Um dos criadores do subgênero cyberpunk, William Gibson retorna com a delirante Trilogia Blue Ant, da qual este Território Fantasma é a segunda parte (a primeira é Reconhecimento de Padrões). Aqui, uma jornalista cai em uma intrincada teia envolvendo tecnologias geoespaciais e uma nova forma de arte virtual. Literatura hipster - em sua melhor forma. Território Fantasma / William Gibson / Aleph/ 400 p./ R$ 49,90/ editoraaleph.com.br
Cosa Nostra viva e chutando
Com o subtítulo Investigações sobre o Governo da Cosa Nostra, este corajoso estudo da pesquisadora italiana Alessandra Dino mostra que a mítica organização criminosa continua muito ativa e atenta às oportunidades oferecidas pela economia globalizada. Chega-se ao ponto de capos com consultoria de imagem. Esclarecedor e assustador. Os Últimos Chefões / Alessandra Dino / Unesp/ 300 p./ R$ 48/ editoraunesp.com.br
Gênio plástico e narrativo
Uma obra se torna prima quando é espetacularmente executada em vários níveis, entre os quais estão o narrativo, o conceitual e o artístico. Esta HQ francesa excede em muitos pontos estes e outros itens. Não a toa, foi, de longe, um dos melhores lançamentos de 2013. De babar. Os Companheiros do Crepúsculo / François Bourgeon / Nemo/ 240 p./ R$ 94/ editoranemo.com.br
Mas esse não era aquele cara...?
Conceitual, o segundo CD da banda baiana de heavy metal Veuliah conta a história de nascimento, morte e ressurreição de um personagem destinado a mudar o mundo. Mas isso pouco importa diante da excelência do esporro sônico deste sexteto. Veuliah / Chaotic Genesis / MS Metal Records / R$ 20
Só faltou o inesperado
Em seu segundo álbum, a dupla paulistana de synthpop Oui Madame faz o que se espera dela: canta a liberdade sexual, louva o hedonismo metropolitano e lamenta a caretice, tudo embalado em uma bem produzida roupagem tecnopop. Agora só falta surpreender. Oui Madame / Inflamável / Tratore / R$ 29,90
A volta do pianinho
Com apenas dez anos e quatro álbuns, os ingleses do Keane soltam seu primeiro Best. Com as faixas dispostas em ordem cronológica, é possível traçar a trajetória da banda: do indie pianinho e tristonho de Everybody’s Changing, passando pelo pop genérico de Spiralling, e de volta ao indie pianinho de Won’t Be Broken, um círculo completo. Keane / The Best of / Universal / R$ 29,90
Registro válido
Ótima banda paulista de rock ‘n’ roll, a Tomada conta em documentário um pouco de suas andanças e trajetória pelo underground brasuca. Melhor ainda é ve-los ao vivo, no show incluído no DVD. Sangue, suor, sentimento. Tomada / XII - Estradas, Sons e Estórias na Terra do Rock Tupiniquim / Coaxo do Sapo - Tratore / R$ 27,90
90's nostalgia
Banda símbolo do Cool Britannia, (momento de efervescência cultural dos anos 90), o Blur tem esse Best relançado por conta de sua recente passagem (lá) no Brasil. De cabo a rabo, uma cartilha do melhor e do pior em ser jovem, inglês e muito doido. Blur / The Best Of / Warner / R$ 29,90
Faltou um tiquinho pra ficar bom
Banda ótima quando começou, o trio inglês Placebo caiu na mesmice e não lança um álbum decente desde Sleeping with Ghosts (2003). Este não é tão ruim quanto os anteriores e até tem seus momentos. Mas... não decola. Melhor sorte no próximo. Placebo / Loud Like Love / Universal / R$ 29,90
Leituras chiques
Classuda como sempre, a revista Serrote traz nessa edição um texto clássico de James Baldwin sobre consciência racial: Notas de um filho nativo – além de análises de Carla Rodrigues, Tales Ab’Sáber e Ruy Fausto sobre as manifestações de junho. E ainda: Alejandro Zambra, W. Kentridge etc. Serrote 15 / Vários autores / Instituto Moreira Salles / 240 p. / R$ 37,50 / lojadoims.com.br
É aquele do seriado?
