Considerado um dos maiores violinistas do mundo hoje, o norte-americano de origem israelense Gil Shaham (foto: Boyd Hagen) é a atração principal do próximo espetáculo da Série TCA 2013.
Ao lado da Orquestra Sinfônica da Bahia (Osba) e sob a regência do seu diretor artístico, maestro Carlos Prazeres, Shaham vai executar algumas das mais belas peças criadas para o violino.
No programa, destaques para Sonata n º 1 em Sol Menor, de Johann Sebastian Bach (1685-1750), Till Eulenspiegel - Op. 28, de Richard Strauss (1864-1949) e Concerto para Violino em Ré Maior, Op. 35, de Piotr Ilitch Tchaikovsky (1840-1893).
“O concerto para violino de Tchaikovsky é uma das maiores peças escritas para o instrumento e eu tive a sorte de tocá-la em diversas oportunidades”, afirma o simpático músico, em entrevista por email, exclusiva para A TARDE (como é óbvio, esta matéria foi escrita para e publicada primeiro no periódico da Tankred Snows Avenue).
“Adoro revisitar este trabalho e espero que a audiência aprecie nossa performance”, reitera.
A elaboração do programa para um concerto como este, ele conta, costuma ser fruto de diálogos entre os músicos: “Há muitos fatores diferentes que entram no processo de escolha do programa para um concerto. Geralmente, há um diálogo entre o solista, o condutor e o conjunto. Felizmente, decidimos o repertório com tempo hábil o bastante para eu poder praticar”, observa.
Pé no chão
Filho de cientistas israelenses, Shaham, aos 42 anos, nunca tinha vindo ao país: “Esta será minha primeira vez no Brasil e eu estou muito animado. Sempre tive curiosidade pela música e cultura brasileiras e estou ansioso para visitar o país e conhece-lo pessoalmente”, diz.
Igualmente animado ele tambem está para o contato com os músicos da Osba e seu maestro: “Será a minha primeira vez com a Osba, mas já ouvi maravilhas sobre a orquestra”, afirma.
“É sempre divertido trabalhar com uma orquestra pela primeira vez e conhecer os músicos dentro e fora do palco. Também estou animado para colaborar com o maestro Prazeres”, diz.
Como se vê, trata-se de um músico que, além de renomado mundialmente no circuito de concertos, adiciona à sua habilidade uma atitude pé no chão com a qual trata seus pares, não importa de onde venham.
Afinal, este é o mesmo sujeito que se apresenta rotineiramente com algumas das maiores orquestras do planeta, como Filarmônica de Nova Iorque, Filarmônica de Berlim, Filarmônica de Israel e a Sinfônica de São Petersburgo, entre outras.
Em sua discografia constam 20 álbuns pelo selo Deutsche Grammophon. Entre seus admiradores estão maestros igualmente renomados, como Gustavo Dudamel, Pierre Boulez, André Previn e Colin Davis.
Por tudo isso, não admira que ele, candidamente, atribua parte de sua fama e sucesso à mais simples das razões: paixão.
“Há muitos fatores que definem um violinista. Contudo, acho que o mais importante é o amor pela música. Estar apto para compartilhá-la com os colegas e tocar esta música que eu admiro, é o que realmente me move. É paixão o que nos leva fazer o que fazemos”, afirma.
Menino-prodígio
Shaham (foto: Chris Steiner), como costuma acontecer com grandes músicos, já espantava os adultos desde criança.
Com apenas dez anos de idade, já se apresentava com a Filarmônica de Jerusalém. Aos 11, foi regido por Zubin Mehta na Filarmônica de Israel.
Sua carreira decolou de vez em 1989, ao substituir, de última hora, Itzhak Perlman, em um concerto da Sinfônica de Londres.
Com tal trajetória, faria bem aos jovens músicos baianos atentar às suas palavras.
“Tive a sorte de crescer em uma casa que incentivava o fazer musical. Sempre foi parte de nossa infância. Minha irmã caçula, Orli, é uma pianista maravilhosa – acabamos de lançar um álbum em duo, chamado Nigunim”, conta.
“Meu conselho é estar sempre em torno da música e de outros músicos, tanto quanto for possível – e sentir o prazer que o fazer musical pode proporcionar”, sugere.
Ele mesmo aprendeu bastante, convivendo com grandes músicos: “Sou músico profissional há 25 anos e tenho tido a sorte de trabalhar com algumas das maiores orquestras e maestros de todos os tempos. Fico realmente espantado toda vez que trabalho com algum desses titãs da música”, conclui.
Série TCA 2013 - Ano XVIII - Gil Shaham e Orquestra Sinfônica da Bahia (OSBA) / Sexta-feira, 21 horas / Sala Principal do Teatro Castro Alves / R$ 100 (inteira - A a P), R$ 80 (inteira - Q a Z) e R$ 60 (inteira - Z1 a Z11) / Vendas: Bilheteria do TCA e SACs Barra e Iguatemi
Forasta chutando cachorro morto:
ResponderExcluirhttp://noticias.r7.com/blogs/andre-forastieri/2013/08/19/lady-gaga-nem-arte-nem-pop/
O melhor artigo escrito sobre aquele fatídico Roda Viva com a dupla breganeja Capilé & Tortura
ResponderExcluirhttp://foradobeico.tumblr.com/post/57632975047/conversa-pra-boi-dormir-de-pablo-capile-faz-tony-ramos
rapá, quando vejo que capilé foi pro roda viva me pergunto pra onde foi a intelectualidade brasileira...matéria paga?
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