteios  e efeitos especiais, há que se destacar o charme especial que a ambientação nos anos 1970 deu à bem cuidada produção, especialmente na trilha sonora e nos figurinos.

Não chega a ser aquele desfile de moda vintage ostentado em Trapaça (American Hustle), de David O. Russell, mas funcionou bem na tela.

Outro destaque é o personagem Mercúrio (Evan Peters), que estreia nos filmes X. Com o poder da super velocidade e um carisma e tanto e um gosto pelo Pink Floyd (quão irônico), ele protagoniza a cena mais impressionante do filme, tornando-se, surpreendentemente, o personagem mais comentado,a grande revelação. Sério, o cara rouba a cena de todo mundo. Não pisque, não perca.

Ah! Claro que tem cena pós-créditos. Como todo mundo já sabe, ela já faz referência ao próximo filme da franquia, X-Men: Apocalipse. Estreia em 27 de maio de 2016. Até lá....

X-Men: Dias de um Futuro Esquecido / Dir.: Bryan Singer / Com Hugh Jackman, James McAvoy, Jennifer Lawrence, Peter Dinklage, Michael Fassbender, Ian McKellen, Patrick Stewart, Evan Peters / UCI Orient Barra, UCI Orient Iguatemi, Cinemark, Cinepolis Bela Vista e Norte Shopping, Bradesco Glauber Rocha


17 comentários:

  1. Ernesto Ribeiro3:34 PM

    Misteriosos são os caminhos do senhor.


    Eu coleciono os seus artigos mais pela forma da linguagem, viva e esperta, cheia de paráfrases e analogias. Divertidíssimo.

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  2. Ernesto Ribeiro5:10 PM

    O interessante é que esta saga nos quadrinhos é uma das piores estórias dos X-Men. Só acontece merda. Ainda bem que só durou dois episódios.

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  3. Ernesto Ribeiro5:25 PM

    A estória nos gibis é frustrante e sem imaginação. Um quadrinho todo preto com um textinho informa que Kitty Pryde viu a si mesma mais velha e desmaia. Magneto e sua turma vão matar o senador Kelly. No fim, no futuro, todo mundo morre. Wolverine é incinerado, restando apenas os ossos cobertos de metal. Ororo leva uma lança no peito. Colossus nem é mostrado morrendo. Apenas um balão de pensamento diz: "Ele morreu."


    Ainda bem que os filmes dos X-Men de Bryan Singer são tão maravilhosos que até corrigem as cagadas dos outros, como aquele maldito episódio 3 --- em que o produtor executivo "cagou na saída" e matou 3 heróis principais e afugentou Bryan Singer, só pra não pagar o salário maior que eles mereciam.


    "Magneto é sempre aquela coisa: o cara é amigo? Inimigo? Que porra ele quer?"


    RA RA RA RA!!!... é por essas e outras que as suas matérias no ROCK LOCO são superiores á versão impressa do ATarde.

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  4. Ernesto Ribeiro6:50 PM

    Bem, respondendo á sua pergunta: Magneto é inimigo da Humanidade e Rei protetor da Mutantidade. São os X-Men que ás vezes precisam da ajuda dele.

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  5. Forasta lança seu primeiro livro, no qual faz o obituário de um certo cadáver que já virou pó, de tanto tempo que morreu. (Ainda que muitas viúvas não aceitem o fato até hj, mas isso é outra história).

    Mesmo assim, leitura obrigatória:

    http://entretenimento.r7.com/blogs/andre-barcinski/rock-ganha-o-epitafio-que-merece-20140523/

    http://www1.folha.uol.com.br/ilustrada/2014/04/1442113-andre-forastieri-declara-a-morte-do-rock-em-seu-livro-de-estreia.shtml

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  6. ele morreu em 1959...e a gíria r´n´r antes dele nascer...

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  7. Quase chorei junto com vc Chico...chega deu um aperto no coração na hora...grande cara...perda irreparável no cinema e na vida...

    https://www.youtube.com/watch?v=EJEhe6OtBNA

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  8. Nem sabia que tinham posto isso no You Tube. Vi no dia que foi transmitido. A entrevista foi bem no dia do acontecido mesmo. Eu tava justamente escrevendo o obituário dele. Não tive como segurar. Foda. Muito ruim escrever o obituário de um colega - ainda mais um que era brother como ele. Enfim, vida que segue. Graças a Deus, hoje é sexta-feira etc e tal.....

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  9. Ernesto Ribeiro9:08 PM

    E eu nem posso postar no Youtube meus comentários e o poema que escrevi pra ele.


    Quem devia morrer são os mafiosos do Youtube, os chefões do Google, os gângsters do Blogger.


    A Morte devia levar a escória no poder que nos veta até na internet.


