A cruz de Marte |
É a mostra Dalí: A Divina Comédia, que expõe na Caixa Cultural as 100 ilustrações de Salvador Dalí para o poema épico A Divina Comédia.
Escrito pelo poeta fiorentino Dante Alighieri (1265-1321), A Divina Comédia narra sua epopeia pelas profundezas do inferno, purgatório e enfim, paraíso, sempre em busca de sua amada Beatriz e guiado pelo poeta romano Virgílio.
A obra, um dos tesouros da cultura universal, teve inúmeras interpretações gráficas ao longo dos séculos, entre as quais destacam-se as gravuras de Gustave Doré (1832-1883), as telas de Botticelli (1445-1510) e, claro, esta série do espanhol Salvador Dalí (1904-1989), criadas entre 1950 e 1960, a pedido do governo italiano, para comemorar os 700 anos de Alighieri.
“São 100 trabalhos originais de Dalí: 100 gravuras feitas a partir das aquarelas produzidas por ele, uma para cada canto do poema”, conta Ania Rodriguez, uma das curadoras da mostra.
Os avarentos |
Inicialmente, o artista espanhol ia interpretar os 100 cantos em 100 aquarelas, mas depois decidiu transformá-las em gravuras – plataforma mais adequadas para a ilustração literária, além de serem reprodutíveis.
Com o auxílio de dois gravadores franceses, Raymond Jacquet e Jean Taricco, Dalí produziu uma tiragem de 500 exemplares para cada gravura. A série desta mostra, de um colecionador privado espanhol e que está em turnê pelas caixas Culturais, é a de número 238.
“Talvez a característica mais marcante desta interpretação de Dalí seja a de que ele não se prendeu ao texto de Dante”, afirma Ania Rodriguez.
“Ele colocou muito de sua própria atitude artística. Vemos também um pouco da sua trajetória como artista. Até por que este foi um trabalho que ele assumiu com total maturidade”, acrescenta Ania, lembrando que, quando aceitou a encomenda dos italianos, Dalí já era um artista consagrado, de quase 50 anos de idade.
O anjo guia |
“O paraíso é mais equilibrado e concorda com o período posterior de Dalí, menos conhecido do grande publico, mas importante, que é o Manifesto do Misticismo Nuclear”, conta.
“Em A Divina Comédia, Dali olha para sua própria carreira com um sentido de compor uma trajetória. Ele não apenas ilustra o poema de Dante: ele ilustra a si mesmo”, conclui Ania.
Dalí: A Divina Comédia / Abertura:
Fui ontem, fantástico!!!
ResponderExcluirLeidis end dgentômen... o Homem-Formiga:
ResponderExcluirhttp://omelete.uol.com.br/homem-formiga/cinema/homem-formiga-paul-rudd-e-escolhido-para-viver-o-heroi/
O ator é legalzinho, bom de comédia. E o diretor é ótimo, excelente em comédias. Enfim, levo fé.
Dali... agora pertinho daqui...
ResponderExcluirPffff...foi mal Chiscória, não resisti...