Falecido em agosto aos 86 anos, Elmore Leonard era conhecido como “o maior escritor de crimes da América”. Aqui, um de seus raros personagens recorrentes, o tira Raylan (do seriado Justified) tem de lidar com uma gangue de traficantes de órgãos no Kentucky. Ágil, durão, macho pacas. Raylan / Elmore Leonard / Companhia das Letras/ 256 p./ R$ 36/ companhiadasletras.com.br
O terror dos neocons
Considerado pela direita neoliberal como um dos filósofos mais “perigosos” de hoje em dia, o esloveno Zizek propõe, em cinco ensaios, revelar uma série de semelhanças entre o totalitarismo e a democracia liberal moderna. Ousado, recorre às referências mais insólitas para defender seu ponto de vista. Provocador. Alguém disse totalitarismo? / Slavoj Zizek / Boitempo/ 184 p./ R$ 39/ boitempo.com
KKK
Se ainda existe algum ser humano com menos de 20 anos que ainda não leu On The Road, a dica é aproveitar essa edição 3 Em 1 da L&PM e matar logo essa tarefa obrigatória no processo de iluminação pessoal. De quebra, leva Os Vagabundos Iluminados e Os Subterrâneos. Romances menores, mas que valem a leitura. Kerouac: 3 em 1 / Jack Kerouac / L&PM / 568 p. / R$ 64 / lpm.com.br
Bobby virado na porra
Bobby Gillespie, titã do britpop, está furioso. No novo CD de sua banda Primal Scream, ele faz um raio-x impiedoso da Grã-Bretanha em tempos de crise braba. Sob poderosa trilha noise punk, ele aponta dedos, cita nomes e vocifera contra o governo, a BP Shell, a juventude alienada, roqueiros vendidos e tudo mais. Power pop é isso aqui. Primal Scream / More Light / Lab 344 / R$ 37,90
Nova saga moebiana
Morto em 2012, o cultuado quadrinista francês Moebius deixou vasta obra inédita no Brasil, que a Nemo vem publicando. O Mundo de Edena, série em seis volumes, vem nessa leva. Mística, mostra as jornadas de dois mecânicos espaciais, consertando tanto naves, quanto espíritos. Belo. O Mundo de Edena / Moebius / Nemo/ 64 p. (cada volume)/ R$ 49 (cada)/ editoranemo.com.br
Música tipo metal pesado
Ex-baixista do Metallica, Jason Newsted lança o primeiro álbum de sua banda, que leva seu nome. E aqui está um disco que faz jus ao título: Heavy Metal Music. São 11 faixas pesadas e diretas de heavy metal old school. Nada brilhante, mas competente. Newsted / Heavy Metal Music / Music Brokers Brasil / R$ 37,90
Guitarra brasileira
Agradável surpresa, o primeiro CD do guitarrista e cantor Gui Silveiras se apropria de ritmos do Brasil profundo para criar uma música própria, com elementos de jazz, vanguarda e muita personalidade. Destaques: Desencana Pé de Cana e a faixa-título. Gui Silveiras / Caburé / Tratore / Preço não divulgado
Baixinho do trombone é um gigante
Quem viu o show dele no TCA em 2012 já sabe da categoria do rapaz. Cantor e trombonista, Troy Trombone Shorty Andrews manda funk, jazz, pop e rock sem deixar a peteca cair em uma faixa sequer. Em Be My Lady, reuniu os lendários The Meters. Para ouvir no talo. Trombone Shorty / Say That to Say This / Verve - Universal / R$ 29,90
Musa vanguardista em forma
Remanescente da cena de vanguarda paulista dos anos 1980, Ná Ozzetti é cantora de rara originalidade. Seu décimo álbum é uma bela coleção de canções que se sustentam na dinâmica entre arranjos elaborados e sua voz. Como na arrepiante A Lente do Homem. Ná Ozzetti / Embalar / Circus / R$ 25
Cachaça, estrada e rock 'n' roll
O quinteto itabunense Mendigos Blues mistura blues rock com literatura beat e Charles Bukowski em 12 faixas encharcadas de cachaça e suor, temperadas com o pó da estrada. Uma estreia feliz. Mendigos Blues / Repúblicas e Mutretas / Independente / R$ 7 / www.soundcloud.com/mendigos-blues
Anna returns
Revelação do rock em 2011, a ítalo-inglesa Anna Calvi retorna em segundo álbum no qual mantém seu estilo gótico operístico de tons ibéricos, mas também busca outros caminhos. Love of My Life emula Yeah Yeah Yeahs. Sing To Me investe em cordas. Ótimo CD. Anna Calvi / One Breath / Deckdisc / R$ 29,90
Resgate do limbo
Nos 150 anos do nascimento, o esquecido compositor Julio Reis (1863-1933) tem parte de sua obra resgatada pelo pianista João Bittencourt. Erudito pleno de brasilidade, Reis é mais que bem-vindo de volta. João Bittencourt / João Bittencourt apresenta Julio Reis / Tratore / R$ 24,90 / Baixe: www.julioreis.mus.br
Trilha sonora para comercial de cerveja