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  10. Ernesto Ribeiro9:19 PM

    Quanto ao livro do Forasta, tem a mais bela capa de todos os livros de rock.

    BELISSIMA.

    Vejamos se ele será lido e compreendido na parte sobre o Grunge Rock --- por parte daqueles pouco informados que da História do Rock entendem tudo, MENOS o capítulo final, de que eles entendem NADA.

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  11. ô rapá!!
    e ele ia mais querer q a gente curtisse!!!
    pegasse uma telinha...
    Chicão, vc é um cara da zorra man, tem que viver - e escrever - pelo menos por 110 anos ainda...só pra poder o mundo quitar um poquim de débito que tá com a gente, de levar tanta gente legal...

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  12. Ernesto Ribeiro7:34 AM

    .

    escrito no dia da morte de Charles Bronson :


    (por Ernesto Ribeiro)



    Ode a Charles Bronson



    anjo de bigode
    andavas por aí
    com tua Colt 45
    vingando as tuas viúvas
    vencendo duras lutas
    contra a máfia da cocaína
    maldita ameaça latina
    que sem ti voltará a brilhar
    num policial noir



    anjo de bigode
    tu eras o corujão da madrugada
    fez dos domingos, maiores
    sempre deixavas a tela quente
    e tornava a temperatura, máxima
    foste duro com justeza
    aniquilou a máfia chinesa
    e fez mais bela a beleza
    de acabar com quem merece
    pois quem o Mal faz, vive em paz
    mas quem ama a Lei não esquece



    anjo de bigode
    morreste de pneumonia
    maldita doença vilã
    mas deixaste a poesia
    dos teus mais justos tiros
    cravada para sempre
    na alma deste teu fã



    agora que você se foi
    sentirei a sua falta
    assistirei com revolta
    o crime compensar
    nas telas de cinema
    ou verei, quem sabe,
    o Mal ser combatido
    por mocinhos sem estilo
    todos no mesmo esquema
    bem nascidos, cara limpa
    sem bigode, sem trejeito
    que até sabem atirar
    mas não matam com o desejo
    que só você sabia matar





    Charles Bronson


    (1921 - 2003)



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  13. rapá, que musiquinha chata essa do black key, a "fever", nem guentei ouvir toda...fui ouvir pensando que era um cover da clássica canção...mas meu deus...por isso o rock morreu pro forastieri...

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  14. http://www.youtube.com/watch?v=tZywJkubqRA cena ppos credito

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  15. Ernesto Ribeiro2:13 PM

    Ontem eu assisti X-MEN : Dias de um Futuro Esquecido.

    No shopping Salvador, o ingresso para a versão em 3D foi vendido pela metade do preço. 11 reais.

    No Iguatemi, segundo um rumor, por apenas 8 reais.


    Só lhe digo duas coisas:

    1 - EU QUERO MAIS Ian McKellen!

    2 - QUEREMOS MAIS Mercúrio!



    Eis o clímax da grande Obra-Prima PACIFISTA do cinema de entretenimento.


    A guerra, o preconceito, a intolerância e o genocídio em todo o seu horror, tristeza e abominação.


    A narração em off é de Patrick Stewart, como o velho professor Charles Xavier.


    Mas nada arrepia a alma, estremece a mente e corta o coração mais do que a voz trágica e emocionada de Ian McKellen, como o grisalho Magneto, com os olhos esgazeados á beira da morte, lamentando o desperdício que foi toda a sua vida, contemplando a chegada do próprio fim.


    Épico. Trágico. Poético.


    Belo e triste como as mais grandiosas tragédias gregas.


    O cineasta Bryan Singer é o mais brilhante maestro do cinema-ópera de super-heróis da História do Cinema.


    Este filme é o espetáculo mais grandioso que a tela de prata já revelou, com o futuro mais apocalíptico que a platéia já vislumbrou.



    O Trailer Operístico:


    http://www.youtube.com/watch?v=w1dIkYegWuQ



    Já o trailer seguinte é pura ADRENALINA:


    http://www.youtube.com/watch?v=IG5mSVZ35Es


    E bom humor. Cortesia de Wolverine.

    E das cenas de ação IMPRESSIONANTES ao som da melhor música do Led Zeppelin, "Kashmir"

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  16. Ernesto Ribeiro2:53 PM

    Interessantíssimo como certas falas foram filmadas SOMENTE PARA O TRAILER:

    0:13 - Fala do professor Xavier que é mostrada somente no trailer

    1:01 - Mística na cama de um quarto (onde ela não está no filme) falando para Wolverine (no filme os dois nunca se encontram nem se falam)

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  17. Ernesto Ribeiro3:16 PM

    Correção: os dois até se encontram brevemente numa cena --- mas nem têm tempo de interagir.

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