Darling de publicitários e (com o perdão da má palavra) descolados em geral, o grupo de gypsy punk Gogol Bordello chega ao sexto álbum fazendo mais do mesmo: hinos libertários e anárquicos perfeitos para um comercial de cerveja. Pra cima de moi?... Conta outra, Eugênio! Gogol Bordello / Pura Vida Conspiracy / Som Livre / R$ 27,90
Tributo eclético
Principal representação punk rock baiana hoje, a Pastel de Miolos ganhou belo tributo com 34 bandas e artistas tocando seu repertório. Da MPB ao grindcore, um grito de individualidade. Capa de Bruno Aziz. Vários artistas / Eu Não Quero Ser o Que Você Quer: Tributo a Pastel de Miolos / Brechó - Big Bross / R$ 20 / brechodiscos.wordpress.com
Parceiro robótico
Primeiro romance da sua famosa Série dos Robôs, As Cavernas de Aço, de Isaac Asimov, é um precursor dos buddy movies, só que em FC. Elijah Baley, investigador de polícia, é escalado para resolver o assassinato de um embaixador dos Mundos Siderais. Até aí, tudo normal, não fosse seu parceiro (buddy) um robô. As cavernas de aço / Isaac Asimov / Aleph/ 302 p./ R$ 46/ editoraaleph.com.br
Assim, assim
Pronto, passou a ondinha dubstep que marcou o álbum de 2011 The Path of Totality, e eis o Korn de volta às raízes nü-metal nesta “mudança de paradigma”. Até o guitarrista Brian Head Welch voltou, após 8 anos. Resultado? Tipo assim. Vai quem quer. Korn / The Paradigm Shift / Universal / R$ 29,90
Fim de caso
Conclusão da tetralogia noir inglesa Red Riding. Nove anos depois do surgimento do estripador de Yorkshire – e muitas mortes, suspeitos e teorias não comprovadas – é a vez do advogado John Piggot mergulhar no poço de corrupção policial e brutalidade que marca a série. Sucesso de crítica – que rendeu bons filmes. Red Riding: 1983 / David Peace / Benvirá/ 512 p./ R$ 39,90/ benvira.com.br
Espinhoso e sombrio
Best-seller mundial, a Trilogia dos Espinhos chega ao Brasil vendida como a “fantasia dark mais celebrada da década”. Neste primeiro volume, o príncipe Honório Jorg Ancrath é jogado em um arbusto de roseira-brava após testemunhar o extermínio de sua família. Sua vingança, claro, será maligna. Prince of Thorns / Mark Lawrence / DarkSide / 360 p./ R$ 54,90/ darksidebooks.com.br
Só espero que a Panini não invente de publicar essa belezinha por aqui em edições capa dura cheias de viadagem que custam metade do salário de um mês do peão aqui - como fizeram com Superior, de Mark Millar.
ResponderExcluirhttp://omelete.uol.com.br/marvel-comics/quadrinhos/empire-dead-george-romero-reescreve-cenas-de-noite-dos-mortos-vivos-na-hq/
(lá) no Brasil - é por aí, mesmo ...
ResponderExcluirNão tinha visto ainda esse novo do Reverend, valeu demais ...
RIP atrasado, mas tá valendo.
ResponderExcluirRIP Chromewaves.
http://www.chromewaves.net/
Grande blog canadense de música independente.
Não tive saco para ler inteiramente os dois posts enormes em que o blogueiro / fotógrafo Frank Yang justifica sua decisão, mas pelo que entendi, o rapaz está de saco cheio.
Não o culpo.
Quem tem coisa mais produtiva pra fazer (profissionalmente ou não), tem mais é que abandonar essa nau de insensatos que é a música neste mundo virado do avesso.
= suspiro =
Se nem essa gata der um jeito em Raj, é melhor ele sair do armário de uma vez e assumir.
ResponderExcluirhttp://omelete.uol.com.br/big-bang-theory/series-e-tv/big-bang-theory-atriz-de-lost-sera-novo-interesse-romantico-de-raj
Assumir inclusive que o negócio dele é mesmo com Howard...
Eles podiam ficar todos juntos de uma vez, em um relacionamento a três: Raj, Howard e Bernadette.
Ia dar uma outra vida na série....
Essa é sensacional: como seria o Batman de Bob Kane, se ele não tivesse tido a valiosa colaboração do escritor Bill Finger?
ResponderExcluirhttp://www.universohq.com/noticias/como-seria-o-batman-sem-colaboracao-de-bill-finger/
Hoje, sábado 25:
ResponderExcluirTRIBUTO A LOU REED
No Dubliner's Irish Pub
22:00
(no Aniversário de Jerry Marlon)
Dois momentos SNL que só confirmam para mim o quanto o SNL ainda é o melhor programa de sketches da TV.
ResponderExcluirhttp://omelete.uol.com.br/wolf-wall-street/cinema/leonardo-dicaprio-e-jonah-hill-refazem-cena-de-titanic-no-saturday-night-live
E o sensacional Boy Dance Party, que vi ontem mesmo e quase me mijei de rir no sofá.
http://youtu.be/5r_PizAa1sI
Shake that sack!
Cause it's a boy dance party!...
Chicão, o novo ataque no "ar":
ResponderExcluirhttp://www.4shared.com/mp3/lQzPO23Oce/2014-01-23-19-19-22.html.
Obs: Show do Eric Asmar Trio ontem no teatro da Cultura foi sensacional. O caminho dele tá bem claro; o aroporto, pelo setor de embarque internacional.